Hope - Ziam

By ladyarrozdoce31

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E mais uma semente de íris foi plantada, ao lado das outras sete que floresceram naquele dia. A flor, batizad... More

Chapter one
Chapter two
Chapter three
Chapter four
Chapter five
Chapter six
Chapter seven
Chapter eight
Chapter nine
Chapter ten
Chapter eleven

Chapter twelve

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By ladyarrozdoce31


*o quadro do Zayn é a foto da capa da fic

*gratidão pelo afeto nessa coisinha aqui  ♡

— Falta alguma coisa. — observou em volta, achando tudo lindo, mas sentindo que um detalhe a mais seria o sinônimo da perfeição no gabinete do atual juiz.

Sete meses depois, Zayn alcançou seu objetivo. Era mais uma vitória, alem da paternidade e a tendência seria melhorar cada vez mais.

— Como o quê? O toque especial do meu amado? — o abraçou pelas costas, tocando a barriga avantajada, beirando as trinta e oito semanas de gestação. Liam sorriu, encostando a cabeça em seu ombro. 

Em pensar que finalmente estava vivendo o que tanto desejou ter, que conseguiria chegar até o fim. Mal podia acreditar que com o passar do tempo, apesar dos riscos existentes na gestação delicada, se tornava cada vez mais próximo de alcançar seu desejo mais profundo. Cada semana que se passou foi uma vitória. Valorizava o crescimento de sua barriga, em cada centímetro, assim como cada movimento de seus bebês e até mesmo nas mudanças em seu corpo. 

Tudo fluia tão bem, mesmo com as restrições e Zayn o apoiava como um bom pai e parceiro, orgulhoso e amoroso de uma forma que Liam jamais teria palavras suficientes para agradecer, mesmo que ele estivesse fazendo o mínimo. 

— Tão romântico… Gostei. Só não aposente o meu Malik sexy e fogoso ou entrarei em depressão. 

— Essa é apenas mais uma versão de mim. E sim, falta um toque especial da sua pessoa. — se afastou, tirando debaixo da mesa um pequeno quadro — O que acha disso?

— Não acredito que emoldurou isso. Era só um rascunho. — se surpreendeu ao ver o desenho desleixado que fez de sua flor, se tornando um artigo de decoração. 

— O rascunho perfeito. — colocou na parede, satisfeito com o resultado — Agora sim. Tudo se encaixa, assim como nós. 

— Vem ca, meu juiz delicioso. — lhe puxou pelo colarinho e o beijou — Eu adorei a surpresa. 

— Eu sei que sim.

— Tão confiante… Com quem aprendeu isso?

— Adivinha? 

— Espertinho… Já posso manusear um pouco o seu martelo? A corte esta em sessão… — apalpou sua calça por cima do jeans, sentindo o tesão começar a devorá-lo. Sexo era permitido, contanto que não fosse algo muito extravagante, como Liam ja estava habituado. Apesar disso, se contentava com uma transa "morninha".

— Sem grandes esforços… — recordou, se entregando ao fogo do advogado. 

— É justo. Vamos inaugurar a sua sala e…  Merda. — praguejou ao ouvir batidas na porta. Revirou os olhos e se sentou. 

— Se comporte, doutor. — alertou ao ver o bico emburrado e se arrumou para abrir. — Oh… Bem vinda, Jelena. — sorriu ao ver a moça disposta. Ela o cumprimentou com um abraço e um beijo no rosto. 

— Obrigada por me receber. Adorei o espaço. — elogiou ao entrar e admirar o local. 

Liam parecia um falcão mirando a moça dos pés à cabeça. A saia justa e colada, assim como a blusa que evidenciava o decote. Os saltos finos eram um clássico e os cabelos soltos aumentavam o combo do charme de uma mulher profissional, porém sedutora. 

— Obrigado. É minimalista, do jeito que eu gosto. Liam, essa é Jelena Hadid, a arquiteta que comentei. Foi muito bem recomendada e acredito que vai nos ajudar muito, já que Jelena também é decoradora e formada em design de interiores. — se empolgou ao apresentá-los. 

