Minha felicidade tem olhos ca...

By anonymous_girl829

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Lúcia se muda pra Los Angeles, com sua família e quando chegam na nova casa. Ela descobre que o garoto que el... More

1- Lúcia
3- Lúcia
4- Oliver
5- Lúcia
6- Oliver
7- Cameron e Amy
8- Lúcia
9- Oliver
10- Lúcia
11- Oliver

2- Oliver

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By anonymous_girl829



            Me levantei da cama, e peguei minha calça e vesti. Abri as cortinas, e vi Lúcia sentada atrás da porta do seu quarto chorando.
- Baby, volta pra cama. - disse Anne, batendo no lado vazio da cama.
- Vista suas roupas, e vá pra sua casa. - respondi curto e grosso. - Aliás não vou te levar pra casa.
Ela se levantou, vestiu suas roupas e saiu. Assim que ela fechou a porta, levantei pra vesti minha calça, quando estava passando ela pela perna a porta se abriu novamente.
- Já disse que não quero minha casa virando um puteiro? - disse meu pai com os braços cruzados, encostado na porta. - Você trás uma garota por dia.
- O senhor disse, nunca se apaixone por ninguém. Durma com milhões de garotas, porém não se apaixonei. Respondi olhando nos seus olhos.
- Eu só disse isso, porque sabia o quão inútil você é. Oliver meu filho, você não entende que não é suficiente pra fazer alguém ficar.
As suas palavras doíam como facadas, e todas as vezes que eu fingia que não doíam. Quando na verdade, eu morria um pouco a cada palavra.
- Sua mãe, a sua irmã e a Catherine. Você não foi bom o suficiente, pra fazer nenhuma delas ficar. - disse ele com um sorriso no rosto.
- Não fala da mamãe, e principalmente da minha irmã. Você não as amou o suficiente, para de colocar a culpa em mim. - Respondi com meu sangue fervendo.
Ele se aproximou e deu um tapa na minha cara, e riu de mim.
- Me respeita garoto, eu sou seu pai. - disse ele rindo de mim. - Pelo menos eu sou um homem bem sucedido, e sou muito bom pra Júlia, já você é um fracassado e que nunca vai ser bom pra nenhuma garota.
Enquanto ele dizia, e percebia que aquilo era verdade. Eu não era bom o suficiente pra fazer ninguém ficar, minha mãe está internada em um hospital para pessoas com Alzheimer, minha irmã mais velha se mudou com o namorado pra Londres, e Catherine foi a primeira garota que amei e ela foi embora, sumiu do mapa.
- Durma com quantas quiser, porém se mais alguém ver milhões de garotas entrando pela porta, todo dia. - disse ele afastando de mim. - Você e eu vamos ter uma conversar, aliás amanhã quero você na empresa.
Ele bateu a porta, e eu peguei um dos travesseiros da minha cama e comecei a gritar nela. E uma mão encostava no meu ombro, e quando tirei o travesseiro era Olívia.
- Eu escutei tudo atrás da porta, e você sabe que tudo que ele disse e mentira. - disse Olívia sorrindo. - Eu ainda estou aqui, e você me faz ficar todos os dias.
Ela me abraçou com toda a força do mundo, e mesmo nas pontas do pé. Ela fazia carinho no meu cabelo, e eu respondi:
- Na verdade, tudo que ele me fala todo santo dia e verdade. Talvez eu não seja bom o suficiente, pra fazer alguém ficar.
Olívia pegou meu rosto, com suas mãozinhas delicadas e olhou pra mim.
- Você só não encontrou alguém, que de fato queira ficar. - e uma lágrima escorria pelo seu rosto. - Nossa irmã foi corajosa e foi viver a vida, ela nunca pertenceu a nada disso.
Ela era a única pessoa que me fazia chorar, com suas lindas palavras.
- Já a mamãe, ela não se lembra direito da gente. - ela colocou a mão no meu coração. - Mas, ela está bem aqui! Mesmo que ela não ficou fisicamente, mentalmente ela está com você é comigo.
Quando percebi, lágrimas escorriam pelo meu rosto como uma cachoeira. E Olívia as limpava com sua blusa de moletom, e me abraçava enquanto me dizia palavras.
- Se você tentar se matar, e morrer. Eu juro Oliver que eu te mato. - disse ela cruzando os braços.
- Como vai me matar? Se eu já vou estar morto? - respondi rindo da cara dela.
Ela me deu um soco no peito, e começou a rir também.
- Shiuuuu! Você entendeu.
Olívia deu um beijo na minha bochecha e saiu do quarto, e como sempre fazia deixava um pouco da porta do seu quarto aberto. Porque ela sabia que no meio da noite, eu surtava e fazia merda.
Quando voltei pra janela, Lúcia já não estava mais lá. Ver ela chorando, me mostrou que eu devia melhor pra não machucar ninguém de novo. Porque ter o coração por alguém que amamos, machuca e não se cicatriza com facilidade.
Eu tinha problemas pra dormi, e virava a noite acordado. Resolvi ir pro porão, fazia muito tempo que não descia lá em baixo, peguei a chave que era pingente do meu colar pra abrir uma das portas. Era o quarto que usava pra ser meu estúdio pra pintar e desenhar, era meu refugiou quando acontecia alguma coisa.
Estava tudo cheio de poeira e tudo muito sujo, peguei um pano que estava na lavandeira e comecei a limpar todo aquela poeira. Jogar tinta e pincéis estragados fora, fazia 3 anos que não entrava ali e não pintava nada.


