Star Lost [Hyunlix, Minsung]...

By Beeluv004

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- Como consegue um ser tão irritante... ter uma beleza tão invejável? - sorriu de lado, enquanto deixava a lâ... More

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[PRÓLOGO] Vamos para longe de Black Rose
Vamos para longe de Black Rose (pt. II)
[CAPÍTULO I] Próxima parada, ilha ao Leste!
[CAPÍTULO II] Bem vindos a Ilha Tropical... ou Silvestre?
[CAPÍTULO III] Leste ou Oeste?
[CAPÍTULO IV] Onde será que todo mundo se meteu?

Vamos para longe de Black Rose (pt. III)

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By Beeluv004


Black Rose
Feira da Praça Oeste — 8:20 AM


— Olha esse bisturi, Binnie!!! — mostrou para o ômega, com um sorriso empolgado no rosto ao ver a lâmina limpa e nitidamente afiada. — Nós temos que levar!

— Veja só, Inne. O Seungmin está aprimorando as armas dele…

— Nem parece que ele quer um bisturi mais afiado pra estourar as nossas veias… — cochichou de volta no ouvido do mais velho, grunhindo de dor ao receber um tapa na cabeça assim como o menor do seu lado.

— Se vocês não ficassem se arrebentando igual idiotas, talvez eu não precisasse ficar remendando vocês! — exclamou irritado, esperando o comerciante embalar o objeto. — E ainda reclamam do meu tratamento.

— Verdade, a culpa não é sua por ser delicado como um cavalo. — Yang sorriu, acariciando o ombro do alfa, sem se importar em escutá-lo rosnar.

O trio andava despreocupado pelo mercado oeste, tentando ao máximo adquirir os itens necessários para a viagem, ainda que fosse uma tarefa difícil para Changbin. Afinal, precisavam encurtar os gastos e economizar para comprar os materiais de carpintaria para o navio.

Mas a julgar pelo pressentimento ruim na boca do estômago do Kim, alguma coisa estava errada naquilo tudo.

— Ah, mas essas tangerinas estão tão lindas! Seria bom se pudéssemos plantar algumas no convés. — murmurou emburrado, gostava tanto daquela fruta, porém desde que tinham aceitado transportar marujos até Black Rose, haviam ficado sem espaço.

Nest era um navio grande, comportava vários quartos, era perfeito para aquelas nove pessoas. Todavia, devido aos escravos que haviam libertado no Continente Vermelho*, ficaram desabrigados e queriam recompensar com suas habilidades de navegação.

Hyunjin e nem mesmo sua tripulação se arrependiam do que tinham feito, ficavam felizes em vê-los livres daquele sofrimento e ao estarem longe daquele continente, não seriam escravizados novamente.

O alfa sorriu para o cozinheiro, achava aquela ideia ótima, desde que resgataram Dália, mal se lembravam da última vez que sentiram o gosto daquela fruta.

Com os olhos brilhando e a boca salivando, reviraram o cesto de frutas e de algumas sementes em busca de mais comida, despreocupados demais para notar que a atenção do jovem Yang se prendia em outra coisa.

O mais novo observava com atenção a grande cesta de cacau, sendo tomado por lembranças antigas, não se lembrava ao certo do motivo de estar tão distante ao segurar uma delas em mãos.

— Nós podemos levar cacau? Faz tanto tempo que não como chocolate…  — os mais velhos pararam imediatamente o que faziam, se se entreolharam com o coração apertado. — Não sei se o Hyunjin vai reclamar, mas…

Sabiam o que aquilo significava e ver a expressão indecifrável no olhar do Yang traziam lembranças amargas, então não demoraram muito para disfarçar aquele sentimento com um sorriso.

— Que nada, tenho certeza de que ele não vai se importar. — o ômega sorriu largo para o timoneiro, colocando uma de suas mãos em seus ombros e usando seu timbre terno. — Escolha quantos quiser, sim?

Jeongin se limitou a sorrir, voltando a escolher algumas sementes antes de finalizarem ali e voltar ao navio.

Ao terminarem com os ingredientes, Seungmin parou na porta do mercado sentindo que estava esquecendo de alguma coisa.

— Binnie, nós compramos os temperos e alguns utensílios médicos, certo? — perguntou pensativo, enquanto andavam até a praça central de Black Rose.

— Sim… mas sinto que estávamos esquecendo de alguma coisa…

— Nós não compramos os cobertores, gente! — Jeongin exclamou, atraindo a atenção dos mais velhos que logo voltaram a assentir. — Acredito que deva vender isso na Feira Sul!

