Toda Sua Fúria

Bởi Ju-Dantas

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Essa história esteve completa aqui, até dia 10 de dezembro. Agora está somente para degustação. ** Livro comp... Xem Thêm

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10

Capítulo 9

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Bởi Ju-Dantas


Bree

Acordo atordoada e por um momento não sei onde estou, e demora alguns segundos para conseguir me situar e me lembrar dos acontecimentos da última noite.

Pela segunda vez estou acordando no quarto do Blake e desta vez eu sei muito bem como vim parar aqui.

E pior, tenho que ficar por um mês inteiro.

Pelo menos Blake não está no quarto, o que me dá certo alívio, quando jogo as cobertas para o lado e me espreguiço. Pego meu celular e percebo que já são sete da manhã e me lembro do Blake exigindo que eu acordasse às seis para preparar café para seus amigos idiotas.

— Droga!

Abro a porta e corro escada abaixo chegando à cozinha ainda vazia.

Certo. Não vou dar aquele gosto ao Blake de dizer que não cumpri o combinado, embora ainda ache tudo um monte de bobagem.

Não devo nada às meninas da irmandade, assim como não devo nada àqueles garotos, mas sinto que de alguma forma devo ao Blake.

Ou pelo menos não quero que ele me empurre para fora daquela casa e de sua vida tão rápido. Essa é a verdade, e sei que estou ferrada em ainda almejar que Blake goste de mim, mas não consigo evitar.

Então abro a geladeira e armários e encontro ingredientes para fazer panquecas e boto a cafeteira para funcionar.

Também frito ovos e estou quase terminando quando Travis entra na cozinha.

— Bom dia.

— Oi. — Sinto-me um pouco sem graça enquanto viro a panqueca. — Sirva-se à vontade.

— Parece gostoso. — É outra voz que escuto e nem ouso me virar, cada vez mais sem graça quando escuto outros caras entrando e se movendo pela cozinha, sei que eles estão me observando e fazendo comentários cochichados entre si, seguido de risadinhas maliciosas que me deixam vermelha.

— Então é nossa nova garota? — Escuto e rolo os olhos me forçando a não o mandar à merda.

— Pelo menos sabe fazer café.

— Caramba, melhor que aquela gororoba que a tal da Molly fez — alguém comenta.

— Ei! — A voz do Travis parece cheia de censura e um silêncio esquisito cai pela cozinha.

Eu me viro um pouco e eles estão trocando olhares estranhos.

— Quem é Molly?

— A última menina que esteve aqui, assim como você — o garoto responde. — Aliás, acho que não fomos apresentados. Sou Ben.

Ele sorri de forma simpática.

— Por que parece que essa Molly é um assunto proibido? — continuo com o assunto, tomando coragem de me aproximar da mesa e colocar as panquecas que acabei de fazer ali e os garotos avançam.

— Uau, isso cheira bem — É outro garoto que chega por trás de mim, as mãos na minha cintura e nem dá tempo de me desvencilhar da aproximação quando a porta da cozinha se abre e Blake está ali.

— Que porra é essa?

— Café da manhã? — O rapaz que estava atrás de mim senta à mesa pegando uma panqueca. — Nossa garota é prendada dessa vez.

— Ela não é a garota de vocês.

— É sim. Sabe as regras. Ela tem que agradar a gente pra poder entrar na Beta Kappa.

— E acho que podíamos estender esse prazo para mais uns meses... — Ben pisca.

— Ah claro, vão sonhando que vou ser a escrava de vocês — resmungo irritada pelas risadas idiotas à minha volta.

Embora Blake esteja muito sério me encarando com raiva.

— Que porra está pensando?

— Oi? Foi você quem disse que eu devia descer as seis e fazer café, eu me atrasei, mas estou aqui!

— E podia fazer mais uns ovos desses — Ben pede.

— E gostei da roupa — o cara que chegou depois elogia com malícia.

É então que eu olho pra baixo me dando conta que ainda estou vestindo só a camiseta do Blake e fico vermelha feito pimentão.

— Vão se foder! — Blake me pega pelo braço e praticamente me arrasta da cozinha.

— Ei, ficou louco? Me solta!

Consigo me desvencilhar perto das escadas.

— Você ficou louca de descer vestida desse jeito.

— Eu estava com pressa...

— Por mim já está aprovada, gata! — Ben passa por mim assobiando e Blake solta um rosnado e sem aviso me joga nos ombros feito um saco de batata, ignorando meus gritos para me pôr no chão, ele só para quando me joga na cama em seu quarto.

— Perdeu a noção?

— Eu perdi a noção? Olha o jeito que está vestida?

