Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸ

By graywson

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【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. +💘 】 Para onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em al... More

Prólogo - parte 1
Prólogo - parte 2
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Epílogo

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By graywson

ANY G.

Acordei no meio da madrugada sentindo um incômodo na bexiga. Por mais cansada que eu estivesse, tinha que fazer um esforço para levantar e não molhar a cama. Me espreguicei esticando bem os meus braços e passando as mãos pelo colchão. Foi então que eu me lembrei de que deveria ter alguém dormindo ao meu lado, mas só havia eu. Abri meus olhos e olhei em volta. O quarto estava parcialmente escuro, sendo iluminado pela luz da lua que atravessava as cortinas da varanda. O silêncio acentuou ainda mais o fato de que eu estava sozinha. Talvez ele tenha ido beber água, certo?

Levantei, vesti o meu robe e usei o banheiro. Como Noah não voltou nesse meio tempo, eu estranhei e saí do quarto. Passei pela porta do quarto dele e girei a maçaneta, abrindo devagar. Algo como desapontamento apertou o meu peito quando eu o vi dormindo em sua cama. Thor, que estava deitado aos pés dele, levantou a cabeça e ergueu as orelhas com curiosidade quando me viu.

— Shhh... — murmurei colocando o dedo indicador sobre os meus lábios.

Saí de lá e voltei para o meu quarto. Por que ele saiu no meio da noite? Eu achava que nós estávamos criando uma espécie de conexão, mas isso me deixou com um pé atrás. Peguei o colar que havia deixado no armário do banheiro e o coloquei novamente. Segurei o pingente e abri as portas da varanda, saindo para a noite fria.

— Ei, Klaus... Eu estou um pouco confusa. As coisas deram certo? Eu cumpri a minha missão?

Aquele bater de asas muito familiar ressoou ao meu lado. Sorri para Klaus, que agora estava sentado sobre a mureta.

— As coisas não deram errado, mas ainda não podemos dizer que tudo está certo. Sua missão não acabou.

Soltei um suspiro cansado e me encostei contra a mureta, olhando para o céu estrelado acima de mim.

— Parece que ele está gostando de mim, mas ele foi dormir sozinho depois que nós...

— Não precisa dizer o que vocês fizeram. — me interrompeu apressado.

— Desculpe. — ri um pouco. — Eu não quero pensar nessa possibilidade, mas e se ele estiver me enganando? E se ele só foi fofo pra poder... Você sabe.

— É possível. Ele não tem um histórico muito admirável com outras mulheres. Mas olha, há coisas novas. Ele nunca se esforçou tanto por alguém como está se esforçando por você.

— Porque antes ele só precisava estalar os dedos e conseguia o que queria, obviamente. — completei.

— Olha, o Noah não é perfeito. Você o enxerga como um super achado porque está caidinha por ele, mas ele é um humano comum. Houveram sim mulheres que disseram não para ele e sabe como ele lidou com isso?

— Como?

— Deu as costas e foi embora. O ego dele é inflado demais pra que ele se deixe implorar por algo ou alguém. Você é uma incógnita para ele e isso significa alguma coisa.

Assenti devagar, conseguindo sorrir um pouco mais aliviada do que antes. Klaus tinha razão, eu só precisava ter um pouco de paciência. Além disso, eu duvido muito que ele teria dito a alguém que a pessoa o atrai como a Terra atrai a lua. Eu guardei essa frase no meu peito e essas palavras alimentaram a minha esperança.

— Obrigada, Klaus. — agradeci mesmo sabendo que ele já tinha sumido.

Voltei para dentro do quarto e dormi tranquilamente, acordando bem cedo pela manhã. Eu sabia que provavelmente Noah daria uma desculpa para me fazer não ir à empresa, ou talvez ele apenas admitisse que me queria por perto. Ainda assim, eu decidi me fazer de sonsa e fingir que nada estava acontecendo e que aquele era só mais um dia normal de trabalho.

Depois de me arrumar como uma perfeita secretária, eu desci para ir tomar café da manhã. Quando estava enchendo uma xícara de café, a porta dos fundos foi aberta e Noah entrou sendo seguido por Thor que estava de coleira. Em uma das mãos, Noah tinha a caixa de uma confeitaria que eu conhecia bem.

— Você saiu? — ergui a sobrancelha, curiosa.

— Eu me camuflei. — jogou um boné e óculos escuros sobre o balcão. — Além disso, ninguém chega perto de mim quando eu estou com o Thor. — sorriu, acariciando o cachorro enquanto retirava a coleira. — Quem é o garoto mais assustador do mundo? — fez um tom de voz engraçado, segurando a cabeça de Thor entre suas mãos.

O cachorro latiu como se estivesse respondendo positivamente e eu sorri gostando de assistir a cena fofa.

— Você não deveria comer doces no café da manhã. — comentei apontando para a caixa que com certeza estava cheia de cupcakes.

