IRRESISTÍVEL | VegasPete

By vegaspetit

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No mundo de almas gêmeas, onde a conexão entre duas pessoas é tão forte que os destinos se entrelaçam, Vegas... More

IRRESISTÍVEL | avisos
PRÓLOGO | Vínculo
ONE
TWO
THREE
FOUR
FIVE
SIX
EIGHT
NINE
TEN
ELEVEN
TWELVE
THIRTEEN
FOURTEEN
FIFTEEN
SIXTEEN
SEVENTEEN
EIGHTEEN - JUNELUTER
NINETEEN
TWENTY
TWENTY-ONE
TWENTY-TWO
EPÍLOGO | MATRIMÔNIO

SEVEN

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By vegaspetit

Oi! Como vocês estão?

Espero que gostem desse, está enorme!

Boa leitura 💙

Whillhaven - Nome fictício para casa e propriedade da família Theerapanyakul.

Nos Estados Unidos, assim como em outros países, é muito comum que propriedades e mansões avaliadas em alguns milhões ou bilhões de dólares tenham nomes próprios.
Isso geralmente acontece com artistas famosos, famílias herdeiras ou grandes nomes do crime, como Bruce Lee e Pablo Escobar.












Vegas nunca teve problemas antes para fazer o que era necessário, isso é fato, nunca teve que hesitar ou pensar duas vezes antes de tomar uma decisão. Então ele efetivamente não entende porque tudo parece ser tão difícil quando envolve sua... alma-gêmea. Porque tudo é dez vezes mais difícil com Pete e sua negação insistente que faz Vegas sentir como se estivesse ficando louco. Ou muito perto de cometer um crime.

Ele quis enfiar sua mão inteira no peito de Belion Dragnar e arrancar seu coração fora quando ele sugeriu à Helin, mais uma vez, que sua filha era uma melhor opção para se casar com Vegas ao invés do Drudak que o destino tinha escolhido para ele. Claro que Vegas não fez isso.

Belion tem motivos para estar chateado. O acordo entre Aelli e ele foi feito quando eram recém-criados-vampiros, crianças, e Vegas compreende tamanha irritação com as mudanças, mas ainda sim Belion devia ao menos tentar ser sútil com sua obsessão em colocar sua filha mais perto do trono.

Além disso, ele ter decapitado um Vamphir na frente de testemunhas não ajudou que o Conselho estivesse disposto a ouvir qualquer coisa. De três, agora cinco dos conselheiros estão contra a decisão de paz tomada por Helin. Eles acham que o casamento é uma péssima ideia, além de absurdo.

Então Vegas não teve saída a não ser se desculpar. Ele não sentiu muito por ter feito o que fez, instintivamente ou não para proteger Pete, mas serviu para acalmar um pouco do ruído. No momento, Vegas não é o Vamphir favorito de sua espécie.

Já era ruim o bastante que ele estivesse assassinado alguém de sua própria espécie, e dessa forma, os sussurros de traição não demoraram para chegar em Whillhaven. Mesmo que Vegas estivesse determinado a recuperar um pouco da confiança de seu povo. Ele só percebeu um pouco tarde demais que se casando com Pete ou não, jamais a teria novamente.

Não ajuda em nada que Vegas completamente não consiga pensar em mais nada que não seja o garoto. Sendo racional, ele sabe que metade de suas vontades e pensamentos é culpa do vínculo. Mas isso não faz diminuir a excitação latente correndo por suas veias como uma maldita droga e quiçá a coisa meio insana dentro de Vegas que deseja a quase todo instante agarrar Pete Saengtham pela nuca e fazê-lo gemer de prazer embaixo de seu corpo.

Também não ajuda em nada que Pete seja um adulto muito saudável e cheio de testosterona que pensa em Vegas de maneira sexual a maior parte do tempo quando eles estão próximos. Seria muito fácil se eles pudessem foder toda essa tensão para fora de seus cérebros.

