Amor em Verona • Destiel

By autoradestiel

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Castiel tem um sonho: fazer uma viagem incrível para Verona. Mas, chegando lá, descobre que a casa que reserv... More

AVISOS
Viagem de Brandon & Castiel para Verona!
Bem vindo à Villa Romantica.
Apenas reprima.
Paz de convívio.
Na boca do lobo.
Sou britânico!
Buon appetito!
O que você faria?
Isso é romântico.
Seguir meu coração.
História antiga.
Reservas?
Estranho.
Jura ao Menos que Amor me Tens...
Sorria porque acabou.
O Amor Acha um Caminho.

Itália é para os enamorados.

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By autoradestiel

Sozinho em seu apartamento, um sentimento diferente tomou conta do moreno ao que navegava pelas fotos da paisagem e da casa que havia encontrado na Internet para passar sua estadia em Verona.

O toque de seu celular o despertou, respirando fundo antes de atendê-lo e colocar um sorriso em seu rosto que até então se mostrava abatido.

— Oi.

— Oi, Cassie. Como você está?

— Igual à última vez que me perguntou, há cinco minutos. — ele respondeu doce para Gabriel, tentando mostrar em sua voz que estava realmente bem.

— É que eu estou preocupado com você. Decepção amorosa é horrível. — Cas ouviu um tilintar, talvez em uma taça, seguido por alguém despejando um líquido na mesma. — Está muito mal? Em uma escala de 1 à Adele?

— Eu vou ficar bem. — Castiel riu. — Sério.

— Pode me ligar quando quiser.

-— Eu vou. Te amo.

— Te amo mais! Tchau! — Gabe encerrou a ligação, soltando o celular e virando para o namorado. — Brandon terminou com ele, você me deve cinco dólares.

O dedo de Castiel permanecia no touchpad de seu notebook, a aba do House 'n Host aberta e duas opções ali o torturando.

Confirmar ou Cancelar.

Engolindo o nó em sua garganta, abriu outra aba pesquisando pelo Tradutor e digitando em italiano a frase que havia chamado sua atenção no perfil de Silvio.

L'amore trova una via.

O Amor acha um caminho.

Leu aquela frase pelo menos umas três vezes, as palavras de alguma forma trazendo a confiança necessária para apertar o botão e confirmar.

[...]

Pensamento positivo.

Enquanto observava vários aviões decolarem e os passageiros sortudos a caminho de seus respectivos destinos, pensamento positivo era o que o moreno tentava manter.

Olhou para a tela de avisos e as informações sobre o seu vôo permaneciam do mesmo jeito: Atrasado.

— Está tudo bem. — balançou a cabeça em um sinal de apoio para si mesmo, voltando aos bancos de espera do aeroporto.

Ele perdeu a conta de quanto tempo ficou sentado lá, mas quando foi notar já estava deitado nos bancos com sua almofada de pescoço e por algum motivo segurava a mão de um homem barbudo ao seu lado.

Atenção, a Amore Airlines está embarcando o vôo 816 para Verona.

— É o nosso! — ele demorou alguns segundos pra se situar de novo, ainda segurando a mão do desconhecido enquanto se levantavam e andavam apressados. — É o nosso!

Dentro do avião as coisas continuaram animadoras com o choro escandaloso de um bebê oferecendo a música ambiente perfeita para a viagem e seu assento sendo constantemente chutado por uma criança na parte de trás, o fazendo derrubar vinho em sua roupa branca.

Até mesmo um raio pareceu ter caído perto demais e com um grito Castiel agarrou o que estava mais próximo dele.

— Desculpe. — sorriu sem graça depois de soltar a coxa do mesmo homem barbudo que estava no banco de espera do aeroporto, e que provavelmente já estava o achando um psicopata.

Foi um vôo relaxante.

Assim que saíram do avião, Castiel se dirigiu a esteira de bagagens para pegar suas malas, ansioso pra retirar aquela roupa manchada de vinho.

A multidão de pessoas foi se tornando cada vez menor e nada de suas malas aparecerem.

— Bem, parece que sobramos só nós dois. — ele disse ao homem barbudo que era o único ainda aguardando.

O homem apenas o olhou, um silêncio desconfortável enquanto ele aguardava a única mala se aproximando pela esteira. A pegou e foi embora também.

Castiel respirou fundo.

Pensamento positivo.

Acabou saindo pelas portas do aeroporto com seu novo moletom rosa que comprou na lojinha de presentes, que continha a bandeira da Itália em formato de coração e a frase "Itália é para os enamorados" bordada no tecido. Por um momento não conseguiu conter sua cara de desânimo.

Segurando sua única bolsa que havia levado consigo ele passou pelas pessoas, indo até o ponto de táxis na tentativa não tão bem sucedida de conseguir um.

— Táxi! Ei, táxi! — ele acenou para um quase em desespero, o qual saiu com outro passageiro logo em seguida.

Signore! — assim que o táxi foi embora, abriu caminho para que Cas pudesse ver um homem encostado em um minúsculo carro azul bebê, acenando e sorrindo.

Ele começou a se aproximar e Castiel não tentou disfarçar seu olhar de julgamento, encarando o homem calvo que se vestia com roupas de adolescente e usava luvas de piloto nas mãos.

