Um Inquilino e Meio

By guqpjm

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[EM ANDAMENTO] [EM REVISÃO, ESTÁ SUJEITA A ERROS] Jimin se vê atolado de dívidas depois que o dinheiro que su... More

Apresentações
[1] Dívidas.
[2] Soluções.
[3] Reforma.
[4] Mudança.
[5] Lar.
[6] Amigos.
[7] Proteção.
[8] Jeon's.
[9] Sol.
[10] Invasão.
[11] Ciúmes?!
[12] Promessa.
[13] Próximos.
[14] Próximo passo.
[15] Depois.
[16] Fazenda.
[17] Frutas.
[18] Me conte.
[19] Eu e você.
[20] Você merece.
[21] Cuidar de você.
[22] Recomeçar.
[23] (re)começo.
[24] Importância.
[25] Barracas.
[26] Sem bandanas.
[27] Único.
[28] Aprendizados.
[29] Aniversário?
[30] Ãn?
[31] Meu tchan.
[32] Um chuchu que colhi na vida.
[33] Futuro.
[34] Amor e seus significados.
[35] Novas sensações.
[36] Como quiser.
[37] Primeira vez.
[38] Fizemos amor!
[40] De mentirinha.
[41] Descobertas. 2
[42] Ciclos.
PRÉ VENDA DE UIM!

[39] Abacaxi.

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By guqpjm

#GarotoDasBandanas🍍

Esse capítulo pode não ser para todos os tipos de leitores, pois haverá cenas explícitas.
Quando aparecer o emoji de Abacaxi, vocês já sabem, né?

Após Jeon soltar aquelas palavras chocantes, um silêncio sepulcral dominou a mesa. Cada pessoa ali presente lutava para processar o significado daquela revelação inesperada.

Jimin, surpreso além das palavras, engasgou com o suco que estava prestes a beber. Seu rosto rapidamente se tornou vermelho e sua expressão de choque foi substituída por uma de sufocamento. Felizmente, Bogum estava ao seu lado e agiu rapidamente, batendo em suas costas para ajudá-lo a recuperar o fôlego.

Enquanto isso, os pais de Jeon pareciam desacreditados, seus olhares perdidos, intercalando entre Jimin e Jungkook. A revelação tão repentina os deixaram perplexos e incapazes de articular uma resposta imediata.

Os outros amigos na mesa, embora igualmente surpresos com a confissão, tentaram disfarçar seu choque. Por dentro, piadas e comentários irônicos lutavam para escapar de suas bocas, mas eles se seguravam, conscientes de que era um momento delicado - pelo menos era o que achavam. Todos os olhos estavam voltados para os pais de Kook, aguardando ansiosamente sua reação diante da fala.

Surpreendentemente, Jung-Su foi o primeiro a reunir coragem para quebrar o silêncio pesado.

Recuperando-se do choque inicial, ele perguntou com uma expressão intrigada: 

— Vocês se cuidaram?

Jungkook, demonstrando uma confiança surpreendente na conversa, respondeu com um simples aceno de cabeça.

Foi Areum quem ousou perguntar a próxima dúvida, com uma mistura de curiosidade e preocupação em seu olhar:

— E você gostou, meu filho?

Com um sorriso discreto nos lábios, Kook assentiu novamente.

Os meninos, ainda em silêncio, sorriram também, porque Jungkook estava levando o assunto com uma leveza extraordinária, enquanto Jimin se engasgava a cada nova fala.

— O senhor me disse uma vez que sexo não deve ser um tabú, não é, pai? – Kook lembrou-lhe, e Senhor Jeon arregalou os olhos, se perguntando onde estava com a cabeça quando disse aquilo.

— Você está bem, tio? – Hobi lutou para não rir quando o homem olhou diretamente para ele, claramente se esforçando para manter a compostura. Era engraçado e adorável vê-lo fazendo esse esforço, tudo por causa da confiança que Kook depositou nele ao compartilhar o segredo.

— Estou. Só fui pego de surpresa. – Riu, nervoso. — Achei que esse dia ia demorar pra acontecer.

— Desculpa, tio. — Jimin disse, exagerando ao esconder o rosto entre as mãos, acrescentando um toque dramático à situação. O restante do grupo não conseguiu conter as risadas diante da cena cômica que se desenrolava.

Confuso, Jung-Su franziu as sobrancelhas e questionou: — Por que você está se desculpando? Você machucou o Kook?

Jimin, percebendo o mal-entendido, explicou rapidamente: — Não, não! Se bem que, sendo a primeira vez, foi inevitável causar um pouco de desconforto…

Antes que Jimin pudesse continuar, Jung-Su o interrompeu com um gesto de mão: — Não precisa entrar em detalhes, Jimin. Na verdade, estou apenas feliz que você seja a pessoa escolhida pelo Kook.

Jimin sentiu uma onda de alívio percorrer seu corpo, percebendo que não havia porquê tanto desespero.

— Mas não se preocupem, não foi algo de última hora. Eu e o hyung conversamos sobre isso, entendemos o que cada um queria, fizemos exames, usamos preservativo e nos sentimos bem. Então, obrigado por nos entenderem!

Jung-su arregalou os olhos como se tivesse visto um fantasma e deixou escapar um som digno de uma baleia encalhada, seu rosto se tornando mais vermelho que um tomate maduro. Areum sabia que seu marido estava tentando se conter para não parecer um pai controlador e invasivo, mas era tão óbvio o esforço que ele estava fazendo que até os pássaros lá fora pararam de cantar para observar a cena. 

Quando o homem decidiu tomar um pouco de suco, coincidentemente, Jimin também fez o mesmo gesto, exatamente no mesmo momento que Jung-su levava o seu aos lábios.

O resultado? Um encontro épico de olhares desesperados e dois goles mal sucedidos que resultaram em engasgos simultâneos dignos de uma competição de malabarismo líquido. A situação foi hilária e caótica, os dois se engasgaram enquanto todos ao redor tentavam conter as gargalhadas e oferecer ajuda a Jung-su e Jimin, que pareciam ter entrado em um dueto improvisado de tosse e soluços.

— Já chega, Yoongi! – Jimin disse, tossindo descontroladamente. Yoongi batia em suas costas com uma força exagerada, ousava dizer que estava se aproveitando da situação para lhe bater. — Já chega, seu otário! – Tossiu mais uma vez.

— Vocês estão bem? – Kook, com os olhos arregalados, desesperadamente alternava as batidinhas nas costas entre seu pai e seu namorado, que pareciam ter engolido um elefante inteiro.

Jung-su e Jimin trocaram um olhar de pânico mútuo por alguns segundos, como se estivessem competindo para ver quem ficaria mais vermelho.

