Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸ

By graywson

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【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. +💘 】 Para onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em al... More

Prólogo - parte 1
Prólogo - parte 2
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Epílogo

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By graywson

ANY G.

— Essa ou é a coisa mais emocionante ou a coisa mais idiota que eu já fiz. — Heyoon disse ao meu lado assim que nós paramos no acostamento.

— Pode ser um pouco dos dois. — eu disse antes de pegar um binóculo que estava no porta-luvas.

— Por que você tem um binóculo?

— Porque eu achei que poderia precisar de um em algum momento. — para observar o Noah de longe caso ele não me contratasse, mas eu não precisava compartilhar isso com ninguém.

Estávamos paradas próximo à casa onde Sadie estava morando atualmente. Achei melhor convidar a Heyoon para ir comigo porque eu não sabia nada sobre como pressionar uma pessoa. Eu não tinha uma gota de paciência e acabaria partindo para a violência assim que Sadie fizesse a primeira recusa.

— E como vai ser? A gente vai tocar a campainha e obrigar a mulher a falar a verdade? — Heyoon perguntou.

— Não é tão fácil. — falei o óbvio.

— Você tinha que ter um plano.

— E eu tenho. — coloquei o binóculo na frente dos meus olhos. — Ela está em casa, acabou de passar pela janela. Está no andar de cima, então nós podemos entrar sem sermos vistas.

— O que? Não pode invadir a casa dela, isso é crime!

— Ela está cometendo um crime. Fez uma denúncia falsa contra o Noah. Temos que acabar com isso logo. Você fica aqui, se eu demorar mais do que quinze minutos...

— Você não vai entrar lá sozinha. É uma ideia burra? Sim, a ideia mais burra que eu já ouvi, mas eu não vou deixar você fazer isso sozinha.

— Valeu, Yoon. — sorri.

Nós duas saímos do carro e nos aproximamos da casa. Demos a volta até os fundos e paramos em frente à cerca.

— Eu não tenho força pra subir aí. — avisou-me.

— Eu te ajudo.

Juntei minhas mãos e com muita facilidade ergui Heyoon, que pulou para dentro em seguida. Eu só precisei correr e pular e já estava pulando a cerca e caindo em pé do lado de dentro, bem no jardim dos fundos da Sadie.

— Você é uma ninja ou o que? — Heyoon ficou boquiaberta.

Dei de ombros em resposta e comecei a andar em direção à casa, direto para a porta que dava para a cozinha. Como esperado, vimos que estava trancada assim que eu girei a maçaneta.

— E agora?

— Heyoon, olha aquilo ali! — apontei para qualquer coisa atrás dela, com o intuito de distraí-la.

— O que?

Quando ela olhou para trás, eu dei um puxão na maçaneta, a forçando para baixo e conseguindo quebrá-la e com isso, a porta estava aberta. Heyoon olhou para mim novamente e ficou confusa ao ver que eu tinha arrombado muito rápido e quase sem fazer barulho.

— Como você...

— Shhh. Não vamos perder tempo. — sussurrei, agarrando a mão dela para entrarmos. — Temos que vasculhar a casa e procurar por alguma coisa que prove que a Sadie está mentindo para se auto beneficiar. Qualquer coisa que pareça suspeita é válida.

— E se ela nos flagrar?

— Não se preocupe com isso.

— Me preocupo sim.

— Shhh. — a puxei, entrando na cozinha.

Caminhamos pela casa devagar e com muito cuidado. Não tinha muito o que procurar no andar de baixo, então nós precisávamos subir. Heyoon estava atrás de mim, eu podia sentir a mão dela tremer enquanto subíamos degrau por degrau. Ouvimos o barulho do chuveiro, então deduzi que Sadie estaria no banho. Ótimo! Teríamos pelo menos cinco minutos para vasculhar o quarto dela. Quando entramos nele, eu fechei a porta e fui direto para o notebook que estava aberto em cima da cama.

— Droga! A senha! — reclamei.

— Tenta de um até seis. Ela não parece ser muito inteligente.

Eu ri e digitei. Ironicamente, aquela era mesmo a senha dela. Fui direto para os e-mails e notando que não havia nada de importante na caixa de entrada, eu abri a lixeira e encontrei um pote de ouro ali.

— Até eu esvazio a minha lixeira e olha que nem entendo o intuito disso. — ri.

