A Boneca ~ CAMREN

By Jauregui_008

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Uma babá cubana-mexicana é surpreendida ao descobrir que a criança de sua nova família inglês é na verdade um... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capitulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43

Capítulo 2

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By Jauregui_008

Seja boa com ela, e ela será boa com você. Seja mau com ela e...

Narrador | Point of View

- Não sei. É muito assustador. Uma casa grande no meio do nada, sem vizinhos, as janelas não abrem e não tem sinal de celular.

Ela segura o telefone com fio em direção à cama, cruza as pernas e coloca um travesseiro no colo.

- Camila, você sabe que precisava fugir, a situação é perfeita para você.

- Até parece que estou me aproveitando deles.

Ela massageou as têmporas. Recentemente ela tem tido dores de cabeça com tudo o que estava lidando ao mesmo tempo.


- Não, você só está sendo paga para cuidar de uma boneca.

- Você tem que ver como eles interagem com a boneca.

- Sim, pelo que você me contou parece assustador. Mas é apenas por alguns meses e você aguenta.

- Normani se fosse só por duas semanas....

- Camila! Você precisa desse dinheiro. Você pode começar de novo e esquecer o que aconteceu.

- E então?...

- Você vai ficar bem.

- Você tem razão.

- Oh....

Camila não gostava de sentir emoções fortes, geralmente eram sensações ruins que faziam seu peito doer.

- Normani, como você está? algo aconteceu?

- Ele não para de ligar. Ele chegou em casa e assustou muito as crianças.

A Cubana fechou os olhos com apreensão imaginando como simples palavras mudaram o destino da sua vida, por que você não viu o que estava diante dos seus olhos? teria evitado cair em uma grande armadilha.

- E o que você disse para ele?

- Nada. Óbvio. Acho que ele nem se importou com a ordem de restrição.

Aquelas crianças não mereciam presenciar seus problemas, ela era grata a Normani por ser um dos poucos contatos dispostos a ajudá-la, mas não queria que sua amiga se envolvesse tanto, algo ruim poderia acontecer com sua família.

- Tudo bem. Não se envolva.

- Fique calma.

- Diz que não entrou em contato comigo e não sabe onde estou.

- Eu sei... só não quero ver você se machucar de novo.

A ligação foi encerrada por Camila que se jogou na cama respirando fundo, ela ainda não havia se perdoado por ter sido tão ingênua a ponto de cair em conversa fiada, se ela tivesse tentado ser como Normani ou suas outras amigas nada disso teria acontecido, infelizmente os pais dela têm parte na culpa.

~~ & ~~

De manhã, Camila se levantou para se arrumar para descer e deixou os lençóis dobrados, prendeu o cabelo para trás e vestiu uma blusa branca de botão, calça jeans, ela estava vendo seu próprio reflexo tentando tirar a conversa de ontem da mente.

E ao colocar a franja atrás da orelha ouviu pequenos ruídos, parou de mexer nos cabelos para prestar atenção naquele som que estava presente mais uma vez, alto e claro.

- Como você pode! O que você fez! Espere até eu contar para o seu pai, não acredito... Mamãe tem que ir agora, e você tem que ser uma boa menina...

Ela se assustou com aquele barulho e ao se aproximar do corredor a porta do quarto da boneca estava entreaberta, Dona Jauregui abriu as cortinas e se abaixou na frente da boneca, começou a conversar e o quarto parecia despedaçado.

- Sinto muito pela pressa Sra.Cabello - Camila saltou do lugar, o avô estava atrás dela com aquele mesmo terno azul escuro - Já faz muito tempo que não tiramos férias e estamos muito animados.

Ele coloca a palma da mão nas costas da senhorita Cabello para que ela possa segui-lo escada abaixo.

- Além disso, Lauren parece ter gostado muito de você, só queria ter dito a oportunidade de explicar as necessidades de uma criança tão única como a nossa Lauren, você vai aprender tudo, tenho certeza. Tenho um diário que vai te ajudar durante o processo, é importante que você siga as regras pois Lauren não é como as outras crianças, ela pode ser bastante pegajosa e acredito que a mimamos um pouco ao longo dos anos.

O motorista estava posicionado na entrada, o homem avisou que Austin traria as compras uma vez por semana e o pagamento, ele também responderia a quaisquer outras dúvidas que ela tivesse.

Eles estavam um pouco agitados porque já fazia um tempo que não iam a lugar nenhum, Dona Jauregui desceu segurando a boneca e o homem beijou aquele rosto irreal.

- Seja boa com ela, e ela será boa com você. Seja mau com ela e...

- Ela vai ficar bem. Não é Sra. Cabello?

