"Meu querido marido, por favor...Por favor, faça de Daisy, nossa amada filha, a pessoa mais feliz deste reino..."
—Essa foi a vontade da minha esposa.
Minha única e insubstituível esposa no mundo.
Na manhã daquele dia, fui informado que minha esposa, que se despediu de mim com um sorriso como sempre, sofreu um acidente repentino. Assim, abandonei todo o meu trabalho e fui vê-la.
Essas foram suas últimas palavras.
Quando minha amada esposa faleceu, Daisy tinha apenas cinco anos.
Até então, eu havia confiado toda a criação dos filhos à minha esposa e ainda estava oprimido pela perda.
Se fosse uma questão de criar um filho, poderia simplesmente ser deixado para os empregados.
No entanto, o último desejo da minha esposa não poderia ser realizado apenas com isso.
Margarida deve ser a mais feliz naquele reino.
Eu amava profundamente minha esposa, a ponto de acreditar plenamente que não precisava de mais nada. Embora a criança que minha esposa deu à luz fosse certamente adorável, minha esposa era ainda mais importante para mim. Certamente, estava faltando algo importante como pai.
Como tal, não havia como saber se Daisy ficaria feliz.
No entanto, não consegui superar o falecimento de minha querida esposa. Eu estava ficando mais impaciente com o passar do tempo.
Por enquanto, para deixar Daisy feliz, pensei que ela precisaria de educação e boas maneiras adequadas para não sentir vergonha, independentemente de onde fosse. Assim, consegui um tutor famoso e preparei o melhor ambiente educacional.
Valeu a pena e, como resultado, Daisy recebeu uma oferta de noivado com o primeiro príncipe.
Naquela época, senti que finalmente entendi o desejo de minha esposa.
Eu vejo.
Quando Daisy se tornasse a rainha do nosso reino, ela certamente seria a mais feliz.
Afinal, a rainha era a mulher mais bem posicionada em todo o reino.
Minha esposa deve ter desejado que Daisy se tornasse rainha.
Portanto, Daisy teve que se tornar rainha pelo bem de minha esposa.
A partir de então, meu único objetivo era fazer de Daisy a rainha.
"O que acontecerá com a família do Marquês Astor se eu me casar com Sua Alteza Freddie?"
No entanto, quando seu noivado com o Príncipe Freddie foi anunciado, Daisy disse isso em vez de ficar feliz.
Quão impensável.
Mesmo que ela devesse ter se alegrado.
Mesmo que ela devesse ter dito,"Por eu ter sido escolhida como noiva do primeiro príncipe, estou muito feliz!"
"...Não pense em coisas desnecessárias. Pense no que você pode fazer por Sua Alteza Freddie."
Para a felicidade de Daisy, era necessário que ela dedicasse tudo ao Príncipe Freddie. Afinal, essa era a maneira mais eficaz de se tornar rainha.
Eu nem vi que tipo de expressão Daisy estava fazendo naquele momento.
Então, a família do Marquês Astor decidiu permitir que um parente distante - um belo rapaz, se tornasse o próximo marquês. Inerentemente, a família do Marquês Astor deveria ter educado o sucessor, mas no caso improvável de o homem e Daisy começarem a desenvolver sentimentos um pelo outro, enviei um tutor para sua casa. Somente quando Daisy se formasse na academia e se mudasse para o palácio real eu o receberia em nossa casa.
Nem me preocupei em explicar a existência da sucessora de Daisy, muito mais em apresentá-la.
Tudo foi para a felicidade de Daisy.
Eu estava apenas garantindo que Daisy pudesse se concentrar na educação de sua princesa sem distrações inúteis.
"—Sua Alteza Freddie tem a doença de Tiarz."
Mesmo quando ouvi isso, não me incomodei.
Afinal, ainda havia o segundo príncipe, o príncipe Jake. Sem falar que ele ainda não tinha noiva.
Mesmo que algo acontecesse com o Príncipe Freddie, Daisy quase completou sua educação como princesa. Portanto, ela certamente seria nomeada noiva do príncipe Jake e se tornaria rainha.
Não me importava com qual homem Daisy se casasse, desde que ela se tornasse rainha – desde que eu pudesse realizar o último desejo da minha esposa.
Porém, fiquei desesperado quando o santo apareceu. O príncipe Freddie pretendia tê-la como noiva.
