IRRESISTÍVEL | VegasPete

By vegaspetit

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No mundo de almas gêmeas, onde a conexão entre duas pessoas é tão forte que os destinos se entrelaçam, Vegas... More

IRRESISTÍVEL | avisos
PRÓLOGO | Vínculo
ONE
THREE
FOUR
FIVE
SIX
SEVEN
EIGHT
NINE
TEN
ELEVEN
TWELVE
THIRTEEN
FOURTEEN
FIFTEEN
SIXTEEN
SEVENTEEN
EIGHTEEN - JUNELUTER
NINETEEN
TWENTY
TWENTY-ONE
TWENTY-TWO
EPÍLOGO | MATRIMÔNIO

TWO

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By vegaspetit

Oi! Espero que gostem desse!
Boa leitura!

Transformação Vamphir:
A transformação ocorre durante a "troca" de sangue entre um vampiro e seu pupilo. Durante a mordida, o vampiro deve doar seu sangue ao receptor da mesma forma que suga até atingir estado de Frenesi, que é o ponto mais alto da transformação. Então o último estágio é concluído e temos um recém-criado vampiro.









Pete olha impacientemente na direção da porta fechada do escritório de seu pai. Os minutos parecem se arrastar. Ele não consegue ouvir o que as vozes estão dizendo, mas não parece bom pelo tempo em que eles estão em reunião.

Você devia ter uma conversa com seus pais, disse o homem a quem ele estava ligado, e Pete remoeu essa frase até estar estacionando na frente do prédio da Unidade há quase duas horas.

O lugar todo se tornou um caos com a visita surpresa de dois Vamphirs da Casa Real. Eles não recebem vampiros que não sejam criminosos com frequência, ainda mais pela porta da frente e rodeados de guardas como aconteceu. Houveram apenas duas raras ocasiões onde eles receberam o rei a rainha, há muito anos quando um massacre de crianças Vamphirs chocou tanto o submundo que um tratado foi assinado para garantir imunidade para recém-nascidos-vampiros, muito antes de seu pai se tornar diretor da Unidade. E há poucos meses atrás quando eles precisaram apertar as mãos novamente para garantir que todos os acordos ainda estavam na data de validade.

Com a tensão quase física no ar, enquanto os Vamphirs marchavam de um lado, o representante Lúpus e mais dois de sua espécie marchavam do outro. Logo atrás deles, haviam dois pares de Dunas. Esse tipo de coisa não acontece a menos que algo esteja prestes a explodir. Pete ainda era uma criança quando os representantes de todas as espécies submundanas se reuniram pela última vez.

O que torna esse evento precisamente desastroso.

Pete balança a perna e rói as unhas, ciente de que não faz o tempo passar mais rápido mas parece aliviar a ansiedade. Joe parece tensa em sua cadeira, digitando algo rapidamente no computador com toda sua atenção. Ela trava e vira a cabeça junto com Pete quando a porta do escritório de Tull finalmente se abre.

O líder Lúpus não olha para o lado, o queixo marcante inclinado para cima até o fim do corredor, e seus betas logo atrás. Em seguida, os dois pares de Dunas. Duas das mulheres passam por ele como não existisse, mas os dois homens olham por cima do ombro de uma maneira quase febril.

A rainha Vamphir é a última a sair. Os olhos castanho claro afiados dela se viram para Pete, e seu rosto pálido de expressão vazia se torna quase surpresa quando ela olha para Pete.

Helin Theerapanyakul é uma mulher alta e tão surpreendente bonita quanto seu marido. Ela tem os traços finos, nariz longo e lábios desenhados. As maçãs do rosto são altas e pouco coradas, em contraste com seu cabelo preto liso e longo. É terrivelmente familiar.

Quatro guardas se posicionam ao redor do casal.

"Majestade" Diz Pete laconicamente. Ele se levanta do banco mas não se curva para ela.

Sua mãe certamente arrancaria sua cabeça se ele a reverenciasse. Seria como reconhecer um poder que ela exerce somente sob sua própria espécie.

Isso atrai o olhar do homem ao seu lado. Ele olha para Pete com mais desprezo, o desgosto pintado nos lábios franzidos. Pete evita se sentir pequeno.

"Vai ser adorável ter você conosco" Diz a rainha, sorrindo um pouco para Pete. Não é um sorriso forçado, embora não seja o melhor.

