Conte-me Seus Sonhos

Por groliveira

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SINOPSE Valentina é uma professora que adora viajar para participar de congressos. Ela sofreu uma grande perd... Mais

CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38 (FINAL)
Epílogo
NOTA DO AUTOR
LIVRO NOVO
Livro com capítulos a mais...

CAPÍTULO 10

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Por groliveira

Chegou o dia aguardado por mim. Eu e Lilian viemos juntas; Michael chegou logo depois e veio em nossa direção.


– Gostosão, hein, Valentina?! – Ela olhava para ele e para mim freneticamente.

– Por favor, não seja despachada igual você sempre é. Tente se controlar só um pouco. – Disse, quase suplicando a ela.

Depois de dizer isso, Lilian se levantou quando Michael chegou e logo foi cumprimentando-o.

– Oi, prazer, meu nome é Lilian. Você deve ser o namorado da Valentina, né? – Disse, olhando firmemente a ele.

"Meu Deus, olha como ela já tá falando."– Pensei e coloquei a mão na cabeça.

– Oi, olha, é... Então, a gente é... somos amigos, não temos nada demais, sabe?! – Ele ficou um tanto quanto sem graça.

– Mas você queria ter, né? – Ela disse, apontando o indicador a ele.

– Eu... Então, não sei bem o que lhe falar, sabe?!

Michael ficou embaraçado e ficou um pouco vermelho.

– Esquenta, não. Ela também gosta de você. – E se sentaram.

– Olá, Michael. – Ele me cumprimentou e sorriu pra mim. – Quando Lilian começou a falar novamente, a interrompi.

– Então, gente... Vamos pedir alguma coisa pra comer? Se controle, Lilian, parece que nunca viu homem!

– Saindo com você? Realmente isso é raro mesmo. – Ela deu de ombros.

– Gostei do seu senso de humor. – Disse Michael. – Só me pegou um pouco desprevenido, mas você parece ser uma pessoa alegre.

– Pois é, gato, quer dizer, não tem problema eu te chamar assim, não, né? Chamo a maioria assim. – Ela gesticulava muito, nem respirava direito.

Risos. – Sem problemas.

– Então. – Ela continua. – Sou, sim, sou meio que o oposto da Valentina, falo demais, doa a quem doer.

– Percebi mesmo que você fala o que pensa, literalmente. Tenho a impressão de que a Valentina guarda algumas coisas pra si, não fala tudo. – E olhou diretamente pra mim. fingi que não fiquei incomodada.

– A Valentina é assim mesmo, às vezes temos que fazê-la pegar no tranco, senão fica difícil. – Os dois olharam pra mim.

– Gente, eu estou aqui. – Eu disse um tanto quanto embaraçada.

– Eu sei, meu bem. – Continuou Lilian. – Mas tenho que falar a verdade, né? Tenho que fazer o possível pra ele não lhe largar, você é mestre em fazer isso, era, sei lá. E eu gostei dele, vocês terão lindos filhos, sabia? – Disse, sorrindo para nós dois.

– Ok, Lilian. Vai lá pedir seu prato, nós já iremos. – Meio que ordenei a ela.

– Nossa, tá bom, já volto. Até já, gato! Cuida bem dela, viu?!

Balancei a cabeça, incrédula. Que vergonha Lilian me fez passar agora, meu Deus! Do nada olhei para o lado, e Michael estava rindo feito uma criança, estava até com lágrimas nos olhos, nem conseguia falar direito. Aí, sim, me senti uma inútil. Perguntei a ele:

– Qual o motivo da graça? – Indaguei nervosa a ele.

– Sua amiga é hilária. Sinceramente, neste pouco tempo de vida ainda não havia conhecido ninguém como ela. Ela nem me conhecia direito é já foi logo conversando comigo como se já me conhecesse a um tempão!

– Normal, ela sempre foi assim, já passei algumas vergonhas por causa do que ela fala, mas é o jeito dela, e ela é uma amiga de verdade. Se ela te falou isso (que vai te matar se não cuidar bem de mim), pode ter certeza que é verdade! – Olhei diretamente em seus olhos.

– Pode ter certeza. No que depender de mim, você será tratada como uma princesa.

Seus olhos se fixaram nos meus, e os meus também nos dele. Ele parecia estar mais lindo ainda depois da última vez em que o vi. Estava me preparando para falar algo, quando Lilian chegou.

– Estou atrapalhando alguma coisa, pombinhos? – Disse ela, olhando para um e para o outro.

– Não.– Disse ele. – Nós só íamos nos beijar agora. – Ele disse, olhando para ela de maneira séria.