Mas absolutamente nada na vida de Vegas é muito fácil.

"Se você franzir mais a testa, seus olhos podem saltar para fora" Diz Luter Kylton de repente, parado bem em frente sua mesa. "Seria curioso."

Olhando para cima, Vegas silenciosamente amaldiçoa sua secretária, fazendo uma nota mental para substituí-la por alguém competente que saiba trazer o aviso de visitas antes de deixar qualquer um entrar em sua sala. Porra, isso é tudo que ele não precisa agora.

"Eu não tenho tempo para você" Diz Vegas duramente, voltando sua atenção para a tela do computador. Ele já leu e releu aquele mesmo documento uma dezena de vezes mas ainda não sabe sobre o que é o assunto. "Saia."

Luter faz um som no fundo da garganta, algo como um riso engasgado ou meio ofendido.

"Você não respondeu às minhas mensagens" Diz Luter com a voz macia. "Não é muito educado pedir um favor a alguém e depois ignorar essa pessoa tão bondosa."

Vegas se movimenta na cadeira. Ele realmente não precisa dessa merda agora.

"Eu não te pedi favor nenhum" Diz Vegas com a voz tão rígida quanto sua postura.

"Que pena" Responde Luter laconicamente. "Eu tinha certeza que você ia gostar muito do que eu vim dizer."

Resistindo a vontade de revirar os olhos, Vegas respira fundo e olha para cima. Os olhos esverdeados de Luter parecem mais claros do que da última vez que Vegas os viu, e seu cabelo castanho perfeitamente alinhado para trás. Embora estejam no século vinte e um, as vezes Luter se veste como um homem de décadas atrás, mesmo que seu rosto jovial seja confundível.

É tão estranho para olhar para ele agora e pensar que costumava achar que estava apaixonado por esse homem. Parece apenas uma memória distante e pouco clara, cujo sentimentos não podem ser comparado com os de agora.

"Você fala agora ou vai embora." Diz Vegas duramente.

Assobiando, Luter movimenta o pescoço esguio.

"Eu encontrei a Duna" Diz Luter suavemente. Ele apoia as mãos sobre a borda da mesa de Vegas e inclina o corpo para frente. "Mas essa informação não é de graça. Eu quero uma coisa."

Soa até engraçado.

"Acho que você não entendeu" Diz Vega de volta, se levantando da cadeira. Ele inclina o corpo para frente também e garante que Luter está ouvindo todas suas palavras, prestando atenção em todas elas. "Eu não te pedi um favor, eu te dei uma ordem. Eu sou seu Príncipe e você me deve obediência."

Os lábios de Luter se partem como se fosse sorrir, mas desiste no último minuto.

"Claro, Alteza" Diz o Vamphir mais velho. Ele sustenta o olhar de Vegas por mais alguns instantes antes de empurrar entre os dedos um pedaço de papel dobrado. "Esse é o endereço."

Quando Vegas alcança sua mão, nunca deixando de olhar para ele, Luter ergue as sobrancelhas. Alguma coisa acontece com ele, os ombros enrijecendo subitamente e seus lábios perdendo a cor.

"Isso vai destruir você" Diz Luter, com uma seriedade que Vegas lembra de ter visto poucas vezes em sua expressão, e ouvido menos ainda de sua boca. Os olhos verdes dele desfocam um pouco, as pupilas dilatando e escurecendo. "Quem morre perde alguma coisa. Até você."

Vegas só consegue ofegar, surpreso.

"Isso não é da sua conta" Diz Vegas, a voz cheia de ceticismo. Ele puxa a mão de volta, cortando o contato físico.

Luter pisca para fora do transe, as pupilas diminuindo razoavelmente. O rosto dele continua muito sério, o cinismo característico longe de ser visto.

"Odeio quando isso acontece" Diz Luter em um tom baixo, abrindo e fechando a mão como quem levou um choque. Ele levanta a cabeça e olha novamente para Vegas. "Boa sorte com...isso."