Começaram a ir em direção ao lugar mencionado, sem perceber a estranha movimentação se formando naquele lugar.

Black Rose era um dos maiores reinos comerciais, com o melhor mercado de trabalho atual e principalmente abraçando muitos imigrantes, até mesmo os piratas que não causavam zona por ali.

O palácio Real ficava na parte mais alta, com a grande bandeira arqueada na torre central, enquanto logo abaixo vinha o vilarejo dos nobres, a terceira parte da montanha era dos plebeus e logo depois eram as Feiras Comerciais.

A Praça Central era onde ocorriam muitas festas e outros eventos do reino, enquanto tinham várias ruas das Feiras, denominadas em Norte, Sul, Leste e Oeste.

Mesmo que o senso de direção maravilhoso de Hyunjin o fizesse ser capaz de se perder mesmo com placas enormes acima das ruas…

— Será que está acontecendo alguma queima de estoque? — Changbin estranhou a movimentação, muitos estavam correndo na direção da Feira Sul, fazendo-os aumentar o passo.

— Ah, mas nem por um caralho que vou continuar dormindo com aquele cobertor! — esbravejou o Yang, passando a frente dos mais velhos e correndo até a entrada da rua.

— Espera, Jeongin! Vai dar uma de Hyunjin agora?! — o alfa deu mais um tapa na cabeça do mais novo ao parar do seu lado, sem se importar com o grunhido de dor. — Estamos no maior centro comercial, se tu se perder aqui, vai ficar para trás!

— Ah, cala a boca, filhote de pinscher! — empurrou o médico. — Não fica me comparando com aquele imbecil! Meu senso de direção é mil vezes melhor do que o dele!

— Pode até ser melhor, mas já tropeçou nos próprios pés mais de quinze vezes e mal amanheceu! — rebateu, fazendo o cozinheiro revirar os olhos e reprimir a vontade de voar no pescoço dos companheiros.

Bufou irritado, deixando-os discutir enquanto se virava para o tumulto em um dos mercadinhos, arregalando os olhos ao ver a cena.

Minho estava se jogando em cima do feirante, enquanto Christopher tentava se soltar de um garoto segurando seu braço. Mas só sentiu a alma sair do corpo ao ver Hyunjin observando-os com um olhar mortal.

— G-Gente, fodeu. — Seungmin e Jeongin pararam de brigar, olhando para frente e abrindo um sorriso amarelo, ainda mais ao escutar o capitão esbravejar em meio àquela situação.

— A-Acho que esquecemos de deixar um pouco de dinheiro com eles… — começou Seungmin.

— Para poder comprar os materiais pro navio… — finalizou Changbin.

E o dia ainda estava começando…



(...)



Black Rose
Feira da Praça Sul — 8:25 AM.



— Ladrões! Ladrões! — exclamou irritado, segurando o pulso do Lee com força, pegando uma vassoura e começando a desferir golpes no alfa. — Se passando por um cego para me roubar! 'Cê é desprezível! — o soltou para se virar para o Bang.

— Guardas, guardas! Peguem esses ladrões! — exclamou mais um dos vendedores, apontando para a loja.

Hyunjin correu até onde estavam seus tripulantes, sinalizando para o trio voltar ao navio, devido a todo aquele tumulto, poderiam ser facilmente contidos.

O Hwang era contra lutar com pessoas que não se igualavam a sua força, muito menos usar de qualquer tipo de arma com algum civil. Não permitia nenhum de seus companheiros tomar aquele tipo de atitude.

— Senhor! Por favor, peço-lhe desculpas. — segurou Minho pela orelha, escutando-o resmungar pela dor, assim como Bang ao ser segurado da mesma forma, Jisung correu para os braços do Lee com rapidez. — Sou responsável por esses dois imbecis, a atitude deles foi imperdoável.

— Hãn? Espera! Cê é um pirata?! — o feirante exclamou surpreso, não pela atitude em pedir desculpas, mas sim por saber que aquele era o Capitão Mamba-Negra. — E espera que eu aceite desculpas de um criminoso?! — segurou o alfa pelo colarinho da blusa, causando indignação no príncipe Han.

O ômega estava pronto para avançar no civil e discutir com ele, se não tivesse sido impedido pelo ruivo.

— Mas Lix-

— Você não é um príncipe aqui, Ji! Isso não é o seu dever! — sussurrou quase gritando para o menor, suspirando pesadamente.

