Fontaine - Meu Amor de Verão...

Galing kay dattebaka

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Marinette é uma adolescente insegura, dona de um cabelo peculiar e um temperamento forte. No início de suas f... Higit pa

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Reclames do Plim Plim
Desencontros no Outono [SEGUNDA TEMPORADA]
🐞.Introdução
🐞. Mudando a rota
🐾. Responsabilidades
🐞. O maior casal de Paris
🐾. Amores de Verão...
🐾. Chamadas Perdidas
🐞. Quites
🐾. Um dia bom
🐞. Reencontros
🐾. O Baile
🐞. O encontro dos sonhos
🐾. O vovô.
🐞. Fofocas e Verdades

🐞. O menino do cachecol

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Galing kay dattebaka




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Aquele momento não parava de passar na minha cabeça. Era como um maldito replay do qual eu não conseguia me livrar. O rosto de Adrien confuso ao me ver, os flashes batendo na minha cara, os braços de Adrien me tocando e o rosto daquela menina com puro desdém. Eram muitas informações que eu só consegui processar depois de um banho quente deitada na cama de hotel. Era como uma tortura ficar pensando naquilo, mas eu não conseguia evitar. Era estranho ver Adrien tão próximo de outra garota e eu me sentia até um pouco egoísta por pensar assim. Mas eu não conseguia evitar ficar meio triste por saber que agora ele tinha uma namorada e ela não era eu. Esperei por tanto tempo aquilo e saber que outra pessoa estava no lugar soava um pouco assustador. Alya me tirou dos meus pensamentos me trazendo de volta à realidade.

— Amiga, veja pelo lado bom, pelo menos você viu ele. Não fica com essa cara, vai. — Alya tentou me animar.

— Eu vi ele da última maneira no mundo que eu gostaria de ver, Alya. — lamentei.

— Eu entendo, Mari. Só não se afunda nisso, estamos em Paris para nos divertir também. — ela disse.

— Eu só não quero que ele me procure. Acho que vou sofrer mais se isso acontecer. — confessei.

— Bom, ele é um cara bem sensato, eu acho que ele sabe o quanto te magoaria. Deve ficar na dele. — Alya explicou.

— É, acho que vou levar um tempo pra superar isso... — eu disse cabisbaixa.

— Será? — Alya perguntou.

— Acho que o quanto antes eu ficar longe dessa cidade, vai ser melhor. — eu disse pensando na possibilidade de ir embora para Shanghai.

— Ah não! Nananinanão! — Alya disse resmungando.

— Ué, por que? — perguntei confusa.

— Qual é, Marinette! Essa é a primeira vez que consigo ir a algum lugar sem Nino estar no meu pé. Não que ela seja um incômodo, mas é diferente, sabe? Eu estou em outra cidade com minha melhor amiga que mora em outro país, na Ásia ainda por cima. Você não pode me deixar sozinha nessa cidade por causa de um garoto, eu me recuso. — ela falou.

— Mas eu nem tenho mais clima pra ficar aqui. — eu disse desanimada.

— Clima a gente arruma, amiga! Vamos fazer essa viagem ser inesquecível, tá bom? Faz isso por mim? — Alya fez um biquinho que deixou a cara dela engraçada.

— Por você, amiga. — dei meu dedinho mindinho e ela o apertou com o dedo mindinho dela.

— Obrigada! — ela sorriu.

Alya se ajeitou na cama que ela estava e colocou a mão na cabeça, resmungando com a boca entreaberta dizendo algo que eu não conseguia entender. Então ela se virou para mim e parecia um pouco pálida. Eu tomei um susto na hora.

— Amiga, eu acho que minha pressão abaixou um pouco. — ela disse com voz sonolenta.

— Oh meu Deus, o que eu faço? — eu disse desesperada.

— Pega um pouco de água gelada pra mim, por favor. — ela apontou para o frigobar e eu peguei uma garrafinha para dar a ela.

— Obrigada. — ela bebeu alguns goles e parecia melhor.

— Você está bem? — eu disse visivelmente nervosa e preocupada.

— Sim, eu vou melhorar rápido. Pode fazer um favor pra mim? — ela perguntou e sua cor estava voltando. Foi tudo muito rápido.

— Claro, amiga! — respondi sem hesitar.

— Pode ir ao saguão e pedir algo doce na recepção? Se minha pressão cair de novo, vou ter algo pra me estabilizar. — ela explicou.

— Sem problemas! — eu sorri gentilmente e saí do quarto.

Dei preferência às escadas e desci rápido até o saguão. Fui até a recepção comprar algumas balas de caramelo para que Alya se sentisse melhor, mas logo percebi um movimento estranho no saguão. Os funcionários pareciam atônitos e corriam de um lado para o outro. Eu preferi ignorar, pois talvez fosse alguma política do hotel sobre agilidade ou sei lá o que.

Na subida, eu preferi ir de elevador, pois eram muitos andares para forçar minhas queridas pernas, visto que eu já tinha descido de escada. Ao entrar no elevador, me dei conta de que tinha um menino de óculos escuros e um cachecol cobrindo boa parte do seu rosto, achei aquilo divertido, pois nem estava tão frio assim. Ele estava virando o rosto para o lado como se estivesse incomodado comigo, mas tentei não dar muita bola. Continuamos o trajeto em silêncio até que o elevador parou. Ele literalmente parou. No meio da subida. Tudo se apagou e lá estava eu, na situação mais constrangedora de novo.

Eu bati a mão na minha testa em sinal de desespero e o menino continuou imóvel sem dizer nada. Mas isso durou poucos segundos, estava ficando ainda mais calor e o menino tirou seu cachecol, ainda virando o rosto para o outro lado. Na mesma hora que o olhei, vi um rosto conhecido e dei um passo para trás, sendo amparada pelo enorme espelho do elevador que nos envolvia, me revelando a face do tal garoto.