Quando Luter bate a porta, Vegas se senta de volta na cadeira e aperta os lábios, se sentindo frustrado e ansioso. Ele olha para o pequeno pedaço de papel entre os dedos e observa o endereço escrito à mão. Porra, por que ele está hesitando? Pete Saengtham já deixou claro tantas vezes que não o quer e mesmo assim... Não é melhor simplesmente arrancar o curativo de uma vez?

Prolongar o que se tornou inevitável para eles dificilmente mudaria alguma coisa. Ele pode se casar com Pete mas com certeza ele vai odiá-lo pelo resto da vida por não ter tentado. E dar a ele um casamento infeliz não faz Vegas sentir melhor. Só aumenta o amargor no fundo do estômago e em sua própria boca.

Estar perto dele e não poder tê-lo seria simplesmente insuportável. O vínculo deles se romperia de uma forma muito mais cruel e dolorosa.

Decidido, Vegas se levanta. Ele não avisa à Kristen ou seja lá qual o nome dela que está saindo, esperando que ela possa ser pelo menos um pouco útil e desmarcar todos os compromissos que ele tem para o resto do dia.

Se tem uma chance de funcionar, Vegas vai tentar. E se não der certo, Pete pode odiá-lo em silêncio sabendo que ele tentou.







[...]






Pete não fica surpreso quando os olhos de gato de Porsche dobram de tamanho. Ele se sente meio constrangido na verdade, embora Anakinn esteja longe de ser visto há algum tempo tentando conseguir algumas bebidas para eles no bar, mas de qualquer forma, Porsche faz Pete sentir como se tivesse nu.

"Você fez o quê?!" Diz seu amigo, meio gritando meio sussurrando.

Pete chuta a perna de Porsche por debaixo da mesa, embora todos ao redor estejam muito ocupados em suas próprias bolhas para prestarem atenção na conversa deles. Além disso, não tem muita coisa de interessante na vida de Pete.

"Você não pode contar isso para ninguém" Diz Pete, murmurando. "Sério, Porsche. Ninguém pode saber."

Porsche faz alguma coisa com o rosto, franzindo o cenho e entortando os lábios. Ele olha na direção que Kinn saiu há quinze minutos e seus olhar se torna perturbado, quase culpado.

"Você pode contar para ele" Diz Pete, percebendo. "Contanto que mais ninguém saiba."

A batata frita já está fria, e a cerveja pela metade na caneca de Pete. Ele observa suas mãos, o olhar automaticamente atraído para a pulseira de diamantes pretos ao redor do pulso. Pete se lembra que Vegas tem uma também, como um par da sua. Uma gêmea.

"Isso é loucura" Diz Porsche, olhando para Pete de volta. "É loucura, você sabe, não sabe?"

"Não é loucura, é a coisa certa." Diz Pete, ainda olhando para a pulseira.

Ele tenta se convencer mais uma vez de que está fazendo a coisa certa. Não importa que isso cause algum tipo de dor física toda vez que Pete pensa sobre.

"É crime por um motivo" Sussurra Porsche, insistindo. "As pessoas morreram dissolvendo vínculos, Pete."

E... o que?

Claro que se houvesse algum risco de morte Vegas teria alertado-o. Magia de sangue se tornou proibida porque as pessoas começaram a querer serem deuses. Não é o caso de Pete.

"Ninguém morreu disso, Porsche" Diz Pete, revirando os olhos. "E Vegas e eu não somos almas-gêmeas. Nenhum de nós dois vai morrer de coração partido ou qualquer coisa."

Porsche olha para ele desacreditado.

"E onde vocês pretendem achar uma Duna que vá fazer isso?" Questiona Porsche com ceticismo. "Nenhuma bruxa vai querer trabalhar para um de nós."

Anakinn coloca três doses de tequila sobre a mesa quando Pete está prestes a responder. Ele se senta novamente ao lado de Porsche, o braço roçando o ombro dele quando Kinn se aproxima.

