— Plagg por que a minha vida tem que ser tão complicada heim? — o loiro perguntou pro pequeno Kwamin.
Ele estava em cima do telhado de alguém, faziam algumas horas do acontecimento e ele só queria ficar sozinho.
— Eu queria poder te ajudar mas não sei como.
— Eu pensei que meu pai só pensava em trabalho, nunca poderia imaginar que ele preferia akumatizar Paris inteira ao invés de ficar comigo. - o loiro limpou as lágrimas que rolava pelo o seu rosto. - Como dói saber disso.
Plagg abraçou Adrien.
— Já não bastava a decepção como o meu pai, também tinham que ter com a Ladybug.
— Você acha que ela fez isso?
— Deve ser verdade já que minha mãe está de volta e o meu pai... — ele não conseguiu terminar de falar.
— Tudo vai se resolver garoto.
— Espero.
— Você não está sozinho, eu tô aqui com você garoto.
[...]
— Como assim o meu melhor amigo é o Cat Noir? — Nino ainda estava em choque.
— Meu querido você ainda está aí? — Alya disse pro noivo.
— Também tô tentando processar que a Marinette é a Ladybug e o Monark o Gabriel Agreste.
— Meu querido esqueci isso agora tá. E vamos procurar o Adrien, ele precisa da gente agora.
— E a Mari?
— Ela foi atrás das vilãs juntos com os outros heróis.
— Tendi.
Emilie se aproximou do casal.
— Por favor ajude a achar o meu filho.
— Não se preocupem senhora Agreste, nós vamos o encontrar.
— Obrigada Alya.
Nino e Alya foram procurar por Adrien.
Emilie estava um pouco nervosa e preocupada com o seu filho.
— A senhora quer um chá? — Natalie perguntou.
— Eu quero o meu filho Natalie. É o que eu mais quero no momento.
— Mãe! — elas se viraram para onde a voz vinham.
Adrien apareceu no meio da escada.
— Adrien.
Ele deu um suspiro antes de falar.
— O que a senhora queria me contar hoje cedo? Era sobre o meu pai?
— Sim filho.
— Então prossiga.
— Natalie você pode nos deixar a sós?
— Cla... — Adrien a interrompeu.
— Ela fica. Acho que ela tem muita coisa pra contar também. Não acha Mayura?
Natalie arregalou os olhos.
— Então, vamos nos sentar pois a conversa vai ser bem longa. — Emilie disse.
— Como quiser.
Os três caminharam para o escritório da mansão. Emilie começou a contar a história desde do início, de quando Gabriel Agreste achou os miraculous, falou também de como não conseguia ter um filho que eles tanto almejava, e que usaram os miraculous para criar ele o Félix. E de como ela ficou "morta".
— ... Então foi assim.
O loiro ficou surpreso pelo o que tinham ouvido de sua mãe mas também queria ouvir a versão da Natalie.
— Eu ajudei seu pai sim, pois eu não queria que você ficasse só. Queria trazer a Emilie de volta pra você. E acabei arriscando a minha própria vida por isso.
— Você tem noção da gravidade disso?
— Sim Adrien. Me desculpa, eu só vim perceber isso já era tarde demais.
— Você e meu pai colocaram a vida de milhares de pessoas em risco. E ainda coloca a culpa em mim.
— Claro que não filho.
— Não? Vocês começaram a usar os miraculous pra mim criarem e daí em diante foi só ladeira abaixo. E ainda meu pai usava o miraculous pra akumatizar Paris inteira por que queria trazer a minha mãe de volta pra mim não ficar só. Isso tudo não é culpa minha?
— Adrien não é assim...
— É assim mãe! Que decepção de vocês heim.
Elas o olharam com uma tristeza no olhar.
— Tem mais alguma coisa que eu não saiba? Porque parece que sou o último a saber das coisas.
Emilie tirou a aliança do bolso e estendeu pra ele.