E então, como se fossem coreografados por uma força cósmica, eles responderam em perfeita sintonia, fazendo Kook soltar um suspiro de alívio misturado com risadas nervosas.

— Estamos!

— Ok, vocês podem ser sinceros agora. – Yoongi declarou, agindo como se fosse o rei do universo naquela sala.

Jung-su limpou a garganta, surpreendendo a todos ao entrar no clima proposto por Yoongi.

— Estou me acostumando com a ideia, mas o Jungkook é meu caçula e isso ainda me choca! Meu menino teve sua primeira vez. – Ele olhou para o teto, fazendo uma careta engraçada de choro. — Ele era um bebê até outro dia!

— E eu estou morrendo de vergonha! Não sei como um pai deve se sentir ao saber que alguém corrompeu a inocência do seu filho, mas presumo que a sensação não seja a melhor. – Jimin disse, por fim.

— Não, Jimin, você não corrompeu nada. – A expressão de Jung-su suavizou, transmitindo conforto e compreensão. — Essa sensação de choque é apenas parte da experiência de ser pai, mas não se desculpe ou se sinta culpado por isso. Não quero que pense que tem algum problema.

— Para mim, foi algo especial. Sexo costumava ser associado a algo sujo em minha mente, mas essa antiga visão foi transformada quando compartilhado com alguém especial. Agora eu entendo que esse ato pode se tornar algo belo e significativo. Foi por isso que senti a necessidade de compartilhar essa experiência com todos vocês. – Kook pronunciou suas palavras com uma surpreendente maturidade e sinceridade. 

De repente, todos sentiram o impacto daquelas palavras e compreenderam a profunda felicidade que transbordava do coração do jovem enquanto ele expressava sua alegria de maneira tão aberta e cativante.

— Então, Jimin, eu não poderia estar mais agradecido! Obrigado por fazer nosso garoto sentir-se tão especial! – Jung-su disse, mal conseguindo conter a emoção.

Jimin sorriu, aliviado.

— Vamos fazer um brinde aos nossos pombinhos! – Hobi ergueu seu copo cheio de suco.

Todos se levantaram, juntando-se ao brinde com entusiasmo.

— E um brinde ao mais novo casal! Bogum e Taehyung! – Kook sugeriu com um sorriso radiante.

Os copos foram aproximados novamente, celebrando a ocasião de forma animada.

Bogum sorriu timidamente, parecendo um pouco acanhado naquele dia. Sua timidez contrastava com a alegria contagiante dos outros, mas mesmo assim ele não conseguia deixar de se sentir feliz estar ali.

— Adivinhem só quem foi o sortudo escolhido pelo Kook para resolver suas dúvidas? – Yoongi se gabou de repente, trazendo o assunto de volta à tona.

— Não me diga que é verdade! – Namjoon se pronunciou,  com uma expressão de incredulidade.

Jimin, já ciente da história, simplesmente revirou os olhos, lutando para conter uma risada.

— Bem... o Yoon sempre falava sobre essas coisas, eu pensei que ele fosse o mais experiente. – Kook tentou justificar sua escolha, escolhendo as palavras certas.

Não queria que seus hyungs pensassem que estava deixando eles de lado.

— Eu faço isso há mais tempo do que ele e sou muito mais responsável! – Jin se ofendeu, soltando as palavras rapidamente como um raio, quase impossíveis de serem compreendidas.

— Eu era claramente o único que estava na seca, mas eu tenho minhas experiências! – Taehyung interveio, provocando risadas, especialmente em Bogum.

— Eu realmente acredito que todos vocês são muito bons na cama, hyungs. – Kook soltou sem pensar, mas assim que as palavras saíram de sua boca, seus olhos se arregalaram e ele se apressou para corrigir. — A minha fala soou completamente errada! M-mas eu quis dizer que não duvido que vocês sejam bons igual o Ji…

— Nossa, cara. Se vocês não pararem com esse assunto, eu e o tio vamos nos afogar nesse resto de suco. E dessa vez vai ser de propósito. – Jimin interrompeu, quase morrendo de vergonha.

Jung-su concordou com ele.

— Falando sério agora, estou à disposição para tirar as dúvidas que tiverem. – Areum demonstrou um interesse genuíno em ajudá-los. Seus olhos brilhavam com a vontade de oferecer suporte. — Ou então, podemos considerar a possibilidade de contratar uma especialista nesse assunto. Afinal, todo cuidado é pouco quando se trata de algo tão importante. Se vocês decidirem seguir em frente, façam tudo da maneira correta, sem deixar margem para erros.

— Hm… eu já passei por uma situação em que acabei desistindo de me envolver com alguém porque não sabia como usar corretamente uma camisinha. – Bogum confessou, pela primeira vez naquele dia falando sem nenhum vestígio de constrangimento, deixando sua timidez de lado. — Acredito que seria extremamente importante se a escola incluísse uma matéria específica sobre esse assunto. Principalmente para conscientizar os jovens sobre os riscos e consequências da gravidez na adolescência, além dos perigos relacionados a doenças sexualmente transmissíveis.

— ...afinal, nem todos têm a liberdade de ter conversas abertas sobre esse assunto com seus pais. – Areum acrescentou, concordando plenamente com a afirmação.

— Você está completamente certo, Bogum. É realmente uma pena que as escolas não deem a devida importância a esse tipo de conhecimento. – Namjoon sorriu, revelando suas adoráveis covinhas, parecendo surpreendentemente animado com a discussão em andamento.

— Com certeza! Eu gostaria muito de ter tido acesso a esse tipo de informação sobre o uso adequado da camisinha! – Bogum exclamou, soltando uma risada contagiante.

— Bem, pelo menos você não é tão burro como aparenta. – Yoongi murmurou em um tom audível, e Bogum interpretou aquilo como um elogio.

— Já você é ainda mais burro do que aparenta! – Foi Jimin quem disse, o atacando de graça. 

— Bem... não sei muito como posso ajudar com esses assuntos, até porque vocês fazem de uma forma diferente da minha. – Jung-su gesticulou com as mãos, tentando falar de forma mais natural possível.

— Quer dizer que não desbrava os bastidores? – Yoongi foi direto, com um sorriso malicioso nos lábios, erguendo as sobrancelhas.

A mesa se transformou em um caos de risos descontrolados e tosses exageradas, enquanto todos lutavam para conter a explosão de diversão diante da forma hilária e inesperada com que Yoongi trouxe o assunto à tona. O ar estava carregado de risadas contagiantes, mescladas com olhares marotos e uma atmosfera descontraída. Era impossível não se deixar levar pela comédia espontânea que se desenrolava naquela mesa.

— É, Yoongi. Nós não desbravamos os bastidores. – O homem respondeu por fim, já naturalizado com o jeito do platinado.