"O bar está cheio" Diz Kinn, inclinado para Porsche. Ele é bonito, não mais do que Porsche, mas tem sua beleza. Cabelo grosso e sedoso, assim como suas sobrancelhas, e um dos sorrisos mais brilhantes que Pete já viu. "Você ainda está com fome? Eu pedi algo para comer."

Os olhos castanhos de gato de Porsche carinhosamente sorriem para Kinn. Os olhos dele sorriem, que porra é essa? Se tratando de animações, há dois corações enormes e vermelhos dentro dos olhos de Porsche agora.

"Eu vou ao banheiro." Diz Pete já se levantando, de repente se sentindo meio enjoado.

Há somente um mictório disponível quando ele entra no banheiro, mas todas as cabines estão livres então Pete desvia para a primeira delas. Atrás da porta, ele se senta sobre a tampa do sanitário e cobre o rosto com as duas mãos.

Que merda ele está fazendo?

Que merda está acontecendo?

Kinn e Porsche são tão perfeitos um para o outro, por que para Pete não pode ser igual? Por que o destino, maldito seja, não deu a ele uma alma-gêmea menos problematica e sem uma sobrecarga histórica que deixa quase nenhum espaço para eles darem certo?

É... pedir por muito? É errado desejar que eles não fossem tão diferentes?

Tão impossíveis?

Merda de destino.

Como se tivesse escutando seus pensamentos, o celular de Pete vibra no bolso da calça. Ele realmente não precisa olhar para tela para saber quem é.

"Eu encontrei a bruxa" Diz Vegas rapidamente. O som da ligação diz a Pete que ele está em movimento. "Me diz onde você está. Eu vou te buscar."

O coração de Pete dá um salto no peito. A última vez que ele o viu foi há dois dias, quando Pete erroneamente foi até o apartamento de Vegas e eles se beijaram. De novo.

"A gente não vai morrer, não é?"

Vegas solta uma risada.

"Não, não vamos." Diz ele. "Então, Pet. Onde você está?"

"Em um bar, com Porsche e Kinn" Diz Pete laconicamente, encarando seus tênis. "Avenida Bower com a Laster. Tem um gato preto segurando um martelo na fachada."

Quinze minutos depois, Pete olha para os dois lados da rua antes de atravessar. Ele não diz a Porsche onde está indo, apenas que tem que ir.

Vegas está olhando para ele quando Pete bate a porta.

"Você está tremendo." Observa Vegas, falando suavemente.

Pete olha para ele de volta, e o ar parece sumir todo de seus pulmões. Como é possível que ele fique mais atraente a cada dia que passa?

"Fiquei ansioso" Pete se ouve dizer duramente. É como se ele não quisesse saltar no colo de Vegas como da primeira vez que eles se beijaram e morder os lábios dele até sangrar. Ou coisa parecida.

"Não posso garantir que ela vai fazer" Diz Vegas, virando o rosto para frente. O maxilar dele se movimenta quando ele engole saliva. Puta merda, Pete nunca quis tanto... morder e chupar o maxilar de alguém. "Ou que vai funcionar. Não depende de mim."

"Eu sei." Diz Pete, desviando os olhos dele.

Tudo que ele não precisa agora é ficar excitado. Qualquer coisa menos isso.

Pete quase não percebe quando a Mercedes começa a se mover pelas ruas movimentadas. Ele não olha para Vegas, mantendo seus olhos na paisagem noturna da cidade ao invés de babar pelo Vamphir ao seu lado. É mais fácil quando ele não olha para Vegas, na verdade. Quase como se ele não estivesse lá. Mesmo que a consciência do vínculo lembre a Pete todo instante que Vegas está lá.