— Tem. Quero que você seja livre, seu pai sempre te impediu de fazer suas escolhas. Mas agora ele não está aqui para escolher por você.
Adrien pegou a aliança e saiu do escritório.
— Adrien...
— Deixa ele Emilie, ele precisa de um tempinho a só.
[...]
Em cima dos prédios estava os heróis lutando contra as vilãs.
— Parece que París não te ama mais Ladybug. — disse Ilusória enquanto lutava contra Ladybug.
— Não importa o que você faça para confundir os cidadãos de Paris. Eu vou concertar tudo.
— Será mesmo? Não parece. — a vilã riu.
— Sua... — a heróina deu um soco em Ilusória que desviou.
— Essa passou por perto.
— Chega de brinca com você. — Ladybug deu um golpe nela e quebrou a pulseira que estava o akuma e ela voltou a sua forma normal. — Chloé?
— Eu mesma.
— Por que você fez isso?
— Pra mim vingar de você. Você disse que não poderia dá os miraculous pra mim porque o Hock Moth sabia que era eu. Mas essa lei só serviu pra mim? Por que pelo o que eu saiba o Hock Moth/ Monark sabia de todas as identidades dos outros heróis e porque só pra mim foi diferente?
Ladybug ficou surpresa com a resposta dela e acabou nem sabendo o que dizer.
— Você luta tanto pela a justiça que acabou cometendo uma injustiça. Você quis se vingar de mim né? Só porque eu te maltratava como Marinette?
— Não era bem assim.
— Sério? Você sabia o quanto a Ladybug era inspiração para mim e mesmo assim me decepcionou. Pelo um momento eu quis mudar mas você não me ajudou.
— Chloé eu errei com você mas me perdoe.
— Eu não quero seu perdão. Você não sabe como é se sentir decepcionada por alguém que você tanto admirou. Valeu mesmo por essa decepção Marinella.
Ladybug sentiu um aperto no peito.
— Eu levo ela pra casa. — Viperion disse.
— Obrigada.
O herói saiu com a Chloé.
Os outros heróis já tinha prendido a outra vilã e só estava esperando Ladybug para desmascara-lá.
Ladybug puxou o miraculous da vilã revelando sua forma cívil.
— Lila! Porque eu não não estou surpresa?
— Porque eu sempre disse que era sua inimiga.
— Deve ser por isso. Você nunca gostou de mim mesmo. Mas não importa. — Ladybug passou a mão na cabeça pensando no que fazer com Lila.
Viperion voltou.
— Viperion você pode levar ela?
— Claro Ladybug.
O herói levou Lila para um lugar que ela ia amar. A cadeia.
— Gente me desculpa por não ter contado a vocês sobre o Gabriel Agreste.
— Tudo bem Ladybug. — disse Vesperia. — Mas acho que você deveria ter contado pro seu parceiro Cat Noir, afinal vocês estão juntos desde do início.
— Também acho. — disse Pingella.
— Eu sei. — a heroína vermelha falou com uma tristeza na voz.
[...]
Era por volta dás 01:30 da manhã e o gatinho estava no topo da torre Eiffel.
— O gatinho tá sozinho sem... — ele parou de falar pois não conseguiu conter as lágrimas que começaram a rolar pelo seu rosto.
— Sabia que iriam te encontrar aqui. — Ladybug apareceu atrás dele e imediatamente ele enxugou as lágrimas.
— Não quero conversar com você.
— Cat por favor...
— Me deixa sozinho Ladybug! — ele disse em tom sério.
— Cat Noir, deixa eu me explicar.
— EU DISSE QUE NÃO QUERO TE OUVIR! — ele gritou com ela. — Me deixa em paz, eu não quero te ver nunca mais, muito menos te ouvir.
Ele jogou seu bastão e pulou da torre deixando uma Ladybug totalmente arrasada.
— Cat... — ela se sentou no chão deixando as lágrimas rolarem enquanto seu coração doía muito.