Amantes do terror
É cerca de dez da noite. Na cozinha de uma casa, pode se ouvir barulhos de armários abrindo. Piper, era quem os abria, e a mesma, também está mandando mensagem ao seu namorado:
Piper
"Mô, quer vir aqui hoje?"
Ele demora um pouco para responder.
Enquanto isso ela procura o pacote de pipoca de micro-ondas:
Bryan
"Eu tô com preguiça de sair de casa à essa hora"
Piper
"Qual é."
"Meus pais não tão em casa"
"Não tô afim de ficar sozinha"
Bryan
"Me convence."
Piper
"A gente pode assistir alguns filmes e séries"
"Eu vou fazer pipoca agora"
Bryan
"Coincidência"
"Eu ia fazer exatamente isso antes de você me mandar mensagem"
"Então acho que não preciso sair de casa pra fazer isso"
Piper
"Aí você me fode"
"Mas bem, tem uma dispensa cheia de doces e salgadinhos"
Bryan
"Tentador"
"Mas não suficiente"
Piper
"Bem, meus pais não vão ficar em casa hoje"
"A geladeira tá cheia de bebida"
"E talvez, só talvez, depois do filme nós possamos fazer alguma outra coisa"
Piper manda à Bryan, uma pequena motivação em uma mensagem de visualização única:
Bryan
"Chego aí em 8 minutos"
Ela dá um pequeno riso, afinal, essa tática nunca falha:
Bryan
"Pode me mandar o número do endereço?"
Piper
"Como você não sabe?"
"Você sempre vem aqui"
Bryan
"Mas eu não decorei o número da tua casa"
"E eu decidi ir de uber, é meio perigoso andar sozinho pela rua nesse horário"
Assim ela faz. Então ela pega um pacote de pipoca e coloca no micro-ondas.
Enquanto espera, ela dá uma olhada na geladeira para ver as bebidas que tinham lá.
"Espero que ele não demore tanto, tô com fome." Ela pensa.
Logo, ela recebe uma notificação do celular, é uma mensagem do Bryan pelo Instagram:
Bryan
"Oi vida"
"Só pra avisar que eu perdi meu celular e não posso mandar mensagens pelo telefone, só pelas redes sociais mesmo, beijos"
Piper fica um pouco confusa:
Piper
"Como assim?"
"Eu acabei de te mandar mensagem, no seu número, e você respondeu"
Bryan
"É sério?"
"Bem, não sou eu"
"Deve ser alguém que pegou meu celular"
Piper
"Bryan isso é uma ideia de pegadinha sua?"
"Eu passei meu endereço pra essa pessoa"
Bryan
"Eu não brincaria com algo assim"
"Olha, chama a polícia, tá?"
"Eu tô indo aí também"
Assim que Piper começa a digitar o número de emergência, ela recebe outra mensagem, do telefone de Bryan:
Bryan
"Chamar a polícia pode ser uma ideia péssima"
Ela hesita, mas decide responder:
Piper
"Quem é você afinal?"
"O que cê tá fazendo com o celular do meu namorado?"
Bryan
"Isso não te interessa agora"
"Vamos fingir que você tá num filme de terror, certos clichês, como esse de agora, estão acontecendo"
Piper
"Pra mim isso parece uma cópia barata de pânico, você poderia ser mais original"
Bryan
"Falando em pânico, você lembra da cena de abertura?"
Piper
"Sim, eu lembro, é uma das minhas cenas favoritas do original"
Bryan
"Tá afim de replicar essa cena?"
Piper
"Quer que eu seja sua vítima?"
"Eu particularmente tô disposta a inverter nossos 'papéis' "
Bryan
"Bem, o que eu quero mesmo, de verdade"
"É ver um pouco de sangue escorrendo pela sua pele macia e lisa"
Piper
"Sério?"
"Então sonha seu otário"
Ela recebe uma ligação do Instagram, vindo de Bryan:
Piper
- Bryan, quando que você chega?
???
- Você queria que fosse o Bryan, né?
Piper
- Como você tá ligando pelo insta dele?
???
- Piper, Piper, minha querida Piper, contas de redes sociais podem ser acessadas de quaisquer aparelho telefônico. Mas é porquê eu tô com o celular dele mesmo.
Piper
- Olha aqui, você não tá numa porcaria de filme, e como sabe meu nome?
???
- Primeiramente, o que tá pra acontecer, vemos muito nos filmes, e segundamente, como não saber o nome da garota mais bonita e popular da escola?
Piper
- Então você é só um sem noção querendo passar trote, por que não pega esse papel de idiota e enfia no rabo?
???
- Eu vou enfiar no seu rabo o papel de peituda, que morre no começo do filme.
Piper
- Olha seja lá quem estiver querendo passar esse maldito trote, você não vai se dar bem, com um apertar de botão eu posso chamar a polícia.
???
- Eu temo que não, Piper.
