INOCENTE ANYA

By Sicilu

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CONTO DARK 🔞 🖤 Anya, é resgatada dos abismos da dor pela improvável benevolência de John, um assassino bru... More

Avisos / Personagens
Prólogo
01 | Entre Sombras e Pecados
03 | Diálogos Silêncios e Fé
04 | Fios de Ódio e Repugnância
05 | Dilemas do Passado
06 | Memorias Amargas e Caminhos Cruzados
07 | Ressurreição das Memórias
08 | Chegada Inesperada
09 | O Toque da Desobediência
10 | Anjo ou Demônio?
11 | Espinhos da Verdade
12 | Refúgio na Cabana
13 | Verdades Turvas a Beira do Lago
14 | Um crucifixo e fantasmas do passado

02 | Despertar em Pesadelos

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By Sicilu


— Jonh! Jonh! — A voz aflita, grita o meu nome, desesperadamente. Posso sentir a agonia contida na voz infantil e a agonia me massacrando.

Acordo, me levantando bruscamente, respirando ofegante o ar morno provocado pelo ar quente ligado e ouvindo o forte trovejar lá fora. As chuvas torrenciais típicas de novembro são infernais. 

Era o maldito passado sussurrando novamente nos meus ouvidos, na minha mente semi inconsciente.

Puxo o ar sufocado na minha garganta, o suor frio escorrendo pela minha testa, pelo meu peito nu, pelas minhas costas.

Os malditos pesadelos, essas malditas lembranças, não importam...

Saio da cama pisando sobre o carpete macio. Preciso diminuir o ar quente que começa a me sufocar.

Ando a passos largos até o termostato.

No banheiro, retiro a roupa ensopada e ligo a ducha fria, um banho gelado sempre ajuda a controlar a minha tensão.

Dia seguinte.

Entro na mansão e o cheiro forte de bebida alcoólica, de maconha e charutos, está empregado na sala principal. Cápsulas de cocaína espelhadas por todos os lados. As vadias seminuas dormem em qualquer lugar.

Isso não é bom. Porra!

Essa maldita bagunça precisa ser arrumada.

— Buster. — Basta pronunciar o nome e o homem surge.

— John, bom dia! — Fala com cautela.

— Limpa essa bagunça, e dispensa essas vadias, agora! Onde ele está? __ Falo em um tom controlado.

— Andar superior, suíte principal. — Fala sem rodeios.

Entro na suíte sem bater e me arrependo de imediato. O escroto fode a garganta da vagabunda enquanto as outras duas assistem.

— Jonh, você não bate mais?

Viro as costas evitando a visão desagradável.

— Você sabe muito bem, que se o seu pai chegar aqui e encontrar essa merda de bagunça ele não vai gostar.

O barulho desagradável da vadia sufocando é a deixa para que eu saia imediatamente.

— Termine logo com isso, e esteja pronto, a não ser que queira ter problemas. — Digo.

— Não quer experimentar? Isso é bom pra caralhooo.

Bato a porta e me retiro.

Eu não fui treinado pra isso, ser babá de um de um otario viciado, um escroto de merda.

Fui recrutado quando ainda era apenas um garoto, eu não tive qualquer chance de dizer não quero.

Era viver por eles ou morrer pelas mãos deles, essas eram as opções.

Mas eu sobrevivi e por consequência me uni até as últimas consequências aos malditos.

Passei por um treinamento cruel, onde aprendi a como por fim a uma vida de várias formas, pois minha função seria destruir a vida de qualquer um que me fosse ordenado, sem hesitar, seja inocente ou não.

Matar, aniquilar qualquer sopro de vida, tornou-se parte da minha existência e logo eu fingi bem que me adaptei.

Nada daquele garoto perdido e indefeso que eu fui um dia, restou, não poderia. O meu instinto de sobrevivência foi mais forte.

Ele não era útil. Nada que fosse parte dele servia.

Eu sou um maldito membro da Holy Cross. Sou um assassino treinado, sou um mau no mundo, uma marca amaldiçoada.

— Jonh!

Os olhos que eu sentiria um enorme prazer em arrancá-los, com a ajuda de um punhal afiado, me olham avaliativos.

— Senhor Graham! — O cumprimento.

Ele é o chefe, o responsável, o dono de toda essa merda.

— Onde está o meu filho imbecil? __ Ele não exita em fazer críticas ao Drake e o seu iminente fracasso.