E olho pra baixo agora mais vermelha ainda porque quando Blake me jogou na cama a camiseta levantou e agora minha calcinha está à mostra.

Não é nada sensual, é aquele tipo de calcinha que é mais um short, mas ainda assim me faz corar e puxar a camiseta pra baixo.

— Por que está tão ofendido? Aposto que já viram um monte de garotas por aqui vestindo até menos!

— Mas não você.

— Você quem me obrigou a ficar aqui!

— Você quem quis ficar. Quer ir embora, vai!

— Ia adorar se livrar de mim, não? Pois eu não vou!

Eu me levanto tentando juntar toda a dignidade que me resta.

— Vou fazer tudo o que vocês querem que eu faça. Como a porcaria do café da manhã, não me importo. Aliás, acho que até curti os elogios. Tanto do meu café, quanto da minha... vestimenta — provoco.

E entro no banheiro me trancando lá.

Ainda escuto Blake soltar um palavrão antes de bater a porta do quarto e suspiro pesadamente.

Isso é só o primeiro dia.

Quando saio do banheiro não tem sinal do Blake em lugar algum e eu me arrumo rápido para a aula.

***

— Não é engraçado, Audrey.

Audrey não para de rir quando almoçamos juntas naquela tarde após a aula e eu lhe conto o que aconteceu na fraternidade.

— É sim, e não sei por que está com essa cara, parece tudo muito divertido.

— Acha divertido bancar a empregadinha de um monte de marmanjo?

— É só um mês e eles são gatos. Podia ficar com um a cada noite, já pensou?

— Você pirou?

— Por que não? Eu já ouvi umas histórias dessas iniciações... Sabe que foi assim que a Hannah pegou o Travis, né?

— Ouvi dizer.

— Então pode acabar este mês com um namorado, pelo menos! Se não quer se divertir como todo mundo.

— Eu nem consigo me imaginar ficando com um cara que nem conheço.

— Mas tem o Ryan... E aí? Eu ainda não entendi por que não está dormindo com ele sendo que foi ele quem pediu para que você entrasse.

— Blake não deixou.

— Ah... Blake parece bem possessivo em relação a você.

— Não é assim. Acho que ele ainda acha que tem que me proteger porque éramos amigos como se eu fosse ainda uma menina de 15 anos inocente.

— Você é uma menina de 15 anos inocente.

— Para!

— Ok, não tem 15 anos, mas ainda é inocente e se continuar com esses escrúpulos vai ficar assim pra sempre!

— Não são escrúpulos. É esquisito estar de repente rodeada de caras estranhos...

— Eu acharia o máximo! Não gostou nem um pouquinho?

Eu me recordo da minha discussão com Blake. Eu disse que gostei da apreciação, mas por que diabos eu disse aquilo tudo?

Não sei se é verdade que eu tenha gostado dos elogios. Seja da comida ou do que estava vestindo. Na verdade, toda aquela interação com garotos é muito nova pra mim. E talvez eu esteja sendo um pouco exagerada e pudica demais.

Não preciso sair transando com todo mundo, como Audrey sugere, mas talvez essa aproximação forçada seja o que preciso para socializar mais, e aprender a lidar com o sexo oposto.

Quando chego à casa da fraternidade naquela tarde, eu paro à porta ainda sem saber que diabos estou fazendo ali. De novo me vem aquela vontade de dar meia-volta e fugir, mas seria infantil, já que dei minha palavra que ficaria.

Então respiro fundo e entro na casa.

Dois meninos estão no sofá vendo TV.

Um deles é Ben.

— Olha quem chegou, Taylor, nossa garota.

— Podem não me chamar assim?

Eles riem como se fosse muito engraçado.

— Onde está todo mundo?

— Por aí. Ei, filho da puta! — o outro cara grita para o jogo que está assistindo e Ben o acompanha.

Subo para o quarto, apreensiva de encontrar Blake, mas ele não está ali.

Mas há um bilhete na porta.

Tarefa do dia: tirar todos os lixos dos banheiros.

Rolo os olhos, bufando.

Mas troco de roupa por um moletom e camiseta e trato de ir fazer minha tarefa do dia.

Pelo que percebi não havia ninguém em casa naquele momento, tirando Ben e Taylor no andar de baixo e tomando o cuidado de bater nas portas antes de entrar, eu sigo com o saco de lixo.

Porém quando bato na última porta e a abro me surpreendo ao me deparar com Ryan saindo do chuveiro.

Ai, droga.

Desvio o olhar, sem graça porque ele está usando só uma toalha.

Ele não parece feliz em me ver.

— Blake deixou que chegasse a um metro de mim?

— Não sei o que quer dizer.

Mentira, claro que eu sei.

— Acho que é óbvio.

