Inefável

By malulysyk

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Blair Finnegan, caloura em Yale. Ela foi criada para continuar com o legado da família, com seu destino traça... More

Avisos
Dedicatória
Capítulo um - Um desconhecido
Capítulo dois - Fora da temporada
Capítulo três - Situação embaraçosa
Capítulo quatro - uma decisão
Capítulo cinco - Amigos?
Capítulo seis - Flertes sem segundas intenções
Capítulo sete - Sorria mais
Capítulo oito - Noite de karaokê
Capítulo nove - Primeiro abraço
Capítulo dez - Confusão de sentimentos
Capítulo onze - Estarei com você
Capítulo doze - Sei o que é amor
Capítulo treze - Todos temos cicatrizes
Capítulo quatorze - De qualquer jeito havia vencido
Capítulo quinze - Decepção
Capítulo dezesseis - Uma distração
Capítulo dezessete - seus sentimentos importam
Capítulo dezoito - uma mentira?
Capítulo vinte - nosso aniversário
Capítulo vinte e um - primeiro encontro
Capítulo vinte e dois - fim de um laço
Capítulo vinte e três - você é forte
Capítulo vinte e quatro - a verdade
Capítulo vinte e cinco - desencontros
Capítulo vinte e seis - alguns amores não foram feitos para terem final feliz
Capítulo vinte e sete - adeus?
Capítulo vinte e oito - inefável
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo dezenove - Uma surpresa

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By malulysyk


Blair Finnegan

Meu pai apareceu sábado de manhã bem cedo.

Faziam dois fins de semana que não me visitava, estranhei suas pausas repentinas, mas ele parecia bem, no entanto perdeu peso, pois suas camisas antes coladas ao corpo pareciam largas nos braços.

— Está fazendo dieta? — perguntei enfiando um pedaço grande de panquecas preparadas pelo meu pai.

Ele remexeu seu próprio prato com frutas e mel, diferente de mim que espalhou calda de chocolate por cima de uma montanha de panquecas ainda quentes, seria um desperdício não comer todas já que meu pai recusou.

— Não, filha. Deve ser resultado da academia. — ele levantou um dos braços para fazer uma pose e mostrar os músculos um pouco minguados se devo confessar.

O que me fez rir dele.

— Desde quando está fazendo academia?

Ele deu de ombros, finalmente começando a comer.

Meu pai não era do tipo saudável, fazer academia, comer frutas no café da manhã ou salada para o jantar. Nas férias a coisa mais saudável que vi meu pai comer foi um hambúrguer vegetariano que ele pediu por engano em um restaurante perto da casa dele.

— E como está a faculdade? — desconversou.

Foi minha vez de dar de ombros. Para um primeiro trimestre universitário eu estava me saindo bem, meu único problema era cálculo, segundas-feiras nunca foram minhas preferidas e cálculo como minha primeira aula deixava o dia ainda pior.

— Minha primeira prova é na segunda, cálculo. — meu pai suspirou. Ele sabia da minha dificuldade com números e em qualquer matéria de exatas. Ele me chamava de a garota de humanas, poderia muito bem ler quinhentas páginas em um dia, mas demoraria cinco semanas para resolver um problema matemático básico.

Cravei o garfo em mais um pedaço de panqueca, as gotas de chocolate da massa derretendo em minha boca, vovó ficaria possessa ao saber que meu pai deixava eu comer mais açúcar do que o normal no café da manhã, ela dizia que o chocolate atrapalhava o raciocínio, te dava energia momentânea e depois te deixava letárgica o resto da manhã.

Talvez ela tivesse razão, mas eu precisava dessa energia extra para encarar os dois mentirosos que dormiam nesse momento nos seus quartos. Chegaram de madrugada, quase sem fazer barulho, mas escutei a voz grave de Hunter sussurrando alguma coisa para Matthew.

Eles me ligaram tantas vezes nos últimos dois dias que me obriguei a colocar o celular no silencioso, não atendendo suas ligações ou respondendo nenhuma das mensagens, ainda queria entender porque eles mentiram para mim, porém não quis confrontá-los por telefone, então resolvi apenas ignorá-los.