Antes que eu tenha a chance de respondê-lo, o próprio Drake se manifesta.

— Pai, que prazer revê-lo. — Profere teatralmente, uma grande mentira.

— Pena que eu não posso dizer o mesmo Drake, eu até gostaria, mas não posso, — Rosna feito um pitbull enfurecido.

— Vamos entrar e conversamos lá dentro, o que me diz pai?

Sem da-lo qualquer resposta verbal, o desgraçado que eu ainda vou matar, segue até a entrada.

— Jonh delícia Nowak. — Danika, a vadia mimada.

A voz que me causa incômodo, surge atrás de mim, é claro que ela não perderia a chance de ver o irmão levar um esporro do pai.

— Senhorita Danika. — Cumprimento-a.

— Tanta formalidade, acho que depois de tudo o que já rolou entre nós, não deveria ser tão formal. Não acha? — Fala com a voz arrastada, tentando soar sensual.

Ela se aproxima de mim com uma confiança que me incomoda, como se soubesse que tem o poder de me atrair. Mas o que ela não compreende é que minha repulsa por ela é proporcional à sua atração por mim.

A vadia sádica me encara como se eu fosse um objeto de satisfação.

— Independente desse episódio passado, eu continuo a ser um soldado...

— Assassino, — Me interrompe esboçando um sorriso de puro êxtase, e se aproximando cada vez mais.

— Não faz diferença.

— É claro que faz, um soldado faz a segurança e caso ele precise matar ele mata, você não, você tem uma única função, eliminar quem o meu pai manda, — Fala perto demais e me distancio.

O fato de eu ser o que sou, a excita. Ela é tudo que o Graham esperava do Drake, o filho homem. Danika é cruel por puro prazer, capaz de vender meninas em bordeis, mesmo esse não sendo o campo de atuação da Holy Cross.

Agora, fala-se do desenvolvimento de uma criminalidade mais intelectual e cosmopolita, que explora as brechas da lei, a miséria humana e as altas tecnologias.

Ainda assim, a Holy Cross atua em camadas mais putridas, tráfico de armas, drogas, prostituição, tráfico de mulheres, e meninas, não importa, desde que haja algum lucro.

__ Jonh. __ Sua expressão é altamente concentrada em mim. __ Quero vê-lo, novamente, só que em um encontro íntimo. __ Não é um convite.

__ Não é prudente ultrapassarmos a linha profissional que nos separa. __ Justifico.

__ John, John, foda-se a linha profissional. __ As mãos dela percorrem um caminho entre o meu peito e o meu abdômen, de forma despudorada e íntima.

Ser alvo das atenções dessa louca com seus olhos ávidos e um sorriso que oculta mais veneno do que doçura, é um inconveniente.

A cada flerte, a cada tentativa de me conquistar, sinto a bile subir em minha garganta. Ela representa tudo o que eu rejeito em uma mulher.

Não importa o quão bela ela possa ser aos olhos dos outros, para mim, Danika é uma recordação constante de quem eu sou.

__ Eu não posso.

Eu não quero essa é a verdade ”

__ Jonh, vamos fazer assim, você aceita me ver, passar um tempo comigo e eu não me torno um grande problema pra você. __ A ameaça é clara. Ela esboça um sorriso malicioso, diante da minha falta de expressão. __ Jonh, você é um homem difícil de conquistar, mas eu gosto de um desafio.

__ Danika, você não entende. Não há um desafio, porque nada vai acontecer entre nós.

__ Jonh, você não sabe o que está perdendo. Pense em todas as coisas maravilhosas que poderíamos ter juntos. Uma vida de luxo, poder, tudo o que você sempre desejou.

__ Eu não quero nada disso. __ Exclamo ainda de forma passiva.

Ela faz uma pequena careta e com um suspiro teatral passa as unhas na minha nuca, aumentando ainda mais a nossa proximidade.

__ Jonh, você é tão fechado. Mas o que aconteceria se as pessoas erradas  descobrissem certos segredos do seu passado? Eu e o meu papai, conversamos muito, sabe? __ Ela esboça um sorriso venenoso. __ Tente me rejeitar agora, Jonh. Você sabe que posso ser uma aliada poderosa ou uma inimiga implacável. A escolha é sua

__ Você brinca com fogo, Danika. Não me subestime.

__ É isso que me excita em você Jonh, esse fogo.

Capítulo concluído ✅

Beijos e até o próximo ❤️

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