— Veremos se ela têm o que é preciso para nos ajudar com isso. Como vai, senhorita? — se ergueu lentamente, segurando a barriga, quase como se quisesse esfregar no rosto da moça que ela apenas existia por causa do homem que estava ao seu lado. O mesmo homem que ela estava claramente espiando de soslaio com certo interesse. 

— Muito bem, obrigada. E você?

— Nunca estive melhor. O que têm para nós? Zayn mencionou uma prévia. 

— Bem, como o senhor Malik e eu estivemos nos correspondendo, tive atenção nos detalhes e acho que consegui chegar pelo menos na intenção real do que vocês podem ter idealizado. — abriu a planta sobre a mesa. Liam se aproximou, interessado. 

— Não tenho dúvidas do quanto a senhorita deve ter se dedicado para chegar nesse resultado… Pois bem, uma piscina desse tamanho é desnecessário, sem contar que corta pelo menos a metade do espaço em que pensei reservar pra nossa horta e o meu jardim. 

— Mas os tons terrosos são satisfatórios. — Zayn observou. 

— Menos para o quarto de brinquedos. Quero cores vivas, tanto lá, quanto na biblioteca e isso se mantém.

— No quarto das crianças, tons neutros, para não ser tão maçante estar nesse ambiente, levando em conta que a luz do sol reflete nesses cômodos na maior parte do dia. — Jelena pontuou.

— Seria, se estivessem em um prédio comercial, mas isso não será problema. Zayn usará a criatividade para dar vida a essas paredes. — sorriu ao comentar. Ambos gostavam de arte, Liam era bom com desenhos e Zayn tão bom quanto, além de suas pinturas. 

— Tenho certeza que o resultado será bem melhor do que qualquer coisa que eu tenha imaginado. — a arquiteta sorriu, tocando o braço de Zayn com certa intimidade. Liam se enfezou e Zayn disfarçou — Sobre a sala de estar, será ampla e aconchegante. 

— Integrada, certo? Não vejo problema. — Zayn falou. 

— É ate mais satisfatório. — Liam o apoiou sobre isso, ainda intrigado com a arquiteta saidinha, quase não acreditando em seu flerte velado, bem ali na sua frente. 

— Vou corrigir isso, senhor Malik. — a arquiteta fez suas anotações. — O que mais o senhor deseja de mim? — sorriu, com segundas intenções. Liam piscou lentamente ao vê-la tocar o braço do Malik outra vez. 

Zayn até diria, porém seu celular tocou. 

— É importante. Um minuto, apenas. — atendeu o aparelho e se ausentou após um selinho em Liam.

— Como estamos até aqui? 

— Nos entendendo, suponho, Liam.

— Pode me chamar de senhor Malik, afinal sou tão seu cliente quanto o Zayn é, mas a senhorita se comporta como se isso não tivesse uma grande valia.

— Perdão. Eu não entendi, Liam. Estou valorizando as opiniões dos dois. 

— Minha bela dama, para cima de moi? Está subestimando minha esperteza? Pois vou te dizer uma coisa, linda. Meus pés podem estar inchados, minha coluna aos farelos e essa barriga pesando como uma verdadeira bola de destruição, mas te garanto que meus sentidos estão apurados, principalmente se tratando de farejar uma boa galinha querendo ciscar no meu valioso terreiro. — disse, sereno e calmo. Viu as bochechas se tornarem dois pontos cor de rosa e ela engolir seco. Se claramente estava dando uma de Gio Matteo para cima de Malik, ele seria a própria Anastasia Grey para colocá-la em seu lugar. 

— Acredito que houve um engano. Provavelmente passei uma impressão errada. Eu jamais faria o que pensa que estou fazendo. 

— Mais do que isso, além de pensar, estou vendo. A senhorita está de uma forma descarada se insinuando para o meu homem, como se eu não estivesse aqui e sugiro que abandone essa atitude, antes que eu te tire dessa jogada. Ouvi dizer que jamais perde um bom negócio e não vai querer que eu seja o pioneiro em sua maré de azar. 