Meu pai vai ser uma boa desculpa para continuar ignorando os dois garotos, vou convencê-lo a sairmos para almoçar fora na maior distância que conseguir desse apartamento.

Terminamos de comer e recolhemos os pratos da mesa, era pouca louça a se lavar, não havia necessidade de ligar a lava louças para enxaguar dois pratos, alguns talheres e xícaras.

— Falou com seus avós? — meu pai questionou secando uma xícara que acabei de lavar.

Não falava com minha avó desde o fim de agosto, se passaram quase trinta dias, ela ligou há algumas semanas, mas decidi não atender a ligação. Ela simplesmente foi indiferente a mim a vida toda, não havia motivo para se desesperar agora. Não sabia se sua preocupação era genuína ou se eu era apenas um negócio a ser administrado.

— Vovô mandou mensagem ontem, queria saber se eu estava bem e o motivo de não atender minha avó.

Dei de ombros entregando mais uma xícara para meu pai secar, pensei que me daria um sermão sobre ela estar preocupada e que eu deveria ter atendido ou mandado até um sinal de fumaça para alertar sobre meu bem-estar, mesmo ele não gostando dos meus avós, meu pai sempre deixou claro que seu ressentimento com eles não afetaria minha relação com nenhuma das partes envolvidas, que aquele assunto era particular deles e não tinha nada haver comigo. Tudo isso me incomodava, eu queria saber qual o segredo que eles escondiam, o que aconteceu no passado para eles não conseguirem passar nem metade de um feriado sem discutirem.

No Natal quando eu tinha treze anos, meu avô até tentou intervir na discussão entre minha avó e meu pai, não consegui escutar nada, mas na manhã de seguinte meu pai estava determinado que mesmo com a neve, ficaria em um hotel e no próximo dia iríamos para Boston.

Foi a primeira e única tentativa de sermos uma família normal, uma família unida. Meu pai perdeu a mãe cedo, antes de completar cinco anos, foi criado pela tia e nunca conheceu o pai. Antes da faculdade trabalhava meio período em um café no centro de Boston, amava livros porque sua tia o incentivou desde muito cedo a ler, ela comprava um livro novo para ele sempre que podia, era a irmã mais nova da mãe do meu pai, ficou responsável por ele aos vinte e três anos e dedicou a vida a criá-lo, depois que ele fundou a editora, ela resolveu se mudar para Austrália com seu marido, não tenho muito contato com a tia Miranda, mas ela manda cartões postais sempre que pode e presentes no Natal.

— Corajosa em não atender as ligações da Lorena. — respondeu com um sorriso.

E eu achando que ele daria uma bronca, mas ele parecia feliz por eu não ter atendido a ligação da minha avó narcisista.

— Orgulhoso?

Ele se virou me encarando.

— Demais, querida.

Beijou minha testa continuando sua tarefa.

Meu pai era tudo na minha vida. Não importava que eu só passasse três meses no ano ao seu lado, ele ainda seria a pessoa mais importante da minha vida, com seus cabelos brancos despontando nas têmporas, o óculos de grau sempre no meio do nariz e as sardas iguais as minhas o único traço herdado dele.

☆☆☆☆☆

Quis sair de casa antes de os meninos acordarem, mesmo com raiva de Hunter, havia lembrado do seu aniversário, como poderia esquecer quando na verdade fiquei pensando por dois dias inteiros sobre o que daria de presente, na terça no dia da viagem dos meninos uma luz se acendeu em minha mente, Hunter me contou que seu avô sempre mandava fazer o mesmo bolo em uma confeitaria específica em Chicago, Hunter disse que nenhuma outra conseguiu reproduzir aquele sabor de bolo como aquela, foi difícil encontrar o contato do lugar, mas o Google foi um grande auxiliar na minha busca.

Tive que fazer o pedido do bolo às pressas, por sorte eles ainda não haviam fechado totalmente a agenda da semana e conseguiram fazer o bolo a tempo, gastei uma pequena fortuna para a entrega de Chicago a New Haven, teria buscado pessoalmente, mas treze horas de viagem ida e volta, não parecia muito conveniente no momento, sexta-feira foi corrida, tive uma aula extra para revisão para a prova na próxima semana, Jake precisava de mim no bar, e uma viagem de um dia atrapalharia tudo isso.