— Vamos parar com as piadas? Eu ouvi o chuveiro desligar! — Heyoon, que estava com o ouvido contra a porta, avisou-me.

Haviam e-mails com o advogado dela, alguns jornalistas e também com o seu assessor. Em um deles, ela diz com todas as letras que se soubesse que poderia faturar tanto apenas contando uma história teria feito isso bem antes. Peguei o meu celular e tirei fotos da tela do notebook.

— Te peguei, vadia. — sorri.

— Ela está vindo! — Heyoon se agitou e me olhou em pânico.

— Merda.

Larguei o notebook onde estava, agarrei o braço de Heyoon e nós duas entramos dentro do armário.

— Ela vai precisar das roupas, Any! A gente escolheu o pior lugar pra se esconder! — me deu um tapa no braço.

— Não tinha nenhum lugar! — sussurrei.

Sadie entrou no quarto e nós ficamos quietas. Como a porta era daquelas com várias frestas, poderíamos ver o quarto, mas não seríamos vistas por estarmos em um local escuro. Sorri de maneira sarcástica para Heyoon quando notamos que Sadie já estava vestida. Parecia que ela iria sair para jantar.

Ela se sentou na penteadeira e começou a enxugar os cabelos com o secador. Eu estava rezando pra que ela não demorasse, pois não era nada confortável ter que dividir aquele pequeno espaço com a Heyoon. A campainha tocou e Sadie saiu do quarto novamente.

— Eu estou começando a ficar com câimbra. — Heyoon reclamou.

— Shhh. — sibilei ao ouvir vozes se aproximarem novamente.

A porta do quarto foi aberta e Sadie entrou acompanhada de uma mulher que eu conhecia bem. Bree Morgan. Fiquei boquiaberta, mas não estava surpresa, tinha que admitir.

— É ótimo como as coisas estão fluindo bem. — Bree disse com um largo sorriso.

No mesmo instante, Heyoon pegou o seu celular e começou a filmar as duas.

— Josh Melton está tão apavorado que me garantiu que tentará fazer o Noah conversar comigo sobre me dar uma boa quantia em dinheiro. — Sadie riu. — E eu já estou recebendo novas propostas de algumas agências de moda. Quem está na geladeira agora? — tornou a sentar de frente à penteadeira e começou a se maquiar.

— E a sua consciência está limpa, afinal... — Bree pousou suas mãos sobre os ombros dela. — Noah tem dinheiro até para jogar fora, isso não vai machucá-lo. É uma mentirinha do bem. Além disso, é muito divertido saber o quanto ele está desesperado.

— Obrigada por ter me convencido disso, Bree. Mas por que o seu interesse em ferrar o Noah?

— Digamos que eu não reajo bem quando as pessoas me dispensam. — deu de ombros.

— Maluca do caralho. — resmunguei e tive minha boca coberta pela mão de Heyoon.

— Ouviu isso? — Bree olhou para trás e franziu a testa.

— Eu não ouvi nada. — Sadie respondeu.

— Parecia um cochicho. — ela caminhou em direção ao armário.

Heyoon e eu demos as mãos e prendemos a respiração quando ela parou bem em frente à porta, parecendo estar prestes a abrir. No entanto, ela desistiu e deu as costas no último segundo.

Soltei o ar aliviada, mas relaxei demais, porque acabei batendo minha mão em um dos cabides e algumas roupas caíram, fazendo um grande barulho. Arregalei meus olhos e encarei Heyoon, que tinha a mesma expressão de pânico que eu.

— Que porra foi essa? — foi a vez de Sadie se alarmar.

As duas ficaram paradas por alguns segundos olhando para o armário, pareciam com medo de se aproximar. Eu sabia que estávamos perdidas, mas não conseguia mover um dedo devido a tensão do momento. Finalmente, Bree caminhou como um furacão até nós e abriu as portas dos armários. Por algum motivo, Heyoon soltou um grito agudo e como reação, Bree e Sadie gritaram também.

— Quem são vocês!? — Sadie gritou aflita.

— Any!? — Bree olhou para mim furiosa. — É a assistente do Noah! Não acredito que invadiu a casa da Sadie. Chama a polícia! — pediu para a amiga.

— Espera! — Heyoon berrou. — Nós sabemos que as acusações contra o Noah são falsas. Temos provas. — pegou seu celular e deu play no vídeo que gravou da conversa delas.

— E eu tenho fotos dos e-mails que você burramente não terminou de deletar. — completei.

