Um Inquilino e Meio

By guqpjm

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Jimin se vê atolado em dívidas depois que o dinheiro que sua falecida mãe deixou para ele acaba. Agora, ele... More

Apresentações
[1] Dívidas.
[2] Soluções.
[3] Reforma.
[4] Mudança.
[5] Lar.
[6] Amigos.
[7] Proteção.
[8] Jeon's.
[9] Sol.
[10] Invasão.
[11] Ciúmes?!
[12] Promessa.
[13] Próximos.
[14] Próximo passo.
[15] Depois.
[16] Fazenda.
[17] Frutas.
[18] Me conte.
[19] Eu e você.
[20] Você merece.
[21] Cuidar de você.
[22] Recomeçar.
[23] (re)começo.
[24] Importância.
[25] Barracas.
[26] Sem bandanas.
[27] Único.
[28] Aprendizados.
[29] Aniversário?
[30] Ãn?
[31] Meu tchan.
[32] Um chuchu que colhi na vida.
[33] Futuro.
[34] Amor e seus significados.
[35] Novas sensações.
[36] Como quiser.
[38] Fizemos amor!
[39] Abacaxi.
[40] De mentirinha.
[41] Descobertas. 2
[42] Ciclos.
PRÉ VENDA DE UIM!
[43] Fim.
Epílogo.

[37] Primeira vez.

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By guqpjm


#GarotoDasBandanas💥

Boa noite! hehehe
Como devem saber, o capítulo de hoje contém cenas explícitas de sexo e coisas relacionadas.
Se você não se sente bem lendo esse tipo de coisa, não precisa ler, ok?
Esse capítulo é fundamental para a superação do Kook e a relação deles, então não tinha como NÃO colocar.

Boa leitura para todos!💚


O vento gelado batia em seus rostos, causando uma sensação de alívio, o verde das árvores fazia com que se sentissem vivos, as pessoas passeando com suas famílias enchiam os olhos de Kook de alegria.

Ele gostaria que todas as crianças do orfanato tivessem a chance de viver aquilo, pelo menos uma vez na vida. 

Por algum motivo, aquelas pequenas crianças estavam tomando conta de seus pensamentos constantemente. Havia uma grande diferença entre ouvir falar, e presenciar, de fato. E a partir do momento que ele passou a presenciar com frequência a situação daquelas crianças, já não conseguia não pensar nelas.

Conversou com os Jeons e explicou a situação, disse que gostaria que eles auxiliassem o orfanato, garantindo a segurança e bem estar de todos, principalmente na parte afetiva.

Dava para acreditar que algumas daquelas crianças nem sabiam o que era o amor?

Era por isso que ele e Park estavam a caminho do orfanato para distribuir um pouco de amor.

Era dia de comemoração de quatorze anos desde a inauguração do orfanato, e Kook fez questão de marcar presença.

Com a ajuda dos pais, entregou presentes para todos: uma pelúcia.

Era Mike quem estava consigo quando não tinha amigos, então queria que as crianças também tivessem um melhor amigo, uma forma de se sentir seguro e protegido. Funcionou consigo.

— Tio, da próxima vez que você vir, pode ficar só comigo? – Uma das pequenas disse a Goo, com um bico nos lábios e os braços cruzados. — É que eu tenho ciúme.

— O tio Kook não é só seu, Amora! – Outro rebateu, abraçando as pernas do moreninho.

— Amora…seu nome aparece no desenho A era do gelo! – Kook comentou, animado. — Que nome lindo.

— Foi a minha mãe que deu, antes de me abandonar aqui. – Aquela criança era bem estranha. Quem riria de uma coisa dessas? Mas ela já parecia acostumada, uma vez que não se afetou pela própria fala, pelo contrário, achou graça.

— Vai ver ela preferia cerejas. – O amiguinho pontuou, bastante concentrado. — Amoras são ruins.

— Ruim é você, cara de pastel! – Ela rebateu, ofendida.

Vendo que a discussão não parecia muito perto de acabar, Kook achou melhor intervir. Não gostava quando as crianças brigavam.

— Quem quer comer bolo?! – Perguntou, batendo palmas, e as crianças ficaram animadas, gritaram tão alto que Kook ficou com dor de cabeça. Quase nunca comiam besteiras. 

— Venham, crianças. Façam uma fila. – A diretora do orfanato ordenou, em poucos segundos, todos estavam em silêncio na fila, com boa postura e nada de cochichos. — Yan, venha para a fila.

Todos encararam o pequeno que, por sua vez, estava sentado no chão da sala enquanto segurava a pelúcia que Kook tinha lhe dado. Como uma bela criança birrenta, ele se recusou a se juntar aos outros, cruzou os braços e virou para o outro lado, zangado.

— Ele é um pouco fechado e não gosta de se enturmar. – A mulher lamentou, sussurrando para Park e Jungkook. — Ainda acha que a mãe vai voltar para buscá-lo, já fazem dois anos.

— Deixa que a gente cuida dele. – Park pediu com um meio sorriso, a mulher assentiu, aliviada, ainda que sem esperanças do menino mudar de ideia.

Jimin e Jungkook se separaram, enquanto Park foi falar com Yan, Kook teve que ir ajudar as outras crianças que chamavam pelo seu nome.

O mais velho sussurrou algo como "ele é meu" para as duas crianças que disputavam a atenção de Goo, este, por sua vez, soltou um riso baixinho, apenas com os dentinhos da frente.

Quando o barulho cessou e só restaram os dois na sala, Jimin achou que era a hora de tentar puxar algum assunto com o pequeno. 

— E aí, Yan. –  Cumprimentou, recebendo um olhar desconfiado. — Você não gosta de bolo?

A pergunta pareceu entrar por um ouvido e sair pelo outro, o menino continuou encarando o nada em silêncio, sem fazer menção de respondê-lo.

Sem baixar a guarda, Park se escorou na parede, esperando até que o pequeno estivesse confortável para dizer algo.

— Você gostou dessa pelúcia? 

Dessa vez, ele assentiu, ainda sem encará-lo.

— Eu gostei, tio.

Jimin sorriu por ter conseguido arrancar uma resposta do garoto, mesmo que em forma de resmungo.

— Por que você tá aqui no cantinho? Tá tudo bem? 

Sem resposta, Park se viu obrigado a fazer algo. Puxou o pequeno para seu colo, trazendo a cabeça dele para perto do seu peito.

Não houve residência, apenas surpresa. E como se só aquilo fosse necessário para que se abrisse, Yan se pôs a dizer:

— Sinto falta da mamãe. – Respondeu, tristonho. — Ela me deixou aqui porque precisa trabalhar, mas vai voltar para me buscar. Esse lugar é só uma casa de férias, tio. – Ele contou, animado, completamente diferente do garotinho de um minuto atrás. — Faz bastante tempo que estou de férias.

Park não era uma pessoa tão sensível, não mesmo. Poucas coisas conseguiam o deixar emocionado, mas ver aquela criança de seis anos com o brilho nos olhos falando sobre a mãe, achando que ela iria voltar para buscá-lo, foi forte.

— Dois anos? – Fingiu surpresa. — Isso é um montão. Você se lembra dela? 

O pequeno parou por um segundo, fez uma cara adorável tentando se recordar das memórias que tinha com a mãe.

— Ela era loira, igual você, também era bem bonita e não gostava muito de abraços, mas eu entendia. – Contou, balançando os pés. — Mamãe trabalhava muito, sempre estava cansada, por isso eu tinha que brincar sozinho.

— Mas aqui você tem bastante amigos pra brincar com você, não tem? – Perguntou, carinhoso.

— É verdade. E o tio Kook sempre me dá abraços quando vem aqui. – Acrescentou, mostrando o sorriso banguela. Jimin devolveu o sorriso. Aquela criança era adorável. — O tio Jeon sempre nos visita também, ele tem uma esposa muito linda.