Fiquei ali a noite inteira, e nem vi o dia amanhecendo. Acabei dormindo no sofá do estúdio, e acordei com milhões de ligações do meu pai e mensagens mandando eu ir pra empresa.
Apenas ignorei, porque ele sabe que eu não piso naquela empresa. Acho que ele se esqueceu, de quando me humilhou na frente de todos os funcionários da empresa, me chamando de fracassado e inútil. Que a empresa nunca iria pra frente se um dia wu administrasse.
Mais na verdade meu sonho sempre foi, abrir um estúdio de artes com minhas obras. Mesmo de longe a minha irmã mais velha, vendi as minhas telas em Londres, quando eu ainda fazia. Com 14 anos eu tinha mais de 100 mil na conta, porque eram artes que chamavam a atenção das pessoas. Eu parei de pintar quando minha mãe piorou, e no ano seguinte Catherine partiu meu coração e me deixou.
E hoje 3 anos depois, alguma coisa me fez querer pintar de novo, não fazia ideia do que tinha despertado em mim aquela vontade. Fui até o mercado mais próximo, e comprei novas tintas, pincéis, telas grandes e um cavalete de pintura novo. Meu pai me mandou milhões de mensagens me xingando como sempre, porque não tinha ido pra empresa dele.
Era sábado de manhã, e como todas as manhãs a casa ficava silenciosa e vazia. Só eu e minha irmã em casa, e os empregados também. Quando entrei pela porta dos fundos, ela estava sentada na ilha da cozinha organizando alguma coisa, ela me viu com sacolas e perguntou:
- Isso são tintas? - perguntou ela, com um sorriso no rosto.
- São, acabei de voltar da loja e agora irei descer pra pintar. - respondi, levantando as sacolas.
Quando estava descendo para ir para o porão, ela correu até mim e disse:
- Festa de boas vindas para Lúcia, aqui em casa às oito. - ela percebeu minha cara de deboche, e terminou de dizer. - Não adianta arrumar desculpas, e pra você ir e ser gentil.
Balancei a cabeça pra ela, e continue descendo as escadas. Coloquei cada coisinha no seu lugar, e ao terminar percebi o quanto tinha ficado a minha cara.