Ele franze a testa em confusão óbvia, olhando diretamente para seus pais. Sua mãe está claramente irritada quando Pete olha para ela, os braços cruzados e os lábios pressionados juntos.

"Entre" Grunhi ela, apontando com a cabeça. Ela não espera por Pete, e seu pai muito menos, sumindo rápido dentro do escritório.

Devolvendo o sorriso educado para Helin, Pete atravessa o corredor.

"Com licença."

Ele percebe que tem algo errado assim que fecha a porta em suas costas. Seu pai está próximo da janela, a tensão explícita em seus ombros rígidos enquanto ele encara o lado de fora, e sua mãe do outro lado da mesa, os olhos flamejantes nas costas do marido.

"Você sabe o que você fez?" Diz sua mãe secamente. Pete demora para perceber que a pergunta não é para seu pai, e sim para ele.

"O que?" Questiona ele, ainda mais confuso.

"Nya." Diz seu pai duramente, olhando para a esposa por cima do ombro. "Isso não é culpa dele."

Estremecendo, Pete olha novamente para sua mãe. Seja lá o que esteja acontecendo, ela parece odiar.

"Até quando você vai defendê-lo?!" Diz sua mãe aumentando o tom de voz. "Se você não—"

"Nya!" Grita seu pai, assustando Pete. "Você mais do que ninguém sabe que não depende de nós!"

"Pelo amor de Deus" Diz sua mãe com uma risada. Não é realmente engraçado mas ela está rindo. "O Conselho não vai concordar com isso."

Tull suspira, claramente cansado.

"Se for para manter a paz, eles vão."

"Paz?" Questiona sua mãe, cinicamente. "Para o inferno com a paz. Isso nunca vai funcionar, mas se você precisa sacrificar o nosso filho para provar isso, fique a vontade."

"Por que você é sempre tão resistente?" Diz seu pai de volta. A expressão dele mudou para algo quase como desolação. Desesperança. "O que aconteceu com San poderia ter sido evitado se nós..."

San?

Pete já ouviu esse nome antes. E sua mãe também pela maneira que ela arregala os olhos.

"Você quer mesmo falar sobre isso?" Sua mãe se vira, parecendo ainda mais irritada.

Papai abana uma mão.

"Por favor" Diz ele. "Nós precisamos disso, Ny. Chega de derramar sangue."

Com os olhos vermelhos, Pete engole em seco quando sua mãe vira e olha para ele.

"A sua alma-gêmea é Vegas Theerapanyakul" Diz sua mãe secamente. A boca de Pete se abre tanto que poderia tocar o chão. Oh, merda. "Membro do Clã Theerapanyakul, uma das famílias Vamphirs mais antiga e atualmente, líderes de sua espécie."

"Você vai se casar com ele" Completa seu pai, olhando pela janela. "Assim que a votação do Conselho se encerrar. O resultado tem que ser unânime."

"O que?" Sussurra Pete, se sentindo um pouco zonzo.

Ele olha para a cadeira mais próxima mas está perto demais de sua mãe para arriscar, então ele força suas pernas a continuarem de pé.

"Você vai se casar com ele" Diz sua mãe soando ainda mais amarga. "Você ouviu. Devemos manter a maldita paz."

"Mas... O que?"

Que porra, ele quis dizer. Não é como se Pete abominasse os Vamphirs ou os achasse criaturas irracionais, longe disso, mas ele teve uma vida inteira de treinamento adequado e lições sobre como lidar com espécies que não são totalmente humanas. Merda, seu próprio pai é direitor da Unidade, e há mais dezenas de Unidades distribuídas por todo o mundo para manter as espécies sob controle e garantir que elas não vão entrar em um maldito colapso e exterminar umas as outras.

Eles caçavam Vamphirs há pouco menos de dois séculos, pelo amor de Deus.

Pete inala trêmulo, suas mãos úmidas de suor caídas ao lado do corpo. Ele tenta evitar enviar qualquer coisa através do vínculo mas ainda parece mais uma ideia imatura do que algo real que está acontecendo. Pete não sabe exatamente como controlar o que vai, embora ele tenha certeza que nada mais veio desde o confronto no estacionamento da universidade.