Em algum momento, quando Pete está entretido contando as luzes dos postes, o carro para de se mover. Eles estão parados em frente a um prédio de dois ou três andares caindo aos pedaços. Não há muita iluminação naquela parte do bairro, seja onde for, e tudo ao redor deles parece verdadeiramente abandonado também. Exceto pela curva de pessoas dormindo na rua.

"Eu não acho que todo o seu treinamento te preparou para uma coisa assim" Diz Vegas, o queixo meio inclinado enquanto ele fala com Pete. "Você vai segurar a minha mão, e não vai soltar até que eu diga que pode soltar."

Balançando a cabeça, meio hipnotizado pela cor dos olhos de Vegas sob a pouca luz, Pete concorda.

"Está bem." Diz Pete laconicamente.

"Você não fala com ninguém e não aceita nada de ninguém." Continua Vegas. Ele mantém o olhar no rosto de Pete para garantir que ele está ouvindo.

Pete só entende o que eles verdadeiramente estão prestes a fazer quando sente o vento bater em seu rosto fora do carro de Vegas. Toda sua espinha se arrepia quando os dedos mornos dele tocam os seus, não deixando tempo para reclamações quando Vegas começa a andar, puxando Pete.

"Você tem certeza que é o lugar certo?" Diz Pete muito baixo, olhando ao redor da calçada.

É um prédio muito velho mesmo, há partes da parede faltando mesmo do lado de fora da construção. A menos que a bruxa que eles estão procurando seja uma moradora de rua, não tem exatamente nenhum motivo para entrar lá.

"Isso está caindo aos pedaços. Ninguém deve morar aqui."

"Eu nunca disse que era a casa dela" Diz Vegas, empurrando o portão enferrujado com a mão livre.

Pete faz uma careta para o som, não percebendo quando segura a mão de Vegas com mais força. Automaticamente os dedos dele ficam mais firmes ao redor dos seus também.

"Se você está com medo..."

"Eu não estou" Diz Pete rapidamente, expulsando o pensamento. "Não vou desistir."

Dois degraus e uma viga de madeira depois, eles estão em frente a portaria principal. Esticando um braço, Vegas toca suavemente a porta, e ela se abre com o mesmo som enferrujado de antes.

Os flashes das luzes coloridas piscando fazem Pete querer cobrir o rosto, mas Vegas segura sua mão com tanta força quando ele tenta soltar que imediamente ele se lembra. O lugar não é nada com o que Pete pensou que seria, e nem mesmo faz sentido que não seja um abrigo ou qualquer coisa parecida. É confuso e quase mágico.

A música alta parece muito peculiar, com um toque afrodisíaco que certamente deixaria qualquer humano em transe muito rápido. Essa nem é a parte mais estranha. Em todos os lados, não importa para qual lado Pete olhe, há um submundano diferente. Ele vê Vamphirs, Dunas e Lúpus dançando juntos.

Isso sim é muito esquisito.

"Pete" Chama Vegas, a voz soando abafada por debaixo da música tão alta. "Comece a andar."

A mão dele puxa seu braço, então Pete para de encarar a coisa mais estranha que ele já viu na vida e começa a andar. Ombros esbarram nos seus e ele recebe olhares tortos, mas ninguém se aproxima para dizer nada.

Próximo ao bar, Pete tropeça para frente quando Vegas o empurra suavemente na direção do balcão.

"O que você está fazendo?" Questiona Pete, apoiando suas mãos contra a borda de vidro do balcão.

Pressionando-o pelas costas, as mãos de Vegas alcançam seus quadris antes que Pete possa impedi-lo.

"Vegas."

"Relaxa" Diz Vegas contra seu ouvido, os lábios roçando em um ponto muito sensível atrás da orelha de Pete. "Eu só estou garantindo que ninguém vai te atacar pelas costas."

Isso... faz sentido, considerando que absolutamente ninguém ali gosta dele. Seria uma luta injusta.

"É, parece muito favorável para você" Diz Pete, tentando se afastar um pouco. Não tem espaço suficiente entre o corpo de Vegas e o balcão então ele não consegue ir tão longe.

