Se eu Ficar? Vol.1 (Concluído)

By Jhon_lima21

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Kevin, é um jovem de 17 anos em busca de sua própria constelação de verdades em um mundo repleto de incerteza... More

Aviso
Playlist de música
Dedicatória
Capítulo °1
Capítulo °2
Capítulo °3
Capítulo °4
Capítulo °5
Capítulo °6
Capítulo °7
Capítulo °8
Capítulo °9
Capítulo °10
Capítulo °11
Capítulo °12
Capítulo °13
Capítulo °14
Capítulo °15
Capítulo °16
Capítulo °17
Capítulo °18
Capítulo °19
Capítulo °20
Capítulo °21
Capítulo °22
Capítulo °23
Capítulo °24
Capítulo °25
Capítulo °26
Capítulo °27
Capítulo °29
Capítulo °30
Capítulo °31
Capítulo °32
Capítulo °33
Capítulo °34
Capítulo °35
Capítulo °36
Capítulo °37
Capítulo °38
Capítulo °39
Capítulo °40
Capítulo °41
Capítulo °42
Capítulo °43
Capítulo °44
Capítulo °45
Capítulo °46
Capítulo °47
Capítulo °48
Capítulo °49
Capítulo °50
Capítulo °51
Capítulo °52
Capítulo °53
Capítulo °54
Capítulo °55
Capítulo °56
Capítulo °57
Capítulo °58
Capítulo °59
Capítulo °60
Agradecimentos
Livro 2 | Banner e Book Trailer

Capítulo °28

18 3 0
By Jhon_lima21

Embora eu ainda esteja com os olhos fechados, eu sentia o calor e a iluminação do sol refletir em meu rosto, ao abrir, vejo os raios solares se esgueirando pela janela do quarto, estava confortável, até me dar conta de que Levi dormia ao meu lado, e isso foi o motivo de eu abrir um sorriso tão sincero que o meu coração acelerou, mas foi só depois disso que eu fui me dar conta de que eu passei a noite lá, e não retornei para casa.

— Puta merda! — Num pulo, eu me levantei da cama totalmente assustado que o sono saiu do meu corpo no mesmo instante, Levi havia se sentado na cama assustado com o modo de como agi, eu estava apenas com o shorts e sem camisa, vasculhei pelo chão do seu quadro até encontrá-la.

— O que houve? — Perguntou ele se espreguiçando.

— Eu dormi aqui, se meus pais souberem que eu passei a noite fora de casa, eu estarei morto! — Disse vestindo a camisa, Levi se levantou e fez um olhar curioso, o que me fez repensar o que rolou na noite passada.

— Kev? O que a gente fez ontem? Eu estava um pouco tonto por causa das bebidas da balada, mas ainda estava consciente para me lembrar de tudo — Levi perguntou me encarando, eu fiquei completamente com vergonha e não sabia como expressar.

— Olha, me desculpe, eu não sei o que deu em mim ontem. A culpa foi minha...

— Kevin? — Ele me interrompeu colocando as mãos no meu ombro — Está tudo bem, eu também queria fazer aquilo.

— Você... Queria? — Perguntei novamente, me fazendo questionar se fiz ou não a coisa certa.

— Olha, somos amigos, aquilo foi apenas um...

— Momento? — Disse eu interferindo em sua fala.

— Sim, isso não muda nada entre nós, né? Eu ainda quero muito ser o seu amigo e, foi só um beijo.

— Sim! Foi só um beijo, isso não vai interferir na nossa amizade — Falo aliviado, fiquei feliz por ele assumir que também estava afim daquele beijo. — Mas, que isso fique apenas entre a gente, beleza?

— É claro — Ele afirmou, vejo o mesmo passar a língua rapidamente sobre os lábios macios e molhados — É melhor você ir, eu não quero que dê ruim para você.

— É, eu também acho melhor eu indo nessa — Falo indo em direção a porta do seu quarto, Levi me acompanhou até a saída:

— Nos vemos amanhã? — Ele perguntou, eu não saberia responder o que exatamente eu queria, no entanto, ver ele sempre me deixava alegre e me fazia esquecer os problemas.

— Tem algum plano?

— Na verdade não, mas eu vou pensar e te mando uma mensagem — Respondeu o meu amigo, assentei e dei as costas para ele caminhando até a calçada, parei por alguns segundos pensando se eu deveria dar meia volta e dizer tudo o que eu ainda não disse, o que eu disse ontem foi só uma porcentagem do que está aqui dentro, mas não era a hora, aquele não era o momento, afinal, eu sei que se eu fosse fazer o que tanto quero, o que rolou ontem seria totalmente diferente. Voltei a caminhar pensando em como seria a situação em casa, mas no calor do desespero eu havia me esquecido que hoje era sábado e que meus pais não estariam em casa, fiquei mais aliviado, ou seja, não haveria problema algum e eles nunca iriam saber que eu saí de casa, mas infelizmente, toda a minha fé e espectativa desceram diretamente pelo ralo quando eu vi que o carro dos meus pais ainda estava do lado de fora.