Jimin quis ir perguntar para a diretora se aquela criança era mesmo fechada ou se ninguém fazia questão de dar atenção à ele. Não poderia julgar, havia muitas crianças para dar atenção, todas muito carentes, então era difícil para todas as partes.

Da outra vez que veio, também não tinha reparado em Yan, mas vendo agora, o menino só queria que alguém fizesse questão de puxar assunto, porque em poucos minutos de conversa ele já tinha se desmanchando e estava todo sorridente.

— Eles são meus sogros, sabia? — Park levantou as sobrancelhas, feliz por contar aquilo.

— Sim, eu sei. Você e o tio Kook são tipo... – Chegou um pouco mais perto para conseguir sussurrar. — ...namorados.

Jimin arregalou os olhos, se perguntando como o garoto sabia daquilo. Ou a criança era muito esperta e conseguia captar as coisas no ar, ou…

— O tio Kook me disse. – O garotinho explicou, parecendo ler seus pensamentos. — Você não gosta de mulher, então, tio?

Jimin lhe ofereceu um sorriso amarelo, não sabendo se deveria entrar naquele assunto tão...complexo para uma criança.

Yan se parecia bastante com Jungkook, principalmente a curiosidade e as perguntas cruas, sem rodeios. 

Os dois conseguiam deixar Park sem respostas. Sorte que Jimin já estava bem treinado, namorava o ser humano mais curioso da face da terra.

— Não no momento, mas eu gosto. – Ele torceu para que o menino entendesse de primeira, ou não se aprofundasse mais.

— Poxa...estava com planos de te apresentar para a minha mãe! Ela é bem bonita.

— Mas eu namoro com o tio Kook, iria traí-lo assim? – Fingiu estar em choque e Yan arregalou os olhos, entrando em desespero.

— Não, tio! Eu gosto de vocês juntos. Me desculpe. – Abaixou o olhar, parecendo decepcionado consigo mesmo.

Quando o menino fez menção de sair do seu colo, Jimin o puxou novamente, gargalhando alto.

— Onde pensa que está indo?

— Vou ficar de joelhos encarando a parede, como castigo por ser tão inconveniente. – Ele fechou os olhinhos e apertou a pelúcia nos braços. — É que eu queria ter um pai igual a você, tio. Mas não tinha a intenção de ver vocês separados. Me desculpe. 

— Tá tudo bem. – Jimin ignorou a sensação que invadiu seu peito após ouvir aquela frase. Lembrou-se de uma de uma fala de Jungkook: O pouco é muito quando antes não se tinha nada. — Você não fez nada de errado. 

Como forma de confortá-lo, Jimin o puxou para um abraço, o garotinho aceitou prontamente, escondendo o rosto na curvatura do seu pescoço.

Jungkook tinha lhe ensinado muitas coisas, dentre elas, dar e receber afeto.

— Como pode querer um pai como eu se nos falamos apenas por três minutos?

— Ué! O senhor perguntou como eu estava, me puxou para seu colo e meu deu um abraço. Não é isso que os pais fazem? – Pareceu ficar ofendido quando percebeu que estava sendo zoado, mas logo se juntou à risada.

— Emocionado. – Jimin resmungou.

— Carente. – O pequeno devolveu o resmungo.

— Chorão.

— Azedo.

Os dois ficaram entre resmungos, provocando um ao outro até ouvirem uma terceira voz.

— Posso me juntar ao abraço? – Kook chegou de fininho, o sorriso quase rasgando seu rosto com a cena que presenciou.

Jimin riu, porque Jungkook estava com os olhos marejados. 

Ótimo, agora teria que abraçar dois garotos chorões.

— Vem cá, docinho. – Ele abriu os braços, o convidando a se juntar também.

— Recebi mais abraços hoje do que em toda a minha vida. – O garotinho disse, abraçando eles. 

Jimin e Jungkook se entreolharam, um pouco tristes, mesmo que o tom tivesse sido alegre.

O abraço durou poucos segundos, logo, uma das moças veio chamar Yan para almoçar junto com as outras crianças.

O menino se despediu dos dois com um abraço forte e, antes de ir, fingiu bater continência para Park, dizendo que o loiro parecia um soldado com a blusa que estava.

Era uma blusa verde e preta.

Jimin devolveu a continência.

                                   💚

— Como você é lindo, Ji… – Kook passou o nariz grandinho na bochecha do namorado. Os dois estavam em uma sorveteria que ficava no caminho da volta para casa. — Você estava tão lindo conversando com o Yan hoje.

Park deu um selinho nele.

— O moleque que me abraçou. – Esperou alguns segundos. — Tá, tá, eu que abracei. Ele ainda não sabe que a mãe não volta. – Mexeu no próprio sorvete, pensativo.

— Talvez seja melhor assim, hyung. Ele sofreria mais. – Comentou, pensativo. — Posso fazer uma pergunta?

Park quis rir, porque era como se estivesse prestes a tirar a dúvida de uma criança.

— Claro, docinho.

— Hm…por que será que a mãe dele o deixou? – Os olhinhos curiosos o buscaram.

— Pelo que eu ouvi do próprio, ela era ocupada e não tinha tempo para ele, muito menos paciência. Não sabemos como a cabeça dela estava, se tinha rede de apoio, se queria ter um filho…o Yan parece só lembrar da parte positiva, é inocente demais para perceber as coisas. 

— Ele te contou tudo isso, Ji? –  Jimin se sentiu uma criança recebendo aquele olhar de orgulho dos pais quando fazia um bom trabalho em algo.

— Sim, docinho. Está orgulhoso de mim?

— Muito, amor!

Após a própria fala, o rosto de Kook ficou tão vermelho quanto a camisa que estava usando. Mesmo namorando Jimin por meses, ainda tinha vergonha de certas coisas, poxa. 

— Meu namorado acabou de ficar com vergonha de me chamar de amor? – Jimin ironizou, lambendo um pouco do sorvete de Jeon, depois fez uma cara de satisfação. — Tá docinho, igual você. Está fazendo um ótimo trabalho indo visitar as crianças, sabia? Eu te amo.

Pego de surpresa com a declaração repentina, Goo não teve outra reação a não ser arregalar os olhos e encarar Park com aquele olhar tão puro…tão apaixonado.

— Também te amo, Ji.

Os dois deram um beijinho rápido, depois voltaram a aproveitar os sorvetes. Às vezes, Kook dava um pouco na boca de Park e às vezes, Park lambuzava os lábios só para pedir que Kook limpasse com a boca.

Voltaram para casa de mãos dadas, felizes pela tarde que tiveram.

                                   🏠

A noite era sempre tão boa quando estavam juntos. Arriscavam dizer que era uma das partes preferidas do dia.

Era quando ficam a sós, somente os quatro no mundinho deles.

— Amor, faz um café pra mim? – Jimin pediu, deitando no colo de Jungkook.

Os dois estavam no sofá, se preparando para a hora sagrada: a hora do filme.

O escolhido da vez foi Os Croods.

Não era como se houvesse algum desenho que Kook ainda não tivesse assistido, afinal.

— Essa hora, Ji? 

— Tô com vontade. – Disse, manhoso, e Jungkook riu baixinho, fazendo um cafuné no cabelo loiro. — Me mima um pouco hoje, vai. Eu sempre mimo você.

Goo demorou alguns segundos para responder, a pausa foi porque estava surtando em silêncio, balançando as mãos e mordendo um sorriso enorme.

Fingiu plenitude, para conseguir responder.

— Tudo bem, azedinho. Vou preparar o café, enquanto isso, termina de limpar nossos filhos, Ji. O Sullivan está todo sujo de poeira!

