Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸ

By graywson

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【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. +💘 】 Para onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em al... More

Prólogo - parte 1
Prólogo - parte 2
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Epílogo

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By graywson

ANY G.

Noah me empurrou contra a parede, levou uma de suas mãos até meu queixo e ergueu minha cabeça, deixando meu pescoço exposto para ele. Depois ele foi até lá e fez coisas maravilhosas com a boca, mostrando que um beijo não faria falta, pois ele compensava muito bem em outras áreas. Fiquei imaginando o quão bem sua boca trabalharia nas minhas partes de baixo. Só esse pensamento fez a carne entre minhas pernas pulsar e molhar ainda mais.

Ele passou a mão por minhas coxas, subindo meu vestido até a cintura e depois me impulsionou para cima. Eu dei um pulinho, enlaçando minhas pernas em sua cintura ao ficar em seu colo. Noah apertou seu corpo contra o meu, esfregando seu pau em mim, bem no ponto do prazer, me causando arrepios e pequenos espasmos deliciosos.

Noah se afastou, enfiou as mãos em meus cabelos e olhou para mim, bem no fundo dos meus olhos. Ambos estávamos ofegantes e com expressões selvagens em nossos rostos.

— Eu não deveria. — ele disse. — Mas... — sorriu. — Você não se parece em nada com o tipo de mulher que me atrai.

— Nossa, Noah, você estava indo tão bem! — rolei os olhos.

— Não, não, não. Eu não estou falando de um jeito negativo. — deixou claro. — Eu me sinto perdendo o controle perto de você e eu nunca agi dessa maneira. E nunca achei que isso fosse ser bom. — aproximou seu rosto do meu, roçando nossos narizes.

— Isso é muito bom... — mordi meu lábio inferior e toquei o rosto dele de forma carinhosa.

— E eu não deveria porque você é minha funcionária. — riu. — Esse era um campo proibido para mim.

— Por que? — fiquei curiosa.

— Bem... — ele mexeu suas mãos que ainda estavam em meus cabelos, como se fizesse uma massagem.

Fechei meus olhos e apreciei aquele toque enquanto o ouvia explicar o porquê de suas limitações.

— Eu vou te ver todos os dias, você faz parte da minha vida, então todos os cenários indicam que isso não daria certo.

— Mas...? — indaguei, sabendo que aquela palavra surgiria.

— Mas você é diferente.

Abri os meus olhos e sorri satisfeita.

— Você é parecida comigo, Any. Então não há perigo.

— Como assim? — franzi o cenho, mas mantive o sorriso.

— Eu não me envolvo com ninguém, não demonstro sentimentos, não me importo com emoções e resumo meus interesses pelo sexo oposto à cama. Eu sei que isso não faz diferença porque você não é como as outras mulheres. Não está tentando me fisgar e isso é perfeito porque eu não tenho a menor intenção de ter algo sério com alguém.

Meu sorriso foi morrendo gradativamente enquanto Noah dizia aquelas palavras. Fiquei séria enquanto ele continuou me olhando animado e faminto por mim. Muitas coisas se passaram em minha cabeça e a principal delas foi que não era aquilo que eu procurava. Em toda a minha existência, eu sonhei com romances, senti meu coração aquecer com histórias de amor e desejei alguém que me quisesse da mesma forma como eu o queria. E a quem eu estava querendo enganar? Minha idealização de homem perfeito não se encaixava em Noah.

Deslizei pelo seu corpo até meus pés voltarem a tocar no chão. Noah notou que eu mudei repentinamente e franziu levemente a testa parecendo se preocupar. Suas mãos saíram dos meus cabelos e desceram por meu rosto, pescoço, até pousarem em meus ombros.

— O que foi? — perguntou quase sussurrando.

— Eu... — respirei fundo. — Achei que isso podia ser assim, mas eu não sou assim. Não posso mentir pra mim mesma. Não posso me forçar a aceitar suas condições só para chegar onde eu quero. Eu não tenho que ir por esse caminho, eu não deveria ter que ir.

— Do que porra você está falando? — ficou confuso.

Segurei seus pulsos e tirei as mãos dele de mim, depois me afastei o suficiente e o olhei de maneira séria.

— Estou dizendo que eu não sou tão diferente das outras mulheres. Eu sou intensa e impulsiva, não posso me dar ao luxo de viver uma aventura. Não tenho maturidade pra isso.

Mas tenho maturidade pra cair na real.

— Você tem certeza? — sua voz vacilou, como se ele estivesse prestes a me implorar, mas não o fez.

