12:00/ 14 de novembro, sábado.
Connor on
Estava ajudando Nona com o almoço, quando vi Liz aparecer na cozinha com o bebê no colo e o rosto com marca de almofada. Obviamente não contive o meu riso.
Connor: Boa tarde!- sorri de orelha a orelha.
Liz: Boa tarde...- disse tímida.- Precisam de ajuda com algo?- olhou para a bancada.
Nona: Não se preocupe querida!- sorriu.- Conseguiu descansar um pouco?- Liz assentiu.
Liz: Apaguei que nem vi.- riu ainda tímida.
Liz preparou a mamadeira de Henry e foi para a sala com ele.
Nona: Pode me explicar o porquê ainda não colocou uma aliança da mão dessa mulher?!- perguntou baixo, me olhando com uma sobrancelha levantada.
Connor: Estava num relacionamento tem pouco tempo, Nona...- expliquei no mesmo tom.
Nona: E o que canela tem a ver com farinha?!- colocou a mão na cintura.
Connor: Que?- a olhei confuso.
Nona: Meu filho, esse brilho nos seus olhos eu nunca havia visto antes... com nenhuma das namoradinhas que você já teve.- cocei atrás da nuca.- É mais do que óbvio o que você sente!
Connor: Tenho medo dela achar cedo demais...
Nona: Não mente pra mim não! Já viu como ela te olha?- sorriu.- Seu medo é de se machucar, como aconteceu com as outras.- a olhei.- Querido, não perca tempo por conta do medo... Essa garota já deveria ser sua!
Connor: Se ela for embora algum dia, Nona... eu não vou suportar!- senti meus olhos quererem lacrimejar.
Nona: Tá sofrendo por antecedência?- me olhou com o rolo de massa na mão.- Ela tem a personalidade parecida com as outras?
Connor: Não! Claro que não...- sorri de leve ao pensar.- Essa menina não se compara com nenhuma outra que já conheci!- senti meu coração bater mais forte.- Ela tem o coração mais bondoso, e a alma mais gentil que eu já conheci!- Nona sorriu.
Nona: Esse sorriso no seu rosto ainda te deixa dúvidas?- neguei.- Então já sabe o que fazer.- beijou minha testa.- Eu te amo meu pequeno menino.
Connor: Eu também te amo, Nona!- a abracei bem forte.- Mas a pequena aqui é a senhora.- ri e ela me acertou com o rolo de massa.- Aí!- passei a mão onde ela havia batido.
Nona: Ousado!- rimos.
Minha mãe chegou, terminamos de fazer o almoço, e então comemos todos juntos. Assim que terminei de almoçar, peguei o Henry no colo, minha mãe voltou para o trabalho, e Liz ajudou Nona a tirar a mesa e arrumar a cozinha.
Me sentei no sofá com Henry em meu colo e fiquei brincando com o mesmo.
Liz: Quem é o bebê mais lindo desse mundo?!- perguntou sorrindo ao aparecer de trás do sofá.
Ele deu um sorriso daqueles mais radiantes, e esticou os braços para a mesma, então Liz o pegou no colo.
Connor: É só ver uma mulher bonita, que esquece do primo, né?- o olhei e fiz um jóia.
Liz: Bobo.- riu.- Veio com a tia Liz, porque ela é mais legal, não é bebê?- o olhou.
Connor: Vamos ver então...- sorri e sai correndo até o meu quarto antigo.
Voltei com uma manta e fiz uma mini rede para ele. Coloquei o mesmo lá dentro e no início ele ficou com um pouco de medo, mas acabou gostando.
Connor: Quem é mais legal agora?- a olhei e ela veio até mim.
Liz: Isso não sei, mas o mais competitivo está bem claro!- riu.- É... Parece que alguém gostou da sua rede!- olhamos para Henry que estava se divertindo e acabei deixando um sorriso escapar.
Ana Liz on
O dia foi bem tranquilo cuidando do Henry. Quando a mãe do bebê chegou para buscá-lo, ela me pagou. Graças ao bom Deus, era um pouco mais do que faltava para pagar a outra metade do aluguel, que eu deveria ter pagado na quarta.
Fomos embora de lá, e quando chegamos, fomos cada um para seu apartamento. Como eu estava sem chave, toquei a campainha e esperei alguma das meninas atender.
Mariana: Ó, lembrou que tem casa!- disse ao abrir a porta e me ver.
Liz: Oi pra você também!- ri e a abracei.- Cadê as meninas?- entrei.
Mariana: Estão lá na madrinha.- sorriu.- Estava esperando você chegar, para irmos juntas.- fechou a porta.
Liz: Ai que meiga!- sorri e dei um beijo em sua bochecha.- Vou só tomar um banho, aí vamos.- peguei minha toalha na secadora, e fui até o banheiro.
Mariana: Pois vai me contar enquanto toma seu banho, que aventura romântica foi essa!- disse me seguindo e se sentou no vaso.- Anda, como foi? Estou esperando!- cruzou as pernas e eu ri.
Contei como foi tudo, em cada detalhe. A doida quase teve um treco de tão animada que ficou com tudo. Sai do banho e fui me vestir com uma roupa bonitinha, mas confortável, enquanto terminei de contar.
Escovei meu cabelo e os dentes, passei um gloss, perfume e desodorante. Calcei o sapato, peguei minhas chaves e saímos de casa, trancando a porta.
