SECRETS Vol.02 (Série: Grecos)

By Sicilu

94.8K 12.5K 7.3K

Dark Romance. 🔞 (SÉRIE GRECOS) ❤️ Vol.02 SECRETS Heitor Greco cumpre sem a menor dificuldade o propósito par... More

Nota da Autora
Introdução
Personagens
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39

Capítulo 13

2.2K 332 194
By Sicilu

Alessandra Serrano

A minha imagem refletida no espelho já não é mais a mesma. Com a ponta dos dedos traço a linhas finas das malditas rugas. Preciso mais uma vez ir à clínica de estética.

Maldito seja o tempo.

Eu sempre fui a mais bela e a mais desejada em inúmeros lugares, mas a dinâmica mudou, foi mudando pouco a pouco.

Agora os olhos masculinos se voltam sempre para a estúpida da minha filha, aquela criatura burra que parece ter herdado a natureza covarde e imbecil do pai. Eu me esforço pra fazer a Natalie ser uma mulher mais interessante e inteligente, mas algo nela a torna incapaz disso.

A Natalie é cansativa, ser a mãe dela foi algo necessário e útil, não aderi a maternidade por amor.

Ouço o som nada elegante do ronco que o corpo masculino jogado na minha cama deixa escapar.

__ Já chega!

Decidida a manda-lo embora ando até a minha cama.

Viver sozinha e poder aproveitar a minha liberdade, sempre foi uma benção. Eu e o Francesco nunca dividimos o mesmo lar. Ele me odeia, sempre odiou. Mas é problema dele, desde que banque o meu ostensivo conforto e cumpra com os nossos acordos...

Isso não deveria jamais ter me afetado...

__ Vamos, acorde... e suma. __ Sacudo o corpo do moreno maravilhoso e no vigor da sua juventude.

__ Hum... __ Ele geme preguiçoso.

__ Saia de uma vez da minha cama. __ Elevo o meu tom de voz.

__ Quando você está carente e precisando de um pau entre as suas pernas, não soa tão ingrata, Alessandra.

__ Meu pai deve estar precisando de você, não seja inútil e o seu pau não é tudo isso.

__ Digo o mesmo dessa sua boceta de meia idade.

Como esse verme se atreve? ”

A passos leves, tranquilos, chego a minha penteadeira e volto a fitar a minha imagem.

Eu sou Alessandra Serrano, rica e poderosa, e serei ainda mais quando a minha filha estúpida tornar-se esposa do gostoso do Heitor Greco.

Pego a minha pistola e volto em direção a cama.

__ O que foi que você disse, seu segurança de merda. Você teve o prazer de estar na minha cama, e deveria ser grato sua escória imunda.

Os olhos horrorizados são os últimos esboços de emoção dele, antes dos incontáveis disparos. Uma pena, pois a minha roupa de cama tão cara e de bom gosto agora está suja, com o sangue desse lixo.

Dou meia volta e vejo a entrada obrupta de alguns seguranças.

__ Limpem essa bagunça. Odeio sujeira.

Alguns olhos arregalados me fitam.

Eu sinto o cerco se fechando, as peças do jogo estão em movimento, eu sei.

Francesco está com a sua puta ruiva, guardada a muitas chaves, e aquela bastarda também. Ele está sendo ousado, ousado demais, mas logo eu irei podar as suas asas. Eu tenho tantas ideias deliciosas de como acabar com a vida de ambas. Lamentável que a colisão não tenha dado um fim a vida daquela rameira, mas um coma não é de todo mal.

Se o Francesco faz os jogos dele, eu também faço os meus. Veremos quem é o mais letal nesse jogo.

Farei uma visita a minha amada sogra.


Dias depois...

Heitor Greco

Sentado em meu escritório, no banco, observo os gráficos e analiso uma proposta de promessas perigosas.

A tranquilidade do banco quase vazio em um sábado, é interessante. A presença da extensa equipe de segurança é o único resquício de outras vidas humanas aqui, além de mim.

A solidão que eu sinto em meu mundo de negócios já foi mais reconfortante. Eu estou cada vez mais imerso no trabalho, ocupando-me com tarefas intermináveis, em uma tentativa de afastar pensamentos sobre ela, de ignorar meus anseios primitivos.

