Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸ

By graywson

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【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. +💘 】 Para onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em al... More

Prólogo - parte 1
Prólogo - parte 2
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Epílogo

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By graywson

ANY G. URREA

5 years later...

"Olá, irmãzinha! Feliz 75 anos (ou 30)! Continue brilhando. Aqui está algo para continuar com a pele perfeita. Eu te amo.

- Princesa Mad."

Um kit para skincare com produtos que talvez eu precisasse da ajuda do Google para aprender a usar.

"Você precisa me contar seus segredos de beleza. Feliz aniversário, te amo!

- Lia."

Uma bela pulseira de ouro com rubis.

"Que tal um pouco de folga da maternidade? Bem vinda aos 30! Que sua vida seja tão doce quanto você. Amamooosss você.

Ps: esconda os chocolates do Noah.

- Yoon&Josh."

Uma caixa de chocolates belga e uma reserva para o sábado em um spa cinco estrelas.

Abri alguns outros presentes. Os pais de Noah pagaram uma viagem de uma semana em um cruzeiro em família e mandaram um lindo cartão direto da Austrália. Eles voltaram com tudo para sua volta ao mundo e viviam mandando presentes de diferentes países. Só não foi muito bom quando eles resolveram mandar doces do Japão para a Sophie. A ida ao dentista foi terrível para a minha menina, que jurou nunca mais querer ver uma bala em formato de cobra de novo.

Bocejei e esfreguei meus olhos. Ainda era nove da noite, o que já era bem tarde para mim, que tinha uma criança de quatro anos e outra de cinco meses na minha vida. Aquele era sim o maior amor do mundo, mas às vezes eu só precisava de quinze minutos inteiros de sono. Por sorte, depois que eu descobri a segunda gravidez, Noah resolveu deixar o cargo na presidência da empresa para se dedicar totalmente à família, então meus dias estavam mais tranquilos desde então.

Da babá eletrônica, um chorinho inconfundível começou a soar. Era a minha vez de ir lá. Deixei o resto da abertura dos presentes para o dia seguinte e me preparei para sair da cozinha e ir ver do que o meu pequeno Nathan precisava.

— Papai está aqui.

Voltei para o banquinho quando ouvi a voz de Noah. Ele estava falando sério quando disse que cuidaria de tudo por mim no meu aniversário. Atendeu a todas as coisas de que as crianças precisavam e seus olhos cansados entregaram o quanto estava sendo difícil quando ele resolveu tirar um cochilo no fim da tarde. Apesar disso, ele ainda insistia em me deixar tranquila naquele dia.

— Não consegue dormir? Que tal se o papai cantasse pra você? Você gosta quando eu canto, não é?

Como imaginei, ele começou a cantar uma música do Elvis. Noah se empenhou muito em tornar a Sophie fã do cantor e agora estava fazendo o mesmo com o Nathan. De início, parecia uma ótima ideia, mas eu tive que pensar duas vezes sobre isso depois de Sophie passar uma tarde inteira ouvindo Jailhouse Rock em looping. Eu tive que tirar o iPad dela para que meus ouvidos tivessem um descanso.

— ...But I can't help falling in love with you...

Soltei um suspiro apaixonado e sorri enquanto o ouvia cantar. Eu sempre digo que ele tem uma voz linda, mesmo ele dizendo que eu só achava aquilo porque era apaixonada por ele.

Decidi subir para fazer companhia para eles. Quando passei pelo quarto de Sophie, ela abriu a porta e me olhou como se estivesse prestes a implorar por alguma coisa.

— Anjinho, eu não coloquei você na cama há uma hora atrás? — perguntei.

— Eu não estou com sono, mamãe. — sorriu erguendo as bochechas gordas e apertou o seu coelho de pelúcia em seus bracinhos.

— Vem cá. — a coloquei em meu colo e dei um beijo em sua bochecha. — Quer que o seu pai cante Elvis pra você?

— Sim! — abriu um largo sorriso.

Fui até o quarto de Nathan e entrei. Noah ainda o balançava no colo e o bebê insistia em ficar de olhos bem abertos, mordendo sua mão enquanto babava.