Quando ele pensa sobre isso, a imagem que vem em seus pensamentos é como uma ponte. Uma ponte de via dupla onde pode ou não compartilhar o que está sentindo. Uma vez Porsche disse que quase podia escutar os pensamentos de Anakinn, e Pete zombou dele porque pareceu precisamente ridículo. Mas ele não dormiu direito a noite pensando que, se a conexão deles for forte o bastante, é possível que o Vamphir ouça os ecos dos seus, já que ele pode sentir suas emoções.

Vegas é o nome. Pete não tem coragem de testar em voz alta, e ele se sente um idiota por não ter percebido.

Publicamente, a família Theerapanyakul é dona de uma das maiores redes de hospitais dos Estados Unidos, embora o poder político e econômico tenha vindo de décadas atrás enquanto eles ainda se estabeleciam na Tailândia. Pete se lembra muito pouco de seu país natal, uma vez que sua família se mudou assim que a realeza Vamphir resolveu se estabelecer em outro continente. Ele tinha uns três anos, e o inglês se tornou sua primeira língua, embora Pete tenha aprendido mais três ou quatro com o tempo.

Em sua defesa, Pete não é um grande amante de fofocas sobre milionários, não é uma surpresa que ele não tenha reconhecido o rosto de Vegas Theerapanyakul ao vê-lo pela primeira vez a luz do dia.

Você vai se casar com ele.

"Nós não nos conhecemos" Diz Pete com a voz baixa. Ele não realmente espera que isso mude alguma coisa na decisão de seus pais, mas talvez... "E ele é um Vamphir. Nossa família não se casa com Vamphirs, nós..."

Fazemos alguma coisa cruel com eles. E todos os outros que não seguem as regras.

"Não foi uma ideia minha" Diz seu pai, olhando para Pete sob o ombro. "Damien Lockhow propôs o acordo por diversão e a rainha Helin aceitou."

Maldito seja Damien Lockhow e toda sua espécie lupina.

"Haverá uma reunião com o Conselho onde todas as famílias vão votar." Tull pressiona a têmpora com a ponta dos dedos, o que significa que ele tem uma dor de cabeça. "O resultado unânime vence."

"É a minha vida" Diz Pete com a boca seca. "Como o senhor pode deixar que outras pessoas decidam?"

"É assim que a vida adulta funciona, Pete" Diz sua mãe secamente. Ela não precisa revirar os olhos para Pete perceber o quão pouco ela gosta da situação. "Nem sempre nós fazemos o que queremos. O dever fala mais alto."

Quando seu pai não diz mais nada, Pete se afasta em direção a porta completamente derrotado.




[...]





Pete nunca se sentiu tão ansioso na vida. A reunião com o Conselho de Famílias não durou apenas algumas horas como Pete esperançosamente achou, mas três dias. Três dias inteiros de portas trancadas e sussurros maldosos pelos corredores da Unidade. Ele sequer teve June para tentar tirar alguma coisa, já que seu pai fez questão de excluí-lo do corpo do Conselho. 

Os representantes das Famílias chegaram e saíram todos os dias no mesmo horário, e nenhum deles pareceu particularmente mais afetado do que outro. Nem mesmo Porsche foi capaz de arrancar algo de seus pais sobre a decisão mais importante da vida de Pete, então Pete não pôde fazer nada além de estourar seus punhos por horas na academia de treino. 

Ele soca e soca o saco de areia até que as juntas dos dedos estejam doloridas. No terceiro dia de espera, há hematomas em suas mãos e inchaços proeminente nos dedos, e ainda não dizem nada para ele.

Foi insuportavelmente difícil continuar fingindo que o vínculo não estava ali. A coisa que queria escapar de seu subconsciente as vezes parecia conseguir, então ele sentia ondas de emoções estranhas que Pete não conseguiu identificar mas que de alguma forma ele sabia que pertenciam a Vegas. Ele sabia porque eram intensas e rápidas, quase como um deslize, um instante de desatenção onde ele abria caminho entre a ponte deles e sem querer deixava vazar.

Algo que Pete deve estar fazendo constantemente. Vazando suas emoções e sentimentos através do vínculo porque ele não tem ideia de como controlar isso. A presença da ligação se assemelha a uma segunda sombra, ou alguém observando por cima do ombro, e Pete a sente cada vez mais forte, mais intensa, latejando com a necessidade de aproximação.

Mas ele ainda não consegue afastar a sensação ruim e amarga na ponta da língua sempre que pensa que Vegas, sua alma-gêmea, é um Vamphir. E assusta Pete que interiormente ele nem mesmo se importa com isso, não deixando que essa seja a única parte dele que seu sistema parece recusar.

