Fontaine - Meu Amor de Verão...

By dattebaka

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Marinette é uma adolescente insegura, dona de um cabelo peculiar e um temperamento forte. No início de suas f... More

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Reclames do Plim Plim
Desencontros no Outono [SEGUNDA TEMPORADA]
🐞.Introdução
🐞. Mudando a rota
🐾. Responsabilidades
🐞. O maior casal de Paris
🐾. Amores de Verão...
🐞. O menino do cachecol
🐾. Chamadas Perdidas
🐞. Quites
🐾. Um dia bom
🐞. Reencontros
🐞. O encontro dos sonhos
🐾. O vovô.
🐞. Fofocas e Verdades

🐾. O Baile

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By dattebaka



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Eu estava no espelho terminando de ajeitar meu smoking preto com uma gravata borboleta verde. Posei algumas vezes em frente ao espelho em vários ângulos para checar se aquele traje estava bom em mim. Concluí que estava e por fim, passei um perfume com aroma amadeirado. Tentei deixar o meu cabelo um pouco mais ajeitado do que de costume e respirei fundo, me analisando novamente no espelho. Logo senti braços envolverem minha cintura por trás me abraçando. Era Kagami e eu não tinha a notado, pois ela era bem mais baixinha que eu. Eu me virei e ela estava sorrindo para mim.

— Uau, você está lindo! — ela disse.

— Você está linda também, Kagami. — falei em tom baixo admirando a beleza dela.

— Obrigada! — ela riu e deu uma voltinha.

Kagami estava usando um vestido vermelho na parte superior com mangas longas, no meio do vestido, havia uma pequena faixa preta dividindo-o. Na parte inferior do vestido, a cor era branca e tinha alguns detalhes bordados de flores. O vestido parecia um pouco com um Kimono, mas ele era um pouco mais chique. Em seus pés, Kagami vestia um salto curto que provavelmente sua mãe tinha a obrigado, pois ela sempre detestou usar esse tipo de sapato.

Nós estávamos nos arrumando para ir até o baile beneficente de Paris, feito pelos pais da Chloé, na intenção de arrecadar fundos para um orfanato. O baile exigia roupa de gala e nós fomos, pois como éramos filhos de uma das pessoas mais importantes da cidade, não seria muito de bom tom não ir. Eu estava animado, pois minhas outras amigas estavam lá e eu adorava passar mais tempo com Zoé, me divertia muito. Kagami tinha um pouco de ciúme dela, mas com o tempo ela foi perdendo isso.

Meu pai entrou no quarto para verificar minha roupa e fez alguns últimos ajustes nela, antes que eu e Kagami fossemos. Ela estava sentada em minha cama trocando os canais e parecia um pouco emburrada. Eu tinha chamado ela pra ir ao baile, mas ela recusou dizendo que aquilo seria uma chatice. Daí eu insisti um pouco mais dizendo que seria legal e ela concordou em ir. Ela não tinha comentado nada com a mãe sobre o baile e eu sabia que caso a mãe dela descobrisse que ela não foi à um evento beneficente, a mãe dela ia deixar ela de castigo. Então eu tentei interferir um pouco na birra de Kagami e consegui fazê-la concordar em ir. Mas ela não parecia tão animada assim, mesmo na hora do baile. Tentei animá-la quando meu pai saiu e me sentei ao lado dela.

— Olha, eu sei que essas coisas sociais não são muito a sua praia, mas você vai se divertir um pouco, ok? — fechei os olhos e dei um beijo na testa dela.

— Tudo bem. — ela disse e quando abri os olhos estava um pouco vermelha. Achei graça da situação.

Nós descemos as escadas e o meu carro particular já estava nos esperando. Assim nós seguimos o trajeto até o salão Doré e quando chegamos já estava bem cheio de pessoas. Todos usavam trajes de gala como era a ordem e me lembrei que a idade indicada do baile era de 18 até 25 anos, fazendo com que todos os rostos ali fossem bem novos, assim como nós dois. Fiquei na ponta dos pés tentando localizar Chloé e Zoé no meio da multidão, consegui achá-las perto da mesa com alguns petiscos e segurei a mão de Kagami no meio da multidão, guiando-a comigo até lá.