Tentou entrar em comum acordo, mas Park não parecia ter gostado da ideia. Sua face se contorceu em uma careta desgostosa.

— Vou ir com você...

— Então por que eu tenho que fazer se você vai ir? – Brincou, levantando, ajeitando as duas pelúcias no sofá. Amava mimar Park, principalmente se fosse para preparar algo, não era nenhum tipo de fardo.

Naquele dia em específico, Jimin estava tão dengoso. Jungkook nunca tinha o visto assim, e confessava que estava adorando aquela nova versão dele.

— Quero ficar com você. – Se levantou também, colou o peito nas costas de Kook, e andou com ele assim até chegarem na cozinha.

— Por que o meu namorado está tão carente assim? Esse papel é meu, hyung!

— Você nem me deu atenção hoje, só ficou conversando com o Yoongi. – Explicou, penteando o cabelo para trás e se encostando no balcão.

Jungkook mordeu os lábios enquanto ligava o fogão, e Jimin estreitou os olhos, estranhando.

— Aliás, o que vocês tanto conversavam? Me preocupa.

Pela tarde, os dois saíram com os meninos, e Kook parecia muito entretido conversando com o platinado. Jimin ficou curioso, afinal, era o Yoongi!

—- Só tirei algumas dúvidas com ele… – Tentou soar o mais natural possível.

— Olha só…quem diria que Yoongi pudesse tirar dúvidas que não estejam relacionadas à sexo e putaria. – Em uma clara brincadeira, Park gargalhou, quase se jogando para trás, mas estranhou ainda mais quando Kook não o acompanhou, ao invés disso, pareceu surpreso. — O que você foi falar com ele, Goo?

— Nada, hyung. – Ele se aproximou, se encaixando nos braços de Park, esperando ser abraçado. — Você vai saber daqui a pouco.

                                 👀

Depois que o café ficou pronto, Jimin se deliciou, só parou de tomar quando Kook o repreendeu dizendo que podia lhe fazer mal.

Quando o filme acabou, o mais novo levantou-se rapidamente do sofá, dizendo que precisava tomar banho. Mas, mais uma vez, as atitudes dele estavam estranhas, isso porque, quando Jimin se ofereceu para ir junto, ele negou.

Tomar banho juntos era meio que o lance deles. Um momento de carinho e conforto. Jimin ficou se questionando se tinha feito alguma coisa de errado ao decorrer do dia, mas deu a ele o espaço necessário.

O tempo que Jungkook ficou dentro do banheiro foi tão longo, que deu tempo de Park: limpar as pelúcias, assistir alguns clipes, mexer no celular e lavar a louça que tinham sujado. 

Quando estava prestes a ir ao banheiro conferir se estava tudo bem, ouviu o barulho da porta sendo aberta. O cheiro chegou antes dele.

Porra, Jungkook estava cheiroso pra caralho.

— O banheiro está livre, Ji. Pode ir! – Foi o que disse antes de deixar um selinho nos lábios alheios e voltar para o quarto.

Com um sorriso no rosto, Jimin pegou uma toalha, roupas e entrou no banheiro para tomar banho. Não demorou tanto quanto o moreninho, mas confessava que a água quente era relaxante demais para ser apreciada por pouco tempo.

— Pra esse banho ter sido perfeito, só faltou ser com você, docinho! – Secou o cabelo antes de se jogar na cama junto ao outro. — Você tá todo lindo e cheiroso, hein? – Sorriu travesso, se aproximando e rodeando a cintura dele com seus braços fortes.

— Gostou, Ji? São os produtos novos que eu comprei! – Contou, animado.

— A que devo a honra? – Mordeu os lábios, esfregando o nariz na bochecha dele.

— Só queria usar pra dormir cheiroso com você.

A fala não demonstrava tanta firmeza assim. Jungkook estava cedendo aos beijos em sua bochecha quase como se esperasse por isso.

— Poxa, eu sou muito sortudo mesmo.

Sabendo que compartilhavam do mesmo desejo, Jimin tratou de unir os lábios em um beijo ansioso e apressado.

Era tão viciado nos lábios do namorado, que uma pequena tarde sem beijá-lo parecia uma eternidade.

Jungkook tentou não gemer contra a boca do mais velho quando sentiu as línguas se cruzarem, mas foi impossível se controlar quando Park, sem pudor algum, chupou sua língua de maneira lenta e deliciosa, até que ouvisse um gemido baixinho.

Jungkook gostaria de tomar a atitude ali, mas Jimin era tão bom no controle, que ele não conseguia tomar as rédeas por si só, um único beijo de língua de Park era capaz de nocautear Jungkook completamente, e o cafajeste sabia disso.

As mãos bobas de Jungkook brincavam com o corpo de Park, deslizando lentamente, como se fosse a primeira vez o tocando. Era perceptível que ele estava mais ousado, e Jimin não conseguia resistir à aqueles toques, seu corpo parecia ser inteiramente comandado por Jeon.

O beijo, então, passou a ficar cada vez mais ousado e diferente, cheio de chupões, línguas e mordidas. A área toda daquele quarto estava tomada por uma tensão sexual muito grande, mesmo que Jimin tentasse evitar, era impossível. As coisas só…aconteceram.

Os corpos pareciam ter algum tipo de ímã: se atraíam um ao outro, quase como uma necessidade. Não havia espaço pessoal. Se esfregavam um no outro, sem perceber. 

Mas, quando Jimin precisou se afastar para recuperar todo o ar perdido, ele pareceu se dar conta de como estavam e do quão perigoso aquilo poderia ser, mais uma vez.

Se continuasse daquela forma, outra situação complicada poderia se desencadear, e sinceramente…era tão complicado ficar se policiando sobre os beijos, porque quando as coisas pareciam começar a ficarem interessantes, se obrigava a interromper e jogar um balde de água fria nos dois.

Jungkook não era o único que ficava nocauteado com o beijo. Park simplesmente se desligava do mundo e deixava todo o lado racional pra lá quando estava perdido nos lábios gostosos de Jeon.

— Que desgraça… – Chupou o lábio inferior de Jungkook, este que soltou um murmúrio em resposta. — Hora de dormir.

Ofegante e completamente contra a sua vontade, Park tentou se afastar. Não sabia quanto tempo ficariam daquela forma, uma vez que os beijos já tinham passado de selinhos inocentes fazia tempo. 

A tendência era que, cada vez mais, tivessem tal liberdade e ousadia. Era assim que um namoro funcionava, e para eles, começava a ficar perigoso, pelo menos era isso que o mais velho pensava.

Evidentemente frustrado por ser o responsável por colocar um fim na sessão de beijos, Jimin tentou se arrastar para o lado, a fim de deitar e tentar esquecer daquilo, mas foi surpreendido pelas mãos ágeis de Kook em seus ombros, o impedindo de sair de cima de si.

— Não faz isso, hyung. – Praticamente suplicou, e em resposta, Jimin franziu o cenho. — Não diz que é melhor parar agora.

— Você sabe que é melhor parar. – Suspirou pesadamente, fechando os olhos. — Já não estou conseguindo controlar as coisas, Jungkook. Se continuarmos, você sabe o que acontece. 

— E se eu quiser saber realmente o que acontece?! – Disse sem rodeios e com toda a determinação que tinha dentro de si. — O que você vai fazer?

— Jungkook…

— Nós fizemos os exames, Ji. O Yoon me deu camisinhas e lubrificantes, elas estão nessa cômoda. E eu…eu me preparei no banho. 

— Jungkook! Você nem sabe como fazer isso, podia ter se machucado!

— O Yoon me ensinou, hyung. – Surpreendentemente, não gaguejou ou demonstrou receio e nervosismo. Na verdade, estava certo do que queria. — Não é algo que eu quis do nada, eu pesquisei, tomei os cuidados necessários, perguntei para pessoas que entendem do assunto, e tomei a decisão de que quero fazer isso. Não com qualquer pessoa, só com você, Ji.