Me sentei de frente para tela, e comecei a desenhar sobre ela. Comecei a desenhar um olho com lápis preto, e só fazia oque minha cabeça mandava. E mesmo depois de muito tempo, eu ainda sabia desenhar como antes, só que agora de uma forma menos sombria e escura.
As horas se passavam e eu nem percebia, apenas continua desenhando. O olho finalmente ficou pronto, porém olhando demais para aquele olho eu percebi que faltava alguma coisa. E aí resolvi colorir ele de castanho, apenas os olhos e a pupila, o resto ficou preto e branco enquanto so o olho tinha cor e iluminação.
Enquanto eu finalizava o desenho, senti alguém entrando na porta e me observando. Fiquei parado, e uma mão delicada encostou no meu ombro.
- Você tem um dom Oliver. - disse Júlia, que ficava admirando o quarto e as pinturas antigas. - Já pensou em ser pintor? Ter seu estúdio e mostrar suas obras?
Me virei para ela, e respondi:
- E eu já pensei, porém meu pai quer que cuide da empresa e administre ela. - respondi, abaixando a minha cabeça.
E assim como a minha mãe fazia, Júlia se aproximou e levantou meu rosto e sorriu.
- Mas e você quem decidi, oque quer fazer e ser. - Júlia se sentou e voltou a falar. - Nunca deixe as pessoas decidirem, por você. Essa escolha e sua, e mesmo que não seja a certa, ela ainda vai ser sua.
Sorri de volta, e ela saiu me deixando sozinho para refletir. E por um lado a Júlia tinha a total razão, eu não devia deixar meu pai decidir a minha vida, não era meu sonho administrar a empresa e cuidar de negócios. Porém o meu sonho era pintar, ter meus quadros expostos em paredes museus de artes.
Acabei pegando no sono por algumas, e acordei com barulho de música e pessoas conversando na área da piscina. Me levantei e subi as escadas, e não tinha nenhum adulto em casa, provavelmente meu pai e a Júlia estava em algum jantar chique.
Ao chegar na área da piscina, tinha umas 8 pessoas. Os nosso amigos mais próximos, estavam todos sentados em frente à fogueira conversando e comendo marshmallow, como sempre fazíamos nos finais de semanas.