O silêncio pesou por longos segundos. Sadie e Bree trocaram olhares como se estivessem conversando por pensamento. Quando Bree olhou para mim, sorriu e relaxou o rosto como se tivesse esquecido totalmente que me detestava.

— Any, querida... — aproximou-se. — Eu sei que você come o pão que o diabo amassou na mão do Noah. Ele deve ser um chefe detestável, certo? Mas você pode ganhar alguma coisa útil com a sua experiência perto dele.

— Algo me diz que eu não vou gostar do que você vai dizer. — fiquei desconfiada.

— Eu só ia propor que se juntasse a nós. Você poderia apoiar a Sadie, dizer que ela tem razão e que você já foi assediada em seu local de trabalho. Pense no dinheiro que iria receber. — a mulher parecia o diabo com aquele nível de manipulação.

— Você daria uma ótima humorista. — eu ri. — Vamos embora, Heyoon.

Quando Heyoon e eu fizemos menção de ir até a porta, as duas barraram nossa passagem, ficando em nossa frente.

— As duas baixinhas acham que vão sair daqui tão fácil? — Sadie debochou.

— Any... — Heyoon sussurrou temerosa em meu ouvido.

Era certo que o porte físico das duas era claramente mais tonificada do que o nosso, mas isso não queria dizer nada. Talvez Bree estivesse cheia de confiança por não estar sozinha, mas ela já havia visto o quanto eu era forte. O único problema ali era a Heyoon, que com certeza não estava em condições de sair na mão com ninguém.

— Fica atrás de mim. — pedi para a minha amiga. — Eu vou tirar elas do caminho.

— Você e que exército? — Bree riu.

— Ah, você não faz ideia. — sorri de canto.

[•••]

NOAH U.

Mais uma vez, Josh não conseguiu me convencer de fazer um acordo com a Sadie. Se eu me permitisse dar qualquer quantia em dinheiro em troca do silêncio, estaria indo contra as coisas em que acredito. Ninguém iria arrancar coisas de mim tão fácil. Se eu precisasse continuar a brigar na justiça, eu o faria.

Comecei a procurar por Any pela casa, mas parecia que ela tinha evaporado. Lembrei de que ela poderia ter grudado um post-it na geladeira, algo estranhamente fofo que eu descobri que ela gostava de fazer, como se mandar uma mensagem não fosse o suficiente. Foi desanimador ver que não havia nenhum recado ali. Eu queria discutir com ela o que teríamos para o jantar.

Eu estava cada vez mais estranho também com essa coisa de querer Any por perto. Devo confessar que todos os problemas atuais foram um pretexto para trazê-la para a minha casa. Eu sabia que não a veria com tanta frequência já que eu não estaria na empresa, então esse foi um jeito de facilitar as coisas para mim.

Achei que depois que conseguisse transar com ela a novidade passaria e eu perderia o interesse, mas não foi bem assim. Ter Any em meus braços só me fez querê-la ainda mais, como se fosse possível que meu desejo aumentasse. Ela continuava me atraindo de um jeito absurdo e eu resolvi que não pensaria muito naquilo ou acabaria enlouquecendo. Era melhor seguir meus instintos e me deixar levar pelo momento, seja lá onde isso daria.

Uma coisa era certa, eu não estava preparado para um possível romance e não acho que esteja muito perto disso. Any é ótima, é divertida, bonita, transa bem, mas é só isso. Meus interesses se limitavam a lances casuais e eu esperava que ela entendesse isso, mesmo que sonhasse em se casar um dia. Any tinha que aceitar que eu não estava dentro desses seus planos para o futuro.

E mesmo certo do que eu queria, pela primeira vez eu me peguei preocupado com o que ela sentiria se soubesse cem por cento do que eu penso. Estar genuinamente preocupado com seus sentimentos era uma coisa totalmente nova para mim. Mas por enquanto, eu preferia apenas tê-la perto e viver o momento sem me deixar consumir por esse emaranhado de pensamentos confusos que rondavam o meu cérebro toda vez que eu tentava responder para mim mesmo o que Any realmente significava.

Fiquei na sala de estar acompanhado de Thor, que assim como eu, ficou constantemente olhando a porta da frente como se também esperasse por Any.

— Ela também mexeu com você, não foi? — dei um tapinha carinhoso nas costas dele.

De repente Thor agitou o rabo e correu até a porta. Segundos depois, ela foi destrancada e Any entrou.