Parte de Pete não pode nem mesmo acreditar nesses pensamentos, mas a outra parte, aquela mais sensível ligada ao seu emocional, diz que ele está sendo muito duro consigo mesmo. Diz que não há nada de errado em querer uma alma-gêmea, mesmo que essa pessoa seja uma espécie inimiga natural.

E ele não sabe nada sobre Vegas Theerapanyakul. Há muito pouco sobre ele na internet, e o que há, não é revelador. O homem tem vinte e cinco anos, embora ele pareça ter menos, é filho e herdeiro único da família. A ramificação de parentes é extensa mas não importante o bastante para Pete pesquisar sobre. Todas as fotos dele são de péssima qualidade, e quase nunca tiradas de dia.

A única informação constante e verdadeira é sobre sua aparência impressionante. Ele é o tipo de beleza que parece ainda melhor quando se encara por mais tempo, e como Porsche, as pessoas viram o pescoço para olhar para ele na rua. Isso é o que diz a matéria sobre a família Theerapanyakul do ano passado, e de acordo com a entrevistadora, Vegas merecia cinco estrelas. Uma nota dez.

Um barulho arrastado na porta chama a atenção de Pete. Ele congela antes de tentar relaxar e não parecer um adolescente na puberdade, mas assim como falar no diabo o atrai, aparentemente pensar sobre vampiros é capaz de atraí-los também.

"Você parece ainda mais infeliz agora" Diz Vegas com sua voz incrivelmente rouca e profunda.

Dói intensamente em Pete, e ele deseja cobrir suas orelhas e tapar suas narinas para não ouvir e não
sentir o cheiro dele. Nem de longe é ruim, mas perturba algo dentro de Pete que ele definitivamente não quer perturbar.

"Qualquer pessoa fadada a se casar com você estaria infeliz agora" Diz Pete laconicamente, desfazendo as ataduras ao redor dos dedos.

Ele respira fundo muitas vezes, o suor quente escorrendo pelas costas por dentro da camiseta, sua pele úmida e febril. Há algo sobre o Vamphir há poucos metros dele que causa essa sensação pegajosa na pele, mas Pete tenta se convencer que os socos que ele trocou há pouco são o bastante para fazê-lo suar.

"Eles podem não aceitar" Diz Vegas calmamente, inclinando o pescoço esguio para o lado.

Ele observa a sala de treino parecendo desinteressado, mas há algo tenso em sua expressão que Pete não deixa passar.

Certo.

"Eles não demorariam três dias inteiros para dizer que não" Diz Pete de volta, soando muito mais pessimista do que geralmente ele gosta.

Os olhos castanhos-âmbar de Vegas se viram para ele, e Pete precisa prender a respiração para não se afogar nela. Ele pareceu bonito naquele beco escuro na noite em que se encontraram pela primeira vez, e pareceu ainda mais bonito a luz do dia no estacionamento, há três dias, mas agora há algo sobre ele, no rosto perfeitamente alinhado dele que faz Pete querer rastejar para fora de sua própria pele.

A expressão de Vegas se torna ainda mais tensa. Ele enfia as mãos nos bolsos da calça escura e endurece a postura. O movimento faz Pete se lembrar do aperto firme em seu pescoço, na maneira que os dedos dele pressionaram sua garganta e como ele ficou próximo.

"Pare de me olhar assim." Diz Vegas.

A coisa insana dentro dele parece ter despertado, queimando seu peito e se espalhando como fogo por todo o corpo. Não é sexual, percebe Pete, mas está queimando.

Jesus Cristo.

"Assim como?"

Vegas pisca lentamente.

"Como se quisesse subir em cima de mim." Vegas diz, a voz muito lacônica.

Uma risada áspera deixa a garganta de Pete.

"Ser arrogante não é tão atraente quanto você pensa" Diz Pete, virando de costas.

Ele ignora o som que o Vamphir faz, focando sua atenção apenas em colocar as luvas de boxe de volta e olhando para suas mãos trêmulas. Os vergões avermelhados estão cobrindo seus dedos e juntas não parecem menos inchadas que antes.

A coisa é que o bastardo não precisa ser arrogante ou dizer nada para ser atraente.

