Aceita uma bebida? | jikook

By BellaVittory

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Livro físico pela editora epiphany em agosto. (Não foi corrigida) Jimin se muda para Seoul com o objetivo de... More

1- Aceita uma bebida?
2- Ele está acompanhado
3- O Diabo veste Prada
4- Mi fai impazzire
5- Apenas para você
6- Então Jeon, me dê um beijo
7- Seu pior pesadelo
8- Eu vou ter você para mim
9- Passar bem, Rose
10- Jimin, eu não vou pegar leve
11- Apenas uma prévia
12- O piloto da morte
13- Quer apostar?
14- Foi Jeon Jungkook
15- Que o inferno comece
16- Meu namorado?
17- Gire a garrafa
18- Eu aceito, Jeon Jungkook
19- Eu posso ser o diabo
20- Agora é a hora
21- Liberdade
22- Você é meu, Jeon
24- Sério, melhor do que eu?
25- Feliz ano novo, porra
26- Buonanotte amore mio
27- Código Vermelho
28- Então vença essa corrida
29- O que o piloto da morte fez?
30- Quer se casar comigo?
31- Talvez você ande
32- Te ensino a ser como eu
33- O inicio da guerra
34- Serei o advogado de Jeon
35- Um mafioso, amore mio
36- Park Jimin é um gênio
37- O novo lider
38- Me sinto preso em você
39- Corre, porra
40- Aceita uma bebida?
Extra - Por completo
Extra - Com amor, sua capitã
Livro físico + data da pré venda

23- E Jeju, o que seria?

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By BellaVittory

Oii gente, capítulo novo.

Depois da putaria de onde, vem um capítulo calmo hoje, para equilibrar não é mesmo?

Foi confirmado a editora que fará o livro físico de Aceita uma bebida? Será a Editora_Serendipity estão muito feliz por essa conquista e criei um carinho enorme por essa editora.

Espero que gostem e boa leitura.
Bjbj

- - - - - - -

Seokjin vestia sua jaqueta felpuda com uma certa rapidez. Estava no estacionamento de uns dos maiores escritórios de advocacia de Seoul. Suspira olhando para o prédio um tanto alto.

Seu casamento estava arruinado, isso era um fato. Não passou o Natal com o marido, ele simplesmente preferiu inventar uma reunião. Se perguntava do porque Namjoon havia mudado tanto. No fim, percebeu que ele apenas não havia amadurecido o suficiente para perceber que estava casado.

Se sentia sozinho, desanimado e as vezes até carente. Se soubesse das coisas que teria que aguentar, talvez, não tivesse pedido o homem que queria para sua vida, em casamento.

Namjoon não era uma pessoa ruim, pelo contrário, sempre foi um ótimo amigo e no início, um ótimo esposo. Mas com o tempo, os ideais um do outro começaram a entrar em conflito. Talvez não combinassem.

Se culpou várias vezes, pensando que a culpa de seu casamento estar terminando, era sua. Mas percebeu, que nenhum dos dois estavam errados. Jin não conseguiria viver em um relacionamento sem uma terceira pessoa, uma criança que seria amada e cuidada. Namjoon era aventureiro, esperava que sua vida continuasse exatamente a mesma estando solteiro ou casado.

No fim, seria melhor cada um seguir seu caminho. Estava aguentando a barra de ir sozinho em um advogado, conversar sobre como seria o divórcio, já que Namjoon ainda era contra essa ideia.

Foi uma decisão sua e geralmente, quando decide que quer fazer algo, é porque ele realmente iria fazer.

Estava pronto para caminhar até as enormes portas giratórias do local se alguém não tomasse sua atenção. Reconheceu quem era na hora. Hoseok. Que sai do carro rapidamente junto à um outro homem, loiro. Usava uma jaqueta grossa pelo frio e era um pouco mais baixo de Jung. Parece estar incrivelmente mal humorado.

O moreno apenas diz que o esperaria ali e que qualquer coisa o ligasse. O loiro apenas concorda adentrando o local rapidamente. Jin vê a hora perfeita para se aproximar e ver o amigo, que não via um bom tempo.

-Hoseok, oi. - Se aproxima vendo o homem arregalar os olhos, parecia surpreso pelo fato de vê-lo ali.

-Jin? O que está fazendo aqui? Pensei que odiasse esses lugares.

-Ainda odeio. - Solta uma risada sem humor antes de continuar sua fala. - Mas as vezes é necessário enfrentar lugares que não gostamos.

-Sim, realmente. Como você está? E o Namjoon?

Seokjin não consegue disfarçar sua expressão um tanto chorosa. Por mais que aquilo fosse necessário para si mesmo, ainda doía. Tinha sentimentos pelo marido, mas percebeu, que amor não era o suficiente para que uma relação funcionasse.