Minha irmã acenou e gritou:
- Pega os copos, e a vodka que está atrás de você. - disse ela apontando o dedo, para uma mesa atrás de mim.
Eu me virei e peguei oque ela mandou, todos começaram a sentar em roda. E já imaginei que iríamos brincar de EU JÁ/ EU NUNCA, e comecei a distribuir os copos e em seguida voltei colocando vodka nos copos. Quando cheguei em Lúcia, ela balançou a cabeça dizendo não.
- Obrigado porém não gosto de beber, vou ficar só na água hoje. - disse ela sorrindo porém com os olhos tristes.
Então guardei a vodka e peguei o meu copo, e sentei no meio da roda. E todo mundo ficou sem entender o porque de Lúcia não beber, deu pra perceber o desconforto dela naquele momento. Minha irmã imediatamente percebeu, e começou a fazer perguntas pra trocar de assunto.
- Eu nunca beijei mais de 2 em uma festa. - ela foi a primeira a beber.
Logo todo mundo começou a beber, inclusive eu. As primeiras 5 perguntas foram leves, porém depois começou as pesadas.
- Eu nunca transei dentro do carro dos meus pais. - perguntou uma das garotas da roda.
Como a maioria naquela roda não tinha carteira, e muito menos carro beberam um pouco de vodka. Porém a única da roda que não bebia, quando era algo relacionado a sexo ou algo do tipo, ela apenas sorria e via os outros a beber.
Anne chegou por trás pegando a minha bebida e sentou no meu colo.
- Eu nunca transei. - perguntou ela olhando na cara de Lúcia. - essa é fácil né galera.
E claro que todo mundo bebeu, menos a Lúcia e Anne ficou fazendo piadas dela, e zombando dela e Lúcia levantou e colocou o copo na mesinha do lado da sua cadeira. E saiu pra perto da piscina, Olívia foi atrás dela na hora e sussurrou no ouvido de Anne.
- Você é uma vadia, aliás acho melhor você ir pra casa já que ninguém te chamou aqui.
Olivia continuo andando em direção a Lúcia, e elas se abraçaram por alguns segundo e voltaram para roda, ela se sentou e olhou em direção a Anne.
- Eu nunca meti a porrada em uma vadia chata. - Lúcia pegou o copo de Olívia, e bebeu ainda olhando para Anne. - E melhor ficar no seu canto, porque se não você vai ser a próxima que vou meter a porrada.
Olívia fez um toca aqui com Lúcia, e todos riram de Anne. A galera então guardaram os copos, e resolveram brincar de Verdade ou Desafio. Fizeram vários desafios legais, comer pimenta, pular na piscina pelado, ligar para ex, fazer trotes. Porém Anne sempre queria saber sobre Lúcia, e ficava fazendo perguntas desnecessárias.
- Como escolheu verdade, eu quero saber o porque de nunca ter transado. - perguntou Anne para Lúcia.
- Você quer tanto saber neh? Então eu conto, se for pra me deixar em paz. - disse Lúcia, extremamente brava e desconfortável. - Eu...
Porém ela foi interrompida pela Olívia que disse:
- Sabe que não precisa contar sobre isso? Você não é obrigada a dar satisfação a ela.
E Lúcia abriu um sorriso no rosto e segurou a mão de Olívia.
- Tudo bem eu me sinto confortável pra falar disso. - disse Lúcia na maior calma, e continuo falando. - Eu nunca transei por conta de trauma que sofri a uns 3 anos atrás, eu fui abusada pelo garoto que eu gostava depois dele colocar remédio na minha bebida, e desde então eu tenho medo de beber perto de pessoas que não conheço ou até mesmo de quem conheço.
Todo mundo ficou calado e Anne ficou sem graça, e Lúcia terminou de falar:
- E meu namorado que disse que me esperaria o tempo que fosse, ficou e provavelmente transou com a minha melhor amiga assim que pisei no avião. Porém eu não sou igual a maioria que transa com qualquer um, eu só estou esperando alguém que faça valer a pena e que me espere o tempo que for.
Olívia apertou a mão dela e olhou nos olhos dela dizendo:
- Pode ter a certeza, que quando for a pessoa certa ela vai esperar o tempo que for.
Porém nada impediu de Anne fazer piadas e deixar a maioria sem graça, foi então que Olívia ficou puta com a situação e como era sua vez de perguntar, ela se virou para mim e perguntou:
- Irmãozinho, Verdade ou Desafio? - ela perguntou sabendo da minha resposta. - Eu vou querer Desafio. - respondi ela.
Ela me olhou rindo como sempre fazia quando queria aprontar, e começou a falar.
- Eu desafio você para os 7 minutos no céu com... - Anne estava com muita confiança que seria ela, e pegou na minha mão e se levantou. - Com a LÚCIA. Ela terminou rindo muito, principalmente da cara de Anne.
Eu me levantei para ir com a Lúcia, e Anne ficou tão brava que se levantou e foi embora. E como eu tinha sido desafiado, eu levei Lúcia até o armário e ao entrarmos ficamos apertados. O armário mal cabia nos dois, nossos peitos estavam completamente colados e dava pra sentir sua respiração.
Quando fui tirar meu braço de trás dela, eu sem querer toquei na bunda dela. Ela se assustou, e colocou uma faca sobre meu pescoço e disse:
- Se encostar na minha bunda de novo, eu corto sua cabeça fora.
- E sério? Uma faca cega e sem ponta? Você está flertando comigo? - respondi ela rindo da sua cara.
Com uma voz grossa e com ódio, ela olhou pra cima pra me olhar nos olhos:
- Cala a porra da boca! - enquanto ela gritava me mandando calar a boca, eu respondi: - Então vem calar ué!
Ela levantou os pés para alcançar a minha boca, e me beijou. Uma de minhas mãos eu coloquei sobre o seu pescoço, e a outra eu apertava sua bunda. E quanto mais eu apertava, ela respirava alto e rápido.
Os sete minutos de passaram, ouvi alguém chegar perto da porta e ao abrir era Anne, e ela gritou:
- QUE PORRA E ESSA OLIVER? - ela puxou a Lúcia e a jogou para fora do armário, e Lúcia logo respondeu com ar de deboche. - Foi mal gata, acho que seu namorado te deu um par de chifres.
Anne deu um tapa no meu rosto e saiu com raiva, Lúcia chegou perto de mim de novo e disse:
- Acho melhor ir atrás da sua namorada, eu acho que ela ficou bravinha. - então eu respondi. - Ela não é minha namorada, só é uma garota que eu fico as vezes.
Voltamos para o meio da galera, e todo mundo ficou curioso pra saber se nós beijamos.
- E ai oque aconteceu lá dentro, e porque a Anne saiu puta? - perguntou um dos meus amigos.
E antes que eu pudesse responder, meu celular começou a vibrar e tocar sem parar. E quando fui olhar, tinha 7 ligações do meu pai e 16 mensagens, só vi as últimas mensagens:

•••••
Liam: Porque você não atende a porra desse celular? Garoto idiota.
Oliver: Calma pai, eu estava me divertido com meus amigos.
Liam: Não interessa, é bom que quando chegar nessa casa. Não tenha adolescente transando na minha cama.
Oliver: Eu te garanto pai, não tem nada fora do lugar e muito menos pessoas na sua cama.
Liam: E bom mesmo, porque se não você sabe oque acontece com você e sua irmã.
Oliver: Minha irmã não fez nada, a única coisa que ela está fazendo é se divertindo.
Liam: Me esqueci que você é o problema, e que só faz merda. Você é um merdinha garoto, nunca aprende.
•••••