— Adrien! — Zoé acenou quando estávamos chegando perto dali.

— A gente realmente precisa ficar com elas? — Kagami sussurrou.

— Ah qual é, vamos só aproveitar, ok? — sorri para Kagami.

— Tudo bem. — ela respondeu de forma seca.

Assim que nós chegamos, abracei Chloé e depois Zoé cumprimentando as duas e Kagami acenou um pouco mais afastada atrás de mim. Chloé revirou os olhos para Kagami e Zoé acenou de volta com uma expressão um tanto estranha. Kagami pegou seu celular e ficou mexendo provavelmente ignorando tudo ao seu redor. Ela aceitou um copo de refrigerante que foi servido e ficou bebendo calada.

— Eu achei que vocês nem viriam mais! — Zoé disse.

— Eu nunca perderia esse baile, tá irado! — falei empolgado.

— Só não está mais irado que você, Adrienzinho... —Chloé disse com segundas intenções e Kagami cuspiu o refrigerante na mesma hora incrédula.

— Você tá louca de falar isso pro meu namorado? — Kagami andou na direção de Chloé irritada e ela arregalou os olhos.

— Deixa a minha irmã em paz! — Zoé gritou, mas a música abafou. Ela se pôs na frente de Chloé com os braços abertos a protegendo.

— Argh, vocês duas são patéticas. — Kagami disse revirando os olhos e quando ia encostar o dedo em Zoé, eu a puxei para perto de mim.

— Hora de dançar com minha namorada! Tchau, meninas! — eu acenei levando Kagami para a pista de dança e elas suspiraram. Zoé agradeceu de longe e deu uma piscadinha.

— Ei! — Kagami esbravejou.

— Shhh... Relaxa, tudo bem. — falei acariciando o rosto de Kagami com carinho e ela se acalmou enquanto procurávamos um espaço na pista de dança.

Assim que nós nos posicionamos, a música trocou dando lugar a uma bem mais lenta com um ritmo romântico. Ela deu um sorriso tímido e olhou em meus olhos. Eu desviei o olhar com um pouco de vergonha e segurei a cintura dela, começando a movimentar meus pés lentamente, enquanto ela seguia meu ritmo. Ela pôs os seus braços ao redor do meu pescoço e encostou a cabeça em meu ombro enquanto nos envolvíamos naquela dança.

Comecei a observar as pessoas em clima romântico à medida que girávamos e avistei Nino ali perto, estranhei pois ele não tinha me avisado que estaria no baile, fiquei confuso ao vê-lo dançando com Alya. Tentei me aproximar para avisá-lo que eu estava ali, mas ele não me viu. Tentei fazer contato visual com Alya, mas ela estava vidrada observando algo. Então olhei na direção que ela estava olhando e tomei um susto enorme. Era Luka dançando. Com Marinette!

— Luka! — me desconcentrei da dança e pisei no pé de Kagami sem querer.

— Ai! — ela reclamou.

— Me desculpa. — falei com um sorriso amarelo.

— Aconteceu algo? — ela perguntou analisando meu rosto.

— Não, não aconteceu nada! Vamos continuar dançando. — falei afobado e tentei não errar os passos de novo.

Continuei a dançar tentando esquecer. Talvez fosse só uma miragem, afinal, o que Luka estaria fazendo em Paris? Talvez até Alya e Nino fossem uma miragem da minha cabeça para me sabotar. Tentei mentalizar que aquilo não era real. Mesmo se fosse, eu não conseguia entender porquê o fato de Marinette estar com outra pessoa me deixava tão aflito. Enquanto pensava nisso, olhei para os dois novamente e Luka estava aproximando seu rosto do rosto de Marinette, como se fosse beijá-la. Alguém passou na frente bem na hora e eu recobrei meus sentidos, lembrando que teria que ignorar aquilo. Mas já era tarde e meu coração estava doendo, eu estava ficando ainda mais irritado por não entender o porquê isso acontecia comigo. Me dei por vencido e senti meus olhos marejados. Respirei fundo e voltei minha atenção para Kagami novamente.

