Always You - O Badboy da minh...

By sadlare

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HATERS TO LOVERS - UM POUQUINHO SLOWBURN - NEW ADULT Elliot Evans é o típico Badboy. Jaquetas de couro, moto... More

Começos ruins
Conceções
Péssimas decisões
Consequências
Incertezas
Conflitos
Magia e feitiços
Surtos
Pop/rock
Loucura?
Hipocrisia Generalizada
Fantasia Vampiresca
Facetas
Contradição
Provação
Persuadindo
Febre
Carma e... destino?
Confronto
Confusão
Perdendo o controle
Nenhum controle
Caindo na real
Quebrado
Perdido
Apoio
Sem rumo
Tentando
Superando
Surpresa
Esperando por você
Recomeço
Queimando
Nota da Autora
Celebração
Tudo em seu lugar
Novos começos
Mais problemas?

Nova vida

323 32 8
By sadlare

Desmoronando e se desfazendo
É uma montanha-russa meio que rápida
E eu nunca soube que eu podia sentir tudo isso
E esse é o jeito que eu te amei
The Way I Loved You - Taylor Swift

Olivia Meesters
Salem, Massachussets

Suspirei ao colocar os últimos livros dentro da mala. Meus músculos reclamavam pelo esforço exacerbado das últimas horas e eu precisava urgentemente dormir.

— Você tem certeza disso? — Jade perguntou chorosa. — Eu não quero que você vá.

— Tenho. — Afirmei, fechando a última mala.

— Londres é tão longe. — Ela reclamou pela milésima vez nos últimos dias, desde que tomei a minha decisão.

— Podemos fazer chamadas de vídeo todos os dias. — Sorri, tentando confortá-la. — E você pode ir me visitar quando quiser. — Argumentei.

— Como vou viver aqui sem você?

— Com Ashton.

— Ele não é você. — Resmungou de forma teatral, me fazendo rir.

— Você vai sobreviver. — Falei indo até sua cama e sentando ao lado da garota dramática. — Preciso desse tempo.

— Eu sei. — Ela suspira. — Mas não significa que não vou sentir sua falta.

— Eu também vou. — Disse com sinceridade. Jade passou um dos braços em minha cintura, me abraçando de lado. — Vai me levar no aeroporto amanhã?

— É claro que sim, que tipo de amiga acha que eu sou?

***

Londres foi uma péssima ideia. Constatei isso no segundo em que pisei os pés no portão de desembarque e fui atingida pelo sotaque britânico do funcionário do guichê.

Havia sido leviana ao pensar que conseguiria seguir sem pensar em Elliot na sua terra natal.

Com o endereço do meu novo lar em mãos, peguei um táxi até a casa praticamente abandonada.

Já devia esperar pela sujeira lá, já que ninguém entrava lá desde que tio Nick faleceu, cinco anos atrás.

Procurei por algum mercado nas redondezas e fui atrás de algo para comer e alguns produtos de limpeza, para começar o trabalho que parecia gigantesco.

Comecei pelo quarto pequeno, trocando as roupas de cama empoeiradas e colocando as que havia levado do dormitório. Limpei os armários, guardando as roupas do meu tio nas minhas próprias malas, sem saber direito o que fazer com elas ainda.

Varri o chão e passei um produto cheiroso, o que me deixou satisfeita.

Primeiro cômodo okay, agora falta o resto.

Resmunguei um palavrão ao entrar na cozinha pequena. Parecia que um furacão inteiro havia passado por lá.

Morar sozinha talvez não fosse tão fácil quanto eu achei que seria.

Depois de mais uma hora limpando, senti meu estômago reclamar. Fiz um macarrão instantâneo e me sentei na mesa recém limpa para comer.

Minha primeira refeição na minha casa.

Sorri com o pensamento.

Mesmo castigada pelo tempo abandonada, a casa era muito bonita, e me trazia lembranças de uma época onde eu não precisava temer nada.

As férias com tio Nicholas eram sempre as melhores.

Haviam portas-retratos por toda parte com fotos minhas, de todas as fases.

A saudade do que não voltava era dolorida. Mas, ao mesmo tempo, me sentia abençoada de poder ter sentido tamanho amor por dezesseis anos inteiros.

Meu celular tocou, me tirando dos pensamentos nostálgicos.

Já está em casa? — A voz de Jade soou do outro lado.

— Já sim. Está uma bagunça. — Sorri, enfiando mais uma garfada de macarrão na boca.

Queria poder ajudar você com isso. — Ela resmunga.