– O quê? – Eu disse espantada e assustada.

– Que isso, hein?! Não estava esperando esse tipo de resposta, ainda não havia gostado tanto de você, mas agora virei sua fã. – Disse Lilian, e os dois riram.

– Desculpa, é brincadeira, entrei no clima, sabe? Não quero parecer uma pessoa tão séria.

– Ah, entendo. Não há problemas, ela também quer te beijar, olha pro rostinho dela. – Ambos olharam pra mim.

Então, né. – Falei. – Vou ali pegar meu prato também. Você vem, Michael?

– Opa, claro. Estou morrendo de fome, sabe? – Se levantou.

– Claro que sim. Quando você não está com fome, né? – Indaguei perplexa.


Fomos ao lugar onde se estava colocando a comida e fizemos nosso prato.


O almoço transcorrera bem. Daquele jeito que já estava indo, me senti uma terceira na conversa, pois basicamente o papo era entre Lilian e Michael. Ela não é de dar muita moral pra quem ela não vai com a cara ou com quem a conversa não rende. Pelo jeito, ela gostou muito dele, estavam conversando demais, nem comigo ele conversou tanto igual estava com ela agora. Fiquei feliz que os dois estavam se dando bem.


Michael explicou a ela como gerenciava o hotel, falou sobre a cidade, o que havia lá, contou do episódio sobre sua família, disse também que não estava acostumado a sair de sua cidade. Ficamos mais ou menos uma hora no restaurante, e, pra esse tempo, a conversa rendeu demais.


– Olha, gato, vou ter que ir embora. Planejei de encontrar com Samuel agora à tarde, é a primeira vez que sairei com ele. Se ele for do jeito que você é, eu começo hoje mesmo a namorar com ele. Tomara que a Valentina não deixe você escapar, se não eu pego também. – Falou com um tom sério e de brincadeira.

– Aí, Lilian, você um dia me mata de vergonha, viu?! Você sabe que sou um tanto quanto tímida e me solta uma dessas. Poxa, hein?! – Eu disse, murmurando.

– O prazer foi meu. Igual ao que eu disse à Valentina, adorei seu senso de humor. Você, além de ser alegre e carismática, me parece ser uma pessoa que se importa muito com ela, e como Valentina pra mim já se tornou mais que especial, eu só tenho a agradecer os momentos que passamos aqui no restaurante conversando. – Ele soou sincero com suas palavras.

– É, gata. – Ela parou por um momento. – Não existem homens assim, não. Deve existir 0,1%, e olhe lá. É melhor você não dar bobeira na vida e vivê-la. – Dessa vez ela falou bem sério e olhando fixamente em meus olhos. – No mais, beijo para os dois. Espero sua visita novamente aqui na cidade, e nem ouse vir aqui de novo e não avisar que está aqui, hein?! Aproveita ele por hoje, Valentina!

– Claro, prazer em te conhecer também. Voltarei mais vezes, sim, pode deixar. – Os dois se despediram.

– Até, Lilian, depois conversamos mais. – Despedi-me dela com um abraço e um beijo.

Lilian fora embora, e eu não sabia onde enfiava a cara. Sinceramente, às vezes sinto um pouco de vergonha, mas dessa vez passou um pouco dos limites. Lilian praticamente fez uma amarração pra nós dois, falou tantas qualidades de mim pra ele que nem eu mesma sabia que tinha. Parecia que ele era o último homem do mundo e eu, uma de suas mil pretendentes.

– Ainda bem que você tem uma amiga assim. – Disse, sorrindo para mim.

– Sério? Não brinca! – Fingi uma cara de surpresa.

– Verdade, ela fala o que tem vontade da falar, já você... – E deixou as palavras no ar.

– Hum. Então, sabichão, o que eu tenho vontade de falar que eu não falo? – Olhei em sua direção um tanto quanto mais nervosa do que gostaria.

– Isso só você sabe. Você é um tanto quanto enigmática!

– Sério que eu sou enigmática? Você nem ao menos me falou direito de sua irmã até hoje! –


Falei sério e um pouco mais alto que gostaria.

Não devia ter falado da forma que falei. Ele adotou uma expressão triste quando disse essa frase; parece que a irmã mexia com ele até hoje. Não devia ter dito isso do modo que falei, me senti triste pelo fato. Ele se levantou e foi em direção ao balcão.


– Irei ali pagar a conta, pode deixar que eu pago o seu almoço. – Disse rindo, mas muito sem graça.

– Não precisa, desculpa ter dito dessa forma. – Tentei arrumar de algum jeito o que havia lhe falado.

– Sem problemas. – Sorriu e foi para a fila.

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