Sim, eu tenho feito isso.

No entanto, sinais de esgotamento mental estão começando a ficar evidentes na minha expressão, ao ponto do Nicolas me questionar. Ele tem mesmo um olhar clínico e sagaz, que pode ser um incoveniente dependendo da situação.

Admitir qualquer fraqueza é algo que eu jamais me permiti. Mas me sinto exausto, como se a pressão dos meus dilemas estivessem me esmagando aos poucos.

Os desejos que me dominam, e que me levam a pensar naquela pequena ninfa com uma frequência absurda, estão começando e ser um problema.

Tenho evitado a Natalie, por não saber o que fazer com a sua existência insípida e que de forma insistente me liga e tenta me contactar por todos os meios possíveis. Aquela mulher com cérebro de rato já ultrapassou todos os limites da falta de amor próprio.

Ridícula infeliz.

Eu não sei o que fazer com ela, se acabo de uma vez com esse noivado de merda, ou se mantenho os meus planos iniciais.

Ela é perfeita para o que eu preciso, mas nunca chegou a ser uma opção, mesmo a última, quando ao que eu quero, ou desejo.

Movo as minhas mãos lentamente sobre a papelada disposta sobre a mesa. Cada decisão, cada responsabilidade parece um fardo insuportável agora.

Por que eu vim aqui? Eu podia ter ido pra qualquer outro lugar. Uma inquietação insuportável, não me permitiu ficar em casa.

O celular vibra e então vejo que é a dona Helena. Talvez seja mesmo bom ouvir o som reconfortante e tão familiar da sua voz.

__ Mãe.

__ Oi querido. Como você está? __ A voz dela reverbera ânimo.

__ Bem.

__ Por que não está em casa? __ Questiona astuta.

__ Como sabe que eu não estou na minha casa?

__ É tão típico de você responder uma pergunta, com outra pergunta, Heitor. O motorista está dando meia volta nesse instante. Estou voltando para casa já que você não está para me receber.

__ Isso não vai contra as suas regras de etiqueta? Aparecer derrepente na porta de uma pessoa, sem antes ter dado qualquer sinal de que faria uma visita.

__ No seu caso não se aplica. Você é o meu filho, e além do mais se eu dissesse que estava vindo, você teria inventado uma desculpa idiota qualquer para não me receber.

Ela não está mentindo. É um claro sinal de que por mais que eu tenha mudado muito nos últimos anos, ainda há pequenos fragmentos do que eu fui e ela ainda os reconhece.

Inventar uma desculpa para não recebe-la em nada tem haver com desamor. Eu a amo, mas nem sempre sou uma boa companhia, com frequência não sou.

__ Está com o meu pai?

__ Não. Eu não preciso estar com ele o tempo todo. __ Fala rebelde.

__ Espero eu dona Helena, que o seu marido saiba da sua ausência na mansão.

Sua ausência da mansão sem o conhecimento do meu pai, não seria possível.

__ Vocês são tão controladores. Insuportáveis. __ Seu tom dissimulado é carregado de afeto.

__ E então, onde está o seu marido? __ Insisto.

__ Trancado no escritório com o Nolan, e eu estou com o Adam, não se precupe.

O que será que o meu pai anda aprontando com o Nolan?

Saber que ela está com o Adam não aplaca qualquer preocupação, minha. Ele foi treinado, ainda é em muitas questões, mas já ficou muito claro pra mim, que o nosso pai não aplicou ao Adam metade das lições a que eu o Nicolas fomos infringidos por ele e pelos seus treinadores sádicos dos infernos.

Isso não é bom. Em parte, eu entendo, a atitude protetora do nosso pai. O Adam tem uma vivacidade muito parecida com a da nossa mãe, mesmo com tudo que ele já presenciou ele não perdeu isso, mas ele não chegou ao ponto do visceral.

O Adam atiraria em alguém, ele fuzilaria, mas ele não desmembraria um corpo humano, ou torturaria alguém com as próprias mãos, de forma direta, até ver a vida esvair-se do seu corpo. O meu irmãozinho tem muito potencial, mas ele ainda não aprendeu o suficiente, e não está preparado para revidar de forma eficaz a um ataque.