Conhecia o melhor amigo o suficiente para saber do seu senso de justiça, era um líder natural e dono de muita gentileza, mas foi por causa disso que havia atrapalhado os dois tripulantes do Hwang.

— Senhor! Nós iremos pagar pelos materiais, peço para que ignore esse ocorrido. — atraiu a atenção do mais velho, que pareceu pensar um pouco antes de responder.

Não demorou muito para soltar Hyunjin, sorrindo de lado ao chegar em uma conclusão.

— Trato feito… — sorriu, fazendo o maior soltar Chan e Minho, começando a colocar as peças dentro de uma sacola, uma por uma. — Mas ainda não estamos quites, Mamba-Negra.

Ficou de frente para o alfa, dando-lhe um chute no meio de suas pernas, fazendo-o soltar um grito contido de dor e o ar parecer ter sumido no momento exato.

Os demais apenas fizeram caretas de dor, parecendo compartilhar daquele golpe junto do Hwang.

— Agora sim estamos quites.

Devido às fofocas que não demoraram muito para correr naquele reino, não demoraria muito para os guardas começarem a ir até a Feira Sul, prontos para acabar com a discussão e reivindicar a recompensa de dez milhões da cabeça do Capitão Mamba-Negra.

O vendedor abriu o saco e logo entregou para Minho, a fim de passar uma perna no grupo, já que não passavam de turistas, ninguém e nem mesmo o reino seriam contra isso.

— Isso vai ficar em torno de dez milhões de moedas de ouro. — disse com um sorriso ladino nos lábios, fazendo todos arregalar os olhos e ficarem boquiabertos.

Jisung estava pronto para dar um esporro no plebeu, sendo impedido por Felix que não hesitou em tomar a frente.

— Está achando que tô rodando bolsinha na esquina, seu filho da puta?! Indecente do caralho! Não estou tirando dinheiro do cu! — Hyunjin correu para segurar o ômega pelos braços. — Seu tripulante da arca de Noé! Discípulo direto  de Jesus Cristo!

— Eu ainda tô sendo bonzinho e cobrando barato, seu ômega imbecil!

— Ah, vai dar meia hora de cu pra um relógio parado, Moisés! — rebateu ainda irritado, distraído demais para notar os guardas se aproximando.

Os passos pesados dos guardas cessou o tumulto imediatamente, fazendo o bando se entreolhar preocupado, como um sinal mudo para saírem dali o quanto antes.

Os civis começaram a dar espaço para os guardas, os cercando bem contra a parede e um pouco longe da saída da praça, não poderiam reagir naquele momento.

— Capitão Mamba-Negra, com a recompensa avaliada em dez milhões de ouro, além de ser um pirata procurado pela Marinha Real, está condenado a um crime de classe cinco; obstrução de um serviço público! — o Coronel do exército ditou, não conseguindo identificar o aroma do general Lee e muito menos do príncipe Han.

Hyunjin estava prestes a sacar uma de suas espadas, assim como Minho tentava pegar sua arma com a mão livre e Chan com o rifle preso nas costas.

E teriam feito, se não fosse por Han Jisung.

— Parem imediatamente! — abaixou o capuz, deixando todos os plebeus boquiabertos e rapidamente fazendo-os se curvar diante do príncipe. — Deixem-nos livres!

— P-Príncipe Han! — o coronel imediatamente se curvou, ainda perplexo por vê-lo ali, porém nenhum sinal de Felix. — Todos estão procurando por você, alteza. Onde está o general Lee?

A tripulação observava tudo em puro choque, Hyunjin nem sentia mais a dor em suas bolas devido a situação em que estavam, assim como nem mais ardia os olhos de Minho.

— Não faço ideia de onde ele possa estar, mas quero que deixem o Capitão Mamba-Negra partir imediatamente, assim como sua tripulação! — os guardas baixaram as armas, se entreolhando sem entender.

— M-Mas… senhor… — antes que pudesse perguntar qualquer coisa, um grande estrondo foi audível na feira Leste, e em seguida, uma grande fumaça cobriu toda a visão.

Poison apenas procurou uma posição melhor, voltando a dormir dentro do chapéu do capitão, sem se importar com o barulho.

Hyunjin iria ter um infarto assim que chegasse no navio.



(...)