Quando o barman se aproxima, os olhos violeta do rapaz piscam em choque, e seus ombros rapidamente endurecem, o rosto perdendo a cor.

"Diga a Faey que estou aqui" Diz Vegas duramente, pressionando Pete um pouco mais. "Vim cobrar a dívida."

O rapaz acena com a cabeça, muito rígido para soar natural.

"Sim, Alteza" Diz o bruxo, antes de correr para a parte de trás do bar onde Pete não consegue enxergar mais nada.

É irritante a quantidade de olhos que passam por eles, mas de alguma forma ele não se sente ameaçado.

"Vamos dançar" Diz Vegas de repente, agarrando o pulso de Pete.

"Quê?" Grunhi Pete, sem ter certeza do que ouviu. Mas quando ele olha para o rosto de Vegas exalando diversão, Pete sabe que ouviu certo. "Eu não vim aqui para dançar, eu vim para—"

Pete arregala os olhos, engolindo o resto de suas palavras quando Vegas se aproxima tanto que o nariz dele esbarra contra o seu.

"Shh" Diz o Vamphir, os olhos castanho âmbar escurecendo quando ele olha um pouco além dos olhos de Pete. Mais para baixo. "Cuidado com o que você diz. Não estamos entre amigos."

Pete ofega um pouco, empurrando a cabeça para trás. Vegas entende isso, então ele se afasta com um sorriso arrogante nos lábios.

"Você não vai morrer se dançar com a sua alma-gêmea." Diz Vegas, colocando as mãos em seus ombros.

Pete olha ao redor, reparando como de repente ninguém parece estar prestando atenção neles, mesmo que ele sinta que estão. Sutilmente, mas estão.

"Então agora nós fazemos piada sobre isso" Diz Pete, revirando os olhos.

"Não seja um chato" Diz Vegas de volta, puxando-o mais para perto.

O ritmo da música está longe do que eles aparentemente deveriam dançar, então Vegas pressiona seus ombros, obrigando Pete a se mover para os lados. O som lembra as músicas eletrônicas que Porsche gosta de ouvir, só que... sensual. É quase como entrar acidentalmente em uma casa de swing ou clube de striptease.

E Pete não é um péssimo dançarino, diga-se de passagem. Ele só não... está no clima para dançar. Não importa que Vegas esteja olhando para ele com algum tipo de apreensão como se esperasse que ele realmente fosse... dançar com ele.

Quer dizer, eles não deveriam estar... sob algum tipo de magia? Não deveriam estar... quebrando o vínculo que é o motivo pelo qual estão ali?

"Para de pensar" Diz Vegas, empurrando as mãos dos ombros de Pete para segurar seu rosto. O gesto é simples, mas também é estranho então Pete olha para ele como se tivesse um olho a mais crescendo na testa.

As luzes piscantes confundem um pouco sua visão mas Pete ainda consegue enxergar o rosto de Vegas. E é tão... perfeito. Ele é todo perfeito. Então por que... Por que eles são podem ser só eles?

A súbita vontade de sair correndo agarra na garganta de Pete, e o nó fica tão grande e dificil de engolir que seus olhos se enchem de lágrimas.

Pelo amor de Deus, ele não vai chorar.

Ele não vai chorar.

"O que está errado?" Questiona Vegas, com todo aquele cuidado que faz Pete se sentir de alguma forma especial quando ele sabe que não é.

Ele não é. Vegas não é. Eles não são. Não são nada. Não podem ser.

Não querendo olhar para ele, Pete vira de costas. Ele pisca para afastar as lágrimas, e a péssima sensação se desfaz em pedaços quando as mãos gentis e mornas de Vegas tocam seus quadris por debaixo da jaqueta preta. Pete sente a proximidade pelas costas, o peito firme dele pressionando sua coluna e seu rosto encaixando perfeitamente em seu pescoço.