Os olhos ansiosos buscavam por uma confirmação, a todo minuto encarava Jeon com aquele olhar de dúvida, as sobrancelhas franzidas, quase como se esperasse o menino voltar atrás com a decisão.

Embora estivesse quase desmaiando de tanto tesão, não podia ignorar a incerteza que rondava sua mente. A ideia de machucar Jeon de alguma forma, fazia Park se odiar antes mesmo de acontecer. Uma vez prometeu que jamais o machucaria, e a palavra valia em todos os sentidos.

Mas, durante aquele tempo de dúvida, ficou tão entretido com o medo que tomava conta de si, que nem parou para analisar o real desejo de Jeon.

Jungkook era sempre lindo, mas daquele jeito, com o cabelo úmido por conta do suor, os olhos transbordando luxúria, a boca sendo mordida inúmeras vezes e as mãos apalpando seus braços como forma de descontar toda a tensão em algo, porra…estava absurdamente lindo.

E ali Park conseguiu perceber: Jungkook queria aquilo mais do que nunca. E mesmo com todas as incertezas e inseguranças sobre si mesmo, Jimin não queria negar, estava cansado de negar o que também queria. Foi paciente durante todo aquele tempo, mas naquele momento, seu corpo e sua mente já não podiam ser controlados, ambos queriam e clamavam por uma única coisa: Jeon Jungkook.

— Você é muito curioso. – Park disse, fazendo Kook piscar algumas vezes, tentando raciocinar a fala. Quando sentiu o loiro chegar mais perto e inclinar o corpo para cima do seu, engoliu em seco, sentindo todo seu corpo formigar em antecipação. — Não queria admitir, mas eu tô com medo de fazer isso.

A confissão pegou Jungkook de surpresa, sempre pensou que Jimin fosse tão confiante e cheio de si, que não notou o nervosismo claro do namorado.

— E-eu que sou o virgem aqui, h-hyung.

— E se não for bom pra você? Vai ser seu primeiro contato assim, não quero que seja um episódio traumático na sua vida. – Expressou seu medo, e se Jeon já não estivesse tão convicto do que queria, aquilo o faria voltar atrás, mas não fez. 

A fala obviamente estava ligada ao passado de Kook. 

— Ji…– Chamou, trazendo a atenção do loiro para si. — Você não é nada parecido com aquele homem. 

Quase como se um peso tivesse saído de suas costas, Jimin se permitiu soltar todo o ar que estava preso dentro de seus pulmões. Seu medo estava relacionado à aquilo, e se Jungkook estava lhe assegurando que, quando estava junto a si, todas as lembranças daquele homem evaporavam de sua mente, acreditaria.

Já estava ficando difícil resistir.

— Você quer isso? Vamos ter que encontrar nosso próprio ritmo. – Perguntou uma última vez.

— Hyung…quando foi que não encontramos nosso próprio ritmo? – Com um sorriso nervoso e ansioso nos lábios, Goo tomou liberdade de puxar Park para mais perto.

Os olhos de jabuticaba percorreram toda a face do loiro, observando cada detalhe, o dedão fazendo um carinho sutil na bochecha gordinha. No peito, os corações pareciam querer saltar para fora, as mãos já tremiam em antecipação, os lábios eram mordidos para descontar tamanha tensão.

Quando Park tomou a iniciativa de unir os lábios sedentos novamente, toda a chama pareceu se alastrar entre os corpos.

Era um beijo apressado, sedento, ansioso. Naquele momento, Park aproveitou para explorar um pouco mais do corpo do namorado, ultrapassar alguns limites que tinham até ali, mas que seriam quebrados naquela noite.

— Até onde eu posso ir? – Separou os lábios para questionar, ignorando a respiração completamente descompassada de ambos.

Kook piscou algumas vezes, tentando raciocinar a pergunta, parecia completamente inebriado com todas as sensações.

— Até o-onde quiser, hyung. Seja o que estiver p-pensando, eu autorizo.

Jimin voltou a unir os lábios, e era tão bom saber que não precisaria se controlar ou esperar as coisas esquentarem para interromper tudo, porque ambos sabiam o que iria acontecer.

Ao contrário do beijo, os toques não eram nada apressados, pelo contrário, uma das mãos de Park segurou a cintura de Jeon, mantendo-o no lugar, já a outra, ele usou para percorrer pelo corpo do garoto. As pontas dos dedos trilhavam um caminho suave, mas que causavam arrepios intensos.

Era a primeira vez que ousaria tanto nos toques, por isso decidiu ir devagar, sem pressa, mesmo que seu corpo estivesse em chamas e pedindo por um alívio imediato. Quando deslizou os dedos por dentro da camisa de Jeon, este deixou escapar um gemido baixo. O corpo quente junto aos dedos gélidos causaram um atrito gostoso, sem igual.

— Sem música da Disney dessa vez? – Em tom irônico e provocador, Jimin questionou, notando que Kook sequer tinha se lembrado disso naquele momento.

— A-acho que a Disney não me preparou para esse momento, Ji…

— E os vídeos que você disse que assistiu? 

Jeon encarou as lumes de Park, revelando todo o seu desejo através daquela troca de olhares intensa.

— Sem música, hyung. Quero deixar apenas nossos corpos falarem. 

Jimin se surpreendeu com a resposta, Jeon disse tão determinado, que nem gaguejou. Logo, a provocação foi reversa, porque quem ficou tocado foi Jimin e não Jungkook.

— E as crianças? – Park perguntou, se referindo às pelúcias. — Não tô vendo.

— Deixei eles dormindo na sala hoje, hyung! – Respondeu, como se fosse óbvio. — Acha mesmo que deixaria nossos filhos ficarem aqui enquanto fazemos essa safadeza?!

Quase indignado, esboçou um biquinho fofo, e se estivessem em outra situação, cruzaria os braços também.

Que pergunta, hein? Era um ótimo pai, é claro que tinha pensando nas crianças!

— Você realmente pensou em tudo, docinho.

Quando Kook se deu conta, já estava cedendo passagem novamente para que a língua de Park explorasse sua boca. Era tão bom, que por uma fração de segundos, jurava que ia ao céu e voltava.

O barulho dos beijos era tão bom quanto o ato, as bocas molhadas pela saliva um do outro eram intensamente ágeis, ao mesmo tempo que as línguas não conseguiam ficar separadas por muito tempo.

Quase não conseguiam respirar, porque estavam ocupados demais provando do sabor um do outro, e nossa…morreriam felizes se aquela fosse a causa da morte.

Jimin foi quem tomou a iniciativa de quebrar o contato, em um estalar alto e extremamente rápido. Não deixou tempo para que Kook resmungasse em protesto, porque logo em seguida, passou a distribuir beijos pelas bochechas dele, em resposta, Kook deu um suspiro longo e as mãos foram direto para a cabeleira loira, puxando de maneira forte.

— Se não estiver gostando, me fala. Mas se estiver gostando…me deixe saber também, não precisa se controlar, tudo bem? – As respirações estavam quentes e descompassadas, Jungkook grunhiu baixinho quando sentiu Jimin resvalar o nariz em seu pescoço.

— O-o que vai fazer, Ji? – Foi o que conseguiu questionar. Seu cérebro estava ocupado demais tentando processar o beijo ainda.

Nem tinham começado e Kook já estava completamente bêbado com aquelas sensações.

— Aqui é seu ponto sensível, não é? 

O loiro deixou um cheiro no local, antes de passar a distribuir beijos molhados. Na medida em que ia ganhando confiança por conta dos gemidos baixinhos de Goo, ia intensificando os selares.

— É bom… – Jeon fechou os olhos com força e tombou a cabeça para o lado, dando mais liberdade ao outro. — Eu gosto.