— Soso, anjinho, por que está acordada? — Noah perguntou.

— Continua a música, por favor, papai! — ela pediu.

Noah riu e se sentou na poltrona, fazendo sinal para que eu colocasse Sophie do outro lado do seu colo. Fiz isso e observei os três amores da minha vida abraçados. Noah enlaçava nossos filhos com proteção e carinho e cada vez que seu olhar ia de um para o outro, eu podia jurar estar vendo alguma espécie de brilho.

— A mamãe vai cantar? — Sophie olhou para mim.

— Eu não sei cantar. — ri.

— Eu gostar da sua voz.

— Se diz "gosto", anjinho. — Noah sorriu e beijou a testa dela.

Sophie falava praticamente tudo, mas às vezes atropelava uma palavra ou outra, quase sempre por falar rápido demais. Essa coisa de falar pelos cotovelos ela com certeza herdou de mim. Do Noah, ela herdou a cor dos olhos, que eu nunca consegui decidir se eram verdes ou azuis. Nem ele mesmo sabia dizer.

— Tudo bem. Eu posso cantar a música que eu e o seu pai dançamos no meu baile de formatura. Foi o nosso primeiro beijo, bom, para mim apenas. — ri.

— Eca! Beijos! — Soso fez uma careta.

— Gostei desse posicionamento, continue pensando assim até os trinta e cinco anos. — Noah brincou.

Mas poderia muito bem não ser brincadeira.

— Começa, mamãe! — ela deu alguns pulinhos, fazendo Nathan soltar uma risada.

Comecei a cantar a música e no meio dela Noah começou a me acompanhar. Soso olhava de mim para o pai muito atenta, quase sem piscar. Nathan ainda não tinha esse grau de percepção, mas ficou quietinho ouvindo nossas vozes.

Quando terminamos, nossa filha bateu palmas animada.

— Mais uma! — pediu.

— Não. Não. Já está tarde para você estar acordada, agora é hora de dormir. — Noah avisou.

— Eu coloco ela na cama. — me aproximei.

— De jeito nenhum. — ele negou com a cabeça. — Você está cansada. Não cuidou das crianças, mas trabalhou o dia inteiro no planejamento da sua loja. Tome um banho quente e vá dormir. Eu me viro com esses dois.

— Você tem certeza?

— Absoluta, amor.

— Ok. — me aproximei dele e lhe dei um selinho, depois depositei um beijo no rosto de Sophie e outro em Nathan. — Boa noite. Eu amo vocês.

— E a gente te ama. — meu marido abriu um belo sorriso para mim.

— Te amo, mamãe! — Soso acenou com a mão antes de eu sair do quarto.

Fiz o que Noah disse e assim que deitei na cama, Thor tentou subir, mas com a idade em que estava, a cada dia aquela se tornava uma tarefa complicada. Fazendo um pouco de esforço, eu o ajudei a subir e ele se aconchegou perto dos meus pés.

Thor passava a maior parte do dia dormindo agora, estava mais gordo, a respiração mais pesada e a animação que tinha para brincar estava indo embora, a não ser quando se tratava de Sophie. Parecia que mesmo cansado ele achava importante persegui-la pela casa sempre que ela o chamava.

Peguei no sono bem depressa e quando acordei pela manhã, senti falta da companhia ao meu lado. Levantei e fui até o quarto do bebê. Sorri ao encontrar Noah na mesma poltrona, agora mais esquivada para trás. Nathan e Sophie estavam esparramados em seu peito, cada um deixando sua própria marca de saliva na camisa do pai. Ele roncava alto, mas mesmo assim as duas crianças continuavam dormindo com serenidade. Eu podia entender, também dormia mais tranquila ouvindo ele ao meu lado, assim eu saberia que estaria protegida durante o sono.

Com cuidado, eu peguei Sophie sem acorda-los e a levei até o seu quarto. Depois voltei e coloquei Nathan no berço. Quando estava observando o meu bebê e acariciando os seus cabelinhos loiros, ouvi Noah bocejar.

