𝐂INDER-FUCKING-ELLA┃𝐉𝗂𝗄𝗈𝗈𝗄
𝐉𝐄𝐎𝐍 𝐉𝐔𝐍𝐆𝐊𝐎𝐎𝐊 já acordou naquele dia cansado.
Tinha sido uma noite difícil, seu pequeno filhote tivera pesadelos por toda a noite e, como um bom pai, Jungkook ficara acordado com seu filho, tentando fazê-lo dormir outra vez. Demorou muito para conseguir e logo já era hora de acordar, porque Changmin precisava se arrumar para ir para a escola. Então Jungkook se levantou assim que o despertador irritante tocou, sorrindo doce ao ver seu pequeno alfa embolado no lençol, tão inocente e sem conhecimento da perversidade do mundo.
O ômega se abaixou outra vez, passando a ponta de seu nariz grandinho na bochecha de seu filho, tentando acordá-lo amorosamente, como fazia em todas as manhãs. O garotinho abriu os olhos com calma, ainda muito sonolento e lutando para dormir de novo. Jungkook riu de seu filhote e balançou seu pequeno corpo levemente, até que Changmin estava acordado e sentado na cama.
- Bom dia, Papa. - O menino sussurrou, coçando seus olhinhos com suas mãos.
- Bom dia, gladíolo.
Jungkook respondeu feliz, seu filhote era uma das poucas coisas que o deixavam assim. Jeon gostava de chamar seu filho daquela forma, o ômega sempre gostou de flores e sabia que o gladíolo significava força, assim como seu nome. Ele amava tanto seu filho. O ômega se levantou da cama e saiu do quarto, sabendo que seu melhor amigo e companheiro de apartamento, Yoongi - que também era ômega -, ainda demoraria a acordar. Ele e o Min raramente conseguiam folga no mesmo dia e a de Jungkook já tinha sido na noite anterior.
Já na cozinha, Jeon ligou a cafeteira, um dos pequenos luxos que ele e Yoongi se davam ao luxo de ter, deixando seu café sendo feito antes de retornar ao quarto, ele separou uma roupa para seu filho e pegou-o no colo, levando-o ao único banheiro do apartamento pequeno. Jungkook banhou seu filhote rapidamente e logo o trocou. O ômega levou Changmin para a cozinha e preparou cereal com leite de banana e serviu-o com suco de laranja, deixando-o comer enquanto se trocava rapidamente no quarto. Progenitor se juntou a seu filho na cozinha, servindo-se de café e pão com geleia, Changmin sorriu para sua mãe.
- Ficar comigo, Papa? De noite? - O filhote perguntou esperançoso e Jungkook se sentiu mal por não poder dar a seu filhote uma coisa tão simples como sua companhia.
- Não, meu amor, me desculpe. Hoje a mamãe tem que trabalhar. Você vai ficar com a tia Rosé, como sempre, sim? - Jungkook sorriu triste para seu filhote.
- Sim, Papa.
O garotinho murchou e Jungkook quis chorar. Ele tentava ser uma bom pai, fazia o melhor que podia, mas era difícil pagar as contas - mesmo com Yoongi - e ter mais folgas era um luxo grande demais e o ômega precisava daquele emprego, se é que ele podia chamar aquilo de emprego; não poderia sair sem arranjar algo melhor, e ninguém contrataria um ômega solteiro com um filhote pequeno e apenas com o ensino médio completo.
Jungkook odiava como seu mundo era injusto com os ômegas.
Depois de deixar seu filhote na escola, Jungkook pensou no que faltava em seu apartamento e foi ao supermercado. Por mais que quisesse, ele não podia comprar os doces que queria, os doces que sabia que Changmin adorava. Isso o entristecia. Em alguns meses, as coisas eram mais fáceis, ele e Yoongi ficavam um pouco mais folgados em relação às contas, então o Jeon podia mimar seu filho, mas aquele não era um desses meses.
Depois das compras, Jungkook voltou para casa, exausto apenas em pensar que deveria passar mais uma noite naquele inferno, ele precisaria dormir para aguentar a noite em claro; e precisaria preparar sua mente para sentir aqueles corpos contra o seu. Yoongi ainda não tinha acordado quando chegou, ele só teria folga em dois dias. Jungkook guardou as compras e foi para seu quarto, ele tirou o casaco leve que usava e deitou-se na cama, fechou os olhos e tentou dormir.
Demorou quase uma hora antes de sua mente o permitir descansar. Seria uma longa noite.
[...]