Hoseok parece entender que havia alguma coisa errada por trás da presença do amigo em um lugar como aquele e por seu rosto mostrar claramente o quanto estava abatido.

-Eu sinto muito Jin... Não queria tocar em assunto delicado. - Abaixa a cabeça, completamente sem graça.

-Tudo bem, nem todos os casamentos duram. Isso tudo vai passar. - Força um sorriso arrumando sua bolsa em um dos ombros. - Aliás, quem era o cara contigo?

-Namorado do Jungkook.

-O QUE? Jungkook namorando? - Jin pergunta praticamente em um grito, fazendo Hoseok por uma de suas mãos no local onde fica seu coração.

-É Jin, eu sei que é assustador, eu sei. O cara tá apaixonado, você não sabe o que ele é capaz de fazer por Park Jimin.

-Espera, acho que estou me lembrando do rosto dele... - Diz fechando os olhos tentando se lembrar onde o viu. - Era o cara da foto com ele na Itália, não era?

-Isso. Jeon assumiu o relacionamento em uma entrevista que não foi ao ar ainda. Vai ser motivos de surtos pela Coreia inteira.

-É claro, o galã está em um relacionamento, uau. Porque Jungkook não está o acompanhando?

-Tinha duas reuniões que não podia desmarcar. Mas é melhor assim, lá dentro vai pegar fogo em alguns instantes.

-Não entendi.

-Treta Seokjin, treta. As vezes Park consegue me dar mais medo do que Jungkook.

Hoseok tinha razão, talvez o escritório pegasse fogo. Jimin carregava uma expressão que não era usada por si a muito tempo, ódio. Queria arrastar a mulher pelos cabelos até uma lata de lixo. Vai até a recepção, pronto para atropelar qualquer um que tentasse o impedir de ir até a sala de Rose.

-Bom dia senhor, no que posso ajudá-lo? - A recepcionista diz com um grande sorriso no rosto. Esquece, não a trataria mal de forma alguma.

-Quero ver a advogada Roselie Park.

-Tem horário marcado?

-Não.

-Então não será possível senhor...

-Tem como dizer a ela que vim em nome de Jeon Jungkook, por favor?

-Um momento. - Diz pegando o telefone fixo que tinha na mesa a sua frente, apertando apenas um botão para que sua ligação fosse encaminhada até a advogada, que concorda após alguns segundos, em recebê-lo.

-Ela irá vê-lo senhor. É a sala cinco que fica no segundo andar.

-Obrigado.

Volta a andar, seguindo seu caminho até a sala, ou melhor, cubículo de Rose para tratar de assuntos importantes, na verdade, para matá-la.

Era uma sala extremamente simples, um pouco mixuruca, seria a palavra certa. Tinha apenas uma mesa, uma estante com livros, arquivos e uma plantinha.

Rose estava sentada em sua mesa, com as pernas cruzadas e seu olhar de deboche, quando vê o loiro se sentando a sua frente.

-Bom dia para o senhor também. - Diz encostando as costas na poltrona que estava sentada. - Do que precisa?

-Uma sala bem decaída, foi o que eu imaginei. - Jimin diz olhando em volta.

-Veio aqui para isso? Se for pode se retirar.

-Não, não posso. Tenho assuntos a tratar. - Diz pegando seu celular.

-Quais?

Coloca o aparelho na mesa, mostrando a foto que Hoseok havia enviado algumas horas antes. Rose ri alto, entendendo que Jimin já havia descoberto.

-Ah Park, porque não perguntou sobre para Jeon, ele saberia te responder. - Diz ainda rindo, o loiro apenas mantinha uma expressão fechada.

-Olha Rose, eu não estou bravo ou algo do tipo, sinceramente. - Diz fazendo a mulher parar de rir e olhá-lo confuso. - Eu tenho apenas uma pergunta.

-E qual é?

Suspira guardando seu celular no bolso antes de cruzar os braços e olhar no fundo dos olhos da mulher a sua frente.

-Isso é falta de amor próprio?

A mulher arregala um pouco os olhos, não conseguindo evitar sua surpresa pela pergunta inusitada.

-Digo, porquê? Algo que aconteceu a tantos anos te incomoda tanto assim? Você sabe bem que Jeon é gay, deve saber sobre o namoro. Porque usar de métodos tão ruins?

-Você me humilhou. - Diz alterando o tom de voz.

-Eu? A primeira coisa que você fez quando nos viu foi dizer que Jungkook te fez gritar. Eu te humilhei ou você implorou atenção?

-Como é que é?

-Não escutou? Quer que eu repita?