Após a aprovação clara de Jeon, os beijos passaram a ser mais duradouros e intensos. Deixou uma mordida leve na clavícula antes de voltar a beijar o pescoço, e então, começar a explorar mais daquela área tão sensível.

Jungkook tinha tanta razão quando pediu para não colocarem música, porque aqueles grunhidos baixinhos que ele soltava…aquilo sim eram música para seus ouvidos, do tipo que, se houvessem álbuns e cds, Jimin compraria todos, decoraria cada estrofe e seria o fã número um.

Se algum dia pensou que Lana era a rainha da música, estava enganado. Jungkook conseguia superar todos os álbuns dela sem precisar cantar nada.

Park tinha acabado de encontrar sua música favorita.

— Acho que sou seu fã… – Ele disse do nada, fazendo Jungkook franzir as sobrancelhas. 

— Do que está f-falando, Ji? – Sorriu preguiçoso. — Quer um autógrafo?

Park riu, a risada rouca e grossa. Então, o sorriso de Jeon morreu na mesma hora, porque…nossa, todo o seu corpo correspondeu a aquela risada cafajeste.

— Posso te dar um autógrafo? – Se aproximou do pescoço novamente. — Você tem caneta aí?

Jeon negou, mordendo os lábios.

Jimin ficava tão sexy quando estava flertando.

— Tudo bem…a gente pode usar a minha boca.

Ao término da fala, Park grudou os lábios novamente na pele sensível, mordiscou de leve, oferecendo uma massagem com a sua língua. O contato causou um arrepio intenso em ambos os corpos. Jungkook tinha um gosto doce, até no pescoço, o cheiro…nem se fala, Park ficou esfregando o nariz ali por alguns segundos, deixando um cheiro. 

Como o carente que era, Kook abraçou o corpo de Park e levou uma das mãos até a nuca do loiro, iniciando uma massagem. 

E quando já não aguentava mais toda aquela enrolação, o mais velho segurou os braços do namorado no topo da cabeça dele, o preensando contra o colchão e impedindo que o menino se movesse. 

Voltou a dar atenção ao pescoço.

— Eu tô… – Jeon disse, baixinho, se esforçando para conseguir falar. — …me sentindo a Bela.

Park riu, sem interromper os beijos e as mordidas no pescoço dele.

— De crepúsculo? – O garoto assentiu. — Quer fazer uma referência de Crepúsculo?

— A parte que o E-edward transforma ela em v-vampira?

— A parte que eles quebram a cama na lua de mel.

Kook teria rido, se não fosse a boca habilidosa de Park explorando seu pescoço.

— Por que a gente quebraria a cama?! Eu gosto dela, hyung.

Com um sorriso provocador e gostoso nos lábios, Jimin teve a ousadia de deixar mais uma mordida fraca, e quando sentiu Kook aprovar o contato, viu que era a hora de avançar. Puxou a pele um pouco mais forte, causando uma sensação de formigamento no local, e não parou até que ouvisse o gemido se tornar mais alto, denunciando que havia certa dor.

Atento à fala que Jeon tinha dito no outro dia, Jimin não quis abusar, certamente ficaria a marca, mas não iria exagerar, uma vez que Jeon podia sentir dor, e era aquilo que estava evitando.

Porém, aquele único chupão - forte - foi responsável por arrancar um gemido alto do garoto, quase como se tivesse chegado ao ápice. O silêncio que reinava no quarto foi substituído pelo gemido alto, e por um momento, Jeon ficou envergonhado e sentiu-se exposto demais pela sua falta de experiência e sensibilidade extrema.

Ele deveria mesmo soltar aqueles sons com um simples chupão no pescoço?

— Vai ficar a marca. – Jimin disse, deixando beijos pelo local. Jungkook, por sua vez, ficou aliviado ao perceber que, ao contrário do que tinha pensado, Park havia gostado de escutá-lo, e aquilo foi a motivação que precisava para se soltar. Só queria aproveitar sua primeira vez. — Eu vou cuidar depois.

Apesar de estar conversando, Park não parecia querer ouvir uma resposta ou algo do tipo, porque no instante seguinte, ele levantou a camisa de Jungkook de forma rápida e apressada, deixando a parte de cima do garoto toda exposta. Jogou a peça em qualquer parte do quarto e voltou sua atenção ao outro.

Estava tão tomado pelo tesão, que sequer teve palavras para descrever o quanto tinha adorado a visão que teve, Jungkook era simplesmente lindo. 

Quis mostrar o quanto tinha gostado com a sua boca, por isso, trilhou um caminho do pescoço até um dos peitos eriçados de Kook.

A cada momento que o nariz de Park deslizava sobre sua pele, Jungkook se contorcia um pouco mais, ansioso pelo que viria a seguir. 

— Vamos descobrir do que você gosta e do que não gosta. – Park anunciou, contornando um dos peitos do namorado com o dedo. 

O que veio a seguir superou completamente todas as expectativas que o mais novo tinha quanto ao próximo passo de Park. Ele simplesmente lambeu o bico do seu peito. Foi tão bom, tão bom, que Kook revirou os olhos sem perceber, suas mãos caíram para o lado, porque aquilo o deixou completamente sem forças para nada.

Sentir a língua de Jimin bem ali, brincando com o bico do seu peito e fazendo movimentos circulares, era uma amostra grátis do céu. Com certeza. E quando o loiro assoprou o local com certa delicadeza, uma onda de arrepios inundou o corpo dos dois.

Jimin era um provocador de primeira, e sabia que estava indo bem, Kook percebeu isso quando o encarou e notou o típico sorriso ladino nos lábios alheios. Park estava o encarando a todo momento, atento a cada reação sua.

Em outras circunstâncias, aquilo provavelmente deixaria Jeon constrangido, mas…estranhamente, ele não ficou, pelo contrário, só sentiu ainda mais vontade de se entregar por completo. 

O olhar de Park era tão…tão intenso, mas ao mesmo tempo, tão delicado e cuidadoso, um olhar cheio de admiração. 

Jungkook sentiu-se desejado, admirado e amado.

— E-eu gosto, hyung. Gosto disso. – Ele já não tentava controlar os gemidos que saíam de sua boca, e nem conseguiria.

Sempre soube que os lábios de Park eram habilidosos, mas daquela forma…Jimin conseguia levá-lo ao céu. 

— Hyung…eu gosto do barulho. – Confessou, antes de soltar um gemido alto, que causou ardência em sua garganta. 

Park deixou o bico de um dos peitos de lado, só pra conseguir dar atenção ao outro. Estava se controlando muito, mas as reações de Jungkook estavam o deixando louco. O aperto dentro de sua calça já começava a incomodar.

— Gosta de ouvir o barulho dos nossos corpos juntos? – O menino assentiu, com os olhos fechados e os lábios entreabertos. — Te excita?

— Sim, hyung.

— Você pode me falar, tá? Se quiser provar algo, se não estiver gostando, quero saber de tudo.

— Você pode… – Ele abriu os olhos e apontou para seus peitos. — Sugar mais forte?

Jimin gargalhou, não porque achou graça ou algo assim, apenas porque teve a necessidade de deixar claro que estava adorando aquilo, e aquela risada chamou a atenção de Jeon, especificamente aos lábios de Jimin. 

Estavam levemente inchados, talvez por conta do tempo que dedicou em se deliciar com seus peitos. 

Kook levou os dedos até eles, pressionando-os fortemente, não para silenciá-lo, mas sim porque pareciam deliciosos demais para não serem tocados e apreciados.

Era diferente daquela vez, não havia um pingo de inocência em nenhuma das atitudes de ambos. Cada movimento, cada fala, cada toque era repleto de malícia e luxúria.