Liz: E o Jhonny, em Mari?- apertei o botão do elevador.
Mariana: Nem me fala que eu choro em...- fez biquinho.- Tô com tanta saudade do meu "peto"! Estávamos em ligação hoje, e o bichinho tá trabalhando duro pra vir pra cá logo.- o elevador chegou.
Liz: Imagino...- entramos no elevador e eu apertei o andar da Sra. Garfield.
Mariana: Ué?- me olhou.
Liz: Tenho que pagar meu aluguel, antes que aquela mulher venha me assombrar de noite.- revirei os olhos e Mariana riu.
Bati na porta dela e quem abriu foi o marido da mesma, e na hora senti um alívio de não ter que ver aquela mulher enjoada.
Sr. Garfield: Pois não?- me olhou.
Liz: Perdão pelo horário, senhor... Eu trouxe aqui nesse envelope, o valor que ainda faltava do aluguel.- entreguei o envelope.- Coloquei algumas libras a mais para compensar o atraso.- ele olhou o envelope e me olhou depois.
Sr. Garfield: Que atenciosa! Fique tranquila, esse adicional será descontado do aluguel mês que vem.- sorriu gentilmente.
Liz: Sério?- sorri.- Obrigada, senhor! Desculpe mais uma vez incomodá-lo à esse horário... Tenha uma boa noite!
Sr. Garfield: Boa noite, senhoritas.- sorriu e fechou a porta.
Fiquei feliz demais da conta! Isso vai me ajudar, pois mês que vem, posso ajudar ainda mais com os gastos do hospital.
Fomos para a garagem, e saí, dando partida em direção à casa dos meus pais. Ao chegar lá, estavam todos sentados na mesa de jantar.
Liz: Oi família linda!- disse entrando na casa.
Clarice: Oi minha princesa!- sorriu ao me ver e me dei um beijo na bochecha.- Oi Mari!- beijou a bochecha dela também.
Mariana: Oi madrinha!- a abraçou.
Inês: Oi minhas netas queridas!- levantou.
Liz: Oi véia!- corri para abraça-la.
Inês: Eu vou lhe dizer o que é véia, e não vai ser com educação em!- disse fazendo todos rirem, e eu a apertei e beijei seu rosto.
Liz: Sabe que eu te amo, meu maracujázinho!- ela me olhou.
Inês: Mas tá abusada igual seu pai, viu!- riu.- Eu também te amo branquela.- beijou minha cabeça.
Mariana: Oxi, fala isso só pra ela é? Tem mais cinco netos aqui!- colocou as mãos na cintura.
Samuel: Seis! Eu também conto como neto!- levantou a mão e minha avó riu.
Inês: Amo todos vocês meus ciumentos! Assim como amo todos meus filhos, noras e genros que estão aqui!- todos sorriram.
Xxx: Até eu?- ouvi uma voz familiar vindo do outro lado da mesa, e senti meu corpo arrepiar.
Olhei rápido, para ver se estava ficando doida, e então meus olhos se encheram rapidamente de lágrimas.
Liz: Pai?!- disse ainda sem acreditar.- PAI!- corri até ele e o abracei chorando muito.
Phillip: Oi minha batatinha!- riu e seus olhos também transbordaram.
Liz: O senhor está aqui...- o olhei nos olhos e sorri de orelha a orelha.
Phillip: Sim meu amor, estou em casa!- sorriu e fez carinho em meu rosto.
Liz: Como é bom te ver sem aquele tanto de fios...- acariciei sua bochecha enquanto saiam mais e mais lágrimas de meus olhos.- Eu te amo tanto, mas tanto meu paizinho... Esse é o melhor presente que eu poderia ter na minha vida, sabia?- beijei seu rosto e o abracei novamente.
Phillip: Eu te amo minha filha! Tanto que não cabe nem no peito!- olhou Lucca.- E você também, meu menino!- puxou ele para o abraço.- Eu amo vocês mais que tudo, minhas riquezas!
Todos ali já estavam num chororô dos brabos! A janta tava quase virando sopa já, de tanta lágrima.
Teve muita declaração linda de carinho entre todos, e antes de jantar, fizemos uma oração agradecendo à Deus por meu pai estar em casa.
Essa foi a maior surpresa que já tive na vida! Eu nem sabia que estava perto de isso acontecer, mas agradeço por ter acontecido.
Jantamos e conversamos muito! É bom demais ter a família praticamente completa à mesa! Haviam anos que não fazíamos isso, e agora com papai de volta, foi possível.
Claro que não estão todos aqui, até porque alguns não conseguiram vir do Brasil pra cá. Mas de todos que eram mais unidos quando eu morava lá, estão todos aqui.
Eu ficaria a noite toda conversando com meu pai, mas ele precisava descansar. Me despedi de todos os adultos, e arrumamos um jeito de os meninos irem dormir lá em casa também, para meu pai poder descansar melhor.
Chegamos em casa, e eu ajeitei os colchões para eles na sala. Arrumamos a cama no quarto para nós meninas, mas inventamos de ver filme com eles. Fiquei mexendo no celular, procurando uma foto antiga com meu pai, e então postei no insta. Não passou quase nem metade do filme, e acabamos dormindo no sofá mesmo.
@Liz_: sou tão feliz por sua vida, meu pai! ❤️
@_Connor: eu sou mais legal! 😉
@Mari_: saudade do meu amorzão 🥺
@Lucca_: Eu te amo meu velho ❤️