Naquela noite, fazia um frio incomum. Jungkook não era muito fã de frio, principalmente quando não podia se agasalhar. Mais cedo, ele deixará Changmin no apartamento de Rose, uma vizinha beta que sempre fora solícita com o ômega e ajudou-o quando ele era só um garoto assustado e grávido, Jungkook seria eternamente agradecido àquela doce vizinha. Agora, ele estava naquele maldito club, usando roupas que não queria e oferecendo-se para aqueles homens nojentos e desconhecidos contra sua vontade.
Normalmente, Jungkook não se importava com roupas mais 'femininas' - não que ele realmente se importasse com gênero -, mas usar aqueles pedaços de tecido que mal o cobriam era ridículo; Ele usava uma saia de couro que mal chegava ao final de sua bunda e um top também de couro, segurando uma bandeja com copos cheios de bebidas.
A música estava alta e deixava o ômega com dor de cabeça, mesmo assim ele se forçava a sorrir, parecendo feliz em estar ali e com aqueles alfas e betas desprezíveis que passavam a mão nele e assobiavam dizendo coisas nojentas. O ômega não escolhia os alfas que o fodiam - porque era apenas isso que acontecia -, ele não passava de uma mercadoria barata que era leiloada várias vezes durante a noite e tinha de aceitar aquilo de cabeça abaixada, como um bom submisso. Jeon não queria que as coisas fossem daquele jeito, mas por hora era sua única forma de pôr comida na mesa.
O ômega se lembrava de andar rebolando, porque isso atiçava os clientes e, embora odiasse ser visto como um simples pedaço de carne, quanto mais o desejassem, mas estariam dispostos a pagar - mesmo que a maior parte do lucro ficasse com a casa - e Jungkook era muito desejado ali, para sua sorte ou seu azar.
Numa noite normal, ele começava servindo as mesas, deixando os clientes eufóricos para pagarem a maior quantia por seu corpo, às vezes ele dançava no palco principal, não em todas as noites, depois viria o primeiro leilão silencioso. Jungkook iria para um dos quartos no andar de cima e deixaria que um completo desconhecido o fodesse; quando terminasse, ele se limparia rapidamente e seria leiloado de novo, e depois de novo, pelo menos quatro vezes durante a noite.
As outras prostitutas diziam que o Jeon era sortudo, porque os senhores - como os dois alfas donos do lugar exigiam de ser chamados - sempre reservavam para o ômega os melhores clientes e ele era um dos poucos permitidos a usar um dos quartos do andar de cima. Jungkook não achava aquilo sorte, mas ao menos o dava o luxo de ter algumas regras que os clientes deveriam seguir.
Ele vivia em uma sociedade terrível, que favorecia apenas aos alfas e, principalmente, aos lobos puros. Era um pouco melhor quando se era um ômega lobo puro, mas apesar de ter um avô lobo puro, Jungkook era apenas um meio-lobo; pior, ele era apenas um ômega meio-lobo, sem alfa e com uma criança. Ele não era nada para aquela sociedade e não sabia se odiava a sociedade ou a si mesmo, por ter nascido tão fraco e sem valor, porque era assim que ele se via: uma vadia barata e sem valor.
Mesmo sendo apenas um meio-lobo, o moreno tinha alguns instintos mais apurados; ele sentia dentro de si que alguma coisa iria acontecer, ele só não entendia o que. Depois de servir mais clientes do que realmente gostaria, Jungkook foi chamado de canto por um de seus chefes, sendo intimado a dançar no palco principal. Jeon odiava quando o faziam dançar sem aviso, odiava que os alfas achassem que podiam dizer o que queriam porque eram os donos do mundo.
O ômega se dirigiu ao camarim, onde Yoongi já esperava por si, olhando-o com compreensão. Eles se entendiam sem precisar falar, os dois viviam a mesma vida de merda. Jungkook não trocou de roupa, apenas passou um pouco de maquiagem em seu rosto; apesar de tudo, o ômega não gostava de maquiagem pesada - não que ele precisasse, todos sempre faziam questão de dizer o quão bonito ele é -, então apenas passou um pouco de lápis, que realçou o ciano de seus olhos, e um pouco de gloss de cereja nos lábios já avermelhados e finos.
Jeon subiu no palco, seu coração batendo desenfreado antes das cortinas se abrirem. Ele tentava não tremer em cima dos saltos que era obrigado a usar e forçou-se a se controlar. Jungkook respirou fundo quando as cortinas rosa e feias se abriram e a música começou a tocar. As batidas iniciais de Madness, da Ruelle, começaram a tocar e Jungkook fingiu - como sempre fazia - que não havia mais ninguém ali, eram apenas ele e a música. O ômega passou a movimentar os quadris, passando as mãos grandes por seu corpo curvilíneo, movendo-se conforme a música e sentindo todos os olhos grudados em si.