E eu não posso esquecer, que ela convenceria ele facilmente a fazerem coisas idiotas, que poria os dois em risco caso decidisse mudar de percurso.

__ Isso não me tranquiliza em absolutamente nada.

__ Ah me poupe. __ Ela faz pouco caso e eu suspiro profundamente para não me irritar ainda mais. __ Onde você está em pleno sábado? Eu quero que venha a mansão, hoje será a noite da massa italiana, você sabe que esses momentos em família são importantes pra mim, e exijo que esteja presente. __ Fala empolgada.

Duas ou três vezes ao mês, ela se põe na cozinha e prepara vários molhos e massas caseiras. Um talento que ela descobriu ao criar um profundo interesse e paixão pela culinária Italiana. Eu admito, é realmente muito saboroso tudo o que ela prepara por conta própria, e já faz um tempo que eu não participo. Eu sei que isso a deixa triste.

__ Estou no banco. E eu irei para a noite da massa italiana, admito que sinto falta da sua comida.

__ Perfeito, esperamos por você. __ É possível notar a animação dela.


O motorista segue pela Upper East Side, enquanto olho pela janela a paisagem urbana que vislumbro com frequência. Noto a mudança repentina no comportamento dele, que começa a olhar com bastante frequência pelo retrovisor e ajusta o espelho lateral.

A inquietação no comportamento dele, me deixa alerta. Minha arma está em mãos, ela sempre está.

Então percebo também, o que está havendo.

Um veículo policial nos segue, mantendo-se sempre a uma distância constante.

Pode ser apenas coincidência, ou não.

Por que diabos um carro policial me seguiria? Quem seria tão louco a esse ponto?

__ Há quanto tempo, notou?

__ Desde que saímos do banco senhor.

__ Certo! Vamos mudar de rota, vá para uma região mais tranquila. Vire à direita na Park Avenue e, em seguida, siga até a 5th Avenue. Vamos ver se aquele carro continua nos seguindo.

Ele assente mantendo a calma, e segue as instruções. Ele Vira a direita na Park Avenue e, depois, na 5th Avenue, em direção a uma área residencial mais tranquila, nos afastando das ruas movimentadas da Upper East Side.

Observo ansioso para saber se o carro suspeito ainda nos segue.

Aurora Serrano

Venho travando uma luta interna e constante, sinto-me atormentada por pensamentos sobre aquele homem sínico e malicioso. Eu não quero, porém não consigo evitar.

Vergonha me invade profundamente sempre que me lembro de ter demostrado vulnerabilidade em relação a ele.

Que estupidez da minha parte.

A possibilidade de que as minhas emoções possam ter sido tão evidentes, me deixa profundamente desconfortável. Sinto-me emaranhada em um turbilhão de emoções, uma teia que parece impossível de desvendar, e essa luta interna, por vezes, parece insuperável.

Mas nada me perturba mais, do que tentar entender o seu comportamento.

Por que ele me segurou daquela forma?

A falta de clareza em relação a ele me atormenta. Esse conflito interno que me consome, me faz sentir que estou presa em um labirinto de sentimentos, e eu não sei como enfrentar... Fazer passar.

No carro, com o meu pai, estamos a caminho da mansão Greco para um jantar, e o meu coração está cheio de apreensão. O temor de encontra-lo é irracional.

Eu não queria mais dedicar um mísero segundo pensando nele, assim como estou fazendo agora. Ele é noivo da Natalie, a minha indesejada irmã, se eu sou indesejada pra ela, o oposto também pode ser.

Definitivamente não nos damos bem, não há qualquer vínculo emocional entre nós, mesmo compartilhando o vínculo sanguíneo, não temos nada em comum além da antipatia uma pela outra.

É inegável.

Não posso evitar pensar no quanto Natalie é tão atraente. Sua beleza é deslumbrante, com traços que parecem retirados de um conto de fadas. E, assim, uma dúvida se infiltra em minha mente.

Talvez minha imaginação fértil tenha criado situações inexistentes com o Heitor. Afinal, por que ele me olharia, tendo alguém com a beleza de Natalie tão próxima?