...Não importa o quão boa Daisy seja, um mero humano não pode competir contra um santo.
Então, se for esse o caso... então, pelo menos, Daisy deveria se tornar sua concubina...
Independentemente da conotação, uma concubina tinha o status mais elevado depois da rainha. Supondo que não houvesse nada que pudéssemos fazer em relação à santa, não seria justo dizer que Daisy seria a mais feliz de todas?todas as pessoas neste reino se ela se tornasse uma concubina?
Agarrei-me à esperança que encontrei no meio do desespero.
Para cumprir o desejo da minha falecida esposa, Daisy teve que se tornar concubina do Príncipe Freddie.
Para minha esposa, Daisy tinha que ser a pessoa mais feliz do reino, o que tornava sua obrigação tornar-se concubina do primeiro príncipe.
Certamente, até Daisy ficaria feliz.
... Por isso, quando Daisy expressou sua ansiedade em relação ao futuro, tudo que eu disse foi:"Bem, isso não é uma honra?"
Novamente, eu nem vi que tipo de expressão ela estava fazendo.
***
Só assim, dois meses se passaram desde que Daisy entrou em coma.
Eu me senti desamparado e frustrado.
Nesse ritmo, ela não terá a chance de se tornar a concubina do Príncipe Freddie...!
Além disso, eu não estava bem nas últimas semanas.
"Sirva-me aquela sopa medicinal de novo."
Chamei o chef para a mesa de jantar e fiz o pedido.
Há alguns anos, a sopa medicinal era sempre servida no jantar. Não gostei da aparência ou do sabor, mas Daisy sempre dizia...
"—Pai, a sopa medicinal é muito benéfica para o corpo, então, por favor, coma."
Bebi com relutância porque era difícil argumentar.
Porém, depois que Daisy entrou em coma, a sopa medicinal não foi mais servida e minha condição física piorou. Assim, procurei isso como uma solução.
"Sem Lady Daisy, não posso servir a sopa medicinal."
O chef disse algo absurdo.
"Lady Daisy veio com todas as receitas daquela sopa medicinal. Sem as instruções dela, não conseguirei fazer isso sozinho."
Essa foi a primeira vez que ouvi isso.
... Daisy inventou aquela sopa medicinal?
"Lady Daisy sempre se preocupou com a saúde debilitada de meu senhor. Por isso, ela costumava estudar pratos medicinais em livros nas horas vagas."
Daisy se preocupava com minha saúde?
Quão inesperado.
Não, mesmo que isso fosse verdade, era quase desnecessário.
Afinal, não teve nada a ver com a educação da rainha.
Se ela tivesse tanto tempo livre, então deveria ter estudado algo mais útil parasua própria felicidade...
"Então podemos ficar sem a sopa medicinal."
"...Entendido..."
"Além disso, gostaria de perguntar sobre o cardápio, por que o frango assado não foi servido ultimamente?"
O frango assado era o favorito da minha falecida esposa. Daí porque passei a amá-lo também. Sempre que comia frango assado, lembrava-me do sorriso da minha falecida esposa.
Até agora, o frango assado era servido várias vezes por mês, mas depois que Daisy adormeceu, não foi servido nem uma vez.
"É realmente certo servir frango assado?"
"O que você quer dizer?"
"Frango assado é a comida favorita de Lady Daisy. Retirei do cardápio para poder servir assim que ela acordar.
"...Frango assado é a comida favorita de Daisy?
Essa também foi a primeira vez que ouvi isso.
"De fato. Certa vez, a senhora disse:'Sempre que se serve frango assado, meu pai come com gosto. Ele deve ter adorado muito. É por isso que também adoro frango assado.com um sorriso..."
Daisy passou a gostar por minha causa?
O que é isso...?
Não parece um pai e um filho normais...?
Mas isso era muito trivial e não era de forma alguma a maior felicidade deste reino. A única maneira de isso acontecer seria se Daisy fosse melhor que todos os outros e ocupasse uma posição de poder.
Foi também por isso que acreditei que arranjar um tutor para ela era mais importante do que interagir com ela como pai.
Dessa forma, eu estaria garantindo um caminho para ela no futuro, em vez de mimá-la.
Eu realmente acreditei nisso.
...Mesmo que na realidade eu não estivesse fazendo isso por Daisy, mas por minha falecida esposa...