— Oh meu Deus! Adrien?! — eu disse sem acreditar.

— É, sou eu. — ele disse um pouco sem graça.

— Ah... — respondi mostrando um pouco de frustração.

— Acho que estamos presos. Preciso ligar para meu segurança. — Adrien sacou o celular do bolso e digitou algumas palavras.

Nós ficamos em silêncio por algum tempo, nos sentamos, levantamos, cantamos cada um em seu canto, até que eu analisei o rosto dele bem de pertinho. Sentia saudade daquele rosto, daquele corpo, de tudo nele. Então não consegui evitar e comecei a chorar. Chorei muito e escondi meu rosto em meu antebraço secando um pouco das minhas lágrimas.

— Marinette, o que houve? Você está com medo? — ele perguntou encostando em meu ombro e eu imediatamente afastei.

— Eu... Eu senti tanto a sua falta. — falei com raiva enquanto as lágrimas desciam.

— Entendo. — ele disse em tom triste.

— Você não entende. Você não me respondeu esse tempo todo. Você nunca sequer se importou ou sentiu minha falta. Eu não soube de você por meses. E quando eu venho te procurar, você... — não consegui dizer o resto que queria, uma dor enorme me invadiu no exato momento.

— As coisas mudam, Marinette. — ele disse com um fio de voz.

— Você quem mudou. Não foram as coisas. Foi você. — eu respondi em alto e bom tom.

— Talvez tenha sido. — ele deu de ombros.

— Por que, Adrien? Eu só precisava de uma mensagem. Eu só queria uma explicação prévia. Pra que eu não viesse até uma trouxa atrás de você em uma cidade que mal conheço para te ver com outra pessoa. Só me diz, por que não me contou? — eu disse com a voz trêmula.

— Ia me doer te ver decepcionada comigo. — ele suspirou.

— E então você preferiu sumir e me deixar agir assim. — eu concluí.

— Eu não imaginei que viria. — ele olhou para o outro lado.

— Por que está aqui no hotel onde estou hospedada? — eu disse desconfiada.

— Você não sabe? O Nino está em Paris, chegou ontem. Vim visitar ele. — Adrien explicou.

— O que?! A Alya também está aqui! Ela não sabe que ele veio! — eu disse assustada.

— Merda! Ele me disse que a Alya estava em Fontaine, então não sabe também. — Adrien disse nervoso.

— Melhor fingir que não sabemos de nada. — eu me fiz de maluca.

— Eu concordo. — Adrien riu.

De repente ouvimos um barulho abaixo de nós e os técnicos avisaram que tinham chegado para consertar o elevador. Então começaram a fazer alguns barulhos e logo pensei que o nosso tempo estava acabando. Eles disseram que por volta de 15 minutos conseguiriam terminar. Então concordamos e continuamos conversando.

— Você se lembra de quando tentavam juntar a gente na época da ONG? E eu nunca entendi nada. — Adrien relembrou rindo.

— Aquele dia no Festival das Luzes foi épico, a minha reação ao te ver foi muito boa. Eu não esperava. Eles sempre armavam pra nós! — eu disse rindo com ele.

— Aquela foi uma época boa... — ele disse em tom nostálgico.

— É, mas você tem alguém ao seu lado agora. — eu disse um pouco magoada.

— Sim, eu tenho. — ele respondeu.

— Você nunca pensou em, sei lá, me esperar? — eu perguntei um pouco chateada.

— Eu te esperei por 3 anos. Mas eu amadureci, Marinette. E aí eu percebi que nunca tive certeza se realmente essa coisa de distância daria certo, você sabe que eu tenho minha vida aqui, totalmente diferente do que era lá. — ele explicou.

— É, talvez você esteja certo. — eu sorri gentilmente com os olhos fechados.

E foi ali que minha ficha finalmente caiu.

Aquele era o Adrien de Paris. O Adrien que eu sempre temi conhecer. Aquele era o Adrien famoso, com várias responsabilidades, um futuro brilhante à sua frente e que não tinha tempo pra uma garota como eu. Só que, pela primeira vez, eu não me sentia brava e nem frustrada. Eu só senti que estive certa durante o tempo todo. O Adrien de Paris era real. E eu precisava colocar os meus pés no chão e me despedir de toda aquela fantasia de Fontaine. Já haviam se passado 3 anos e assim como Adrien, eu tinha que amadurecer.

Então eu sorri, o que o deixou confuso. Deixei algumas lágrimas escaparem dos meus olhos e o abracei com toda força que conseguia. Aquele abraço significava muitas coisas. Era o abraço que eu tinha esperado por 3 anos para entregar a ele. Era um abraço de recomeço, mas também de despedida. Porque não fazia mais sentido o Adrien de Paris com a Marinette de Shanghai. Ali eu entendi finalmente que nossos mundos eram opostos demais para nós dois. Então eu suspirei e senti os braços dele ao redor da minha cintura, me abraçando também. Seus olhos molhados pingavam em minha blusa e eu podia sentir o fim nos envolvendo. Era o nosso momento.

A luz do elevador piscou enquanto ainda nos abraçávamos e pude escutar os técnicos comemorando. Adrien se enrolou no cachecol novamente antes que o elevador abrisse para ninguém o reconhecer. E foi assim que a porta se abriu, voltando ao andar que estávamos.

— Tchau, menina do elevador! — Adrien disse acenando.

— Tchau, menino do cachecol! — eu sorri e acenei de volta.

Adrien preferiu seguir caminho no elevador, pois era mais rápido e eu dei preferência às escadas, já que tinha descansado bastante. E ali, finalmente me vi decidida a seguir o meu caminho. 


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