— Ah, não, eu dormi, não foi? — resmungou.

— Sim. — eu ri e me virei para ele.

— As minhas costas não estão mais as mesmas. — fez careta enquanto se esticava.

— Eu vou preparar o café da manhã.

— Não. Eu já fiz isso.

— Quando? — franzi a testa.

A campainha tocou e eu estranhei. Ainda era muito cedo para alguém resolver fazer uma visita.

— E o café da manhã chegou. — ele ficou de pé. — Pode ir atender, eu vou logo depois.

Não questionei, apenas saí de lá e desci as escadas. Quando abri a porta, arregalei aos olhos ao ver três entregadores carregando várias cestas de café da manhã. O que Noah estava aprontando?

Deixei os entregadores passarem e eles deixaram tudo na cozinha. Organizei o que pude, mas tinha comida demais para se pôr na mesa. E a quantidade absurda de cupcakes só fazia aquilo ter ainda mais a cara do meu marido.

— Feliz aniversário! — ele gritou atrás de mim.

Pulei de susto e me virei de frente para ele.

— Eu ainda não quero morrer de novo. — falei com a mão sobre o peito.

— Desculpa. — riu.

— Você caprichou nisso aqui, não foi? — sorri. — Obrigado, amor, eu adorei.

Enlacei meus braços em volta de seu pescoço e o beijei. Era possível que mesmo após cinco anos juntos eu ainda sentisse borboletas no estômago sempre que ele me beijava? Nunca achei que pudesse ficar apaixonada por alguém por tanto tempo, mas aqui estava eu nessa maravilhosa situação.

— Eu te amo. Te amo. Te amo. — declarou entre selinhos.

Em todas as manhãs, o dia não começava enquanto ele não dissesse que me amava repetidas vezes. Não houve um só dia em que ele não fizesse aquilo.

Olhei nos olhos dele e senti que iria começar a chorar.

— O que foi, meu amor? — segurou o meu rosto entre suas mãos.

— Eu gosto tanto dessa vida. — sorri. — Eu amo tanto você. Eu só estou muito feliz agora e não sei como expressar.

— Pode se expressar me beijando.

Assenti concordando e voltei a beija-lo. Toda vez ele corria suas mãos por meu corpo, tocando cada parte de mim, apreciando cada curva. Eu fazia o mesmo, como se precisasse ter certeza de que ele estava ali, de que aquele homem maravilhoso era meu e me queria o tanto quanto eu o queria. Sim, era tudo muito real.

— Tem mais uma coisa. — ele parou o beijo. — Lembra-se daquele espaço que você queria comprar para a sua loja, mas que foi comprado por uma estilista nova-iorquina antes de você fechar o acordo?

— Ah, sim. — revirei os olhos. — Espero que ela se dê mal nos negócios. — sussurrei. — Aquela localização era perfeita.

— Então... — respirou fundo. — Eu entrei em contato com ela, mexi os pauzinhos e a convenci de abrir a filial dela em uma cidade vizinha e não aqui.

— O que? Como?

— Eu sou advogado, então eu sou bem persuasivo. — sorriu. — O lugar ficou disponível de novo e eu o comprei em seu nome.

— Jura? — fiquei boquiaberta.

— Eu juro. Você disse que queria ter uma carreira e eu quero que isso seja perfeito pra você.

— Ah, céus! — ri de alegria e pulei sobre ele, em um abraço apertado. — Como eu posso te agradecer?

— Bom... — me lançou um olhar malicioso.

— Noah... — arqueei a sobrancelha.

— A gente vai tomar café da manhã juntos... — dedilhou a minha cintura. — E depois você vai me levar ao céu, cupido.

Eu vinha tendo uma crescente tão grande de felicidade em minha vida que nem me lembrava mais de como era estar triste. A vida tinha mais cor, mais luz, mais amor... Quando achei que nada superaria o meu amor e o de Noah, nossos filhos vieram e preencheram lacunas que a gente nem sabia que estavam vazias. E cada dia do nosso para sempre era único e me fazia ter mais certeza de que faria tudo de novo para alcançar o que tenho agora.

THE END.

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