— Eu sou muito viciado nesses bolinhos cheios de glacê e açúcar. Adoro comer quando estou estressado e, bem, é o momento mais estressante da minha vida. — abriu a caixa e pegou um dos cupcakes, o levando até a boca.

— É um milagre que não tenha me tirado do meu descanso para que eu fosse comprar pra você. — o alfinetei em um tom brincalhão.

— Eu melhor do que ninguém sabia o quanto você precisava repor as suas energias. — sorriu maliciosamente. — Você dormiu bem?

— Ah, sim, claro. — assenti. — Mas...

— Mas? — franziu a testa.

— Eu acordei no meio da madrugada e você não estava lá. — era um ponto delicado talvez, mas eu não me continha em ficar quieta. — Foi estranho.

— Lembra o lance de eu não conseguir beijar ninguém? Então, isso ainda é válido na questão de dormir ao lado de alguém. — olhou para baixo, como se a revelação o envergonhasse.

— Tudo bem. — sorri de canto. — Não estou preocupada com isso, eu só comentei.

Ele assentiu e depois me deu uma rápida olhada de cima a baixo.

— Você não vai trabalhar.

Aquilo não foi uma pergunta, foi uma afirmação.

— Sim, eu vou. — ergui a minha xícara de café e dei um bom gole.

— Não, não vai.

— Olha, doutor Sprouse, algumas pessoas não podem se dar ao luxo de escolher os dias em que desejam trabalhar. Eu não tenho tanta grana assim.

— Ah, qual é. — rolou os olhos. — Você acha que eu não percebo?

— Perceber o que? — franzi o cenho.

— Você ganha muito dinheiro como minha secretária e ganha mais ainda exercendo a função de minha assistente. Você poderia morar sozinha com tranquilidade, ter seu próprio carro, sei lá, investir na sua vida. Mas aluga um quarto na casa da Nour e ainda usa o carro da empresa como se seu emprego não fosse tão rentável assim.

— Agora você vai mandar eu morar sozinha? — ri nervosa.

Dei as costas e abri a geladeira à procura de bacon e ovos. Eu tinha que me distrair com alguma coisa e desviar o assunto, fazer Noah esquecer essa ideia de querer questionar minhas escolhas de vida.

— É que não faz sentido você dividir o aluguel e as contas. Você não precisa.

— Já parou para pensar que talvez eu esteja economizando?

— Para que? — apoiou o queixo em sua mão e me olhou atento, esperando uma resposta.

— Pra... Quando eu... Sei lá, me casar e tiver filhos? — agora eu estava de frente ao fogão, mexendo os ovos que tinha acabado de quebrar na frigideira.

O silêncio que Noah fez atrás de mim foi bem esquisito. Quando eu olhei para ele, seu rosto estava sério e ele olhava para um ponto fixo na parede como se sua mente estivesse em um lugar diferente do seu corpo. Pigarreei para chamar a sua atenção e então ele pousou seus olhos em mim.

— Eu não achei que você sonhava com essas coisas. — sua voz estava mais cautelosa dessa vez.

— Bom, eu te disse em Washington que queria algo verdadeiro.

— Mas o que seria essa definição de verdadeiro, Any? — juntou as mãos sobre o balcão, como se estivesse em uma reunião de negócios e fosse sua vez de argumentar. — Quando você está com uma pessoa apenas por sexo isso também é de verdade, é concreto porque todas as partes têm os mesmos interesses. Nós podemos chamar isso de algo verdadeiro.

— Mas até que ponto você pode contar com a outra pessoa? Sexo é legal, mas é necessário mais do que isso. Você não pode passar o resto dos seus dias aceitando migalhas de lances casuais.

— Você pensa demais no futuro. — suspirou.

— Talvez eu nem tenha um. — murmurei mais para mim mesma.

— O que disse? — ficou ainda mais sério e me encarou.

— Ah... Bem... Eu posso morrer amanhã, certo? Você também. Qualquer pessoa pode morrer amanhã. — dei de ombros. Outra vez eu havia falado sem pensar.

— Sim! Podemos morrer amanhã. — ele deu a volta no balcão e parou em minha frente, me encurralando. — Então falte ao trabalho hoje e passe o dia transando comigo.

— O dia todo? — dei risada.

— O dia, a noite... — segurou em minha cintura e me ergueu, fazendo com que eu sentasse sobre o balcão. — Quantas vezes você quiser.

— Hum... — sorri e entornei meus braços em seus ombros. — Toda essa enrolação foi só pra me convencer de não ir trabalhar?

— Você é tão esperta às vezes.

— Às vezes? — entreabri os lábios, fingindo ter ficado ofendida.

Rindo, ele assentiu e se aproximou, ficando entre minhas pernas. Noah me beijou, passando suas mãos pelas laterais do meu corpo, mantendo-me sempre perto, movimentando seus lábios sobre os meus como se me saboreasse com todo o cuidado, aproveitando cada segundo.