— Eu só vim tirar o lixo. É minha tarefa de escrava ou algo assim!

Passo por ele e tiro o lixo e volto ao quarto, querendo sair o mais rápido possível, mas Ryan segura meu braço.

— Ei, espera.

— O que quer, Ryan? Está bravo comigo, mas sabe que não tenho culpa de nada disso.

— O que está rolando entre você e Blake?

— Nada! De onde tirou essa ideia?

— O fato de ele ter insistido em brigar comigo no dia em que te beijei. Ou ter usado do seu poder como líder para exigir que dormisse com ele e não comigo.

— Eu poderia não querer dormir com você.

— Você não queria? Achei que estávamos curtindo. Achei que ia ficar feliz de entrar na irmandade e podermos nos conhecer melhor.

Eu não sei o que dizer.

Todos aqueles planos do Ryan estavam além do que eu imaginava com ele. Aliás, eu nem estava imaginando nada. Eu o beijei por um impulso e para irritar Blake e por causa do Blake estamos nessa situação agora.

— Mas comecei a achar que talvez eu tivesse me enganado e esteja com Blake.

— Não estou com o Blake. Eu só estou dormindo no quarto dele porque exigiu, por causa dessa coisa boba de trote da irmandade.

— E por que Blake exigiu isso? Ele está a fim de você.

— Não é assim. Eu te contei que fomos amigos...

— Então é isso? São amigos?

— Não sei ainda, mas com certeza não somos algo mais que está insinuando.

— Então tudo bem se eu te chamar pra sair?

— Vai me chamar pra um encontro?

— Sim?

O não está na ponta da minha língua. Mas eu devo mesmo dizer não?

Quanto tempo mais continuarei a ser aquela menina boba? Ryan é um cara legal e já nos beijamos e não foi ruim.

Talvez se eu der uma chance, posso começar a gostar dele?

— Que porra está rolando aqui?

Eu me viro ao ouvir a voz do Blake na porta.

Ele está olhando de mim para Ryan com raiva.

— O que acha? Vim pegar o lixo. — Mostro o saco de lixo lutando para não ficar vermelha como se estivesse fazendo algo errado.

— Não parecia que era o lixo que estava pegando.

— O que está insinuando? — Eu me irrito.

— Ei, Blake, pega leve. — Ryan tenta intervir.

— Deixa, Ryan. — Eu passo por ele. — Blake está sendo um babaca gratuitamente! Mas parece que é difícil pra ele agir sem ser um cretino!

Marcho pelo corredor e desço as escadas.

Levo o lixo para a lixeira e Blake está atrás de mim, furioso.

— Que merda pensa que está fazendo?

— Não viu? Tirando o lixo!

— Por que estava no quarto do Ryan?

Eu me volto, irada.

— Estávamos prestes a ir pra cama, não percebeu?

O semblante do Blake se transforma numa máscara fria de raiva.

— Está brincando?

Solto uma risada.

— E se não fosse brincadeira? O que tem a ver com isso?

— Não!

— Não o cacete! Não pode me impedir de nada! Se eu quiser transar com o Ryan eu vou!

— É isso que quer?

— Talvez? Mas quer saber, sim, estava brincando. Eu só estava conversando com o Ryan, e ele estava sim me explicando que gostaria de sair comigo, mas achava que tinha algo entre nós.

— Não tem nada entre nós!

— Então foi o que eu expliquei, mas você fica agindo como um namorado ciumento e não tem o menor cabimento.

— Não estou agindo como um namorado ciumento! Não tenho ciúme de você.

— Então o que é isso? Por que está sendo um cretino possessivo? Nem amigos somos mais, não faz sentido!

— Eu só queria proteger você.

— Eu não preciso dessa sua proteção ridícula! Foi ridícula quando era mais nova e agora é pior ainda! Não vou deixar que se intrometa na minha vida desse jeito! Você nem sequer gosta de mim!

— Tem razão! Não gosto!

— Então por que se importa?

— Eu não me importo...

— Prove! Para de ser idiota comigo e me deixe em paz!

— Certo, é o que quer? Então faça o que bem entender!

— Ótimo!

Subo correndo e Ryan está passando no corredor.

— Ei, quer jantar comigo hoje?

Ele levanta a sobrancelha, incerto. Olho para trás, Blake está ali.

— Bem, estou indo comer. Você vem comigo? E não peça permissão ao Blake! Ele não é meu pai!

— Não estou pedindo permissão a ninguém...

— Maravilha! Nos encontramos daqui a duas horas?

— Tudo bem.

Entro no quarto e bato a porta indo para o banheiro.

Respiro por arquejos quando miro minha imagem no espelho.

Blake LeBlanc quer cuidar da minha vida? Então vamos ver!

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