Jungkook não gostava de se sentir como um pedaço de carne, mas quando dançava se sentia um pouco mais livre, mesmo que soubesse que todos deveriam estar com pensamentos sujos e querendo fazer as mais imundas coisas consigo. A pele bronzeada do Jeon queimava, ele sentia os olhares em si que faziam seu baixo-ventre formigar e suas pernas tremerem, mesmo que ele não pudesse ver mais do que dois pares de olhos esmeralda encarando-o.
Estranhamente, Jungkook se sentiu realmente bonito com aqueles olhares.
♣
Jimin e Jaewon estavam com tédio, aquele voo estava sendo mais longo do que deveria e tudo o que os alfas queriam era chegar logo em Los Angeles para poderem descansar. Quando o jato particular finalmente pousou, Jimin quase se ajoelhou e agradeceu aos deuses por finalmente terem chegado. Um carro já esperava os irmãos gêmeos, para levá-los ao hotel. Enquanto Jimin estava a ponto de dormir dentro do carro, Jaewon estava terrivelmente zangado, mas seu irmão sabia que era apenas o sono. Eles lidavam com isso de formas diferentes.
O caminho até o hotel Four Seasons foi feito rapidamente, era o melhor hotel da cidade e os gêmeos não aceitariam menos que isso. Eles mal passaram pela recepção, seguindo direto para a suíte presidencial, que já estava reservada para eles pelo próximo mês. O lugar era amplo e claro, tinha uma sala, cozinha e o quarto, ligado ao banheiro; a cama era grande o bastante para que quatro pessoas dormissem com folga, o que era ótimo para os dois irmãos.
Jimin não pensou em outra coisa quando viu a cama gigante: eles saíram de Londres e passaram muito tempo naquele jato, então agora eram 20h em Los Angeles e eles teriam tempo o bastante para descansar antes da reunião; por isso Jimin apenas tirou seu blazer e seus sapatos e jogou-se na cama aquecida, afundando no colchão macio e aquecido, dormindo quase instantaneamente ao recostar sua cabeça no travesseiro. Jaewon não demorou muito depois do irmão, fazendo o mesmo que ele e deitando-se ao lado de Jimin, igualmente cansado pelas longas horas de voo.
Os gêmeos Parks tinham planejado bem aquela viagem, programando o voo de forma que soubessem que poderiam dormir. Eles ficariam em Las Vegas por um mês inteiro, para o total desagrado de Jaewon, tentando fechar contrato com uma empresa de jogos e participando de eventos que serviriam de divulgação para sua empresa de tecnologia - que estava indo perfeitamente bem.
Já era manhã quando os alfas acordaram. Jaewon foi o primeiro a abrir os olhos e sentar-se na cama, o alfa queria voltar a dormir, ele olhou em volta um pouco perdido, sentindo-se momentaneamente perdido. Levou algum tempo até que ele se lembrasse de que não estava em sua casa, mas sim nos Estados Unidos, e que ficaria ali por um mês. O alfa bufou descontente, ao menos não estava sozinho ali, Jimin estava consigo. Jae balançou o corpo de seu irmão pelo ombro, ouvindo-o resmungar, como fazia em todas as manhãs.
Jaewon se levantou da cama, detestando se ver com a roupa ainda do dia anterior. Ele não se importou se Jimin o via sem roupa, enquanto se despia ainda no quarto, caminhando até o banheiro, eles tinham basicamente o mesmo corpo e não era como se eles nunca tivessem se visto nus antes, principalmente porque... bem, eles eram bem unidos. O clima em Los Angeles estava mais quente do que em Londres, então Jaewon resolveu tomar um banho mais frio; ele saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, vendo seu irmão já de pé e nu.
- Pedi nosso café da manhã, deve chegar logo. Pedi os ovos como você gosta e deixei claro que teriam problemas se não fizessem do jeito certo. - Jimin disse com sua voz de sono e lentamente, Jaewon sorriu para seu irmão.
- Obrigado, tome seu banho para comermos juntos.
Jimin assentiu e entrou no banheiro, deixando Jaewon ali, escolhendo um terno para si e um para o irmão. Jimin tentou ser o mais rápido possível no banho, tomando-o um pouco frio e suspirando só de imaginar as horas que teria de passar preso numa sala durante a reunião; ele odiava aquilo, Jimin se saía melhor na parte prática, Jaewon se saía melhor fechando contratos, mas eles eram co-CEO's e precisavam ir juntos, principalmente nos eventos que aconteceriam no decorrer daquele mês.
--> Lembrando que a fanfic não contém INCESTO. Até a próxima.