— Não seja por isso, você tem oito pessoas aqui que podem te ajudar. – Rebateu, parecendo muito empolgado em ajudar.

— Dói. – Kook sussurrou baixinho.

Jimin o olhou com uma expressão preocupada, perguntando com o olhar se estava tudo bem, Kook assentiu. O desconforto passaria com o tempo.

— Primeiro de tudo…vocês já ouviram falar de chuca? – Jin questionou.

E não era como se os Jeons não estivessem acostumados com eles.

Os dois tiveram que ouvir sobre a experiência de cada um, de forma detalhada, incluindo de Jungkook, aquilo foi bom, porque os permitiu opinar e conscientizá-los. Era bom fazer parte de todos os detalhes da vida deles.

  

                                 🍓

O tempo voava como um pássaro em fuga, e à medida que os dias se desenrolavam, os noticiários gradualmente deixavam de focar no homem e em sua quadrilha. Os protestos, embora ainda ecoassem pelas ruas, começaram a perder força, com apenas alguns corajosos indignados empunhando cartazes e marchando por toda a cidade.

Jungkook tentava manter-se alheio a esses acontecimentos, mesmo que a prisão do homem fosse uma vitória em si. No entanto, ele sentia que aquele indivíduo não merecia ocupar nenhum espaço em suas lembranças, nem mesmo o espaço do seu ódio mais profundo.

A verdade era clara como o dia: aquele homem não possuía qualquer mérito ou valor digno de consideração. Ele era apenas uma sombra passageira no grande palco da vida de Jungkook.

A presença amorosa de sua família envolvia Jungkook como um abraço acolhedor. Sentindo-se encorajado, ele decidiu compartilhar o motivo por trás de sua evasão de assunto sempre que as notícias eram mencionadas. As reações que se desdobraram diante dele foram uma verdadeira montanha-russa emocional, com lágrimas escorrendo e soluços entrecortados ecoando no ambiente.

Seus pais olharam para ele com os olhos marejados, expressando uma mistura de preocupação e ternura. Sua mãe, com a voz embargada, segurou suas mãos com carinho, nunca estaria pronta para ouvir de novo cada detalhe daqueles dias. 

As lágrimas se misturavam às palavras abafadas, enquanto os meninos, emocionalmente impactados pela revelação de Jungkook, buscavam consolo uns nos outros. Era um turbilhão de emoções transbordantes, uma comunhão de sentimentos compartilhados entre eles.

Nenhum deles precisava dizer muito naquele momento. A presença física e a troca silenciosa de olhares transmitiam todo o apoio e amor incondicional que Jungkook necessitava para seguir em frente. Eles estavam ali, juntos, prontos para enfrentar qualquer obstáculo que surgisse em seu caminho.

A descoberta despertou uma fúria ardente dentro de cada um, uma fúria que ultrapassava os limites do normal. Um desejo intenso de fazer justiça com as próprias mãos tomou conta deles, uma vontade de encontrar e desbaratar o restante daquela quadrilha. A necessidade de proteger Jungkook tornou-se ainda mais urgente, como se estivessem dispostos a enfrentar qualquer perigo em seu nome. Era uma pena que nem tudo pudesse ser resolvido com uma invasão e um susto, como foi daquela vez. 

Jungkook sentia-se amado, mas sabia que não poderia fazer muita coisa, infelizmente. Em vez disso, ele tomou uma decisão inspiradora: pediu aos meninos que o acompanhassem até o orfanato, onde crianças verdadeiramente necessitadas ansiavam por aquele mesmo amor incondicional e proteção. Era uma forma nobre de canalizar sua energia e oferecer apoio a outros que enfrentavam desafios semelhantes aos seus.

Goo acreditava que seus irmãos, que também haviam enfrentado a ausência de uma figura materna ou paterna, seriam capazes de se conectar de uma maneira única com as crianças. Eles compartilhavam uma compreensão mútua das lutas e das necessidades emocionais dos pequenos corações desamparados. 

As visitas ao orfanato aconteciam com muita frequência. Os sete dias da semana foram divididos para que eles fossem em dupla. Se revezavam, e nas datas especiais e finais de semana, iam todos juntos. 

O tempo era curto, apenas uma hora e meia, mas já era mais que necessário para espalhar aquilo que Kook tanto queria: o amor.

Envolvidos na animação e cuidado com as crianças, eles deixaram escapar da memória o resultado da prova que seria revelado naquele dia. Foi somente quando alguns colegas da escola, que também haviam feito o exame, começaram a compartilhar nas redes sociais que eles se deram conta.

Jin agiu rapidamente e organizou uma vídeo chamada coletiva, reunindo todos os amigos. Com a presença de todos na tela, ele começou a ler os nomes dos aprovados um por um, seguindo uma lista. Eles esperaram ansiosamente até que finalmente chegou a vez deles, cujo nome estava no final.

Todos eles haviam passado na prova, sendo assim, já tinham praticamente completado os estudos da escola.

Assim que todos os nomes foram citados, uma onda de felicidade contagiante preencheu o ar, transbordando em sorrisos radiantes, uma felicidade genuína. Era um momento de celebração e união. Eles não podiam deixar passar essa conquista sem comemorar juntos.

O entusiasmo fervoroso os impulsionou a planejar uma reunião especial, onde puderam compartilhar risadas, histórias e momentos de pura diversão. Cada momento era precioso para eles, e qualquer desculpa era válida para estarem juntos, fortalecendo ainda mais aquele laço lindo que haviam criado.

         

                                 🍒

Era uma sexta feira, dia que Jungkook e Jimin provavelmente combinariam de ficar de grude no sofá até que pagassem no sono, mas naquele dia, receberam um ligação de Bogum.

Um amigo do primeiro do vizinho dele estava dando uma festa, e bem…aquela foi a desculpa que precisava para chamar os amigos e se divertirem juntos. Bogum queria ganhar alguns pontos com eles, mesmo que sentisse que a primeira má impressão já tivesse sido apagada.

Jungkook estava usando uma calça de couro que se ajustava perfeitamente ao seu corpo, realçando suas curvas. Uma pequena porção de sua barriga ficava à mostra através do cropped que ele usava, revelando a cintura fina. Jimin fez o possível para ser um bom maquiador, o delineado branco de Kook estava lindo, assim como o gloss nos lábios finos. O cabelo estava preso de um dos lados com algumas presilhas para não correr o risco de se soltar.

Jimin tinha que admitir: seu namorado estava um verdadeiro gostoso, não seria surpresa se todos os olhares fossem direcionados para ele.

Jungkook examinou-se no espelho, inseguro com a escolha de sua roupa. A calça de couro justa e a camiseta curta deixavam à mostra sua figura esculpida, despertando a preocupação de parecer excessivamente ousado. Ele olhou para Jimin em busca de aprovação, esperando aliviar suas dúvidas.