Assenti apenas, sabendo que eu não tinha certeza de nada e talvez fosse me arrepender ao sair daquele quarto. Eu estava frustrada demais para pensar direito.

— É melhor eu ir para o meu quarto.

Noah nada disse, apenas ficou ali parado, olhando para mim com uma expressão indecifrável. O silêncio foi a deixa para eu sair dali. Sem me despedir, eu dei as costas e caminhei até o meu quarto. Quando fechei a porta atrás de mim, senti meus olhos se encherem de lágrimas e alguma coisa sufocante ficou presa em minha garganta.

Aos prantos, caminhei até a varanda segurando com firmeza o colar em meu pescoço e olhei para cima, para as estrelas e a escuridão da noite.

— O que eu estou fazendo, Klaus? — murmurei com a voz embargada. — Isso é um erro? Eu deveria ter ficado lá e deixado tudo acontecer como ele queria? Mas e se isso confirmasse que eu era só mais uma que ele poderia ter sem preocupações? Eu não quero ser isso, não está nos meus planos. Eu quero viver um amor de verdade. Eu deveria desistir de conquistar o Noah e tentar arranjar uma outra mulher para ser sua alma gêmea? Alguém igual à sua ex, que eu possa flechar e torcer para dar certo?

Enquanto chorava e me lamentava, eu senti um resquício de arrependimento por ter escolhido descer à Terra abdicando de todas as tarefas que eu ainda teria caso falhasse com o Noah. E no fundo eu sabia que eu estava tentando ter com ele o que não tive com o Nathan, o que era uma coisa horrível da minha parte. Só que eu não pensava mais no Nathan quando estava com o Noah. Isso pode sim ter acontecido nos primeiros dias, mas ultimamente eu não relacionava Noah com nenhuma outra pessoa. Ele fazia meu coração bater mais forte apenas por ser ele, não mais por se parecer com alguém.

A garota que sempre detestou pessoas arrogantes estava se apaixonando de verdade por um CEO cruel e insensível?

Senti uma lufada de vento atrás de mim, vinda de dentro do quarto. Eu ainda estava apertando o colar de Klaus, tão forte que o objeto estava ficando quente de uma maneira anormal. Ouvi passos às minhas costas e me virei rapidamente, avistando o meu chefe arcanjo parado a me encarar.

— Oi, Klaus. — sorri tristonha. — O que faz aqui?

— Você orou em meu nome, então eu estou aqui. — apontou para o pingente em meu pescoço.

— Você viu o que aconteceu?

— Eu vejo tudo.

Mais lágrimas inundaram meu rosto e eu corri até ele, me chocando contra o seu corpo e o abraçando apertado. Klaus me abraçou de volta, apoiando o queixo no topo da minha cabeça enquanto acariciava meus cabelos e minhas costas, uma maneira de me confortar.

— O que eu devo fazer? — solucei.

— Olha, meu cupido, Noah não é uma pessoa fácil, às vezes nem ele mesmo entende o que tem na própria cabeça. Não é incomum que você esteja confusa porque, sim, parece insano abdicar de seus princípios por alguém como ele. Mas talvez seja isso que faça dar certo.

Me afastei um pouco dele e parei de soluçar, prestando atenção em suas palavras.

— Você se apaixonou por homens perfeitos e com ótimo senso de cavalheirismo. E as coisas deram certo com eles?

— Eu estou aqui agora justamente porque tudo deu errado.

— Exato. Você nunca tentou algo diferente. Noah é parecido com você em muitos pontos, por incrível que pareça. Suas personalidades se chocam porque são semelhantes. O temperamento, a dificuldade em seguir as normas sociais, o estranho relacionamento com o álcool... — brincou na última parte, me arrancando um sorriso.

— Não somos semelhantes quando se trata de se relacionar com alguém. Queremos coisas opostas.

— Any, você acha mesmo que o Noah não é romântico? Ele é, mas tem medo de deixar esse lado exposto porque se machucou no passado. O personagem mulherengo que ele criou é só uma armadura moldada pelo medo. Você me disse com toda a certeza do mundo que faria Noah ser ele mesmo de novo, então não entendo porque está dando passos para trás agora.

— Acho que foram as coisas secas que ele disse. — mirei o chão. — Aquilo me fez sentir um pouco mal, como se eu estivesse traindo a mim mesma.

— Você tem duas opções. — colocou a mão em meu ombro. — Ou continua tentando conquistá-lo, ou escolhe a primeira mulher que vai flechar para ele. Você tem menos de oitenta dias, Any, ouça o seu coração.

— Acontece que tem duas coisas pulsando em mim e eu não tenho certeza se elas estão dizendo a mesma coisa. — sorri divertida.