Deus, eu preciso parar da pensar em tudo isso.

__ Os Grecos sempre o convidam pra jantares e almoços? __ Tento parecer casual, e percebo que assim como eu, o meu pai está imerso em seus próprios pensamentos.

__ Com frequência. Eu e o Hector somos amigos há muitos anos, desde a infância e a Helena veio depois do casamento deles, ela também é uma boa amiga. __ Ele responde, voltando o seu olhar pra mim.

A princípio eu disse não, que eu não queria ir até a mansão dos Grecos para um jantar na noite sábado.

__ Eu não gosto de deixar a mamãe sozinha. __ Enfatizo.

__ Eu também não gosto querida, e ela não está sozinha. Garanto a você que a sua mãe está bem protegida. __ Fala sem muita convicção. __ Eu não posso isolar você ainda mais do que já está Aurora, precisa sair um pouco. Creio que a sua mãe ia querer isso também.

Eu não gosto de me afastar da minha mãe, e menos ainda dá ideia de ver o Heitor. Se eu pudesse, nunca mais o veria.

Eu posso ter sorte e ele não estar lá.

Heitor Greco

Adentro a imensa cozinha da mansão Greco já ouvindo o som das vozes tão familiares e inalando os aromas deliciosos das massas frescas e dos molhos enriquecidos com temperos que  enchem o ambiente, e fazem com que minha boca se encha de água em  antecipação.

As dimensões generosas do espaço deixam evidentes o seu explendor.

A extensa bancada de mármore se estende por toda a extensão da cozinha. A luz suave e cálida ilumina os armários de madeira escura e os eletrodomésticos reluzentes, criando um contraste harmonioso. As prateleiras repletas de utensílios de cozinha de alta qualidade e ingredientes frescos testemunham a paixão pela culinária que a família Greco compartilha.

Cada detalhe foi cuidadosamente planejado, desde as panelas de cobre penduradas até as panelas de cerâmica decorativas.

De fato a dona Helena, tem um gosto requintado.

__ Ah querido que bom que chegou. __ Ela me intercepta com um abraço e um beijo suave no rosto. __  Vamos! Junte-se a nós. __ Fala animada e me conduz até um dos bancos disponíveis do outro lado da bancada, onde o meu pai e meus irmãos estão em posição de espectadores e desfrutando de um bom vinho.

__ Ah, alteza real, que bom te ver! Como foi o seu dia garanhão? __ Com um sorriso radiante, o Adam me abraça cheio de afeto.

__ Sério, ele já está assim? Por que deixam ele beber? __ Questiono, tendo por resposta os risos dos demais.

As risadas e conversas preenchem o espaço, criando uma sensação acolhedora de união familiar que por mais que eu não admita verbalmente, eu estava precisando.

A minha mãe, se dedica à preparação de uma verdadeira festa gastronômica.
Observo-a com admiração, apreciando sua habilidade na cozinha. Cada aroma tentador que preenche o ar é a promessa de uma refeição incrível que está prestes a ser servida.

Capítulo concluído ✅

Mores, votem e comentem 💖

Beijos e até o próximo 🥰😘

Continue Reading

You'll Also Like

74K 5.9K 46
Rafaela sempre foi uma menina mimada com o mundo aos seus pés. Linda, rica e de casamento marcado com o homem dos seus sonhos, ela tem a vida perfeit...
261K 22.4K 62
Um vizinho estranho. Uma mente perturbada, obsessiva, insana. E Labella? Ah, meu caro, ela é a razão de tudo isso. "Seu coração frio virou brasa quan...
1.9K 116 21
CONCLUÍDA Gente é minha primeira história então desculpa os erros que possam aparecer mas vou me esforçar para ficar bom e espero mesmo que gostem. ...
293K 22.4K 45
"𝖠𝗆𝗈𝗋, 𝗏𝗈𝖼ê 𝗇ã𝗈 é 𝖻𝗈𝗆 𝗉𝗋𝖺 𝗆𝗂𝗆, 𝗆𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗏𝗈𝖼ê." Stella Asthen sente uma raiva inexplicável por Heydan Williams, o m...