Jimin, percebendo a insegurança, aproximou-se com um sorriso tranquilizador. Ele avaliou cuidadosamente a aparência de Jungkook e perguntou com gentileza:

— Você se sente confortável assim, docinho? Essa é a coisa mais importante.

A visão de Jungkook vestindo roupas tão justas era uma raridade para Jimin. A última vez que o viu usando algo semelhante foi na boate em que estiveram juntos, o que sempre causava um impacto surpreendente. Jimin não conseguia evitar ficar hipnotizado pela beleza do namorado enquanto seu olhar percorria cada detalhe.

Um sorriso radiante iluminou o rosto de Jungkook ao perceber o olhar de admiração de Jimin. 

— Sim, estou me sentindo incrível, Ji. – Respondeu ele, confiante. A confirmação de Jimin trouxe ainda mais segurança ao seu visual.

Com passos suaves e um sorriso travesso nos lábios, Jimin se aproximou lentamente. Levou delicadamente seu nariz até o pescoço do amado, inalando profundamente a fragrância que exalava dali. 

Era uma essência doce e envolvente, completamente diferente dos perfumes infantis que costumava usar. Kook tinha descoberto uma nova linha de perfumes especialmente formulada para peles sensíveis, e Jimin estava encantado com o resultado. Sentindo-se ainda mais atraído pelo aroma sedutor, ele sussurrou em tom provocante:

— Vamos?

                                  🍓

Ao chegarem ao seu destino, o som vibrante da música encheu seus ouvidos, proporcionando uma experiência completamente diferente da agitação da boate. A festa estava acontecendo em uma magnífica casa, iluminada por luzes coloridas que criavam um ambiente acolhedor e envolvente. A diversidade de pessoas presentes, de todas as idades e estilos, prometia uma noite de interações fáceis e divertidas.

Assim que se viram dentro da pista de dança, Jimin estendeu a mão em direção a Jungkook, um convite claro e cheio de desejo.

Jungkook ficou momentaneamente surpreso com a proposta inesperada, mas seu coração acelerado e os olhares intensos entregaram sua resposta.

— Mas já? - Perguntou, incrédulo com a rapidez de Park, mas estava sorrindo. — Está tão animado assim? Eu não sei dançar esse tipo de música.

Jimin assentiu com um sorriso travesso nos lábios, transmitindo confiança e uma pitada de malícia.

— Tudo bem, eu confesso, essa dança é perfeita pra dançar a dois e eu precisava de uma desculpa pra te agarrar aqui. – Ele pegou Jungkook pela mão com firmeza e o conduziu para o centro da pista de dança, onde a música pulsante preenchia o ambiente.

Park tomou a liberdade de juntar os corpos, sabendo que teria que conduzir aquela dança, não que fosse um expert nesse requisito, mas conseguiria guiá-lo ao ritmo. De certa forma, a dança também serviria para quebrar o nervosismo evidente de Jungkook, o ambiente em si costumava o deixar meio incerto, talvez por estar rodeado de pessoas, e Park sabia bem como deixá-lo relaxado.

Os corpos se aproximaram, colando-se um ao outro em uma dança íntima e apaixonada. 

— As pessoas estão olhando? – Jungkook perguntou, estreitando os olhos para aquela dança estranha.

— Ninguém liga pra gente. Ninguém liga pra ninguém.

Cada movimento era calculado, seus corpos se entrelaçando em perfeita harmonia enquanto se entregavam àquela dança que Kook julgava ser bastante íntima.

Tinham que confessar: depois que tiveram a primeira vez, a tensão sexual era muito mais forte. Qualquer piada boba virava motivo de provocação e joguinhos de sedução, como naquele momento, assim como já não conseguiam se controlar diante dos desejos carnais.

Porém, depois da primeira vez, não houveram outras. Ainda não.

As roupas que usavam, escolhidas cuidadosamente para aquela noite, pareciam ter sido feitas sob medida para realçar cada curva e músculo. Cada toque era sentido com uma intensidade avassaladora, fazendo-os perder a noção do tempo e do espaço.

Naquele momento, os dois quase se fundiram em uma conexão única, deixando transparecer todo o desejo e paixão que havia entre eles. A pista de dança se tornou o palco de entrega mútua, enquanto os olhares cúmplices e sorrisos sedutores revelavam o quão envolvidos estavam um com o outro.

Ao final da música quente, uma totalmente diferente iniciou, empolgante e animada, então eles foram obrigados a espantar aquela tensão posta.

— Não sabia que você dançava tão bem. – Park disse rente ao ouvido dele, aquela voz grossa e rouca que arrepiava cada pelinho de Kook. 

— Só segui seu ritmo, hyung. Seu corpo me conduziu. Eu não queria que aquela música tivesse acabado. – Confessou, observando as pessoas dançarem pra lá e pra cá num ritmo completamente diferente da música anterior. — Gostei de ficar assim com você.

Jimin o puxou para si. 

— Ih! Adoro quando você se aconchega em mim, não tem problema nenhum. – Ele apertou levemente sua cintura, soltando uma risada contagiante. — Eu amo quando você fica confiante assim.

— Não estou tão confiante assim, Ji, mas é sua companhia que faz eu me sentir assim. – Ele envolveu os braços ao redor do pescoço de Park. — Mas tenho que admitir que estou me sentindo ótimo hoje, hyung. Gostei do meu visual, e essa roupa... não usaria todos os dias ou em outras ocasiões, mas está legal para esta noite.

— Não importa mesmo. Você consegue ficar maravilhoso até com um trapo.

— V-você também ficaria lindo com um…trapo. Até mesmo com uma folha, tipo o Tarzan! Você ficaria lindo assim também, hyung! – As palavras saíram correndo de sua boca, sempre que era elogiado, se sentia na necessidade de elogiar mil vezes mais. Porém, quando parou pra pensar…o Tarzan ficava pelado! Meu Deus! Talvez fosse por isso que Jimin estava quase morrendo de tanto rir. — Park Jimin!

— Desculpa, desculpa… - Jimin disse entre risadas, colocando a mão na barriga para tentar controlar a explosão de gargalhadas. - Tá sendo mais forte do que eu!

Kook olhava para Jimin, os olhos arregalados em choque. 

— Você está brincando comigo, né? E-eu falei errado!

Park, lutando para conter os risos, se contorcia como uma minhoca. 

— Hyung! – Jungkook o repreendeu mais uma vez, mas não conseguiu manter a postura por muito tempo, Jimin ficava muito lindo quando dava risada. — Eu já te vi sem roupa, então te ver com um pedaço de folha não é nada demais! – Argumentou.

— Não é mesmo, docinho. Mas foi engraçado.

