— Você não acha que já tá na hora de voltar pra casa? — o pequeno Kwamin perguntou.
Os dois estavam no alto da torre Eiffel e faziam uma semana que Adrien não voltava pra casa.
— Não sei Plagg.
— Aí garoto. — Plagg balançou a cabeça em sinal de negatividade. — Você não pode fugir dos seus problemas pra sempre. Sabia?
— Sei. Mas só por um tempo eu queria fugir de tudo. — ele abaixou a cabeça e ficou olhando pra baixo.
— Se você for agir pelo o que está sentindo, você nunca vai fazer a coisa certa.
O loiro encarou o pequeno Kwamin.
— E o que eu posso fazer? A minha vida toda foi uma mentira. Agora me sinto tão perdido e confuso.
— Você só precisa colocar as coisas no seu devido lugar.
— Pra você é muito fácil falar. Não foi você que foi criado pelo o miraculous.
— Eu sei que é fácil falar. Mas você tem que vê pelo o outro ponto de vista.
— Como assim?
— Não importa a forma que você foi criado, o que importa é que você está vivo, e isso sim,é um privilégio. A vida. E você não deve está se culpando pelos os erros dos outros.
— Tem razão Plagg. Tenho que parar de agir como criança.
— É assim que se fala.
Adrien sorriu sem mostrar os dentes.
— Não está se esquecendo de nada?
— Do que Plagg?
Plagg deu uma revirada de olho e Adrien entendeu do que ele estava se referindo.
[...]
Marinette já estava em frente a igreja, faltava alguns minutos para ela entrar e Adrien ainda não tinha chegado.
Alya com certeza iriam matar ele se ele não aparecesse em seu casamento.
— Cadê ele! — a mestiça olhou prós lados procurando pelo o loiro.
— Cheguei! — Uma voz disse atrás da mestiça, fazendo ela pular pra frente do susto que tomou. — Desculpa eu não quis te assustar.
Ela virou para a pessoa e a vontade era de voar no pescoço dele, mas controlou essa vontade.
— Não faz isso. — ela deu um soco no ombro de Cat Noir.
— Aí my Lady, isso dói.
— Então não me assusta desse jeito.
— Tá bom. O casamento já começou?
— Ainda não. Mas já vamos entrar em breve.
— Ufa. — ele deu um suspiro. — Que bom que consegui chegar a tempo, se não a Alya iriam me matar. — Ele voltou a sua forma civil.
— Oi Marinette.
— Oi Plagg.
Plagg fez sinal pro Adrien e o loiro entendeu.
— Marin, depois do casamento eu posso conversar com você?
— Claro, acho que temos um assunto pra resolver.
— É temos.
— Os padrinhos pode entrar. — Alguém avisou a eles.
Adrien estendeu o braço para a mestiça que segurou e em seguida eles entraram na igreja, o loiro ficou do lado de Nino e Marinette ficou do outro lado esperando Alya entrar.
Não demorou muito e Alya entrou, com o seu longo vestido de noiva, ela sorriu ao ver seu noivo, e ficou feliz de vê Adrien junto dele.
[...]
Quando terminou a cerimônia eles foram para o salão de festas onde aconteceria o buffet.
— Eu juro que se você não tivesse aparecido no meu casamento, eu teria te matado Adrien. Isso não se faz. — ela deu um soco no ombro dele.
— Aí! Isso dói Alya — Adrien passou a mão no ombro. — Desculpa, eu nunca iriam perder seu casamento, sei o quanto esse momento é importante pra vocês. — Adrien falou olhando prós recém casados.
— Ainda bem porque se não eu ia ter que ajudar a Alya a te matar hein. — Nino disse e em seguida eles riram.
— Eu desejo tudo de bom pra vocês. E fico feliz por fazer parte desse momento especial para vocês.
— Obrigado brother.
— Obrigada Adrien. Mas eu queria que pedir algo.
— O que quiser Alya.
— Eu queria que você fosse conversar com a Marin.
— Eu vou fazer isso. Eu converso que errei com ela também.
— Acho que esse seria um momento ideal pra chamá-la pra dançar? — Nino sugeriu.
— Ótima ideia. — Adrien sorriu.
Nino apontou para onde a mestiça estava, sozinha em um canto afastado das demais pessoas.
Adrien se aproximou dela.
— Quer dança comigo? — ele falou um pouco tímido. Só naquele momento ele queria ser o Cat Noir, pra ser mais ousado.
Marinette olhou pra ele e seu coração bateu mais forte.
— Sim. — ela respondeu.
Ele então estendeu sua mão pra ela e ela pegou na mão dele, se aproximando ainda mais um do outro e por fim o loiro colocou a mão na cintura dela.
Eles começaram a dançar lentamente enquanto trocava olhares.
Adrien não sabia por onde começar mas sabia que teria que tomar a iniciativa.
— Me perdoa?
— Pelo o que?
— Por ter te tratado mau. — ele deu um suspiro. — Fui um idiota com você.
— Foi mesmo. — ela disse séria. — Porém, eu te perdoo. Me desculpa por não ter te contado tudo.
— Agora eu entendo.
Ele abaixou a cabeça e ela levou a sua mão no rosto dele, e fez um carinho.
Ele sorriu com o ato dela.
— Você ainda me ama? Mesmo sabendo que eu sou... — ela o interrompeu.
— É claro Adrien. — ela sorriu. — Mesmo você sendo Adrien ou Cat Noir, eu amo cada detalhe seu, até seus defeitos. — ela tocou no nariz dele e ele sorriu.
— Você é boa demais pra mim. Eu acho que não sou merecedor do seu amor.
— Bobo. — ela deu um beijo na bochecha dele. — Claro que você é.
Ele ficou pensativo por alguns segundos.
— Eu não quero ser mais o seu namorado.
Marinette arregalou os olhos se afastando um pouco dele.
— Como?
— É porque agora eu quero ser o seu noivo. Quer casar comigo?
Ela deu um soco no ombro dele.
— Aí! My Lady.
— Não é assim que se pede em casamento. — ele riu.
— Só queria ver você bravinha. Você sabia que fica muito linda quando fica brava?
Ela deu uma revirada de olho.
— Você não tem gente gatinho.
— Mas, então, aceita se casar comigo?
— Claro que sim.
Ele sorriu e em seguida puxou ela novamente para si, e ficou olhando nos lindos olhos azuis cintilantes dela.
— De todas as formas distintas de dizer eu te amo, a minha preferida é esse sorrisinho de canto de boca, que a gente dá depois de um beijinho.
Ela sorriu.
— Cada dia que passa eu tenho a certeza de que você é o amor da minha vida Adrien.
Ele sorriu alegremente e em seguida quebrou toda a distância que tinha sobre eles, unindo seus lábios nos dela em um beijo apaixonado e cheio de saudades, que foi retribuído pela mesma.