— Você é um Uber? — Cas perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Eu sou Uberto. — ele respondeu com seu forte sotaque italiano, abrindo seus braços enquanto começava a rir.

Castiel o olhou por mais um segundo.

— É o suficiente.

Apesar de ser Uberto, Castiel se sentiu dentro do filme Táxi assim que o motorista deu a partida. Ele gargalhava enquanto parecia esquecer seu pé no acelerador, não freando em nenhum momento ao que desviava dos outros carros e motos na rua. Castiel tentou puxar o cinto de segurança, desesperado, falhando miseravelmente.

— Primeira vez na Itália, bello?

— É. E espero que minhas férias possam ir além do aeroporto. — o moreno respondeu finalmente conseguindo colocar o cinto, voltando a respirar melhor e fazendo o motorista rir.

— De onde você veio?

— Mineápolis.

Mini-Napoles! — sorriu olhando pelo espelho retrovisor.

— Não, Mineápolis. — corrigiu educado.

Sì, Mini-Napoles! Mini-Napoli, no?

— Sim, está bem. Sim. Apenas mini-Nápoles. — desistiu, rindo nervoso com sua mente completamente focada em sair vivo daquele carro.

— Quer provar um cannoli, bello? — ele ofereceu virando seu torso completamente para olhar para o moreno.

— Pode ficar de olho no trânsito, por favor? — pediu quase em desespero total.

Mia mamma que fez.

— UBERTO! — Cas berrou e seus olhos azuis quase saltaram pra fora ao ver outro carro vindo pela mesma direção deles.

— É a receita de mia mamma, e o melhor cannoli de todo o Vêneto! — o motorista rapidamente virou sua atenção ao volante, desviando bruscamente e gargalhando em todo o processo.

Ele se virou novamente para Cas, cheio de tranquilidade. O moreno por sua vez sentia seu coração querendo saltar pra fora do peito e toda sua trajetória de vida passar em sua mente.

— O segredo é a ricota.

Depois de muitos xingamentos em italiano aos outros carros na rua e curvas bruscas sem retirar o pé do acelerador, Uberto finalmente estacionou em frente ao destino do moreno.

Castiel se apressou em sair do carro, batendo a porta com força e olhando incrédulo para o outro homem.

— Obrigado! — ironizou.

Ciao, bello! — ele acenou simpático, como se nada de incomum tivesse ocorrido, voltando a acelerar.

O moreno respirou fundo, uma mecha de seu cabelo desgrenhado pela viagem se mexendo de leve em sua testa com sua respiração. Ele ajeitou melhor sua única bolsa no ombro, arrumando as sacolas da lojinha do aeroporto nas mãos antes de começar a caminhar até a entrada do local onde seria sua estadia naqueles dias.

Ao que deu seu primeiro passo na entrada da Casa de Giulietta, de repente todo seu estresse guardado por conta de todos problemas da viagem pareceu insignificante ao ver o que estava ali, diante de seus olhos.

Entrou no corredor e viu as pessoas admirando as paredes repletas de cartas de amor, tantas cartas que a própria parede se tornou encoberta por elas. O lugar transmitia romantismo, esperança, e principalmente amor. Aquilo instantaneamente o aqueceu, sorrindo com os olhos brilhantes enquanto continuava caminhando, vendo de relance algumas das cartas escritas à mão que foram colocadas ali.

Foi ficando cada vez mais encantado ao que adentrava o lugar, vendo um casal na histórica sacada em que Julieta ansiava pelo amor de seu Romeu.

Mas foi quando voltou seu olhar para frente que seu coração bateu mais forte. Ali estava a estátua de Julieta. Muitos poderiam dizer que era apenas um grande pedaço de cobre moldado, mas para Castiel aquilo tinha um enorme significado.

Deu mais alguns passos à frente, admirando o rosto moldado de Julieta e com um suspiro fundo o sorriso esperançoso já estava de volta em seu rosto.

Com certeza voltaria ali em algum horário de seu itinerário, mas agora precisava chegar em seu quarto.

Pegou o seu celular do bolso, abrindo seu perfil no House 'n Host para identificar qual das casas ali era a que havia alugado. Deu um giro no lugar, tendo que checar duas vezes a tela de seu celular quando viu a fachada que estava no site, mas completamente diferente. O site mostrava uma linda fachada decorada com plantas cheias de cor e vida que traziam mais beleza ao lugar perfeitamente bem cuidado e, ou claramente aquela foto era muito antiga, ou Silvio era o rei do Photoshop.

— Claro...

Guardou o celular no bolso junto com a sua irritação e andou até o portão da entrada que estava completamente riscado com canetas e com adesivos gastos colados em toda parte.

Uma grande escadaria o recebeu e ele podia contar pelo menos dois gatos deitados em cada um dos degraus, além dos que passeavam em volta.

— Com licença. Oi, com licença. — pediu, tentando se desviar dos bichinhos. — Calma. Isso. Cadê o gatinho bonzinho? — sua voz se afinou e assim que conseguiu um espaço correu escada acima.

Andou só mais um pouco antes de ver a porta, abrindo com dificuldade uma pequena caixinha ao lado na parede, retirando a chave que Silvio havia o indicado.

Com a chave em suas mãos se sentiu mais confiante, indo em passos firmes para colocá-la na fechadura.

Mas, para sua surpresa, a porta já estava aberta.

[...]

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