— E-eu não me insinuei. — se intimidou.

— E eu sou a reencarnação da Cleópatra. Vamos aos fatos, senhorita Hadid, controle suas mãos nervosas e abra seus ouvidos, porque isso não se trate de um projeto para agradar o senhor Malik, apenas. Se trata da nossa casa, a casa da nossa família, portanto pare de dar em cima do meu homem, seja menos ambiciosa e mais aberta ao que eu quero também, sem me excluir, ou então, procuro outra pessoa para ocupar o seu lugar. Compreende?

Jelena assentiu, temerosa pela ameaça e firmeza de Liam. 

— Sim, senhor Malik. 

— Boa menina. — sorriu ao notar que ela entendeu o seu recado. 

Zayn não demorou a estar de volta. 

— Então, perdi muita coisa?

— Nada demais. Senhorita Hadid está sendo uma ótima arquiteta priorizando às nossas vontades. 

— Não imaginei que poderia ser diferente. — sorriu, abraçando o pai de seus filhos e dando continuidade a reunião. 

— Você quer ser o número quatro? — indagou, observando a praia durante o trajeto até o hospital. O parto estava agendado para aquele dia e apesar da ansiedade, Liam pensava em sua relação estável também. 

— Como é?

— O quarto marido. 

— Casamento não é garantia de futuro. Quer assegurar alguma coisa? — estacionou na vaga e saiu do carro. 

— Eu ja sei que você me ama e que é louco por mim, mas preciso saber se tem a intenção de tornar isso oficial perante a lei. — desceu com a ajuda de Zayn, que ajeitou o casaco dele. 

— Adoraria que tivesse o meu nome, já que as pessoas mais importantes da minha vida vão ter e só falta você. — beijou a ponta de seu nariz e deu a volta ate o porta malas.

— Foi um pedido? — sorriu, o acompanhando. 

— Uma sugestão. Acho que você já deve estar cansado de pedidos e não vou te entediar com isso. 

— Olha para mim, Zayn. 

— Estamos atrasados e preciso pegar suas…

— Escute bem, outro pai dos meus filhos. — segurou seu rosto, ignorando suas mãos ocupadas. — Eu aceito. Fechamos assim? Você e eu com o mesmo sobrenome e alianças de ouro?

— Como um acordo?

— Você me completa. Soma o melhor de mim e preenche um espaço que eu fingia não existir. Acho que pode funcionar e agora imaginei nós dois idosos, em uma casa de praia, pelados na areia, debaixo de um sol morno, fodendo depois de você tomar um estimulante.

— E provavelmente infartando em cima de você.

— Eu ficaria feliz por ter seu pau mole dentro de mim, literalmente até a morte. Depois disso eu provavelmente também infartaria, porque pensar em viver sem você, me mataria também. — mordeu o lábio ao admitir. Zayn deu risada, Liam mais uma vez estava sendo fora do convencional ao lhe pedir em casamento —  Não ria e finja que não fui meloso nesse nível. 

— Vou fingir que você beberia no meu funeral e que depois iria agir para ser um sugar daddy para abafar sua solidão. Assim se sentirá melhor. — pôs a mala e a bolsa no chão e o abraçou. 

— Eu não posso negar. Seria uma opção muito boa também. Mas o fato é que, agora que vamos reformar a casa que compramos e que vamor morar juntos, me sinto pronto para dizer que eu… te amo e quero te tornar meu quarto marido, mas fique sabendo que se vacilar comigo, vagas para um quinto ou sexto também serão abertas e não pense que vou manter seus testículos intactos. Possuo um teaser poderoso, uma arma e não tenho medo de usar ambas as coisas. — disse sério. Estava apostando sua felicidade ao colocá-la nas mãos dele e achava justo não ter danos por sua decisão. 

— Sim. Eu aceito suas condições. Contanto que continue me fazendo sorrir. — o beijou, sem acreditar que Liam queria dar mais um passo importante no relacionamento. 