Kook mordeu os lábios, virando para o outro lado.

— Ainda bem que tá cheio de luzes aqui, assim você não consegue ver o quanto eu estou vermelho.

— Eu já te vi até sem roupa, o que tem se eu te ver vermelho?

— Fala baixo! – Kook cobriu os lábios de Park, olhando para os lados, conferindo se alguém havia escutado. Por sorte, ninguém realmente estava dando a mínima para eles. — É melhor a gente voltar a dançar, Ji.

Jimin riu, sabendo que tinha ganhado daquela vez.

— Claro.

Os dois voltaram a dançar, se entregando ao ritmo contagiante da música de maneira desajeitada e engraçada. A escuridão envolvia o ambiente, permitindo que todos se perdessem na diversão sem se importar com o julgamento alheio. Jungkook estava na frente de Park, mas em uma distância razoável, o suficiente para que suas mãos ou seus corpos não colidissem enquanto dançavam.

De vez em quando, Park rodeava a cintura do mais novo, trazendo-o para si. Jungkook apertava os músculos do loiro, que ficavam muito evidentes com aquela camisa regata.

Foi divertido.

Goo movimentou-se com graça e leveza, mergulhando na dança por alguns preciosos minutos. No entanto, o esforço começou a causar suor em sua testa e uma leve coceira em seu corpo, então ele decidiu tirar uma pausa merecida.

Os meninos ainda não tinham chegado, então os dois resolveram explorar o local juntos.

— Você pretende beber hoje, amor? – Park perguntou enquanto caminhavam, a voz ofegante por causa da dança anterior.

Jeon ponderou por um momento antes de responder.

— Não sei, hyung. Como você sabe, meu corpo não é tão resistente a álcool.

Jimin sorriu carinhosamente e ofereceu uma solução.

— Posso preparar algo mais suave para você. Um drink doce e refrescante.

De mãos dadas, eles seguiram em direção à cozinha, ouvindo o tilintar dos braceletes que simbolizavam sua união enquanto se envolviam na atmosfera animada da festa.

Quando chegaram à cozinha, Jimin e Jeon se depararam com o anfitrião da festa, visivelmente embriagado. Jimin aproximou-se com uma confiança desconcertante, cumprimentando-o entusiasmante como se fossem amigos íntimos há anos, o anfitrião o cumprimentou com a mesma intensidade, dando boas vindas. Surpreso com a atitude do namorado, Jeon espelhou seu comportamento, mostrando-se igualmente familiarizado, embora seus olhos denotassem uma mistura de vergonha e incredulidade.

Era como se estivessem entrando de penetra!

Bem, realmente estavam...mas Bogum que havia os convidado.

Jimin, percebendo a expressão confusa de Jeon, sussurrou-lhe ao ouvido:

— É assim que as festas funcionam, Kook. Você realmente acha que ele conhece todos os presentes aqui? 

— Imagina se a polícia chega aqui, Ji? Ou imagina se ele espalha pra todo mundo que a gente entrou de penetra? – Arregalou os olhos, pensando na possibilidade. — Que vergonha!

— As pessoas me conhecem. Não sou um desconhecido. – Jimin, com um leve sorriso, fez questão de ressaltar sua notoriedade entre as pessoas ao seu redor. Ele não tinha intenção de se gabar, apenas queria deixar claro que era alguém conhecido, então não haveria problemas. — E se por acaso a gente for preso, meu sogro paga a fiança, de boa.

Jungkook soltou uma risada suave, apreciando o jeito seguro e confiante de Jimin enquanto ele pegava alguns copos.

Inclinando-se sobre uma das mesas próximas, Jungkook cruzou os braços e observou atentamente Park com um olhar perspicaz e intrigado. Seus olhos estreitos mostravam que ele estava curioso e inquieto.

— Fala. – Jimin disse, conhecendo Kook muito bem.

Jungkook riu, assentindo.

— Você disse que é conhecido, né, hyung? – Perguntou, curioso. — E eu sei que é verdade porque vi algumas pessoas te olhando. Você já teve algum momento íntimo nesses tipos de festa?

Jimin riu, estranhando a pergunta repentina.

— Ah, Jungkook, você sabe que eu não sou de me envolver tão facilmente. – Ergueu o queixo, provocando-o. — Geralmente, ficava só nos beijos mesmo. E sobre os olhares, não eram pra mim, Goo. Acho que você se esqueceu como está lindo.

Jungkook assentiu, curioso para saber mais.

— Entendi… – Respondeu ele, mordendo um sorriso.

De repente, Jimin parou de falar e o encarou fixamente, estreitando os olhos.

— Por que a pergunta? Está imaginando coisas?

Jungkook arregalou os olhos, sentindo-se como um gato sendo pego no flagra. Quase ofendido, ele se apressou em se explicar:

— Não, não! Era só uma curiosidade mesmo! Nada demais! 

Jimin lançou um olhar malicioso para Jungkook, deixando claro que tinha algo em mente além de apenas bebidas. Com um sorriso travesso, ele começou a chacoalhar um copo com gelo e a adicionar algumas frutas cuidadosamente.

— Você pode me dizer se está com vontade de experimentar algo... e não estou me referindo apenas a bebidas.

Jungkook ficou ponderando por um momento, olhando para o copo nas mãos de Jimin enquanto pensava em como responder.

— Hm... O que você está planejando, Jimin? Estou curioso.

Jimin continuava a mexer o conteúdo do copo, mantendo seu olhar provocante fixo em Jungkook.

— Bem, vamos apenas dizer que é uma experiência que vai aguçar todos os seus sentidos. 

Jungkook sentiu uma onda de antecipação percorrer seu corpo ao ouvir as palavras sugestivas de Jimin. Ele decidiu se render à curiosidade e se permitir a aventura.

— Tudo bem, Jimin. Estou disposto a experimentar algo novo. Surpreenda-me.

O loiro parou o que estava fazendo para conseguir puxar a cintura do namorado, trazendo-o para si.

— Eu não tinha pensado em nada específico, docinho. O que você sugere? – Deixou um cheiro no pescoço alheio, aproveitando para beijar o local.

— Já faz um tempo desde que fizemos, hyung… – Sussurrou, apertando os ombros alheios.

Ele estava correto. Desde aquela primeira vez, não tiveram outra oportunidade de repetir o ato. A vontade não faltava, e Jungkook admitia que agora estava mais provocador e... travesso?

Após experimentar aquela intensa onda de prazer que o sexo proporcionava, Kook sentia um desejo ardente de repetir a experiência muitas vezes. 

Chegou a considerar se havia algo errado consigo, afinal, era normal sentir essa urgência de fazer sexo?

Desde então, eles não fizeram mais nada além de beijos ardentes que resultavam em duas ereções ou carícias ousadas pelo corpo um do outro, que magicamente satisfaziam suas necessidades.