"Fecha os olhos" Murmura Vegas em seu ouvido, a voz baixa e tranquila. Tudo ao redor parece desaparecer para Pete. Como se não houvesse mais ninguém além deles. "Vou fazer você se sentir bem."

Como? O pensamento surge através do vínculo deles, e pela primeira vez em muito tempo Pete não sente como se a porta tivesse fechado em sua cara. Ele sente como se Vegas estivesse abrindo. Para ele.

O hálito quente de sua alma-gêmea toca o espaço entre a mandíbula e o ombro de Pete, a língua úmida deslizando suavemente sobre a pele fina.

"Eu posso?" Questiona Vegas um tom de voz abaixo, as mãos pressionando Pete mais firme como se tivesse receio que ele fosse escapar.

Fechando os olhos, Pete acena suavemente com a cabeça. Ele não sabe o que esperar, e suas próprias mãos estão geladas de ansiedade, mas Vegas trás segurança. Pete se sente seguro, intocável, e quase imortal quando está perto dele.

Parte da tensão finalmente escorrega de seus ombros quando a boca quente de Vegas toca aquela parte pulsante em seu pescoço. Seria uma mentira, no entanto, dizer que não foi dolorido, mas dura tão pouco que quando a dor da mordida se esvai como sujeira em água corrente, tudo que Pete sente são as faíscas de um tipo de prazer que ele nunca sentiu na vida.

A sensação percorre todo seu corpo, tomando membro por membro e deixando-o parcialmente inconsciente de tudo ao redor. Pete não ouve e não enxerga nada, sendo tomado por uma onda quente de excitação bruta e tão intensa que ele poderia morrer de felicidade.

Seu corpo estúpido reage da melhor forma a todos os estímulos, e em minutos Pete está tão duro em suas calças que a sensação de que ele vai explodir se não se aliviar imediamente agarra em sua garganta como uma mão apertada. Ele demora para perceber que não é só a sensação, mas que uma das mãos de Vegas realmente está pressionando sua garganta enquanto os dentes dele estão firmemente presos ao seu pescoço.

"Alteza" A voz masculina abafada trás Pete um pouco de volta para o mundo real. Ele pisca quando abre os olhos e reconhece o rosto meio distorcido do barman bruxo de instantes atrás. "Alteza."

Pete precisa se segurar em algo quando Vegas afasta a cabeça, levando com ele a fonte da pior droga de todas.

"Faey vai ver você agora" Diz o bruxo, olhando para eles com os olhos violetas escuros, cheios de algum tipo de malícia que Pete não reconhece.

"Você está bem?" Questiona Vegas, murmurando contra a nuca de Pete. O nariz dele roça sua orelha, cheirando.

Pete choraminga de frustração.

"Eu vou morrer de tesão agora" Diz Pete, soando meio bêbado.

Ele percebe que, apesar da letargia, Pete tem noção do que está acontecendo ao redor, da música, as luzes e das vozes, mas seu corpo febril parece prestes a entrar em combustão.

"Me dê alguns minutos" Diz Vegas em voz alta, para o bruxo olhando para eles. "Onde nós..."

"Por ali" Diz o rapaz dos olhos violeta, apontando para algo atrás deles. "Eu vou esperar no bar. Me procurem quando... acabarem."

Com as pernas dormentes, Pete tropeça quando Vegas começa a puxá-lo para longe da multidão. Eles sobem uma escada caracol para um segundo andar, e Pete se assusta com o tamanho do Lúpus parado na entrada do corredor escuro. Aparentemente eles são invisíveis, ou então o título de Vegas é mais real do que ele pensava porque o homem nem mesmo sequer os questiona antes de abrir caminho.

Impressionado e quente de excitação, Pete tropeça novamente para dentro de uma sala vazia, e quase suspira de alívio quando Vegas beija sua boca antes mesmo de fechar a porta. A boca macia dele não é tão gentil, a língua rapidamente dominando a sua e os dentes arranhando seu lábio inferior.