Como um perfeito cafajeste, Jimin chupou os dois dedos de Jeon, de forma tão lenta e depravada, que o menino se viu encantado.

Park adorava aquilo, adorava aquele jogo, e sem dúvidas ele seria o vencedor seja qual fosse a competição que os dois estavam estabelecendo ali.

A sensação que o mais novo sentiu ao ter os dedos sugados foi tão avassaladora, que precisou fechar as pernas ao redor da cintura de Jimin para evitar que se desmanchasse ali mesmo.

O loiro voltou a unir os lábios, quase como se estivesse com fome. O beijo não era delicado, naquele momento, Jimin o beijava como se sua vida dependesse daquilo, muito diferente de quando trocavam beijos carinhosos no sofá da sala. 

Jungkook teve certeza de que Jimin estava se controlando há muito tempo, sentia a ereção dele resvalar em suas coxas, e sabia que a situação dentro das duas calças era a mesma.

— Preciso respirar! – O mais novo disse, quando se afastou do beijo em um estalo alto, se esfregando levemente no namorado, buscando alívio.

Enquanto ele tentava se recompor do beijo feroz, Park não parecia querer um tempo. Voltou a beijar seu rosto, desceu os beijos para o pescoço, ombros, até enfim chegar nos peitos novamente.

Como lhe foi pedido, dessa vez, sugou os peitos um pouco mais forte, enviando ondas de choque por todo o corpo de Kook. Era estranho, mas bom. Causava um certo desconforto no começo, mas aos poucos Jeon ia querendo mais daquilo.

Parece que tinham descoberto mais um ponto sensível.

Para tornar a experiência um pouco melhor, a mão de Park voltou a deslizar pelo corpo do mais novo. Desceu para a cintura fina lentamente, até finalmente conseguir chegar à bunda redondinha, onde deixou um aperto forte, apenas para testar.

O ambiente começava a ficar cada vez mais quente. Jungkook estava com a respiração completamente descompassada, os lábios já começavam a machucar porque seus dentes estavam descontando neles tudo aquilo que estava sentindo, ele sentia algo formigar em seu baixo ventre, e já era esperto o bastante para saber do que se tratava.

Park estava confiante, já não estava com medo ou retraído. A partir do momento que Kook tinha o autorizado, todo aquele peso pareceu sumir de suas costas. Brincou com o peito de Jungkook: deu leves mordidas, lambeu, chupou, beijou, e sugou. 

Ele descobriu ali que o motivo da sua excitação era porque Kook estava excitado.

Sentia prazer em dar prazer ao mais novo.

— J-já chega, Ji. Sinto que vou explodir se você continuar…Ah! – Arqueou as costas quando sentiu Park sugar seu peito um pouco mais forte.

— Que droga! Você é muito gostoso, sabia? 

Kook escondeu os olhos com o braço, sentindo o rosto pegar fogo.

— Você não ficou envergonhado assim quando me pediu pra chupar seus peitos.

— D-deixa eu fazer alguma coisa por você, Ji. Também quero que se sinta bem.

— É sua primeira vez, você tem que se sentir bem. – Apesar da fala ser normal, o tom de voz era completamente galanteador. — A penetração dói, temos que te deixar bastante excitado pra ficar uma dor razoável. Preliminares, sabe? – Disse, beijando a barriga dele.

— Eu vou me sentir bem fazendo isso! Eu fico excitado pensando nisso!

Silêncio.

Jimin quase foi com Deus. 

— O que você quer fazer?

Jungkook tirou o braço dos olhos, depois encarou Park com determinação. Seu olhar desceu, até encontrar a marcação no meio das pernas do outro, Jimin o seguiu com o olhar, quase desacreditado.

— Deixa eu te tocar, hyung. – Pediu, com aqueles olhos grandes e pidões. 

— Tá. É todo seu.

Jungkook franziu as sobrancelhas.

— Achei que ia negar. – Comentou, levantando da cama.

— A noite é nossa. Vamos fazer tudo que tiver vontade. – Tirou a camisa, depois deitou na cama e colocou as mãos embaixo da cabeça, relaxando os músculos. 

— Tira o resto!

Com uma risada, Jimin assentiu. Jungkook ficou sentado sob os pés na cama, esperando ansiosamente que Park voltasse a se deitar. Observou o momento exato que ele retirou a última peça que faltava, revelando todo o seu corpo.

Meu. Deus.

Jimin estava pelado agora!

Sem nada!

— Nossa… – Jungkook mordeu os lábios, seguindo Park com o olhar até que este estivesse deitado novamente, deixando todo o corpo à seu mercê. — Você é lindo, azedinho. – Deslizou os dedos curiosos pelas coxas de Park, como se estivesse estudando algo, a concentração era a mesma. — Eu fantasiei esse momento por algum tempo, mas…você é muito mais do que eu esperava.

— Que safado, me imaginando pelado por aí? – Não perdeu a chance de provocá-lo.

— Ah…estou com ciúmes que outras pessoas tenham tido essa visão! – Colocou um bico nos lábios, dizendo de forma manhosa. — Eu vou fazer você esquecer de todos, Ji!

Ah…Jungkook já tinha feito aquilo há muito tempo.

— Me ajuda? – Pediu, apertando a coxa de Park.

Com um aceno positivo, Jimin juntou sua mão com a de Jungkook, em seguida, passou a guiá-la para baixo, até chegar em seu membro.

Park queria muito ter a chance de ver a reação de Jungkook quando lhe tocou, mas todo o seu planejamento foi por água abaixo, porque foi impossível manter os olhos abertos com o movimento que Jeon fez.

Assim que sentiu Jimin em suas mãos, Goo arregalou os olhos, porque era tão novo para si. Mas sentiu-se um safado, porque foi muito bom tocá-lo.

Ambos suspiraram ao mesmo tempo, quando Kook sentiu algo molhado em suas mãos, desceu o olhar, finalmente encarando o local sem desviar no outro segundo. Dessa vez, sua atenção estava toda posta ali, seus grandes olhos admiraram o local.

Seu objetivo era dar prazer ao mais velho.

Fez um único movimento de vai e vem, só para testar, e quando ouviu um gemido baixo escapar da boca do outro, sentiu sua própria ereção enrijecer ainda mais dentro da cueca.

Estava duro, e pingava pré gozo. Jungkook achou aquilo tão diferente do que apenas olhar tutoriais no YouTube. Estava mesmo acontecendo. 

— Pode mover a sua mão. – Park ordenou, a voz grossa completamente tomada pelo tesão. Jungkook deu um sobressalto e só então assentiu.

— Tá quente… – Disse mais para si mesmo do que para o outro. — Desliza fácil se a gente espalhar um pouco desse líquido que está saindo.

Jimin fechou os olhos com força quando Jungkook passou a mover a mão um pouco mais rápido.

— Devagar, Kook. 

Ele diminuiu os movimentos quando escutou a voz de Park. Em todo momento, revezava o olhar entre a face dele e o lugar onde sua mão estava, porque precisava saber, através das reações, se estava indo bem.

Deixou toda a vergonha de lado, não se importou quando Jimin reclamou algumas vezes, dizendo que ele estava fazendo errado.

— Hyung, vou fazer uma coisa, se não estiver bom, me fala.

Kook espalhou um pouco do 'lubrificante natural', porque o sexólogo disse que, para realizar aquilo, era bom que estivesse bem lubrificado, assim traria mais prazer ao parceiro.

Estava feito.

Encostou a ponta dos cincos dedos na glande, e fez movimentos leves de vai e vem, estimulando devagar, só na glande por enquanto.

Jimin soltou o ar pela boca, assentindo com a cabeça, então Kook entendeu que podia prosseguir, fez aqueles movimentos mais vezes, sentindo Jimin se contorcer de prazer. 

Parece que estava dando certo.