Jimin sorriu, quase gargalhou. Parece que os dois estavam conectados.

— Quer transar em uma festa? Eu não acharia uma má ideia. 

— Ei! – Se afastou subitamente, arregalando os olhos. — Se controla, Ji. Tem bastante gente aqui.

— A experiência que eu tava falando não era sobre sexo, palhaço. – Ele soltou do nada, acariciando os lábios finos. — Toma, experimenta esse morango com um pouco de bebida, tem pouco álcool e é doce.

Jimin segurou um morango suculento em suas mãos, sua cor vibrante contrastando com sua pele pálida. Com um sorriso travesso nos lábios, ele o aproximou dos lábios de Jungkook, desafiando-o a aceitar sua provocação.

Jungkook aceitou o desafio e, com um olhar cheio de malícia, abocanhou o morango, deixando escapar um som erótico e proposital. O som ecoou pelo ambiente, envolvendo Jimin em uma onda de excitação que percorreu todo o seu corpo. Suas pernas tremeram involuntariamente, revelando a intensidade do prazer que sentia.

Park engoliu em seco, tentando controlar suas emoções diante daquela cena intensa. Observando os olhos grandes de Jungkook brilharem com diversão, ele percebeu que havia perdido o jogo de sedução que ele mesmo havia criado.

Com a voz trêmula, Jimin respondeu ao olhar desafiador de Jungkook:

— Estou imaginando você fazendo isso...em outro lugar. – Ele não poderia ficar para trás.

Antes que pudessem mergulhar mais fundo naquele jogo de insinuações, os dois foram interrompidos por uma voz familiar.

— Achamos vocês! - Era a voz de Jin, que se aproximou dos dois com alívio estampado em seu rosto. Os outros membros do grupo também se aproximaram, expressando igual alívio.

Jimin e Jungkook ficaram sem reação, praticamente sendo pegos no pulo. Não conseguiram disfarçar a expressão em seus rostos. Kook engoliu o morango rapidamente, se desvencilhando dos braços de Park.

— Viemos aqui para pegar algumas bebidas. – Jimin deu de ombros. — Achei meio estranho mesmo, não tinha visto vocês aqui. Chegaram agora?

— A gente demora um pouco e você já está aqui agarrando o Kook? – Yoongi o provocou.

— O meu namorado, você quer dizer?

— O nosso amigo! – Rebateu o platinado. — Ele já era nosso amigo antes de ser seu namorado.

— Foda-se? Vocês viraram amigos por minha causa.

 — Vocês dois, calem a boca. – Namjoon interveio, dando um tapinha leve na cabeça dos amigos antes de abraçá-los. — Demoramos um pouco porque o Jin levou tempo para se arrumar.

— Eu errei o tom da base umas três vezes. – Jin se justificou, com uma expressão de descontentamento. — E ainda não acertei, então, por favor, evitem fotos com flash ou eu vou acabar com vocês!

— Ninguém se importa se você parece um fantasma, a iluminação é ruim e as pessoas estão ocupadas dançando. – Taehyung revirou os olhos, mastigando seu chiclete. Era estranhamente atraente.

— Esse é o problema! – Jin choramingou em resposta. — Eu quero que as pessoas me notem!

— Eu não consigo parar de te admirar. – Namjoon disse com carinho, acariciando o pescoço do namorado. — Você fica incrível de qualquer jeito, nem precisa de maquiagem.

Jin roubou um beijo rápido. Adorava quando Namjoon inflava seu ego e fazia ele se sentir a pessoa mais bonita do mundo.

— Mas sabe quem arrasou hoje? Você, Kook. – Hobi exclamou animado. — Está simplesmente deslumbrante. Da cabeça aos pés, você é perfeito!

— Tenho que concordar. Acho que alguém roubou meu título de pessoa mais bonita desse grupo. – Jin acrescentou, maravilhado.

Jungkook se sentiu lisonjeado, de repente, todos os meninos o encaravam como se fosse uma obra de arte em um museu.

Ele sorriu docemente e Jimin fez o mesmo, porque era verdade, Jungkook sempre estava lindo, mas quando mudava radicalmente seu visual, conseguia ultrapassar todos os limites. 

— Vocês gostaram, hyungs? Ji me deu uma ajuda, e essa roupa... bem, me senti realmente confortável usando ela hoje.

Os meninos o encararam com aquele olhar... aquele olhar que fazia Jungkook se sentir tão amado e especial. Sempre amou a forma como os meninos o olhavam, enquanto as outras pessoas o olhavam com nojo e indiferença, eles o olhavam com tanto carinho que era quase palpável. Foi assim desde o começo e não havia mudado nada.

— O Jimin vai ter um trabalhão essa noite. – Bogum, que se encontrava calado, finalmente se pronunciou. 

Jungkook sorriu, tímido.

— Não é pra tanto!

— É pra tanto, sim! – Jimin rebateu. — Deixa esse bracelete de compromisso bem à mostra, hein? 

— Tá bom, hyung. – Ele sorriu só com os dentes da frente.

Os dois anos ficaram se encarando por vários segundos, deixando todos os outros parecendo tochas olímpicas.

— Se rolar beijo, eu vomito. – Yoongi sentiu a necessidade de atrapalhar a melação que provavelmente começaria a se desenrolar ali, posicionou-se entre eles, obrigando os dois a se separar. — O que vamos beber hoje?

— Eu e Bogum não temos planos de beber hoje. – Taehyung respondeu casualmente.

Hobi, com um sorriso malicioso nos lábios, decidiu dar um conselho provocativo.

— Sabe, transar bêbado é muito bom também. – Ele estreitou os olhos, lançando um olhar sugestivo para ambos.

Os rostos de Taehyung e Bogum coraram instantaneamente. Taehyung engoliu em seco o chiclete que mascava nervosamente.

— É que eu pretendo dirigir de volta depois. – Bogum explicou, um tanto sem jeito.

Era um pouco novo pra eles ainda, estavam se acostumando. Não tinham estabelecido uma relação oficial nem nada, e o sexo também não tinha acontecido, sempre que se encontravam, preferiam passar um tempo deitados, abraçados.

Taehyung via em Bogum algo além do que beijos, toda vez que o encontrava, sentia-se confortável para lhe contar tudo, principalmente dos assuntos com sua mãe. Então, era aquele começo de relação, onde a confiança havia acabado de ser estabelecida, nem havia pensado em transar.

— E quanto a você, Tae? – Park franziu a testa, estranhando a decisão do amigo.

— Eu comi churros mais cedo e meu estômago não está muito bem.