— Devo lembrá-la de que eu sou um arcanjo? — me olhou com repreensão. — Desde que voltou para a Terra está com essa boca porca em dia.

— Desculpe. — ri. — Obrigada por vir aqui, mesmo que pareça uma simples bobagem. Eu sei que você não pode descer por qualquer coisa.

— Depois que você se livrou do radar e infringiu uma série de regras, qualquer momento é importante o suficiente para me chamar.

— É bom saber disso. — mordi meu lábio inferior e olhei para a porta do quarto. — Acho que eu fiz besteira.

— Então desfaça. Algo me diz que ele não vai te mandar embora se você voltar lá. — piscou.

Tomei ar para responder, mas no segundo seguinte Klaus já havia sumido. Isso era assustador, eu tinha que me lembrar de pedir que ele avisasse quando estava indo embora da próxima vez que viesse me ver. Eu me sentia conversando com um fantasma e olha que eu sabia que eles literalmente não existiam.

Dei uma olhada no espelho do quarto, ajeitei meus cabelos que estavam meio emaranhados e respirei fundo, tomando coragem para voltar lá e dizer ao meu chefe que eu estava enganada e que ele podia fazer comigo o que bem entendesse. Só esperava que eu não o tivesse assustado com toda aquela história de eu não ser diferente e de não ter maturidade para aventuras. De uma forma ou de outra, eu iria convencê-lo, tinha um dom para moldá-lo.

Com um sorriso largo no rosto, eu abri a porta do meu quarto, mas meu sorriso morreu assim que vi quem estava no corredor, de frente para a porta de Noah e prestes a bater. Ela parou antes que seu punho tocasse a madeira e se virou para mim ao notar a minha presença.

— Olá, Any. — sorriu de maneira perversa.

— Bree. Oi. — me mantive séria. — Está perdida? — cruzei os braços.

— Ah, não, querida. Estou exatamente onde quero estar. Peço que não se incomode com os barulhos que possa ouvir, eu realmente não fazia ideia de que o Noah gostava de manter seus empregados tão perto. — ela fingiu estar realmente preocupada em me incomodar, mas era apenas falsidade.

Senti o sangue subir para a minha cabeça e tive certeza de que estava com o rosto vermelho agora. Além de se esforçar para deixar explícito que estava ali para transar com o Noah, também me chamou de empregada com deboche em sua voz. Meu lado impulsivo estava gritando na minha cabeça, mandando que eu a xingasse com todos os palavrões que eu conhecia. Entretanto, eu sabia que me tirar do sério era exatamente o que Bree queria e não lhe daria esse gostinho.

— Não estou aqui a trabalho, sou a acompanhante do Noah. — falei da maneira mais controlada possível.

— Que bonitinha, ele deixou você acreditar nisso? — riu.

Eu ia me estourar e gritar com ela, mas tirei isso da minha mente quando a porta do quarto de Noah foi aberta. Ele não usava mais as roupas do jantar, estava com uma calça de moletom e uma camiseta branca. Olhou diretamente para mim com o rosto sério, mas um pequeno resquício de nervosismo. Nem mesmo pareceu notar a presença de Bree até que ela pigarreou e tomou sua atenção.

— Então... — colocou as mãos sobre o peito dele e aquilo me fez ferver. — Vamos entrar?

Noah olhou para as mãos dela e depois para mim. Eu fiquei na mesma posição, os braços ainda cruzados e nenhum pouco preocupada em esconder a minha irritação. Sinceramente, eu não queria mais ficar assistindo aquilo. Ele com certeza havia chamado Bree para me substituir depois de eu ter me recusado a passar a noite com ele.

Entrei novamente no meu quarto e bati a porta com força. Me joguei na cama e me encolhi entre os lençóis, chorando como uma idiota, me lamentando e praguejando Noah, desejando com todo o meu ser que ele broxasse.

A única maneira de me sentir ao menos um pouco ressarcida seria aproveitando a estadia no hotel chique. Peguei o cardápio que ficava ao lado do interfone e procurei pela comida mais cara, depois o vinho mais caro. Liguei na recepção e pedi para mandarem até o meu quarto, que estava no nome do meu chefe, que pagaria a conta. Eu sabia que aquilo não faria diferença para seu bolso, mas serviria como um consolo para as coisas que ele estava me fazendo passar.

Aquela comida cara e de nome difícil foi a coisa mais estranha que eu já tive que engolir. Ao menos o vinho era muito bom e ajudou um pouco. Tomei metade da garrafa, o que me fez capotar na cama e dormir feito uma pedra.

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