Quando adquiriu mais confiança, desceu os movimentos para baixo, indo para a base também, percorrendo por toda a extensão, sentindo as veias do membro de Jimin em suas mãos.

Ao pincelar com a ponta dos dedos até o final, substituiu pela palma da mão, deixando um leve aperto na glande antes de voltar a punhetar normalmente.

— Porra…tem certeza que nunca fez isso? – Mordeu os lábios, antes de retirar a mão de Jungkook de lá.

— Não gostou, Ji? Fiz errado?

— Você foi muito bem…por isso que eu te parei. – Respondeu, trocando as posições. — Posso tirar? – Apontou para o resto das roupas de Kook, e ele assentiu, ansioso.

Park retirou a calça do outro, deixando toda a coxa do garoto exposta, seus olhos, então, buscaram os de Kook, e o encontrou levantando o quadril, ansioso demais para se ver livre da cueca.

Quando a última peça foi retirada, Jungkook suspirou em satisfação, sentindo-se aliviado.

Um novo beijo se iniciou, e dessa vez, Park fez questão de envolver as duas ereções em sua palma da mão, não fez muitos movimentos, mas apenas ao tê-las juntas, foi extremamente satisfatório.

Sem conseguir prosseguir, Kook separou o beijo, porque estava ocupado demais gemendo baixinho, totalmente entregue ao prazer. Observou a cena erótica que era Jimin tocando os dois.

Aquela, facilmente, era uma das suas visões favoritas.

Sua mente pareceu ter apagado completamente qualquer coisa, não processava falas, não ouvia nada, só sentia. 

Mas Jimin, como tinha mais experiência, sabia que se continuasse naquele ritmo, Jungkook gozaria antes da penetração. Goo era mais sensível do que ele, justamente por ser virgem e por estar experimentando aquelas sensações todas ao mesmo tempo, o corpo não aguentava, por isso, parou com os movimentos e se esticou para alcançar a gaveta da cômoda. 

Assistiu Jungkook abrir os olhos, frustrado. 

As bochechas estavam vermelhas e ele estava um pouco suado, assim como o cabelo grandinho estava uma bagunça. Lindo.

— Camisinha… – Explicou, pegando o pacote. — Tudo bem?

— Grug estava muito errado quando disse que o novo era sempre ruim. – Kook comentou, ficando de joelhos na cama para observar Jimin abrir o pacote.

— Quem?

— Grug, o pai da Eep, do filme Os Croods.

— Como consegue pensar em desenho em uma situação dessa? – Negou com a cabeça, soltando um riso nasal.

— Coloca isso logo, Ji!

Chocado com a audácia dele, Park colocou a camisinha e deslizou por toda a sua extensão, depois procurou pelo lubrificante que o menino tinha falado mais cedo.

— Vou te preparar. 

Jimin colocou uma boa quantidade de lubrificante na ponta do polegar, depois fez com que Kook deitasse devidamente na cama, da forma mais relaxada possível.

Abriu as pernas de Jeon, o deixando todo exposto somente para si, e a visão foi colírio para seus olhos, sentiu uma fisgada só de se imaginar se enterrando ali.

Jungkook era um gostoso.

Ficou de joelhos, e subiu em cima do outro, fazendo com que os membros se tocassem, a fricção entre eles foi tão boa, que ambos gemeram.

Não podiam esperar muito ou se desmanchariam apenas nas preliminares. 

— Você é uma delícia, garoto.

Park deixou beijos molhados pelo corpo do mais novo; Pescoço, peito, barriga, na parte interna das coxas e por fim, na pelvis. 

Quando percebeu que Jungkook começava a se remexer, ansioso, tentando encostar os membros mais uma vez, tocou a entrada dele, a massageando com movimentos circulares com uma lentidão extrema, causando arrepios por todo o corpo de Jeon, que sentiu ela piscar em antecipação.

Era uma parte completamente inexplorada, Kook sequer tinha batido uma, imagine tocar ali, uma região que jamais pensou que pudesse lhe proporcionar algum tipo de prazer.

Mas, conforme Park ia fazendo os movimentos circulares, Kook sentia sua entrada se contrair. Sentiu vontade de se tocar, assim como Jimin tinha feito mais cedo.

— Só vou introduzir o primeiro dedo quando você estiver relaxado. – Park disse, segurando a extensão do namorado para tentar distraí-lo do desconforto que sabia que viria a seguir.

Jeon assentiu, fechando os olhos e tentando focar em qualquer outra coisa que não fosse Park brincando com a sua entrada.

Jimin lambuzou os dedos com mais lubrificante.

Primeiramente, um dedo foi inserido com cuidado, deslizando lentamente pela parte superior, exercendo uma leve pressão.

Kook franziu as sobrancelhas, deixando claro o desconforto.

— Eu disse que não gostava de sentir dor, h-hyung.

— O hyung vai fazer ficar bom, eu prometo. Podemos parar quando quiser.

Jimin voltou a provar dos peitos de Kook, porque sabia que aquele local era bastante sensível e provavelmente despertaria sensações avassaladoras capazes de se sobressair à dor.

Funcionou. Jungkook estava tão entretido com Park se deliciando ali, que quase não sentiu dor quando houve a penetração do segundo dedo. Jimin fez movimentos circulares a todo momento, enquanto também tentava achar a próstata do garoto.

Já quando o terceiro dedo foi introduzido, o desconforto voltou a prevalecer, dessa vez, não era tão insuportável, já que estava se acostumando, mas doía muito, tentou abrir a perna um pouco mais, para que entrasse com mais facilidade.

Quando Jimin percebeu que os dedos começavam a deslizar sem muita resistência, decidiu que era a hora de tirar.

Passou bastante lubrificante na entrada de Jeon e em seu membro.

Com uma das mãos, segurou o próprio pênis, o guiando até a entrada do mais novo. Ameaçou entrar algumas vezes, só para que ele se acostumasse com a ideia de que, em poucos minutos, aquilo estaria dentro de si.

— Com cuidado, Ji. Por favor… – Pediu, agarrando os ombros dele.

Jimin não fez nada até perceber que Jeon estava relaxado e pronto para o receber.

Encaixou a glande e penetrou somente a cabecinha, parando quando sentiu o corpo de Jungkook dar leves espasmos e a entrada contrair, o apertando.

— Relaxa, Goo. Eu sei que o processo é doloroso, mas se você não relaxar, isso não vai funcionar. – Sussurrou rente ao ouvido dele, deixando uma mordida no lóbulo da orelha enquanto entrava um pouco mais.

Ainda estava na metade, e já doía tanto!

Kook sentia os olhos umedecendo a cada centímetro que Park entrava. 

Mesmo com todos os estímulos que recebia, ainda sentia que ele estava o rasgando.

— V-você muito grande, Ji! Tá doendo muito!

— Calma… – Ficou parado, distribuindo beijos no ombro dele. 

As lágrimas não paravam de rolar, em dado momento, teve que pedir que Park parasse de se mover, porque a dor estava insuportável.

Certamente, sabia que doeria, mas não tinha ideia que era tanto assim. Mesmo fazendo as preliminares, se preparando e usando lubrificante, ainda doía muito.

— Faz ficar bom, hyung. Por favor.

Para tentar distraí-lo da dor, mais uma vez, Park usou uma das mãos para punheta-lo, passou o dedão na cabecinha, iniciando uma massagem ali, depois desceu para a base, fazendo movimentos de vai e vem.

Infelizmente, não podia fazer nada a não ser respeitar o tempo de Jungkook, e ficar parado até que se acostumasse.

— Podemos tentar outro dia. Está tudo bem. – Beijou as bochechas de Jungkook e limpou as lágrimas com o dedão.

Jungkook sentia Jimin latejar dentro de si, enquanto Jimin sentia Kook o apertar.

