P E D R O
É hora de dar tchau pra Angra e pra tudo que foi vivido aqui.
Não sei como as coisas vão ser a partir de agora e sinceramente não quero pensar nisso por enquanto.
Esses dias, por mais que poucos, foram incríveis e eu não me arrependo de nada, mas não sei se quero continuar fazendo essas coisas.
— Acho melhor a gente se despedir aqui, né?— a Ester diz ao sair do banheiro.
— Acho que sim, né?— me levanto da cama e caminho até ela.
Nos abraçamos e eu sinto novamente minha mente se tornando uma loucura e meus pensamentos todos bagunçados.
Não vai dar pra continuar sendo como foi aqui, eu sinto que tô errado muito e não quero mais continuar.
Só que ao olhar pra ela essa ideia parece querer fugir da minha mente.
— Obrigada pelos momentos incríveis— me dá um selinho— amei conhecer o Guilherme.
— Sinta-se privilegiada— dou risada e passo a mão em sua cabeça— obrigado pelos momentos.
— Porra, Pedro, eu não consigo me controlar— me dá um selinho, e mais outro, e outro...— me beija de verdade, por favor, de despedida.
E eu beijo. Beijo porque eu também tava querendo isso. Pego ela no colo, me sento na cama e sinto tudo se tornar uma loucura quando sua língua toca a minha.
Não tenho controle perto dela, até desconheço o que seja isso, só deixo minhas vontades falarem mais alto e aproveito o que tem que ser aproveitado.
Acho que esse jeito libertino dela faz com que eu também me torne um.
—Não esquece de mim— coloca uma mão de cada lado do meu rosto— eu não vou me esquecer de nada que fizemos durante esses dias.
— Eu não vou esquecer de você.
— Não mesmo?— junta nossas testas— vai lembrar de tudo?
— De tudo.
Minha respiração fica acelerada, assim como meu coração também.
— Caralho, Pedro— rebola no meu colo— eu te juro que não sou safada desse jeito, mas você me desperta tanto desejo...
— Te digo o mesmo— aperto sua coxa— você tá me enlouquecendo.
— Você não tem noção da loucura que tá aqui dentro de mim— faz com que eu olhe em seus olhos— eu tô enlouquecendo.
Fecho meus olhos tentando recuperar a sanidade, mas não consigo.
— Preciso de você, Pedro, nem que seja pela última vez— murmura, me beijando mais uma vez.
Cacete, eu acho que vou ter um ataque cardíaco.
Por que meu coração tá acelerado assim? Caramba!
Separo nossos lábios e puxo seu vestido pra cima, embolando o tecido em sua cintura.
Preciso entrar nela, me despedir da forma que precisa ser feita.
Abro minha calça e puxo pra baixo junto com a cueca.
— Calcinha pro lado, Teté.
Pego a última camisinha dentro da gaveta da mesinha de cabeceira e coloco no meu pau que já tá pulsando.
— Senta pra mim, linda— peço e ela se agarra forte contra mim.
— Coloca— arranha minha nuca— tudo.
Pincelo meu pau em sua região molhada e encaixo em sua entrada.
— Senta de uma vez— mando e ela faz isso, introduzindo cada centímetro, até o final, até eu estar por completo dentro dela.
— Fica dentro de mim— puxa os fios do meu cabelo— fica aqui— contrai em minha volta.
— Fico— aperto mais ainda seu corpo contra o meu.
— Não quero que nada disso acabe— olha nos meus olhos. Seu rosto tá vermelho, boquinha inchada e esse olhar me mata— promete que isso não vai acabar.
Não digo nada, não posso prometer nada disso.
Eu não posso continuar fazendo essas coisas, mesmo querendo muito.
— Pedro...— contrai novamente, várias vezes— por favor...
Jogo seu cabelo pro lado e afundo meu rosto em seu pescoço, fechando meus olhos e sentindo tudo se tornando mais louco ainda.
— Eu não posso...
— Você pode.
— Não posso, Teté.