Parte de Pete fica mortificada com a facilidade que ele permite que Vegas o toque, as mãos invadindo suas roupas e tocando cada faixa de pele disponível.

"Pete" Diz Vegas contra seus lábios, mordiscando sua boca. "Você está chapado agora."

Oh, cala a boca, Pete quer dizer. Ao invés disso ele beija Vegas mais forte.

"Eu não ligo" Murmura Pete, muito ciente da ereção de Vegas contra sua perna.

Eu fiz isso, diz o pensamento na cabeça de Pete. Eu deixei ele excitado.

Isso faz alguma coisa a mais com seu corpo, e outra onda quente de excitação toma Pete de dentro para fora.

"Pete" Diz Vegas em seus lábios.

Mas Pete está tão duro e molhado em suas calças que ele realmente não se importa. Ele só quer que Vegas continue tocando, continue fazendo-o sentir bem. Desejado.

"Porra, foda-se" Diz Vegas novamente, endurecendo seus toques. Ele empurra Pete na direção de algo macio, e ele cai de costas contra o que parecem ser almofadas.

É pequeno demais para ser uma cama mas Pete não se importa contanto que eles consigam se tocar.

Ele nem sequer repara a rapidez com qual seu corpo se tornou despido, com exceção da cueca apertada ao redor de seu pau dolorido. Vegas se inclina e chupa um de seus mamilos entre os lábios.

"Mm— Vegas" Geme Pete, empurrando a cabeça dele mais fundo.

Vegas morde seu peito, os dentes afundando no músculo enquando a língua acaricia o mamilo duro. Pete geme e se contorce, movimentando o quadril para cima em busca de alívio.

"Olha só para você" Diz Vegas, beijando todo caminho entre seu peitoral e pescoço. Os olhos dele estão escuros de luxúria, brilhando. "Eu poderia te comer inteiro."

Beijando-o na boca, Pete estremece e geme abafado quando a mão quente e firme de Vegas acaricia seu pau. Primeiro por fora da cueca e depois por dentro, os dedos escorregadios contra a pele sensível.

Isso é errado, ele tenta dizer a si mesmo. Não funciona.

Incapaz de ficar parado, Pete move seu quadril, se fodendo contra a mão de Vegas, gemendo contra a boca dele. Tão bom, tão bom. Isso é meu, diz a coisa insana dentro de Pete. Meu.

"Vegas" Pete geme, os dedos apertando ao redor dos ombros dele. Vegas ergue o rosto perfeito, pegando seu lábios entre os dentes. Ele solta um gemido abafado também, deslizando sua mão mais rápido sobre Pete.

É tão lindo que Pete vem olhando para ele. Ele estremece e seu corpo endurece antes de amolecer quando ele goza, ainda empurrando contra o punho de Vegas.

Depois disso, Pete continua olhando para Vegas.

"Nós temos que ir" Diz Vegas com a voz baixa e a respiração calma.

Ele olha para a boca de Pete e se inclina como se fosse beijá-lo, mas então Vegas para no último segundo. Amolecendo contra o estofado, Pete só olha para ele, ainda ofegante e extasiado.

A coisa dentro dele reclama.

"Me beija" Pete se vê murmurando, uma mão na nuca de Vegas, puxando seu rosto para perto. O Vamphir hesita, olhando em seus olhos com muita firmeza antes de ceder.

Os lábios macios dele caem sobre os seus, leve e quente. Pete suspira de prazer.

"Amor" Diz Vegas suavemente, se afastando. "Nós temos que ir."

Só quando Vegas se afasta e a falta do calor dele faz seu corpo estremecer, Pete percebe.

Que porra eles fizeram?





[...]


Esse foi o maior cap até agora hihi. Tivemos uma evolução, hein?

O que vocês acharam? Me contem suas teorias por favorrr! Eu adoro!

Beijo e até o próximo!

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