— Dói tanto… – Voltou a resmungar, fungando baixinho. — Que raiva! Me dê só mais alguns minutos, Ji. 

— Quantos você quiser.

Eles ficaram ali, em silêncio. Jungkook foi paparicado pelo mais velho, que tentava o distrair a todo custo.

Ali, mesmo com a dor, Jeon percebeu o quanto era amado e cuidado por ele. Concluiu que não havia ninguém, no mundo todo, melhor do que o seu azedinho.

Para ser sincero, todo aquele cuidado ainda o deixava muito lisonjeado, porque…Jimin estava o colocando em primeiro lugar, antes de próprio prazer.

— Ei, se estiver doendo muito, vamos parar! – Jimin ordenou, segurando o rosto dele. — Existem outras formas de te proporcionar prazer, mesmo sem a penetração.

— Quem disse que eu quero parar? – Retrucou. E estava extremamente fofo, com os olhinhos inchados e o nariz vermelho pelo recente choro. — Pode continuar, Ji. Já não está doendo tanto.

Park estreitou os olhos, tentando achar algum vestígio de dor, mas Kook realmente estava sendo sincero, conseguiu notar.

Atendendo ao pedido dele, voltou a penetrá-lo, sentindo as paredes internas do garoto lhe apertarem cada vez mais. Cada vez que entrava, fazia uma pausa grande, para que Kook conseguisse se acostumar. Era óbvio que ainda doía bastante, mas o prazer viria logo em seguida.

Jimin encostou as testas e entrelaçou os dedos, colocando as mãos de Jeon para cima, em um ato de carinho.

— Me avisa quando puder me mover. – Pediu, e só então Kook percebeu que já havia entrado tudo.

Ainda havia dor, mas já não era tão insuportável como no começo. Sem conseguir falar algo, apenas assentiu, sentindo Park alisar seu corpo com carinho.

Quando sentiu que seu corpo já estava acostumado o suficiente para que conseguisse aproveitar sem muita dor, deixou um selinho nos lábios do loiro, antes de autorizar.

— Pode, hyung. 

Então, Jimin deu a primeira estocada, sem exagerar na força, ouviu Jungkook soltar o primeiro gemido de prazer desde a penetração.

— Tá doendo ainda? – Perguntou, sem parar de se mover.

— Um pouquinho. – Agarrou as costas de Park quando sentiu ele estabelecer um ritmo um pouco mais rápido. 

A sensação de ter Jimin o preenchendo era tão única. O barulho era extremamente erótico e sujo. No quarto, apenas os corpos juntos e o som dos gemidos de aprovação eram ouvidos, mais nada. 

O suor já estava mais do que presente, mas dessa vez, Kook não sentiu coceira alguma, porque estava ocupado demais recebendo estímulos por todos os cantos.

A cada vez que o pau de Jimin saía e entrava dentro de si, Jungkook entendia porque as pessoas praticavam aquele ato. Era bom além do inexplicável, porque não era só sexo. Era um combo todo envolvido.

Chegou em um momento que já nem conseguia gemer, sua voz estava rouca e quase não saía.

Quando pensou que não poderia ficar melhor, sentiu Park voltar a saborear seus mamilos e estimular seu pênis, não deixando espaço para que respirasse, em resposta, circulou as pernas ao redor da cintura do loiro, gemendo alto quando sentiu a extensão de Park tocar algo dentro de si.

— J-jimin, de novo…

Mesmo que aquela posição dificultasse os movimentos de Jimin, ele não parou. 

Porra…estar dentro de Jungkook era bom pra caralho.

— Faz daquele jeito de novo, hyung! – Pediu, desesperado por provar daquela sensação de novo. — A-ah! M-minha nossa.

— Aqui? – Então, ele estocou um pouco mais fundo, sabendo exatamente onde acertar. 

Quando encontrou a próstata do garoto, passou a meter rebolando com habilidade. Sentindo o próprio orgasmo se aproximar, se controlou, levantando as penas do mais novo para cima, para conseguir estocar mais fundo.

Jeon não conseguia fazer nada a não ser revirar os olhos e se contorcer, agarrando os lençóis, deixando claro o prazer que estava sentindo. Park estava surrando sua próstata repetidas vezes, sem lhe dar pausa.

Os testículos de Park batiam contra a bunda de Jungkook, alcançando um barulho alto, que estava levando o loiro à loucura.

Ainda que as investidas não tivessem ganhando um ritmo muito rápido, a ponto de cansar, eram extremamente calculadas, na medida exata para proporcionar prazer aos dois, sem exigir tanto esforço.

Jimin não disse que iriam achar o próprio ritmo deles?

— H-hyung, desculpa…não vou aguentar mais. 

Kook anunciou, sentindo algo diferente em seu baixo ventre, como sentiu mais cedo, mas dessa vez, muito mais intenso.

Ele não sabia exatamente o que ia acontecer, mas sabia que algo iria acontecer. 

Quando, mais uma vez, Park alcançou aquele ponto, Jungkook soube que viria.

Sem conseguir se controlar, sentiu a sua mente se desligar e todo o seu corpo passar a formigar antes de sentir aquele líquido saindo, sentiu um orgasmo libertador, e quando gozou…apertou o corpo de Park com força, revirou os olhos e gemeu o mais alto que podia.

Ele ficou parado, quase como se tivesse dormindo, seu corpo inteiro estava mole, aquele líquido que tinha ejaculado estava entre os corpo, e Park continuou acertando a próstata só até sentir que já tinha acabado tudo. 

Jungkook pensou que Jimin continuaria ali, buscando o próprio prazer, mas sentiu ele se retirar de dentro de si, com cuidado.

Ouviu apenas o barulho da camisinha sendo retirada, e precisou fazer um esforço grande para abrir os olhos.

Observou Jimin se tocar, jogando a cabeça para trás e espremendo os olhos.

Tão lindo. 

Jungkook o elogiaria, se conseguisse falar.

Jimin gemeu alto quando chegou ao ápice, sujando o lençol deles.

Se jogou na cama, ao lado de Jeon, e o puxou para seus braços.

Estavam nojentos, sujos de esperma, suados, cansados, mas permaneceram daquela forma, até Jimin tomar coragem para se levantar.

Jogou a camisinha no lixo, e quando voltou, encontrou Kook sentado na cama.

Lindo. lindo. lindo. lindo.

— Estamos cheirando à sexo. – Park fez uma careta. — Quer tomar banho, meu amor?

— Cuida de mim, hyung. – Estendeu os braços, fazendo um biquinho manhoso.

Sem protestar, Park o pegou no colo, sentindo o garoto lhe abraçar e esconder o rosto na curvatura do seu pescoço.

— Tudo bem? – Perguntou, e Kook assentiu, piscando preguiçoso.

O corpo todo estava mole, e ele piscava tão lentamente, que quase se rendia ao sono no processo.

— V-você chupou meu peito igual criança recém-nascida. – Resmungou.

Jimin riu.

Jimin foi quem banhou os dois, Jungkook estava impossibilitado de fazer qualquer outra coisa que não fosse fechar os olhos e dormir.

E foi o que fez. Dormiu durante o banho enquanto sentia Jimin cuidar de si com o maior zelo do mundo.

— Amanhã vamos comprar pomadas pra passar em você, docinho. Sei que está doendo.

Eles deitaram na cama, após Jimin trocar os lençóis.

— Minha bunda está doendo, hyung. – Se ajeitou nos braços de Park. — Mesmo.

— Eu sei, Kook. – Beijou o topo da cabeça dele. — Foi sua primeira vez, amanhã vamos conversar sobre tudo isso. Não pense que vai escapar.

O moreninho resmungou, manhoso.

— Ji… – Sussurrou, quase se rendendo ao sono.

— Hm?

— Vai buscar nossos filhos na sala.

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