— Onde você estava? — perguntei no automático, mas me arrependi logo depois. — Desculpa, não é da minha conta. O que você quer jantar?

Ela parou em pé, me encarou e abriu um enorme sorriso. Eu sabia como ela ficava animada quando eu agia daquele jeito impulsivo e acabava me expressando mais do que deveria.

— Eu já jantei. Estava com a Heyoon. Mas obrigada por esperar por mim, isso foi muito gentil da sua parte.

Curvei os lábios em um sorriso sutil e assenti com a cabeça. Quando Any se abaixou para fazer um carinho em Thor, eu notei um pequeno arranhão em sua testa.

— Você se machucou? — cheguei mais perto e segurei seu rosto, fazendo com que ela olhasse para mim.

— É... Sabe... — levou os dedos à teste e tocou o machucado. — Eu bati na porta do carro. — riu.

— Sempre tão desastrada. — ri, balançando a cabeça negativamente.

Aproximei-me e beijei sua testa. Quando parei e olhei para os seus olhos de novo, eu senti aquele formigamento esquisito pelo corpo. Não era uma sensação ruim, no entanto. Alguma coisa me dizia que eu iria travar sob aqueles lindos olhos mais vezes do que eu poderia controlar.

Naturalmente, tornei a me aproximar e dessa vez meus lábios tocaram os dela. Ah, o beijo... Eu detestava beijar, mas com Any aquilo parecia ser a coisa mais prazeirosa do mundo. Os lábios dela eram macios, sua boca se encaixava perfeitamente na minha, sua língua era viciante e eu não conseguia pensar em mais nada quando a beijava. No fundo, isso me apavorava, mas eu preferia ignorar esse medo.

Com uma mão em suas costas e outra em sua nuca, eu a pressionei contra mim, a impedindo de ficar um só centímetro longe. Any despertava os meus desejos mais rápido do que qualquer outra pessoa e com um só beijo eu já estava imaginando as muitas coisas que queria fazer com ela.

Fomos até o seu quarto e fizemos o melhor sexo. A verdade era que o sexo melhorava a cada vez, o que tornava Any ainda mais viciante. Meu corpo inteiro respondia à ela e poder olhar enquanto ela se movia sobre mim com aquela expressão selvagem e os cabelos livres, me fazia pensar no quanto eu era sortudo.

Quando ela se esquivou sobre mim durante seu segundo orgasmo, eu a abracei, enterrando meu rosto na curva do seu pescoço e respirando fundo para sentir o seu cheiro. Aquela sensação me fez chegar ao clímax junto com ela e nós gozamos juntos.

Any ficou deitada sobre o meu peito por um tempo enquanto recuperávamos o fôlego. Já me sentindo apto, eu a girei para o lado, saí de dentro dela e fiquei de pé para descartar a camisinha no banheiro. Se continuássemos naquele pique, eu teria que aumentar o meu estoque de preservativos.

Notei uma rachadura no mármore da pia e estranhei, pois jurava que aquela suíte havia sido recém reformada. Como diabos Any conseguiria quebrar aquilo?

— Como você quebr... — eu desisti de fazer a pergunta depois de notar que ela havia pegado no sono.

Vesti a minha cueca e resolvi descer até a cozinha para comer alguma coisa e também colocar a ração de Thor. Assim que sentei ao balcão e peguei o meu celular, vi uma mensagem de Josh.

Josh:

Entre no Twitter e veja os trending topics.

Assim que abri o aplicativo, fiquei completamente confuso. A hashtag NOAHURREAINOCENTE estava entre os assuntos mais comentados. Há duas horas atrás eu estava sendo xingado por milhares de pessoas e agora todos falavam sobre como Sadie era uma mentirosa que havia tentado dar um golpe em mim.

No mesmo instante, Josh me enviou outra mensagem. Um print, mais precisamente.

"@sadiewilson: Não sei como começar isso, mas preciso admitir que as coisas que tenho dito não são sinceras. Noah Sprouse jamais me machucou e tudo o que aconteceu entre nós foi totalmente consensual. Eu estava desesperada por um up na mídia, mas fiz isso da maneira incorreta. Me desculpe, Noah, e desculpe a todos que se sentiram enganados por mim. Sinto muito."

Eu estava confuso, mas feliz. Não sabia por quais motivos ela havia desistido daquilo, talvez ela tivesse tido um choque de consciência, enfim, não importava. O pesadelo tinha acabado.

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