— Que merda! — Disse para mim mesmo, eu não tinha outra opção, teria que inventar uma desculpa bem esfarrapada para sair dessa, e eu não sei como vou fazer isso dessa vez, assim que abri a porta de casa, escuto minha mãe dizendo ao meu pai:

— Kevin não abre a porta do quarto, eu não sei o que ele deve estar faz... — Ela parou de falar ao passo que parou de descer a escada, meu pai fechou os punhos, seu olhar era tão demoníaco que me fez sentir calafrios.

— Onde é que você estava? — Perguntou ela.

— Eu levantei mais cedo e fui caminhar — Menti, falei passando por eles e subindo para o meu quarto, mas isso não impediu os dois de virem atrás de mim, assim que abri a porta do quarto eu coloquei o celular em cima da escrivaninha:

— Kevin, responde a minha pergunta, onde você esteve? — Questionou a minha mãe, meu pai parou em frente a escrivaninha.

— Responde a porra da pergunta seu merda! — Ele rangeu os dentes.

— Eu acabei de dizer, não escutaram? — Me defendi, naquele mesmo segundo, o meu celular vibrou e fez um barulho de notificação, de longe eu pude ver que era uma mensagem do Levi, eu estava perto o suficiente para conseguir ler a sua mensagem:

— Cara, obrigado por ter passado a noite aqui, espero conversar com você melhor sobre tal assunto.

Puta merda! Tento pegar o celular o mais rápido que eu pude, mas não consegui, meu pai pegou o celular e leu a mensagem, eu não estava fudido, eu estava morto, por que eu conheço ele e eu sei como ele vai interpretar essa mensagem, minha mãe leu a mensagem em seguida, o meu pai jogou o meu celular de volta na escrivaninha fazendo um barulho alto.

— Filho da puta! — Ele disse — Quem é esse? — Eu não tinha como me defender dessa vez, mas mesmo assim eu tentei fazer o meu melhor.

— É o meu amigo.

— Ah... É o seu amigo? — Ele sorriu de forma sarcástica e irônica — Que tipo de amigo passa a noite na casa um do outro? — Ele perguntou se aproximando de mim, eu poderia responder dizendo que muitos amigos passam a noite na casa um do outro, mas explicar isso para o meu pai é quase a mesma coisa de colocar a mão no fogo mesmo sabendo que ele queima.

— Agora você virou viado? É isso, Kevin?

— Você está entendendo tudo errado, eu... — Não terminei de falar, pois o soco que eu recebi foi forte o suficiente para arrancar um dente boca à fora, mas ainda assim me mantive de pé.

— Qual é o seu problema? — Disse eu, ele gritou.

— Você, é a porra de um viadinho seu merda! — Ele me atingiu outro soco, e mais outro, mesmo eu conseguindo esquivar de quase todos os golpes dele, eu sei que se eu continuasse a fazer isso ele iria me bater mais ainda, e por fim, ele me atingiu um chute forte no estômago me fazendo cair no chão e batendo a cabeça na quina da cama, juro que senti as minhas vistas apagarem por alguns segundos.

— Você é um lixo! — Minha mãe disse — Eu não permito ter um filho gay!

— Eu... Não sou gay! — Eu estava mentindo? Não, eu não sou gay, e pra ser sincero, o que aconteceu ontem eu não consigo nem imaginar o que me faz ser, ou o que me torna, mas eles não entendiam isso. Meu pai estava em fúria, pois eu vi tudo em meu quarto ser derrubado pela sua ira, ele conseguiu arrancar a minha estante de livros da parede e jogou contra o guarda roupa, fazendo a porta do mesmo cair por tamanho impacto, a minha escrivaninha, ele varreu tudo que havia lá em cima com as mãos jogando tudo no chão, inclusive o meu notebook e as coisas do colégio.

— Para, por favor! — Repreendi, ele destruiu o meu quarto, e eu não pude fazer absolutamente nada, tentei me levantar do chão mas fui atingido por um outro chute do meu pai, o sangue escorria pela a minha boca, tão vermelho que pude assemelhar com a cor preta de tão escuro.

— Eu quero você fora dessa casa! — Minha mãe disse, eu realmente escutei isso? Ou estava delirando?

— O que? — Perguntei com dificuldade.

— Vai embora dessa casa, eu não quero ver a sua cara! — Ela dizia com tanto ódio, que saliva respingou de sua boca conforme rangia os dentes de pura raiva, eu me levantei com dificuldade e me mantive ereto em frente a ele, sentia que o meu rosto estava inchado, sentia o gosto de sangue em minha boca, a minha cabeça doía e eu não sabia queria nem ver o estado do meu rosto, logo senti um tapa forte me atingir, era a primeira vez que eu senti o toque físico da minha mãe desde que eu me lembro, e foi um toque físico doloroso.

— Vai embora, agora! — Ela gritou para mim, de relance, olhei para fora do quarto onde vejo Jack me olhando, estava com uma feição assustada como eu nunca vi antes, rapidamente, peguei o meu celular do chão e saio do quarto:

— Kevin? — Jack me chamou, passei por ele sem dizer nada, ao passo que descia a escada quase caindo, minha cabeça girava, eu não sei como iria conseguir andar na rua nesse estado, mas eu sabia para onde ir, e sei que serei tão bem recebido como nunca fui.

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