Não tinha certeza se ele merecia todo meu esforço para lhe fazer uma surpresa quando ele mentiu descaradamente para mim.

Mesmo com a mentira, alguma coisa lá no fundo dizia que era por um bom motivo, mesmo com a falta de caráter dos meus amigos, eu ainda acreditava neles. Talvez fosse um defeito confiar tanto nas pessoas.

Meu pai decidiu por um restaurante italiano Olives and Oil, um pouco mais distante do apartamento, fiquei feliz com a escolha.

O ambiente era aconchegante e em um tamanho razoável, Maeve falou que era um dos melhores restaurantes comparado a sabor.

Um garçom gentil nos atendeu, fui certeira ao pedir um salmão de entrada e um espaguete delicioso de prato principal.

— Li seu novo livro publicado da escritora Doty Collins. Foi uma das melhores comédias românticas da sua editora, sem dúvida, pai.

Ele balançou a cabeça enquanto enrolava espaguete no garfo.

Tomei um gole de água.

— Ela soube abordar temas importantes e também integrar comédia, poucas escritoras conseguem equilíbrio nas dosagens. — falou em um tom orgulhoso, o livro estava a caminho do best-seller mais bem avaliado da Editora Duncan.

O celular do meu pai tocou pela terceira vez desde que chegamos no restaurante, ele nem se dava ao trabalho de verificar de quem se tratava, apenas desligava na mesma hora.

— Pode atender, pai.

— Ninguém importante liga no sábado de folga do seu velho.

Ele mantinha o celular no silencioso no final de semana, se recusando a resolver qualquer problema de trabalho nas horas disponíveis para se ater a mim.

Provavelmente vai fingir não ver as ligações até segunda-feira de manhã quando finalmente pega o celular para verificar as chamadas.

Durante o almoço aproveitamos para conversar sobre o que aconteceria depois que eu me formasse em Ciências políticas, no final dos primeiros quatro anos.

— Ainda quer cursar direito, filha?

Terminei minha refeição quando sou atingida pela pergunta.

— É o plano. Sabe que não tenho escolha, pai.

Ele retirou o guardanapo do colo limpando a boca o colocando em cima da mesa ao finalizar.

Meu pai estendeu a mão para que eu a pegasse, foi o que fiz.

— Querida, eu seria um pai horrível se não dissesse que você sempre terá uma escolha.

Ele segurou minha mão dando um aperto leve para que eu prestasse atenção às suas próximas palavras.

"Não pode viver sua vida para agradar os outros. A escolha deve ser sua."

A citação me fez rir, uma clara referência cinematográfica.

— É a frase da Rainha Branca para a Alice no filme.

Alice no País das Maravilhas era meu filme favorito quando mais nova, obrigava meu pai a assistir quase todas as noites de sábado que eram minhas noites de escolher o filme.

— Você me fez assistir tantas vezes que confesso que retirei esse conselho de lá. Mas é um bom conselho, não é?

Balancei a cabeça. Alice estava indecisa sobre enfrentar a Rainha Vermelha, tinha medo das consequências catastróficas, mas isso não a impediu de ser corajosa.

Nossos medos não decidiam nosso destino, eram os breves momentos de coragem que definiam quem queríamos ser.

Tudo que precisava era encontrar esses momentos para me agarrar a eles.

☆☆☆☆☆

Voltando para o apartamento, meu pai passou metade do caminho contando sobre os livros que estava avaliando para lançar pela sua editora, em sua maioria romances contemporâneos, alguns tão interessantes que queria ler antes mesmo da sua futura publicação.

— Você tem o melhor trabalho do mundo, pai. — comentei com inveja por ele passar a maior parte do seu tempo lendo livros e ainda receber por isso. Era meu trabalho dos sonhos sem dúvida. Sabia o quanto requer tempo e dedicação, os livros eram mais do que uma troca comercial, o livro certo era capaz de mudar a vida de alguém.