Piper corre para a sala de estar, que é onde fica o telefone. Quando ela vai apertar o botão pra chamar a emergência, nada acontece:
???
- Tá conseguindo chamar a polícia, Piper?
Piper
- Vai se ferrar seu cretino.
Ela desliga a ligação e tenta ligar para a polícia pelo seu celular, mas parece que não é sua noite de sorte. A energia, "coincidentemente", acaba na hora. Tudo fica um silêncio maldito, Piper, a cada segundo se apavora mais e mais:
Piper
- Ai meu Deus, o que eu faço agora?
Ela não tem como chamar ajuda para se salvar, e ela não sabe se Bryan vai chegar a tempo de salvá-la.
Bryan chegou, mas não do jeito que ela esperava, de repente, ela vê se assustada e gritando com algo jogado de sua janela para dentro de sua casa, quando ela vai ver, é seu namorado, Bryan:
Piper
- BRYAN! Aí meu Deus, o que aconteceu com você?
Ele estava morto, degolado, com certa esperança, ela checa seu pulso, porém não tem mais como pro Bryan.
Então, para não perder mais tempo, ela corre para a cozinha onde estava antes, e pela fresta da porta ela vê se algo acontece, ou se alguém aparece.
E foi o que houve, alguém entra pela parte quebrada da janela, era uma pessoa com um capuz meio amarelo e uma máscara de gato, e o resto da roupa preta. Quem quer que fosse, parecia estar procurando por ela, e essa pessoa entra em um quarto meio longe de onde Piper estava, e então ela fecha a porta da cozinha devagar e destranca a porta de trás. Na hora que ela sai, ela se assusta com o barulho do micro-ondas:
Piper
- Droga de micro-ondas.
Ela sussurra.
O micro-ondas estava preparando sua pipoca até minutos atrás.
Ela se esconde atrás de um pequeno muro na varanda atrás da cozinha, e cautelosamente, ela tenta espiar, e vê a tal pessoa entrando e checando o local.
Ela tenta ir agachada até a rua para fugir, sempre checando se estava sendo vista. Em um certo momento ela foi descuidada e se levantou um pouco demais para olhar pela janela da sala, por sorte não havia ninguém, foi o que ela pensou até ser surpreendida pelo invasor que estava escondido atrás da parede. Ela soltou grito muito alto, provavelmente o mais alto que ela já soltou. A pessoa se jogou pela janela, ficando em cima dela no chão:
Piper
- Sai... de cima!
Ela consegue afastá-lo com um chute, então, ela se levanta e tenta correr. O perseguidor faz o mesmo, ele consegue alcançá-la, e puxa os cabelos da menina
Piper
- Não! Não, por favor, não!
Ele então empunha uma faca, e Piper só pôde sentir a ponta do objeto perfurando seu peito enquanto ela gritava.
Após esfaqueá-la no peito, ele a joga contra a árvore que estava ao lado, e levanta a faca de novo,. Piper coloca sua mão na frente, e acaba levando uma facada que atravessou o pulso. Ela grita. Ela tenta chuta a barriga dele com o joelho, mas não foi com força suficiente.
Já estressado o assassino agarra seu pescoço e aperta com toda a força que pode:
Piper
- Por favor... Me deixa ... em ... paz.
Piper continua relutante, e então o assassino pisa em seu pé com força, na intenção de quebrar, e conseguiu. Ele a derruba no chão e arrasta até um lugar onde ninguém pudesse escutá-la, no depósito de ferramentas do pai da menina. Estando lá, Piper vê o assassino procurando alguma coisa naquele depósito.
Ela consegue achar uma oportunidade de fugir, um pequeno buraco na parte de trás do depósito, ela tenta passar pelo buraco, e está quase saindo. Será que ela consegue? Será que ela vai fugir? Quando apenas suas pernas estão pra dentro do depósito, ela é atacada na parte inferior das costas. Ela tenta gritar:
Piper
- So...corro.
Mas ela não consegue, a facada no peito não permitiu isso. O assassino cara de gato arrasta ela volta, e ela vê que foi atacada com uma chave de fenda, mas, aparentemente, não é com isso que o cara de gato quer matá-la. Sendo assim, ele pega um enorme facão, e ataca ela no joelho. Piper apenas consegue soltar um grito abafado, mas audível. O cara de gato dá várias facadas pelo corpo inteiro de Piper. Ele parece fazer questão dela sofrer até o último minuto de sua vida. Em certo momento, a menina solta litros de lágrimas e de sangue também.
O cara de gato checa os batimentos dela, que estão ficando bem mais fracos, e ele procura alguma outra coisa do depósito, Piper fica com mais medo a cada segundo, mas só o que ela pode fazer, é ver o assassino puxando um machado de baixo da mesa:
Piper
- Por favor... não.
O assassino solta um riso abafado e então encaixa o machado no meio do rosto dela, e então de forma brutal, sangrenta e impiedosa, Piper morre.
O cara de gato fica em pé, em cima do corpo de Piper, ele respira abafadamente.