Morango e tinta guache | MiCh...

Av CHAEY0UNGEMO

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Son Chaeyoung é a garota popular e mais carismática do colégio de elite sul coreano, localizado em Seul, tend... Mer

Capítulo um: Incidentes e moletom sujo.
Capítulo dois: O convite.
Capítulo três: Camisa do Red Velvet.
Capítulo quatro: Passado e um novo futuro.
Capítulo cinco: Cabelos guardam memórias.

Capítulo Seis: Festival.

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Av CHAEY0UNGEMO

Olha quem está aqui, é o Lys!

Estão se despedindo dessas duas sapatonas? Eu espero que sim, pois chegamos no final de mais uma história.

Queria agradecer a vocês que me deram bastante apoio com essas sapatonices, a minhas amigas que sempre me disseram para seguir em frente e não desistir delas, como eu quis tentar.

Obrigada a quem chegou até aqui, e boa leitura.

__________

Mina se despediu do seu irmão mais velho, correndo segurando sua bolsa de lado, com medo de que algum acidente acontecesse e ela perdesse novamente sua carteira.

Estava indo encontrar Sana e Momo. Encontrar elas na sorveteria.

Não sabia do porque o convite, mas aceitou de bom grado quando ouviu de Sana "Iremos te pagar o seu preferido", então logo foi correndo de encontro a elas.

Chegou no local, que não era longe de sua casa, e ouviu um sino soar acima de sua cabeça, sinalizando que havia chegado. Ao longe tinha suas duas amigas, acenando para si sorridentes.

— Olá, Hirai Momo e Minatozaki Sana. Estão bem? – Se sentou na cadeira de frente as duas.

Momo sorriu, enquanto Sana cumprimentava ela com um aperto de mãos, animada como sempre.

— Estamos bem. De que sabor vai querer? – Hirai perguntou.

— Eu recomendaria de chocolate ou baunilha, são meus favoritos. Mas também gosto do flocos daqui. – Opinou.

— Ah, eu vou querer de morango.

— Com calda? – Sana perguntou em expectativa.

Sana amava calda.

— Com calda! – Riu da reação dela, batendo palminhas alegres.

O pedido foi feito, deixando ambas sozinhas alí.

— Então... Como tem passado? Você andou distante de nós, ficamos com medo de estar chateada com algo. – Momo questionou.

Mina arregalou os olhos, negando rapidamente com a cabeça.

— O que? Claro que não. Eu apenas ando ocupada com algumas coisas em relação a Chaeyoung. Sabe, a filha da coordenadora. Estamos trabalhando juntas em um quadro.

Sana suspirou aliviada.
— Eu disse que não era nada, Sana. – Fez carinho no cabelo da amiga.

Aquele carinho não parecia um simples afeto... Ou será que era?

— Eu sei, me desculpe. – Olhou para baixo envergonhada.

— Eu que peço perdão. – Myoui disse. – Me desculpem se pareceu que eu estava chateada com vocês. Na verdade, gosto muito das duas, porém essas semanas andei ocupada, como disse.

— Chaeyoung está te roubando, não é? Aquela pilantra! Vamos ter uma conversa séria com ela. – Momo disse divertida.

— O que...

— Ela terá que me pagar muitas festas das garotas.

— Com aqueles cookies gostosos que ela faz, né?

— Como assim? Vocês duas são amigas dela? – Mina olhou confusa.

Sana e Momo se encararam, como quem tivesse visto um E.T. Era óbvio que sim, mas Mina não sabia?

— É claro, doce. Você não sabia disso? – Momo disse e Mina discordou.

— Conhecemos Son desde o fundamental, éramos inseparáveis até esse ano. Ainda conversamos um pouco. – Sana declarou.

Agora tudo fazia mais sentido na cabecinha de Mina.

— Iremos combinar de sairmos nós quatro, okay? Ainda podemos ser um trio, com a Chaeyoung inclusa.

— Sabemos que gosta dela. Iremos ajudar nisso. – Momo disse, enquanto Sana amassava seu pé com a sandália tentando a corrigir.

Gostar...? Ela gostava dela, mas como sabiam?

— Como sabem? – Arregalou os olhos. O sorvete dela foi servido na mesa.

— É óbvio. Acho que todos ao seu redor perceberam, Mina. – A tagarela continuou.

Mina estava mais confusa ainda?

— Porque? Digo, porque é óbvio? – Disse acelerada, meio em pânico.

– Se acalma, Minari. É algo óbvio, mas apenas quem te conhece bem percebe. Você nunca sairia do seu conforto para andar com pessoas populares ou fazer uma franja. – Sana apontou para o cabelo da garota.

Ela estava diferente depois de Chae...?

— Estou diferente depois dela? – Indagou.

— Sim. – As amigas disseram em uníssono.

— E estão felizes com isso? Não estão descontentes de eu gostar de uma garota?

— Obvio que não, tola. – Momo disse, rindo da reação desesperada de Myoui.

Mina foi se acalmando aos pouquinhos.

— Mesmo?