— Nem todos os livros são bons, mas passam por mais de uma avaliação, porque cada leitor tem uma perspectiva única de determinado livro. Essa é magia, filha, cada pessoa tem mentes e imaginações diferentes, se um livro não agradou você, não quer dizer que não sirva para mais ninguém, livros são singulares.

Ele falava sobre esse assunto com tanta paixão, como se em suas veias não corresse sangue, e sim palavras, meu pai transbordava amor pela literatura, facilmente herdei isso dele.

Nossa alma era feita de livros, de todos que já lemos e daqueles que ainda leríamos.

Tirei minha chave da bolsa para abrir a porta do apartamento, meu pai parecia cansado ao subir quatro lances de escadas, ele recuperava o fôlego em puxadas de ar longas.

— Tudo bem, pai?

Ele deu um sorrisinho de lado.

— Acho que seu pai perdeu a alma no segundo andar.

Sua resposta me fez rir.

Ele se recompôs ajeitando a jaqueta, aos quarenta e dois anos meu pai estava em forma, mas perdia a energia muito rápido, nesses últimos dois meses ele parecia ter mudado de algum jeito, apesar de ser o mesmo pai amoroso e cuidadoso, nada modificou em seu jeito de agir, mas sua aparência sim, as olheiras estavam mais predominantes, o rosto mais magro e as mãos um pouco trêmulas, poderia ser cansaço do dia a dia ou talvez estivesse neurótica e ele tenha andado assim a vida inteira e eu nunca tivesse notado.

Espantei esses pensamentos, provavelmente era meu cérebro tentando encontrar algum problema onde não tinha. Minha vida estava tão calma que de alguma jeito esperava pelo vendável que arrastaria tudo pelos ares.

Girei a chave na fechadura, abrindo a porta, a luz do sol entrava pelas janelas e iluminava os cômodos, já passava das quatro da tarde, meu pai me levou em uma livraria depois do almoço e passamos mais ou menos uma hora bisbilhotando os títulos e preços, obviamente fui obrigada a trazer dois livros para casa, uma leitora em uma livraria só obteria dois resultados: ou ficaria frustrada com os preços e não traria um livro, ou compraria dois livros de olhos fechados para ignorar os números.

— Vou guardar minhas coisas no quarto, já volto, pai.

Ele concordou, deixando o celular na mesa no canto do sofá, o qual deixou no silencioso ignorando todas as ligações.

— Okay, filha. Vou fazer um café para nós.

Sorri em resposta, marchando pelo corredor até meu quarto.

Parei quando percebi a porta entreaberta, tinha certeza que havia fechado totalmente antes de sair. Os meninos respeitavam minha privacidade, ainda mais quando finalmente meu novo quarto ficou pronto, antes da viagem eles me ajudaram a colocar tudo em ordem. Hunter fez questão de montar o guarda-roupa apenas com o manual de instruções, alegando que eu não precisava gastar dinheiro contratando ninguém, que ele faria tudo, levou quase um dia inteiro, mas completou o serviço com perfeição, queria saber alguma coisa da qual aquele garoto não fosse capaz de fazer.

Escancarei a porta, e a visão que tive fez com que minha bolsa pendesse de meu ombro escorregando pelo meu braço caindo no chão.

Haviam pequenas luzinhas, pontinhos iluminando grandes e lindas estantes de madeira. Livros, eram tantos livros, cada prateleira abarrotadas de exemplares, chegando mais perto reconheci os títulos, as lombadas gastas de alguns por serem manuseados por anos a fim, meus livros, de algum jeito mágico, eles estavam no meu quarto.

Toquei na minha edição de Orgulho e Preconceito da Jane Austen, o tirei da estante para abri-lo, todas as minhas anotações nas bordas das páginas ainda estáticas, sem dúvida eram os meus livros que deixei em Seattle com a esperança de tê-los comigo em New Haven.

Sou surpreendida com duas mãos em minha cintura, Hunter me abraçou acomodando o queixo na dobra do meu pescoço.