Apenas ignorei as últimas mensagens do meu pai, e voltei para o mundo real. Todo mundo estava esperando eu dar uma resposta do que tinha acontecido no armário, eu me virei para todo mundo e disse:
- Ela só me ameaçou com uma faca cega, por ter encostado na bunda dela.
Todos riram por alguns segundos, e Olívia olhou para mim perguntou:
- E não rolou nenhuma beijo? - perguntou ela, me encarando. - Todo mundo quer saber se os 7 minutos no céu valeu a pena.
E curto e grosso eu respondi:
- Não rolou nenhum beijo.
Percebi o semblante de Lúcia mudar, e apenas concordar comigo:
- E não rolou nada. - ela se sentou no meio da minha irmã e cruzou os braços.
Peguei a garrafa de vodka e virei a garrafa, e peguei no celular e liguei para Anne e ela não atendeu.
- Vou atrás da Anne, e por favor Olívia deixa tudo arrumado.
Olívia apenas concordou, e Lúcia se levantou para ir embora e parou na minha frente e disse:
- Eres un idiota, vete a la mierda muchacho. - ela estava furiosa, dizendo em espanhol e continuo. - Vai se fuder, vai lá atrás daquela vadia de merda. - disse ela em português, com muito ódio.
Ela falou 2 idiotas ao mesmo tempo? Puta merda essa garota è extraordinária. Se ela não tivesse saído brava, eu teria a agarrado no meio de todo mundo. Porém eu não faço a mínima ideia do que ela estava falando, acho que preciso aprender espanhol e até português pra entender oque essa maluca fala.

Uma hora se passou, e lá estava eu e Olívia limpando toda bagunça antes do nosso pai chegar. Escutamos o carro estacionar na garagem, então corremos para cozinha.
Assim que ele entrou pela porta, Olívia esbarrou em um vaso de 1 milhão de dólares do meu pai, que caiu e se partiu em milhões de pedaços. Empurrei Olívia para o outro lado da cozinha, e meu pai entrou:
- Não acredito que vocês quebraram meu vaso. - disse ele com muita raiva. - Qual de vocês quebraram?
Eu entrei na frente do meu pai, e ele agarrou meu braço com muita força.
- Foi você né garoto idiota?. - ele socou meu rosto, e gritou. - SEU IDIOTA! Você vai me pagar.
A Olívia correu para tentar me ajudar, porém meu pai levantou a mão para bater nela e eu levantei e agarrei o braço dele. O impedindo de bater nela.
- FUI EU! - eu respondi, protegendo Olívia e levando a culpa. - Não precisa bater nela, ela não tem nada haver.
Ele abaixou a mão, e mandou Olívia sair dali. E ele começou a bater na minha barriga, e me chutar também e sempre gritar: "SEU IDIOTA", "INÚTIL", "VOCÊ É UM ERRO".
Meu pai sempre descontava em mim, quando o dia dele era uma merda. E pelo visto essa noite não foi muito boa, porque nem a Júlia voltou com ele. Ja tinha até acostumado com ele me batendo, chutando e me dando socos, enquanto ele me batia eu apenas esperava parado ele terminar.
Foram longos 10 minutos, de agressões verbais e físicas. Eu só conseguia ouvir Olívia chorando da escada, e quando ele finalmente ele terminou. Apenas pegou um copo de uísque e saiu, e Olívia correu pra me ajudar.
- Oliver como está se sentindo? - perguntou ela, com lágrimas caindo do seu rosto. - Eu podia ter levado a culpa, eu quebrei o vaso e não você.
Eu me sentei e segurei na mão dela, e limpei as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
- E deixar ele te bater? não sou nem doido de deixar você levar a culpa. - respondi sorrindo para ela.
Ela me abraçou forte e sempre ficava pedindo desculpas. Porém eu a acalmei e disse que a culpa não era dela, prometi para nossa irmã e pra mamãe que a protegeria ela. Era a minha função como irmão dela, mesmo sendo 5 minutos mais velho, eu era o mais velho.
Olívia me ajudou a levantar, e me levar pro quarto. E quando me olhei no espelho, dessa vez ele não tinha me batido com tanta força assim. Meu rosto estava um pouco roxo por causa do soco, e minha boca estava com o corte. Porém ao levantar a camisa percebi que ele tinha me batido com muita força, meu abdômen estava com vários roxos e doendo pra caralho.

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