— Está tudo bem, a casa não é muito grande, não deve demorar. — Dei de ombros, mesmo que ela não pudesse ver. — Você não deveria estar saindo agora? — Perguntei vendo a hora no relógio de parede que há alguns minutos havia regulado. Jade havia voltado a frequentar os shows da The Shout por conta de Ashton, sempre fazendo questão de esconder os detalhes, o que eu agradecia mentalmente. A última coisa que eu precisava era saber como ele estava.

Ash vem me buscar daqui a pouco. Queria conversar com você um pouco, já estou com saudade.

— Nos vimos de manhã. — Falei rindo.

Mesmo assim! Estou acostumada a passar o tempo todo com você. — Ela suspira. — Esse quarto parece enorme agora.

— Sua nova colega deve chegar essa semana. — Falei antes de tomar um gole da minha água.

Eu não quero uma nova colega. — Ela reclama. — Aliás, o que vai fazer em relação á faculdade?

— Eu tranquei a matrícula, mas talvez peça transferência para terminar o semestre por aqui. Ainda não decidi.

Você pretende ficar sempre aí?

— Jade. — Respirei fundo. — Eu vou voltar para Salem, só não sei quando.

Desculpa. É que é tão estranho, Oliv, não ter você por perto.

— Só faz uma tarde.

Eu sei. Mas já parece a vida toda. — Senti meu coração apertar. — Quando você se sentir melhor, volte pra mim, okay?

— Okay. — Sussurrei, fungando quando senti meus olhos arderem.

Eu amo você.

— Eu também amo você.

Não arrume nenhuma melhor amiga britânica e nojenta! — Ela disse, me fazendo dar uma gargalhada.

— Pode deixar. Você também, não se acostume demais com a sua nova colega.

Só um segundo, Ash chegou. — Por alguns segundos a linha ficou muda. — Baixinha! Como estão as coisas em solo inglês? — A voz de Ashton soou, me fazendo sorrir mais uma vez.

— Muito chuvoso.

Tsc, essa merda de cidade não muda. — Ele comenta. — Vou visitar você nas férias, hein, prepare um quarto para mim.

— Você vai dormir no tapete. — Provoquei.

Como você é má, Olivia! A falta de educação dos ingleses já está te afetando. — Disse em tom ofendido. — Eu preciso ir.

— Cuide do meu bebê! — Ashton soltou uma risada sonora.

Pode deixar.

— Bom show. — Ignorei o bolo que se formou em minha garganta.

Obrigado. — Ele disse baixo, antes de finalizar a chamada.

Encarei o prato meio comido, o macarrão já estava grudado e não parecia nem um pouco apetitoso.

Meus músculos reclamam pelo esforço feito nas últimas horas, e eu decidi deixar para terminar a limpeza em outro momento.

Sentei no sofá empoeirado, encarando a garrafa de vinho e o maço de cigarros que havia comprado mais cedo.

Acendi um, sentindo o sabor mentolado fazer minha garganta arder. Não fumava desde que havia dividido um cigarro com Elliot, algo que agora parecia uma lembrança distante.

O primeiro passo para deixar de pensar nele foi mudar o sabor. Cigarros de cravo me lembravam dele também.

Abri vinho e tomei um gole longo diretamente do gargalo. Um pouco de álcool era o que o meu corpo precisava para relaxar depois de tantos dias de sofrimento.

Meia garrafa depois, tomei coragem para abrir a galeria do celular depois de tanto. Era a primeira vez que via as fotos de Elliot desde que tudo aconteceu. Até então não havia conseguido abrir, nem mesmo para apagar tudo que havia ali.

Me sentia uma idiota, relembrando momentos que nada haviam significado.

Suas fotos no cemitério, as fotos dos shows, momentos que eu havia fotografado sem que ele soubesse.

A raiva e a mágoa se misturavam enquanto eu as engolia com mais vinho.

Abri o aplicativo de mensagens, olhando para as mensagens que eu nunca respondi.

Sem pensar direito no que fazia, escolhi a opção de desbloquear contato e apertei o botão de ligação.

Foda-se.

Eu odeio esse homem, e quero que ele saiba disso.

Elliot merece saber que eu odeio.

Mesmo que eu não o odeie de verdade.

Olho para as paredes cheias de teia de aranha enquanto o barulho da chamada sendo realizada preenche todo o ambiente.

Eu odeio essa cidade.

Odeio que tudo aqui me lembre ele.

Odeio não conseguir odiar Elliot de verdade.

Odeio amar Elliot.

Odeio. Odeio. Odeio.

Olivia? 

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