Black Rose
Navio Nest — 8:45 AM


A Carpinteira Naval secava seu corpo com uma toalha limpa dessa vez, sentindo alívio ao estar com sua nagô e box braids molhadas, o peso não era tão incômodo igual antes.

Dália era uma ex-escrava, dona de belos olhos lilases perolados, com a pele retinta. Usava e abusava da capoeira para se defender, sempre trajando vestimentas menos femininas e com adagas escondidas pela roupa.

Desde que havia recebido uma oferta do Capitão Mamba-Negra para ser parte da tripulação, não se lembrava de como era sentir as chicotadas em sua pele.

Eram noites barulhentas e regadas a risadas, os outros ex-escravos estavam partindo pouco a pouco, com largos sorrisos no rosto e as íris cintilantes, prontos para seguirem os próprios sonhos.

— Dália! Onde estava? — Enam se aproximou preocupada, ainda era difícil se acostumar com aquela liberdade, sentia-se assustada toda vez que não encontrava a irmã mais velha ao seu lado.

Diferente de Dália, Enam tinha os fios cacheados, com um piercing no septo, olhos azuis turquesa, como o coração do oceano. Trajando mais um de seus vestidos longos, sua pele não chegava ao tom retinto, porém era marrom, com as bochechas naturalmente róseas e os lábios carnudos e pequenos assim como o da irmã.

— Fui nadar um pouco, estava sentindo meu corpo pegajoso demais. — fez careta, odiava a sensação de suor, mas algumas de suas cicatrizes ainda coçavam.

— Fiquei assustada… achei que tinha acontecido alguma coisa e… — a alfa mordeu os lábios, com os olhos marejados diante da ômega, aquelas memórias ainda eram recentes.

— Hey… está tudo bem, sim? — segurou o rosto da mais nova com delicadeza. — Nada vai acontecer, somos livres agora e você sabe que eu quebro qualquer um que encostar em você. — beijou o rosto da maior, a abraçando com ternura

— Eu sei… me desculpa…

Dália deu um beijo na testa da cacheada, se afastando da menor ao escutar gritos no porto, sabendo o quão familiar aquelas vozes eram.

Correu até a borda do navio, arregalando os olhos ao ver a tripulação correndo até o navio, ao lado de dois ômegas e sendo perseguidos por guardas e feirantes da ilha.

— Desancora a porra do barco! — gritou Hyunjin, puxando o Felix e Changbin pelo braço, devido a lentidão deles em correr, assim como Minho quase carregava Jisung. — Levanta a âncora desse barco!

As irmãs se entreolharam confusas, não conseguindo entender nem metade das palavras do capitão.

— "Passa desodorante no braço?" Mas eu não estou fedendo, seu idiota! — esbravejou irritada, sentindo-se indignada por ter sido chamada de fedorenta. — Para que tu quer que eu "levante o braço"?

— A âncora! — Christopher gritou, correndo na frente com a bolsa. — Sobe a porra dessa âncora! — jogou a bolsa para dentro do navio, sendo rapidamente segurada por Enam.

— Ele quer que a gente desancore o Nest, Dália. — respondeu a irmã, que rapidamente assentiu e correu até a alavanca subindo a âncora e indo até às velas.

— Vá para o leme, Jeongin! — Hyunjin pediu ao terminar de puxar a escada assim que todos estavam no navio. — Minho, amarre bem às velas e Christopher vá para o alto do mastro!

— Aye, capitão! — exclamaram ao mesmo tempo, enquanto os ômegas ainda tentavam recuperar o fôlego.

Jisung foi para as bordas do navio, olhando para Black Rose uma última vez, sentindo o coração apertado por estar indo embora do próprio reino e abandonando sua antiga vida.

Agora, teria de cruzar o mar para chegar até onde seu amado lhe aguardava, sabia que não seria uma tarefa fácil, mas faria qualquer coisa para estar ao seu lado.

Mesmo que isso significasse ser levado por um pirata.


Continente VermelhoReferência direta ao continente africano do nosso mundo.



Notas finais:

Espero que tenham gostado!  Pra quem viu o live action de One Piece (Zoro se perde tanto que já deve ter achado o tesouro) e pra quem vê o anime ou lê o mangá, vocês apostam que o Zoro passou pelo One Piece quantas vezes?

Sim, na minha cabeça, eu quis colocar essa característica no Hyunjin.

Peço desculpas por ter demorado e agora nós finalizamos o "prólogo". Vocês estão gostando do formato da história? Espero que sim!

Nos veremos em breve!

Até logo! ❤️🥰

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