Enlacei minhas pernas em sua cintura e o apertei contra mim. A excitação logo chegou e eu desisti de tentar discutir sobre faltar ao trabalho. Um segundo depois minha blusa estava no chão e Noah apertava um dos meus peitos enquanto se concentrava em continuar me beijando. Eu sorria nos momentos em que nossas bocas se afastavam vez ou outra, aproveitando para mordiscar seus lábios como uma forma de provocação.

Quando a boca dele veio até o meu pescoço, eu o abracei, aproveitando a sensação e o meu desejo que crescia gradativamente. Eu estava de olhos fechados, sentindo sua boca saborear a minha pele. Abri meus olhos novamente e gritei ao ver que eu havia esquecido o bacon e que agora o óleo pegava fogo.

— Fogo! — gritei apontando para o fogão.

Noah foi rápido, correu até lá, pegou a frigideira e a jogou na pia, ligando a torneira em seguida. Nós dois ficamos ofegantes pelo susto e também por nossos hormônios estarem no topo. Depois de nos acalmarmos, olhamos um para o outro e começamos a rir.

— Você vai levar uns tapas por isso. — avisou-me, caminhando para perto de novo.

— Eu posso gostar. — continuei sorrindo.

Assim que Noah estava perto o suficiente, minha libido reacendeu com rapidez e eu o puxei pelos ombros com certa força, fazendo ele se desequilibrar um pouco.

— Calma. — riu.

Isso me fez lembrar do colar, que eu tratei de retirar e guardar no bolso de trás da minha calça.

Ele me pegou no colo e voltou a me beijar, caminhando comigo até a sala. Deitou-se sobre mim no sofá e sem demora nos livramos do restante de nossas roupas. E depois de nos esquentarmos com aqueles beijos, Noah colocou a camisinha e me penetrou sem demora.

Iniciamos com ele por cima de mim, mas depois eu fiquei no comando, sentando sobre ele, meu corpo jogado sobre o seu, usando minhas pernas para subir e descer, rebolando vez ou outra. Quando notou que eu estava ficando cansada, Noah segurou minha cintura e me ajudou com os movimentos, fazendo-me quicar sobre ele cada vez mais rápido.

Me afastei um pouco de seu corpo, segurei os seus ombros e gemi alto, olhando para aquele rosto sensual que me encarava com muito desejo. Cheguei ao orgasmo, mas só parei até ter certeza de que Noah chegou lá também.

Ele me abraçou, beijando meu ombro e subindo para o meu pescoço até encontrar a minha boca. Foi um beijo intenso e demorado, onde nós decidimos nos prolongar mais do que das outras vezes em que nos beijamos. Para mim, estar provando dos lábios de Noah era uma dádiva, o maior prazer que eu poderia sentir e me dava espaço para me sentir extremante feliz, imaginando que talvez ele sentisse a mesma coisa que eu.

Afastamos nossas bocas para buscar um pouco de ar, mas mantivemos nossas testas coladas enquanto estávamos de olhos fechados, ouvindo a respiração um do outro, sentindo nossos corações baterem forte, quase em conjunto. Finalmente decidi me afastar para olhar para ele. Noah sorriu de forma serena e fez um carinho com suas mãos em minha cintura. Eu retribuí, segurando seu rosto e passando meus polegares em suas bochechas suavemente.

— Você é lindo. — elogiei.

— Você é mais.

A campainha tocou, mas Noah fez uma cara de quem iria ignorar. Quando tocou novamente, eu comecei a prestar mais atenção nos sons exteriores e notei que muitas vozes formavam um burburinho lá fora. Provavelmente os jornalistas e paparazzis estavam de volta.

— Não acredito que esses merdinhas se atrevem a tocar a campainha. — Noah irritou-se.

O barulho ressoou mais uma vez, então Noah me tirou de seu colo e foi andando até o interfone, onde ele poderia ver pela câmera quem estava tocando. Quando retornou, ele estava com uma expressão um pouco chocada.

— O que foi? Quem é? — meu coração se apertou.

— Um policial. Ele está segurando um documento, parece uma intimação.

— O que você acha que seja?

— Com certeza a Sadie deve ter aberto um processo contra mim depois de eu ter aberto um contra ela.

— Isso não vai dar em nada, certo? Você é inocente, então... — eu estava aflita, mal sabia como eu poderia acalma-lo.

— Eu sou advogado, Any. Sei bem que nem sempre a verdade prevalece. — respirou fundo. — Vista-se. Eu vou receber o policial e resolver o que tenho que resolver.

Nós dois procuramos por nossas roupas e eu o deixei sozinho para que conversasse com o policial. Era realmente uma intimação o mandando ir depôr sobre a acusação da Sadie. Poucos minutos depois, Josh chegou até a casa e os dois se enfiaram no escritório como sempre faziam. Dessa vez eu não fiquei longe e ouvi a conversa atrás da porta. Josh tentava convencer o Noah de se encontrar com a Sadie para um acordo, mas ele se negou firmemente. Ele acabou falando qual era o endereço onde ela estava atualmente e eu tive uma ideia um pouco maluca, mas que poderia dar certo.

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