— Você não quer— faz com que eu olho em seus olhos. Me perco neles— não quer continuar nada disso.
— Ester...
— Tá tudo bem, eu não posso te obrigar a nada— me dá um selinho e tenta sorrir, mas não consegue— só vamos terminar isso aqui— começa a rebolar— porque no fundo a gente sabe que depois disso tudo, o nosso sexo vai ser imbatível— junta novamente nossas testas.
— Eu sei— confesso, dando um tapa em sua bunda— não vou encontrar sensação melhor do que estar dentro de você.
— E eu não vou encontrar sensação melhor do que sentir você dentro de mim, me preenchendo totalmente.
Suspiramos, nos beijamos, ficamos ofegantes e nos embalamos em mais uma transa.
Ficamos abraçados, nos tocando, gravando cada parte do corpo um do outro com nossas mãos e bocas... acho que queremos guardar com detalhes essa recordação.
— Caralho, você gosta assim?— rebola pra frente e pra trás— gosta desse jeito?
— Sim— fecho os olhos e ela dá um tapa no meu rosto.
— Quero que você me olhe, grave meu rosto na mente, quero que lembre das minhas expressões de prazer— levanta um pouquinho— quero que você se lembre de como eu fico com cada centímetro seu me invadindo— senta novamente, dessa vez bem devagar e morde o próprio lábio.
— Eu vou lembrar de tudo.
— Eu sei que vai— sorri e me beija novamente.
E essa foi nossa despedida, transamos, gozamos e permanecemos abraçados, querendo parar o tempo, mas não tem como porque é hora de irmos embora.
Quando saímos do quarto, nos olhamos pela última vez. No ônibus, eu fico no andar debaixo, sentado ao lado do Thiago Maia enquanto ela sobe pro segundo andar junto com as mesmas pessoas que vieram.
A Ester merece uma pessoa que seja da mesma forma que ela é, eu não posso entregar toda a intensidade pra combinar com a dela sendo que no final fico me culpando.
É complicado pra mim, quando eu escolhi o caminho que trilho hoje, prometi não fazer coisas que fiz e isso tá abalando minha mente num nível muito grande.
Errei, errei, errei e errei.
Mas não consigo me arrepender porque eu gostei de cada segundo. Aí que tá o erro, não sentir o arrependimento.
Caramba, eu tô maluco!
Durante toda a viagem de volta pra casa eu, fico pensando em tudo, minha mente não para de trabalhar.
A Ester vai ficar de boa, eu sei que vai, ela é uma garota incrível e não vai faltar caras que queiram ficar com ela.
Saio dos meus pensamentos quando observo ela descendo a escada e indo até a cabine do motorista.
Talvez seja os últimos minutos que estejamos "perto" um do outro.
Cerca de um minuto depois ela sai de lá e olha pra cá, diretamente pra mim, mas desvia o olhar.
— Gente, o motorista vai parar o ônibus em frente ao prédio onde eu moro, queria me despedir de vocês e falar que esses dias foram incríveis!— ela diz— a gente se vê logo logo, então não vou me despedir de ninguém— ri.
Que eu vou vê-la não é uma surpresa, mas a forma como vai ser já não sei como será.
O Gabriel desce também e entrega a mochila pra ela.
Observo os dois juntos, eles tem a mesma vibe.
— Semana que vem é rolê no Maracanã, hein, Teté— a Marília diz.
— Vou ver na minha agenda e aviso.
— Eita como tem compromissos— o Everton tira uma com a cara dela e eu acabo rindo também.
— Tenho mesmo.
O ônibus para e ela ajeita a mochila nas costas.
— Beijo, galerinha, até mais— acena.
Geral da tchau pra ela que me olha pela última vez antes de descer do ônibus.
— Lá se vai a maconheira— o Gabi diz.
— EU OUVI ISSO— ela grita lá de fora e eu dou risada mais uma vez.
É... lá se vai.
Eu senti tantas coisas escrevendo esse capítulo, juro.
E agr que a viagem acabou, veremos como serão as coisas...
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