Lorena Menezes
- Pra que me trouxe aqui? - Perguntei enquanto ele jogava a chave da moto em cima da mesa.
- Por que eu quis.
- Por que você quis, e eu em algum momento falei que queria vir pra cá? - Ele me olhou com deboche.
- Você não tem que querer nada, quem manda aqui sou eu. - Bipolar ele né, nem parece o mesmo de manhã.
- "Quem manda aqui sou eu." - Imitei ele. - Só na sua cabeça né querido. - Ele revirou os olhos.
- Senta ai, bora bater um papo. - Não. Eu queria dizer isso né, mas como sou uma ótima pessoa sentei.
- Quer conversar? logo você que não gosta disso? - Falei cruzando as pernas.
- Realmente. - Falou e riu. - Mas é sério po.
- Fala então.
- Não consigo de tirar da minha cabeça. Porra, tu fez macumba?
- E eu lá sou mulher pra ficar fazendo macumba pra macho ficar comigo? eu me garanto amor, isso é efeito chá da Lolo. - Agora foi minha vez de rir.
- Enfim né, po consigo de tirar da minha mente não, queria que nós tivesse algum bagulho mais sério ta ligado? e não só isso de transar e tchau, até por que pra mim nós já não ta mais nesse clima. - Falou e eu me surpreende. Esperava tudo, menos isso.
- O que você quer dizer com isso? - Eu realmente não tinha entendido.
- Que eu acho que gosto de você né porra. Quero alguma parada maneira com tu, e não só que você seja minha putinha particular. - Falou e deu um sorriso de canto.
- Eu também acho que gosto de você pesadelo, e realmente nós não estamos mais nesse clima, mas ter alguma coisa séria mesmo eu acho que seria rápido demais, eu não te conheço e você não me conhece, eu nem sei seu nome. - Ri sarcástica. - E sem contar que eu sei a fama que você tem e eu não quero me machucar, então a gente pode indo aos poucos e ver no que da.
- Vem cá. - Me puxou pro colo dele. - Pode ser no seu tempo, não sou cara que força as coisas, quando você se sentir bem e segura nós decide, jae? - Concordei com um "Uhum".
Ele roçou seus lábios no meu e me beijou, um beijo mais lento que o normal, só pra a gente curtir um pouquinho. Só que no decorrer do beijo ele foi esquentando, ele foi passando sua mão pelo meu corpo e ai já sabem né?
Ai gente o que? ficar beijando esse homem, sem sentir tesão é impossível poxa, tem que ter muito alto controle e eu não tenho.
(...)
Nós caimos deitados na cama, estavamos com a respiração desregulada, tentando buscar ar.
Levantei e comecei a colocar minha roupa.
- Qual foi? - Ele perguntou ainda ofegante sentando na cama.
- Ta tarde, preciso ir pra casa.
- Dorme ai po, eu te empresto alguma roupa confortável pra tu usar. - Falou e eu pensei e não seria má ideia, não moro mais com meus avós mesmo. Inclusive, tenho que ir ver como eles estão.
- Ta bom. - Falei tirando o short e calcinha que eu havia colocado.
- Bora tomar um banho. - Agarrou na minha cintura e foi me guiando até o banheiro.
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