— Feliz aniversário, livrinho. — desejou, beijando o espaço entre meu ombro e pescoço.

Por que ele estava me desejando isso se o aniversário nem era meu e sim dele?

Não havia explicação lógica para receber uma surpresa quando o dia era dele.

— Não é meu aniversário, você sabe disso.

Ele roçou os lábios em minha pele, a raiva e a desconfiança pela mentira desaparecendo quando finalmente entendi o motivo por trás de tudo. Eles esconderam o intuito da viagem para me fazer uma surpresa.

— Estou emprestando meu dia para você, Blair.

Suas palavras fizeram um nó em minha garganta. Estava sentindo lágrimas se formarem em meus olhos.

Minha ficha começou a cair, os garotos dirigiram quatro mil quilômetros, por quatro dias apenas para trazer meus livros para mim, se minha intuição estivesse certa, apostaria que ideia surgiu de Hunter, não havia contado a situação para Matt, e Hunter parecia frustrado com a decisão da minha avó.

— Atravessou o país só para me trazer os livros?

Ele apertou mais os braços em torno da minha cintura, suas bochechas quentes encostando no meu rosto de uma forma carinhosa.

— Eu atravessaria o país a pé se isso te fizesse feliz, Blair.

Não consegui evitar de sorrir, mesmo à beira de chorar.

— Eu sei o quanto o seu aniversário é doloroso, Blair, então decidi mudá-lo, a partir de hoje você faz aniversário no mesmo dia que eu, estou te presenteando com o meu dia, livrinho.

Fui acertada em cheio por sua declaração, não contive minhas lágrimas, estavam jorrando pelo meu rosto como uma cachoeira. Ninguém nunca fez algo tão significativo para mim.

Virei-me para poder abraçá-lo e agradecer por tudo.

Ele me apertou contra seu peito, fechei os olhos, fazendo cada célula do meu corpo aproveitar aquele momento. Hunter Brooks, se eu ainda acreditasse no amor, diria que a personificação desse sentimento seria esse garoto.

Se meu coração fosse capaz de se apaixonar novamente, ele bateria para sempre por ele, Scotty estragou as chances de eu me entregar, agora eu tinha tanto medo que neste instante mesmo gostando de Hunter, queria correr para o lado oposto, porque eu prometi não me apaixonar por ele, mas quem eu queria enganar, estava a ponto de explodir ao tentar esconder que talvez eu já estivesse apaixonada.

Quando abri os olhos finalmente vi Matthew encostado no batente da porta, ele sorria.

— Eu não mereço um abraço também? — perguntou fazendo um bico e estendendo os braços.

Hunter me soltou um pouco a contragosto.

Fui até Matt, o abraçando forte.

— Obrigada.

Ele afastou o meu cabelo para sussurrar alguma coisa.

— A ideia foi do Hunter, fui apenas coadjuvante, ele queria muito te fazer uma surpresa e te deixar feliz, e obviamente eu também queria isso, Joaninha.

Mais lágrimas, acho que um simples bolo não seria suficiente para agradecer nenhum dos dois.

Meu pai surgiu no corredor se juntando a nós.

— Seu pai também ajudou — comentou Hunter. Meu pai olhou para ele como se agradecendo em silêncio o esforço para me deixar feliz.

— Ajudei com um telefonema, liguei para seu avô, alguém teria que tirar sua avó de casa para a Amber e os meninos terem tempo de pegarem os livros.

Não acreditei que eles enganaram minha avó, fiquei de boca aberta com o fato do meu avô ter participado da armação.

Minha cota de lágrimas estava esgotada, desmoronei nos braços do meu pai, um choro cheio de soluços. O abraço duplo virou um abraço quádruplo quando Matt e Hunter se juntaram a nós.

Era como um renascimento, sabia que sempre fui amada incondicionalmente por meu pai e Matthew, mas acho que hoje foi o ápice desse amor, e agora eu também tinha Hunter. 


*Nota da autora: Estamos chegando na reta final, teremos mais cinco ou seis capítulos pela frente, espero que estejam gostando da história e preparando o coração para as emoções finais. Obrigada de coração pelo apoio!

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