— Não vai ser difícil. Pronto para conhecer seus filhos? — suspirou, olhando para a barriga e imaginando que dali a algumas horas, já não mais existiria. 

— Pronto para começar a nossa família? Vai dar tudo certo, meu amor. 

— Se não der… Fique com eles…

— Vou ficar com os três. Os meus três bebês. — beijou sua mão. Liam respirou fundo e o abraçou. Prontos, seguiram para o prédio, na espera da mudança maior em suas vidas. 

Uma hora depois, Liam esteve de repouso e Zayn velou seu sono ainda em êxtase por aquela experiência. Minutos depois ele acordou e então foi permitido que pudessem ir ate o berçário ter o segundo contato com os pequenos, ja que por serem prematuros, necessitavam passar mais tempo ali ate se recuperarem por completo. Felizmente, a saúde de ambos estava boa na medida do possível, considerando o fato de terem nascido antes do tempo por uma questão de segurança.

Liam tinha lágrimas nos olhos e se perguntou como não havia desidratado desde o momento que bateu os olhos em seus filhos. Com a ajuda de Zayn, acomodou ambos em cada braço, cauteloso pela confusão de fios e mantas que os enrolavam. Antes daquele contato, choravam e apenas pararam quando sentiram o aconchego dos pais, já que antes de Liam, Zayn também teve o privilégio de amparar os gêmeos durante a alimentação. 

— Ela têm os seus olhos. — Liam sorriu ao ver a menina piscar lentamente, apesar do sono.

— Ele têm os seus. — observou que o menino fazia o mesmo que a irmã, piscando os olhos ate se fecharem de vez. — Obrigado por isso, por me tornar ainda mais completo do que imaginei que conseguiria ser. 

— Disse o homem que me fez acreditar no amor novamente e que me ajudou a realizar o meu sonho. Mal vejo a hora de colocar uma aliança em seu dedo, meritíssimo. Eu te amo. — parecia querer transbordar ao dizer aquilo e Zayn partilhava a mesma sensação. Com cuidado, se inclinou e lhe deu um beijo casto.

— Eu te amo, doutor Payne. Também amo vocês, Adam e Aurora Malik, minha herança. Desejo que sejam tão felizes como eu sou. E espero que vivam verdadeiramente, sem arrependimentos.

— Enquanto a gente envelhece e muda. — completou, olhando para os dois recem caidos no sono. 

— Os dias e as noites podem mudar, mas jamais mudaram você e eu, meu amor. 

— Poético. Seria uma linda canção. — refletiu. Malik assentiu.

— Uma canção para os nossos bebês. Even when the night changes, it will never change me and you… — cantarolou baixo uma melodia qualquer — O que acha? 

— Ja é um começo. Como o nosso começo. A propósito, existe alguma coisa em que você não seja bom? 

— Existe algo em andamento, algo que estou aperfeiçoando. 

— E seria?

— Te fazer feliz.

Liam sorriu. Se detestando por corar. Ele ainda era o lado desinibido da relação e Zayn não tinha o direito de deixá-lo desconcertado. 

— Você já está no caminho certo. — foi sua vez de beija-lo e isso se interrompeu por dois toques suaves no vidro. Assim que os dois viraram, sorriram ao ver rostos conhecidos ali. Os pais de Liam, Trisha com Yasser e ate mesmo Harry e Louis, que deixaram a pequena Leia com os pais de Tomlinson apenas para verem pela primeira vez o rostinho dos afilhados. 

E Liam apenas sentiu gratidão por sempre ter acreditado, mesmo quando essa crença diminuia, que conseguiria chegar ali, naquele momento. E chegava ser ainda melhor, pois ao contrário do que achou que seria, onde trilharia sozinho aquele caminho, havia esbarrado novamente com o amor de um homem bom. E esse mesmo homem era digno de ser pai de seus filhos, além de dá-lo seu sobrenome. Diante disso, nada poderia ser maior ou melhor do que viver o que estava vivendo.

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