— Por favor, vamos sair daqui. — eu sussurrei tentando não parecer triste.

— Por que? Você estava tão animado. — Kagami disse.

— Eu sei, me desculpa. Não estou me sentindo bem. — falei com a voz trêmula.

Kagami achou estranho e começou a olhar ao redor da festa, tentando localizar o que tinha me deixado triste. Ela olhou na direção de Luka e eu quase consegui ver um sorriso se formando no canto dos lábios dela, o que me deixou pior ainda. Mas preferi acreditar que ela não se sentiria feliz com aquilo.

— Eu quero ficar! — Kagami disse.

— Como assim? Há 5 minutos você nem queria estar aqui! — protestei.

— É, mas agora eu comecei a gostar da festa. Pode fazer isso por mim? — ela disse e fez um biquinho fofo.

— Ok, Kagami. — Me dei por vencido e continuei tentando ignorar o que tinha acontecido.

Nós continuamos dançando na pista por uns bons minutos, até que Kagami se cansou e pediu para sair dali, pois com a quantidade de pessoas estava ficando abafado. Eu estava um pouco mais aliviado, visto que não tinha mais enxergado Marinette por perto, imaginei que ela tivesse ido embora com Luka. Era estranho pra mim saber que tinha outro cara levando ela pra casa, mas ainda assim, eu me sentia um pouco melhor sabendo que era um cara legal como ele.

Nós nos dirigimos até Zoé e ela estava conversando com alguém, mas eu não conseguia avistar muito bem. Quando cheguei perto, vi que era Luka e Nino formando uma rodinha. Pensei em dar meia volta, mas assim que virei o pé, Nino me chamou.

— Ei, meu brother! Aqui! — Nino acenou.

— E aí, cara! — eu voltei a me aproximar e demos um aperto de mão, cumprimentei Luka também e os apresentei a Kagami.

— Por que veio e depois resolveu ir embora? — Chloé perguntou completamente indiscreta.

— Kagami quis ir ao banheiro. — péssima desculpa, eu sei.

— Não quis não. — ela me olhou confusa e eu esbarrei no braço dela de propósito.

— Ah, que seja! — Kagami disse dando de ombros e saiu da rodinha, me deixando ali sozinho.

— Bem, parece que você e Luka já se conhecem, não é? — Zoé sorriu.

— É, é sim! — falei nervoso, mas tentando disfarçar.

— Conheci ele em Fontaine, durante uma festa com os colegas da Juleka. — Luka explicou sorrindo.

— E vocês se conhecem de onde? — perguntei.

— Ele é filho do Jagged Stone, Adrien! Nós nos conhecemos em um dos shows dele e recentemente o Luka descobriu que é filho dele. Daí essa semana ele veio para Paris. — Zoé explicou.

— Uau, que maneiro! — falei empolgado.

— Licença, licença, alguém pediu um refri de laranja bem geladinho? — ouvi uma voz se aproximando e entrando na roda. Era Marinette em um vestido longo, brilhante e vermelho com detalhes pretos. Eu virei o rosto pro lado me escondendo cheio de vergonha.

— Adrien? — Alya me chamou e eu precisei olhar. Ela veio com Marinette.

— Ah, oi! — eu acenei sorrindo um pouco sem graça e Marinette continuou imóvel.

— Bom, mas como a gente estava dizendo, eu estou muito feliz de estar conhecendo Paris, essa cidade sempre me traz encontros muito bons! — Luka disse empolgado tentando cortar o climão.

— Claro que sim! — Zoé completou e estava me olhando com um olhar enigmático, já sacando que estava acontecendo alguma coisa.

— Vocês querem tomar alguma coisa? — Nino disse se direcionando a mim e ao Luka.

— Claro! — respondemos em uníssono e fomos para o open bar.

— Uau, esse baile está incrível! — Luka puxou assunto.