- Sim, vou cuidar dela como se fosse minha filha.

Aquela mulher beijou profundamente a boneca antes de entregá-la à senhorita Cabello, ela rapidamente se aproximou para sussurrar sinto muito. Camila imediatamente estranhou aquela reação, o homem chamou pela a esposa antes que a cubana perguntasse mais alguma coisa, seguiu o casal até a entrada da mansão e viu o carro levando-os embora.

Camila fechou a porta da mansão ainda segurando a boneca, ela estava absorvendo os acontecimentos mas era tão bizarro de acreditar, na primeira oportunidade ela largou a boneca em uma cadeira de costas para ela, a casa estava em silêncio e ela só conseguiu ouvir o ponteiro do relógio.

Ela olhou para a boneca mais uma vez, respirando fundo antes de pegar um pano médio e cobrir o corpo da boneca.

- Me perdoe Lauren, mas você me assusta.

Ela teve o dia inteiro para se ocupar e resolveu arrumar suas coisas, tirou as roupas da mala e colocou no guarda-roupa, tinha à disposição uma cômoda com espelho e infelizmente seu celular não tinha sinal.

Na tela de bloqueio havia uma foto antiga com sua irmã mais nova, era Natal. E ela gostava de comer biscoitos e leite que sua irmã deixava lá embaixo para o Papai Noel.

Ela desceu as escadas depois de lembrar da família, segurando duas latas de comida e passou sem olhar para a boneca coberta, não acreditava que iria dormir com aquela coisa na mesma casa por meses, não gostava de bonecas.

Sanduíche de geleira para abrir o apetite e depois uma taça de vinho branco enquanto lê um livro de aventuras sentada na poltrona com os pés esticados sobre a mesinha menor.

A boneca permaneceu no mesmo lugar e Camila ocasionalmente olhava para aquele canto da sala de estar toda vez que tinha que atravessar o corredor, mesmo sabendo que era apenas uma boneca, seu subconsciente acreditava que um dia ela se moveria.

Deixou a garrafa ao lado do copo e se cobriu com o cobertor, depois de alguns segundos adormeceu e só acordou depois de escurecer.

Ela se levantou para guardar a garrafa, o copo é o prato do sanduíche, ao passar pelo corredor onde a única luz estava acesa ela viu o outro cômodo da sala onde Lauren estava. Sem o pano cobrindo o corpo, ela acalma os passos, observando com cautela.

Seu subconsciente não foi tão rápido depois de acordar de um sono profundo e ela tinha certeza de ter colocado a capa na boneca, mas talvez ela a tenha removido ou caído enquanto estava bêbada, mas ela não bebeu tanto.

A pano poderia ter escorregado e caído no chão, aproximando-se da boneca enquanto seu subconsciente trabalha para encontrar uma resposta plausível sobre aquele fenômeno.

Deixou cair a bandeja no chão com as coisas em cima e viu a capa no chão, rapidamente pegou a boneca e levou-a para cima onde a jogou ao acaso em cima da cadeira de balanço.

~~ & ~~

Estava chovendo forte lá fora e Camila estava deitada na cama aproveitando as cobertas quentes e a cama aconchegante, mas um pequeno barulho a acordou imediatamente e seus olhos se arregalaram quando seu subconsciente a lembrou que ela estava sozinha na mansão.

Vestindo sua camisola, ela se levantou da cama e segurou uma vela iluminando o caminho, o barulho aumentava gradativamente conforme ela se aproximava e era como se alguém estivesse chorando, naquele momento seu subconsciente não funcionava porque nem ela mesmo entendia o que estava acontecendo.

Ela desceu um pouco mais até se encontrar diante do quadro daquela família, se aproximou segurando a vela e iluminou o rosto daquela criança que de repente agarrou seu pescoço e Camila pulou da cama.

Seu coração estava agitado e os trovões não ajudavam na calmaria, ela estava recuperando o fôlego quando ouviu algo estranho e rapidamente se levantou, se fosse apenas um sonho ela não tinha nada a temer.

Ela entrou lentamente no quarto da menina e viu a boneca na mesma posição em que a havia jogado, era estranho mas quando se aproximou da boneca pôde ver marcas de gotas de água escorrendo por suas bochechas, e ela a limpou, certificando-se de que estava realmente molhado.

Mas uma gota caiu sobre a boneca e Camila percebeu que havia um vazamento no teto do quarto, o que aliviou um pouco seu subconsciente e seu coração.

- Mal cheguei e já estou ficando paranóica.

Ela colocou a boneca na cama e percebeu que havia uma entrada no sótão daquele quarto. Ela tentou abri-lo com uma vara de aço, mas não funcionou e acabou abandonando a ideia.

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