Vegas dá um passo atrás dele. Pete sabe disso porque ele sente. É muito rápido então ele não tem tempo de se virar e impedi-lo. Não tem certeza se faria se pudesse.

"O que aconteceu com as suas mãos?" Questiona Vegas, olhando por cima do ombro. A respiração quase inexistente dele bate contra a nuca de Pete e arrepia seus braços.

Ele ouviu dizer que quanto mais velhos os Vamphirs são, mais as necessidades humanas vão desaparecendo. Recém-criados vampiros se comportam como humanos a maior parte do tempo, quando eles não estão drenando sangue de algo para sobreviver. A forma como Vegas respira, diz a Pete que ele não é tão velho quanto seu pai e mãe.

"Isso me deixou ansioso" Diz Pete, dando um passo para frente. "Eu treino para ajudar."

"Seus dedos estão inchados" Diz Vegas. Ele não parece preocupado, soa mais como uma observação.

"Eles vão ficar bem."

Pete se inclina sobre o banco livre para pegar sua bolsa. Ele não faz questão de trocar de roupa agora, apenas se sentando para calçar os tênis. Vegas não parece perder nenhum movimento, ele continua encarando de cima como uma maldita águia.

A porta da sala se abre novamente, o mesmo som enferrujado arranhando no chão.

"Alteza" Diz um homem Vamphir mais velho, meio exasperado.

Pete não entende exatamente como funciona, mas pelas marcas de expressão evidentes em seu rosto pálido e longo, ele tem muitos anos. Muitos mesmo.

O olhar dele suaviza ao encontrar Vegas.

"Alteza, não deve perambular sozinho dentro de uma Unidade de caçadores."

Oh, claro. O Príncipe dos vampiros.

Soa engraçado na mente de Pete.

"Não é engraçado, é um título muito real" Diz Vegas secamente. "Você deve aprender como usar o vínculo antes de me mandar seus pensamentos intolerantes."

Com uma reverência exagerada, Pete olha para ele.

"Eu sinto muitíssimo por isso, Alteza" Diz Pete. "Vou evitar pensar quando você estiver por perto."

"Alteza" Diz o homem alto, interrompendo. Ele não é mais alto que Vegas mas tem uma altura significante.

"O que, Yoffrey?" Diz Vegas, olhando para o homem.

"A reunião foi encerrada" Diz Yoffrey, olhos castanhos-avermelhados analisando Pete. Desgosto pinta seus lábios tal como pintaria os de qualquer Vamphir. "O Conselho se decidiu."

O percurso até o elevador é quase como um sonho confuso. Em um momento Pete está encarando o perfil de Vegas e no outro eles estão compartilhando o elevador para o andar da sala de reuniões. Não há caçadores naquele andar, e nem mesmo Yoffrey, aparentemente, teve permissão para subir.

Do corredor, Pete observa atentamente seu pai apertar a mão firme de Kai Kittawad, e ele faz isso com todos os membros do Conselho que saem da sala um por um. Tull acena para Pete assim que os vê, pedindo que se aproximem.

"Vamos" Diz seu pai, uma mão quente no ombro de Pete.

Ele o empurra gentilmente para dentro da sala, e Pete repara que Vegas apenas desliza pelos cantos, na direção de sua família. Helin Theerapanyakul parece ainda mais bonita com suas roupas em tons de vermelho e sorriso singelo. Seu marido não sorri em nenhum momento, mantendo a expressão fechada tal como a mãe de Pete.

"Pai?" Chama Pete, olhando esperançosamente para seu pai.

Ele não olha de volta, tomando seu lugar na ponta da mesa.

"O Conselho foi unânime" Diz Tull, os olhos cansados. "A votação a favor do acordo de paz venceu. Assim, nós podemos ajustar os termos para o casamento."

Pete pisca em confusão clara.

Você já sabia diz o pensamento em sua cabeça. Claro que ele sabia, mas...

Casamento parece extremo. Tão extremo que Pete sente o ar deixar completamente seus pulmões. As mãos começam a tremer antes que ele termine de ouvir o que seu pai está dizendo aos pais de Vegas e suas pernas se tornam gelatinosas.

Você vai se casar com ele.

Tudo vai ficar bem.

Tudo vai ficar bem.

Não é o fim do mundo.

É o fim de Pete.





[...]


Se precisar de um dramático serve o Pete haha

Espero que tenham gostado desse!

Beijo e até o próximo!

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