— É, acho que sim. — falei um pouco desanimado.

— Olha, Adrien, eu sei que você e a Marinette tiveram uma história, eu respeito isso. Só não quero que você me veja como um monstro porque fiquei com ela. Eu gosto muito de você, desde o dia da festa e não quero que pense mal de mim, nós estamos apenas seguindo nossas vidas, você com a Kagami e eu com a Marinette. Não quero que fique um clima ruim entre a gente, então, amigos? — ele disse com um tom de sinceridade.

— Claro! — falei gentil.

— Vocês são tão lindos, cara! — Nino falou com a mão no peito e nós desatamos a rir.

Às vezes eu olhava de relance para as meninas e Kagami não parecia muito contente ali, isso me fez pensar se nós realmente deveríamos estar ali, mas como ela insistiu em ficar, deixei. Resolvi ir para fora tomar um pouco de ar e Nino fez companhia a Luka. Eu precisava pensar um pouco sobre tudo e queria muito aceitar que minha vida tinha chegado àquele ponto, mas ainda era tudo muito estranho.

Fiquei do lado de fora tomando um vento e fiquei observando o movimento das pessoas ali perto, fazendo com que eu me distraísse um pouco. Alarguei minha gravata e me sentei na escada da entrada do salão olhando para o horizonte, sem nenhum foco específico. Pensei que aquela noite estava linda para fotografar e saquei meu celular registrando aquele momento. Me lembrei da página de fotos que eu tinha abandonado e suspirei triste, eu nem tinha mais hobbies, a minha vida era feita de obrigações. Enquanto olhava a foto em questão, ouvi uma voz conhecida falar comigo.

— Parece que alguém não perdeu a paixão por fotografias. — Marinette disse e eu não tive coragem de me virar para olhá-la.

— Alguma coisa eu preciso não perder em 3 anos, né? — brinquei com aquele tonzinho de verdade.

— Você está bravo comigo? — ela perguntou.

— Não, eu só tô... Sei lá, frustrado. — continuei olhando para o horizonte sem conseguir encará-la.

— Por que? — ela disse inocente. Eu me levantei e olhei nos olhos dela.

— Eu não sei se tô pronto pra te ver com outra pessoa. É isso. — falei e logo depois me arrependi.

— Adrien... — ela disse com lágrimas nos olhos.

— Ei, ei. Me desculpa, eu não queria te magoar. — falei segurando os ombros dela.

— É que, quando eu te vi com a Kagami, eu senti a mesma coisa. Mas eu não tive coragem de te dizer. E agora, você tá dizendo isso pra mim, assim. Você acha que eu sou o que, Adrien? Acha que não tenho direito de seguir minha vida enquanto você está com a Kagami? — ela disse visivelmente magoada.

— Marinette. Não importa o que acontecer, eu sempre vou te desejar o melhor, entendeu? Se você estiver com Luka ou qualquer outro cara, eu vou querer que ele te trate o melhor que ele possa, vou desejar que ele te dê o que eu nunca fui capaz de te dar: Segurança. Eu quero que você tenha uma vida boa, com ou sem mim. — falei tudo o que estava guardado.

— Eu sinto muito que tudo tenha acabado assim. — Marinette disse de cabeça baixa.

— Eu também. — confessei.

Nós suspiramos ao mesmo tempo e eu continuei a olhar o céu, enquanto Marinette estava a alguns passos atrás de mim novamente. Alguns minutos depois, senti algo atrás de mim e quando vi, Kagami estava ao meu lado. Olhei para trás e Marinette ainda estava lá, porém não olhava para nós. Olhei para a frente novamente e o carro particular de Kagami tinha chegado.

— Vamos? — ela disse séria.

— Claro. — respondi.

Kagami segurou minha mão me levando até o carro e eu olhei para Marinette da janela. Luka chegou e a levou para dentro novamente. Me senti um pouco melhor sabendo que ela estava segura com ele. Logo o carro começou a se distanciar e nós fomos para nossas respectivas casas em silêncio.


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