— Uhum. Vamos comer.

Agora Mina estava mais aliviada. Sabia agora que não era o pior ser humano do mundo apenas por querer namorar uma garota.

[...]

A garota com cabelos escuros e longos respirava fundo, tomando ar enquanto seu irmão mais velho estava ao lado tentando a acalmar.

O dia do festival havia chegado.

— Fica calma, sonsa. Vai dá tudo certo, você e a Son se esforçaram muito para ganhar, irão arrasar. – Seokjin tentou.

Ele pegou um copo de água e deu pra ela, a mesma sentada em uma cadeira de madeira tentando se por em foco.

Havia chegado o grande dia, o dia da competição. O quadro estava feito, Mina tinha caprichado na pintura, e comparado as outras exposições a da dupla seria a melhor.

Mas pra que tanto nervosismo?

Son Chaeyoung, a garota que havia roubado dois beijos de Mina.

Elas se veriam depois de uma semana sem trocar olhares e muitas mensagens. Frente a frente, e ainda por cima, em uma competição.

Mina olhava através da porta que tinha na sala do artista se a garota havia chegado, porém nada. Faltava menos de dez minutos pra começar, e nem tinha sinal de vida.

Aonde raios ela teria se metido?!

— Tem algo errado, Seok. Chaeyoung ainda não chegou, ela não é de se atrasar. – Bebeu a água do copo.

Jin suspirou.

— Ela virá, eu prometo. Agora, vamos ficar próximos ao quadro exposto, sim? Irão achar que não tem dono se ficarmos tão longe. – Pegou em sua mão e a guiou para fora.

Olhando ao redor, toda a escola estava lá. Sana, Momo, os irmãos Huening, Jihyo... Todos aqueles conhecidos estavam alí na esperança de Mina e sua amiga receberem um troféu.

Mas e se não conseguisse? E se tudo der errado?

Ah, eu conheço essa sensação muito bem: ansiedade.

Ela não queria decepcionar ninguém, até mesmo o papai Myoui tava lá. E agora?

— Pessoal, por favor, pintores fiquem ao lado de seus quadros, iremos começar a avaliar. – Um adulto disse em um microfone, fazendo a garota tremer da cabeça aos pés.

Era agora, e nem mesmo Chae estava lá.

Olhou para baixo, se prendendo em pensamentos. Se sentia pressionada, triste, e por cima de tudo, ansiosa.

Era pior do que quando a vovó pedia pra que ela apresentasse seu namorado.

Era pior do que o seu próprio aniversário.

Era pior do que ser rejeitada amorosamente pela garota com cheirinho de morango...
Ah não, esquece, não era.

Nada no mundo pode ser pior do que receber um fora de sua nova melhor amiga.

Talvez Chaeyoung só tenha feito uma pegadinha consigo o tempo todo para rir com os populares depois.

Será que até mesmo Dahyun sabe disso? Ela está agora acenando para Mina.

Acenando... para Mina?

Myoui se vira pra trás, vendo finalmente a garota de lábios brilhantes e cheirosos chegar no evento, correndo e quase caindo com seus pés.

— Chae... – Mina disse sem ao menos perceber, havia escapado de sua boca.

— Uau, eu corri muito agora. – Se aproximou dela se apoiando nos próprios joelhos. – Me perdoe, o carro acabou quebrando enquanto eu vinha, e tive que vir correndo.

— Correndo...? Mas você mora em outro bairro. – Ficou confusa.

— Pois é. Por sorte cheguei a tempo. – Se posicionou ao lado da pintura. – Hey, porque está chorando? – Levou o polegar ao rosto de Mina e secou uma lágrima.

Ela nem tinha percebido que havia caído.

— Me desculpe, eu fiquei em pânico. Achei que não viesse. – Sorriu secando outra lágrima com cuidado.

Chaeyoung botou as mãos na cintura e fez uma careta.

— Relaxa, gatinha. Nem que você quisesse eu iria te abandonar, tá? – Botou o rosto entre as mãos, sorrindo meiga pra Minari.

Mina riu do gesto fofo, vendo o jurado se aproximar. Ele era mais velho, com um óculos de armação e redonda e cabelos grisalhos.

— O que temos aqui, senhoritas... – Forçou a vista para ler os nomes. – Son Chaeyoung e Myoui Mina.

Mina ia responder, porém Chae tomou a frente.

— Temos aqui um morango pintado em tinta guache, com pinceladas leves e desenho feito totalmente por nós duas, sem referências da internet. Retratamos uma natureza morta nesse quadro, sendo ele a fruta posta no gramado verde. – Ela sorriu simpática após o discurso.

Ele anotou algo no caderno.

— Vocês se acham dignos de ganhar com uma natureza morta, senhoritas? Não se parece como os demais quadros. – O senhor disse, deixando Mina apreensiva.

— Sim, nós achamos que sim. Nos esforçamos com técnicas de desenho e pintura para criação do morango, botamos tempo e amor no que fizemos. Acho que merecemos um prêmio, senhor. – Mina respondeu, tendo um lapso de confiança.