Namjoon, observando toda a interação com interesse, comentou com admiração: 

— Vocês têm essa tradição fofa de sair para comer churros toda vez que têm um encontro, não é? – Ele sorriu, como se estivesse testemunhando um ritual especial entre os dois.

— Tipo isso. – Bogum sorriu.

— Eu também não vou beber. O Jungkook não aguenta beber nada, é um copo e as pelúcias já tão falando. – O loiro lembrou-se da vez que Mike falou com Jungkook após alguns copos de vinho…de vinho.

— Mas você pode beber se quiser. – Kook rebateu, não querendo privar Park de nada.

— Tem bastante drink gostoso e sem álcool. 

— Acho que vou desses então. – Hobi entrou na onda.

Decidiram abster-se de bebidas alcoólicas, optando por uma escolha mais saudável. Jimin habilmente preparou uma variedade de drinks deliciosos que todos puderam desfrutar. Kook, empolgado, experimentou cada um deles, encantado com o sabor.

Ficou realmente surpreso com as habilidades de Jimin.

A festa tomou um rumo inesperado. Em determinado momento, os oito saíram para aproveitar a piscina, lá eles fizeram várias novas amizades e reencontraram pessoas conhecidas, Kira também estava lá, a garota que brigou com a direção por causa de uma calça rasgada. 

Pouco depois, várias pizzas foram entregues, e todos os convidados se reuniram em uma área específica da espaçosa casa. Foi um momento incrível, as pessoas pareciam meio bêbadas, mas nada exagerado.

O momento mais marcante ocorreu quando Kook sentiu vontade de urinar e convocou os rapazes para verificar o que havia dentro de um dos banheiros. Ao passar pelo local, ele ouviu sons estranhos e imediatamente suspeitou da presença de algum animal. No entanto, ao abrirem a porta com uma vassoura em mãos, Yoongi, Jungkook e os outros se depararam com Taehyung e Bogum, que haviam desaparecido por alguns minutos… foram encontrados quase se engolindo lá dentro.

Jimin teve sim um pouco de trabalho, pelo menos umas quatro pessoas deram ideia em Jungkook. Jimin quase colapsou, mas não quis parecer tóxico, então surtou por dentro…e só depois por fora.

Tá legal, ele não surtou…só ameaçou fazer uma camiseta com a foto dele para Jungkook usar.

A festa foi incrível, voltaram para casa com as barrigas doendo de tanto rir. O objetivo de Bogum havia sido concluído, naquela noite ele conseguiu mostrar mais de si, conversou com todos os meninos e foi um momento muito bom. 

Já se sentia parte daquela família.

                                   🍍

No dia seguinte, Jungkook despertou com uma intensa dor de cabeça. Ele considerou a possibilidade de faltar às aulas, já que seus pais o aconselharam a evitar sair até resolverem o problema com a quadrilha. No entanto, ele sabia que não poderia viver assim indefinidamente. Além disso, o fim do ano estava se aproximando e ele precisava comparecer às aulas.

Ele levantou rapidamente, tomou um remédio, comeu uma fruta e lavou o rosto. Jimin ficou dormindo, ele e os meninos já não precisavam ir pra escola uma vez que tinham passado na prova, e isso deixava Kook nervoso.

Ele estaria sozinho.

Decidido a compartilhar suas preocupações, Jungkook se aproximou de Jimin e cutucou sua bochecha com o dedo indicador. 

— Ei… – Chamou suavemente. — Hyung...

— Hm? – Jimin resmungou em resposta, ainda meio adormecido.

— Acorda. – Pediu Jungkook.

— Não preciso acordar cedo hoje. – Jimin murmurou preguiçosamente.

Jungkook suspirou, sentindo-se ansioso. 

— Estou nervoso, Ji.

Jimin abriu os olhos e encontrou Jungkook, com seus olhos grandes e atentos, observando-o cuidadosamente. Era uma imagem adorável. O cabelo de Jungkook estava bagunçado, indicando que ele provavelmente não havia escolhido uma bandana para usar.

— Falta hoje também… – Aconselhou, puxando-o para se deitar ao seu lado.

Kook negou.

— E se tiver algo de importante? Já faltei bastante.

Jimin ficou um tempo em silêncio, Jungkook até pensou que ele havia pegado no sono de novo, mas logo ouviu a voz do loiro bem ao pé do seu ouvido.

— Como posso te ajudar a relaxar?

Jungkook não soube dizer se era Jimin ou se era ele, mas a frase soou um tanto maliciosa.

E talvez…talvez o que estivesse pensando não fosse uma má ideia.

Ele se mexeu, se encaixando nos braços de Jimin.

— Na verdade, tem uma coisa…mas eu não sei se você gosta. – Hesitou.

— Me fala o que é. – Riu, porque sabia que algo bombástico viria a seguir, já convivia há tempo suficiente com Jeon para conseguir notar aquilo.

— Você gostaria de chupar alguém?

— Alguém? – Park soltou aquela risada cheia de malícia. Nem hesitou para responder, já haviam passado daquela fase, pelo menos naquele momento. — Só você.

— Eu queria ter feito algo com você ontem, hyung. Mas acabou não acontecendo.  – Confidenciou, suavemente acariciando os fios loiros do namorado.

— Quanto tempo temos agora? – Indagou, levantando-se da cama.

Jungkook franziu as sobrancelhas, mas devolveu o sorriso que Park lhe lançou.

— Eu ainda tenho que ir pra escola e você precisa ir resolver algumas coisas com os meninos, então…acho que meia hora.

— É o suficiente. 

Park rapidamente se dirigiu ao banheiro, provavelmente para realizar sua rotina matinal de higiene, enquanto Jungkook sentiu uma animação crescer dentro de si. Ele se acomodou na cama, esticando-se preguiçosamente e, antes que Park retornasse, cuidadosamente posicionou os bichinhos de pelúcia no sofá. Não poderia jamais esquecer desse detalhe especial. 

Imagina se Mike e Sullivan vissem o que viria a seguir?

Jimin voltou algum tempo depois, encontrando um Jungkook ansioso deitado na cama, se remexendo inquieto e tentando achar uma posição que ficasse confortável, porque seu pênis ficou muito animado com a ideia. Com pressa, Park subiu em cima do namorado e passou a distribuir beijos quentes pelo pescoço, causando arrepios intensos por todo o corpo de Kook.

— V-você é muito safado, hyung. Levantou rápido quando eu s-sugeri isso.

— Estou aproveitando as oportunidades que a vida me dá. – Argumentou, retirando a camisa dele.

Os beijos prosseguiram, Jimin já sabia exatamente onde beijar, onde chupar e onde estimular, o corpo de Jungkook reagia quase que automaticamente, como se Jimin tivesse algum tipo de controle. 

Jimin explorou aquele local tão sensível que era o pescoço, com uma das mãos deslizou por todo o corpo de Kook, até pousar na ereção que se formava ali.

Não tinham tanto tempo, não havia muito espaço para demora e romantismo. Daquela vez, precisavam ser rápidos. Já que não haveria penetração, seria mais fácil, não teria todo aquele processo de preparação, espera e cuidado. Park parou com os estímulos no pescoço para conseguir alcançar a boca de Jeon. 

O beijo foi arrebatador, os suspiros que deixaram escapar denunciavam aquilo. As línguas se envolviam em um beijo excitante e cheio de luxúria, Jimin sugava os lábios de Kook de maneira lenta, quase fazendo-o derreter ali mesmo.

Era incrível, mesmo que tivessem transado apenas uma vez, sabiam exatamente o que fazer para deixar um ao outro se remexer de tanto tesão. 

Era um desejo que ficou guardado por algum tempo, como se já tivesse sido projetado, só estavam esperando alguém tomar a iniciativa.

— O meu peito… – Apontou, manhoso. — Chupa ele, Ji.

Jimin deixou um sorriso gostoso escapar, porque, porra…ele simplesmente ia chupar Jeon Jungkook.

Desceu com a boca em direção a um dos peitos, sugando e deixando leves mordidas, enquanto com a outra mão, estimulava o outro, em resposta, Kook agarrou a cabeleira loira, gemendo alto o suficiente para fazer suas cordas vocais doerem.

— Vou descer. – Avisou, Park provavelmente estava mais animado que Jeon. Só a ideia de ter aquele pau tão lindo dentro de sua boca o deixava duro.

Jungkook sentiu uma onda de arrepios por todo o corpo, sentia seu membro latejar dentro da cueca e aquilo teria o deixado constrangido, afinal, não fazia tanto tempo que haviam começado, mas quando encarou aquela região de Jimin, percebeu que seu namorado se encontrava da mesma forma.

Rapidamente ficou de joelhos, ajudando o loiro a retirar sua calça, expondo a cueca vermelha. Jimin não queria esperar, abaixou a última peça, observando o pênis de Kook saltar para fora.

Droga…era tão prazeroso saber que Jeon estava daquele jeito por causa dele.

— Acha que consegue gozar em menos de dez minutos? 

Jeon escondeu o rosto, voltando a se deitar, estava com tanto tesão que suas bochechas, orelhas e todo o resto pegavam fogo.

Não era para menos. Quando sentiu Park segurar seu pau com uma das mãos, arqueou as costas, gemendo baixinho. Era tão sensível.

— Consegue, Goo?

— D-desse jeito, vou g-gozar rápido, Ji. – Respondeu, em um gemido.

Park passou a punhetá-lo.

— Sinta-se em casa.

Foi o que o mais velho disse antes de abocanhá-lo. Jeon quase gritou, espremeu os olhos e agarrou o lençol. A boca de Park era tão quentinha, parecia ter sido modelada especialmente para seu pênis. 

Jimin retirou de sua boca e deu uma atenção especial aos testículos, chupou cada um, tendo cuidado para proporcionar uma experiência boa ao outro. 

Tudo que se conseguia ouvir eram os gemidos de Goo, que davam ainda mais incentivo para continuar. Quando julgou ser a hora, sua boca passou para a base do pênis, suavemente, subiu e desceu a língua, umedecendo o membro com bastante saliva.

A cada novo gemido, Jimin sentia o próprio pau pulsar. Tava começando a ficar apertado. A sensação de ter o membro de Kook dentro da sua boca era extremamente prazerosa.

Voltando a atenção ao boquete que realizava, tocou-o, masturbando enquanto ia subindo a língua devagar, passando em volta da glande algumas vezes antes de chupa-lo inteiramente.

— D-droga! – Kook gritou, ameaçando fechar as pernas.

— Deixa as pernas bem abertas pra mim.

Jungkook assentiu, engolindo em seco.

Jimin fez suaves movimentos de sucção, movimentando a língua ao redor e chupando todo o pênis de novo. Alterou as chupadas apenas na glande, onde deu uma atenção maior, depois descia e subia até o final, até que sentisse uma ardência na garganta.

A mão nunca deixava de tocá-lo também.

Eram muitos estímulos ao mesmo tempo. O barulho erótico ecoava pelo quarto, se mesclando com aos gemidos.

— Já não a-aguento, h-hyung. Tira!

Jimin negou, sugando ainda mais forte.

— Pode gozar.

Ele subia e descia de maneira rápida, masturbando com as duas mãos. Jungkook revirava os olhos, gemia, se remexia, gritava.

Sem perceber, Jeon passou a estocar dentro da boca de Jimin, e ele ficou parado, relaxando a garganta para que o menino conseguisse se satisfazer.

Aquilo durou algum tempo, Jimin revirava os olhos de prazer toda vez que sentia o pau de Jeon ir e voltar.

Quando Kook sentiu algo debaixo do seu baixo ventre, deixou que Jimin continuasse por conta própria. Soltou um último gemido antes de vir em jatos dentro da boca de Park.

O loiro continuou chupando, prolongando o prazer. Engoliu cada gota, e aquilo foi a coisa mais excitante do mundo para Kook. 

— H-hyung… – Revirou os olhos, apertando o cabelo de Jimin, em um pedido silencioso para que ele se afastasse. 

O corpo todo de Jeon tremia. Suas forças pareciam ter ido embora. Foi um orgasmo libertador.

Jimin deitou ao lado dele, limpando o canto da boca, orgulhoso do próprio trabalho.

— Ah, porra…nosso tempo acabou. – Lamentou, apertando o próprio pau, que estava duro.

Kook arregalou os olhos, reunindo forças para levantar.

— Obrigado, Ji. – Deixou um selinho nos lábios do namorado, como se ele não tivesse acabado de engolir seu esperma. — Eu comi abacaxi de café da manhã! – Anunciou, se levantando.

Jimin gargalhou, observando o mais novo se limpar com um lenço umedecido e depois se vestir.

— Estava uma delícia, obrigado. – Jimin fingiu bater continência. Kook desviou o olhar.

— Pode se tocar, Ji. Eu vou precisar ir, então não vou poder te ajudar. – Lamentou, um tanto culpado. Mas estava com pressa, não podia se atrasar. Tudo bem, o motivo da rapidez era por conta da vergonha também. 

— Me recompensa outro dia, docinho. – Mordeu os lábios, lançando um beijo no ar.

— Safado… – Murmurou, vermelho. — Coloca nossos filhos pra dormir na cama, e troca o lençol, por favor, não quero que eles descubram o que fizemos.

— Pode deixar, meu patrão.

Eles sorriram.

— Te gosto muito, hyung. – Abriu a porta do quarto, dando um tchauzinho.

— Eu te amo mais. – Respondeu.

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