Ele apenas sorriu e se retirou, indo para o próximo quadro.

— Uau... – Son se impressionou.

— O que foi?

— Você falou tão bonito agora, Minari. Acho que a franja mudou até mesmo sua personalidade, estou contente. – Se aproximou e beijou sua bochecha.

Myoui sorria boba, deixando escapar uma risadinha.

Agora ela entendia algo, Son não era como as outras.

Ela não estava mais presa no Texas, com pensamentos ruins e um psicológico abalado.

Ela estava na Coréia do Sul, com a garota que gosta, competindo arduamente pelo quadro dos sonhos, com amigos ao seu redor e seu irmão dando todo apoio.

O passado ficou pra trás, só restou pensamentos positivos agora.

Amadurecimento.

— Pessoal, iremos anunciar o ganhador do concurso. Silêncio, por favor. – O cara do microfone deu algumas batidas no instrumento. – É com todo orgulho que temos a declarar mais uma vez o ganhador deste prêmio ansiado por muitos alunos desta escola. Nós gostamos de cada quadro, porém infelizmente apenas um poderá levar o troféu para casa e o prêmio em dinheiro. – Todos fazem um som desgostoso com a boca.

Chaeyoung apertou a mão de Mina, nervosa.

— Acha que ganharemos? – Son perguntou e Mina assentiu.

— O prêmio vai para... — Ele fica em silêncio em suspense. – Para o quadro do morango da natureza morta, com as pintoras Son Chaeyoung e Myoui Mina!

Mina gritou fino, e Chaeyoung à abraçou forte, sussurrando palavras de vitória no ouvido da amiga.

Vários repórteres da escola chegaram, enfiando câmeras e microfones da cara de Chae. Ela animadamente falava sobre o quão orgulhosa estava de si mesma e Mina, e toda a busca pela perfeição em sua arte durante os anos.

Mina sorria, se afastando e indo se sentar em um lado das arquibancadas sozinha.

Pensou no quão tudo havia mudado desde ela chegar.

Agora Mina havia ganhado um prêmio daqueles, podendo finalmente comprar sua aquarela preferida, tinha feito amigos de verdade – além das que já tinha –, e finalmente podia ser ela mesma.

Seu passado não a perseguia mais.

Nada do passado importava, apenas o presente.

No final das contas, passados são histórias guardadas em um baú velho e empoeirado, que apenas existe pra querer te assombrar, ou relembrar momentos que nunca voltarão.

O presente é um cara amigável que te faz piadas e motiva, querendo te ver feliz e de queixo erguido.

Ah, espera, essa não é Chaeyoung?

Chaeyoung é o seu presente.

E falando nela, ela fugiu dos repórteres e estava andando em sua direção agora, sorrindo de orelha à orelha, feliz.

— Me perdoe a demora, já estou aqui. – Se sentou do seu lado, segurando sua mão. – Está bem?

— Estou, é que... É apenas surreal como tudo está diferente agora. Acho que estou feliz em ter te encontrado, por ter cortado minha franja e me feito acreditar que eu posso sim vencer um festival. O quanto minha arte pode ser incrível e encantar vários jurados. Obrigada, Chae. – Disse corada, desviando o olhar.

Son estava sem palavras. Parecia ter ouvido a declaração mais linda de todas da boca de Mina. Não sabia o quanto ajudava a garota, mas se sentia feliz com isso.

Fez agora o que sua mente mandava, beijou os lábios da amiga segurando seu rosto com ambas mãos.

Mina retribuiu o beijo como quem precisava daquilo para viver. Aproveitou aquele toque, acariciou sua boca com a dela e suspirou no gosto de morango que ela tinha.

Era macio, delicado e amoroso.

Se separaram, tentando recuperar o ar.

— Mina...

— Eu também gosto de você, Son. – Disse de uma vez, soltando o que tinha muita vontade de dizer à tempos.

Chae abriu os olhos, sorrindo mais ainda. Era recíproco, o amor delas era real.

— Namora comigo? – Disse no calor do momento, sabendo que não se arrependeria disso depois. – Eu sei que pode parecer do nada, mas eu ando pensando nisso à um tempo. Gosto de ti tanto quando gosto de mim, e você é a pessoa que mais me faz feliz, Minari. Amo suas pintinhas, sua meiguice e olhos fofos. Quero passar todo o tempo do mundo contigo, por favor, aceite meu pedido. Aceita namorar comigo, a bobona Son Chaeyoung?

Mina fechou os olhos em um sorriso.

— É claro que sim! – Se jogou no seu colo, a abraçando toda.

— Namorada.

— N-Namorada! – Repetiu firme, entre lágrimas.

Sabiam que não seria fácil, pois apesar de toda evolução, Mina ainda era uma pessoa medrosa e insegura, mas ela tinha em mente que poderia contar com Son para tudo. Pois ela era seu presente.

E então, assim foi escrito nas estrelas, Son Chaeyoung e Myoui Mina, para sempre.

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