A mulher bate com força na mesa, talvez pensando que isso pudesse assustar Jimin, que apenas trava a mandíbula apontando para a loira que fica em silêncio.

-Eu estava tentando ser amigável, mas você não quis. - Diz com um tom de voz grave. - Fiquei muito tempo em silêncio, deixando que as pessoas me humilhassem por causa do meu trauma. Mas agora chega.

Rose se encosta novamente na poltrona, parecendo um tanto assustada.

-Mais uma gracinha malfeita e vai me ter como inimigo, não queira isso. Te aconselho a ficar quieta na sua e evitar problemas ou nem o seu cargo de merda vai te salvar de alguma coisa, me entendeu?

-Está me ameaçando Park? - Diz soltando uma risada sem humor.

-Achei que eu tivesse deixado isso óbvio. - Diz se levantando. - Sobre a foto, você é péssima nisso. Porque simplesmente não bagunçou o cabelo ou a cama? Estava até com maquiagem. Como pode ser tão burra?

Rose abaixa a cabeça exclamando um "droga" praticamente em um sussurro.

-Te aconselho amor próprio e confiança. Até eu que fui espancado e tratado como um lixo tenho mais que você. Me dói saber que você pode ter se juntado a um agressor e se orgulhar disso...

-Você não sabe de nada.

-Ok, é verdade. Eu apareci não tem muito tempo. Mas quer saber de algo? - Se levanta indo em direção a porta. - Eu vi Jeon pela primeira vez quando eu tinha quatorze anos. Foi a pessoa mais direta que eu já conheci. Se você se sentiu tão magoada na época deveria ter dito. Tenho certeza que ele teria pedido perdão.

Rose volta a olhar para o loiro em pé, aparentemente confusa.

-Ele era confuso com seus sentimentos, talvez até mais que eu. Passou por tanta coisa... Ele bebeu, vocês dormiram juntos. As vezes, esquecer o passado faz bem, sabia?

Abre a porta pronto para sair da sala minúscula se a mulher não dissesse seu nome com uma voz um pouco alterada. Jimin não se vira para olhá-la, mas espera alguns segundos até novamente a voz dizer algo.

-Eu fiz um trato com Jong Min, de que se ontem tivesse dado certo, eu teria Jeon e ele poderia te espancar até a morte...

Jimin abaixa a cabeça, um tanto chocado de como as pessoas conseguiriam ser tão ruins.

-Orgulhosa?

Pergunta, não recebendo nenhuma resposta. Aquilo foi o suficiente para que fechasse a porta com força e se seguisse seu caminho para fora daquele lugar. Não era obstinado como Jungkook, ou tinha as palavras certas na ponta da língua.

Mas disse o que queria dizer e isso estava mais que o suficiente para si.

Passa pela porta giratória respirando o ar fresco daquela manhã. Jungkook ainda não havia mandado mensagem, pelo visto, ainda preso em uma reunião cansativa. Seu telefone toca, vendo logo na tela o nome do hospital em que sua mãe estava.

Não demorou para atender, preocupado sobre o que poderia ser.

-Alô, bom dia. Falo com o responsável por Park Min Ji?

-Sim, sou eu. - Diz um pouco desesperado, sem nem saber ao menos do que se tratava.

-Fizemos exames nela hoje, para saber se está tudo bem. Como sabe, a cirurgia foi um sucesso, usamos nossos melhores médicos. A fisioterapia também está indo bem. Queria informá-lo que não é mais necessário mantê-la no hospital.

O mundo de Jimin parecia ter ficado mais colorido que o normal. Sua mãe estaria finalmente livre para ver o mundo novamente? As paisagens que ela tanto sentia falta? A teria perto de si novamente?

-Senhor Park? Ainda está na linha?

-Desculpe, estou aqui. - Diz sorrindo.

-Iremos liberar ela as dez da noite. Tem como vir organizar a mala dela e providenciar tudo para que ela seja liberada?

-Sim, claro. Estou indo. Muito obrigado.

-Estamos contentes com a melhora de sua mãe. Tenha um bom dia.

Jimin desliga o celular dando pulinhos, arrancando olhares confusos de pessoas que saiam do local. Estava feliz, tinha sua mãe de volta, um namorado que sempre sonhou e o ex-namorado hospitalizado pronto para ser preso a qualquer momento.

Agora tem tudo o que sonhou enquanto estava preso naquele apartamento frio. Se tudo fosse um sonho, queria não acordar dele.

Mande mensagem para Hoseok dizendo que iria sair de táxi. Preferiu não avisar Jeon, seria constrangedor receber uma ligação no meio de uma reunião importante.

Se pudesse, queria estar ganhando o abraço quente que só ele tinha. Mas deveria se contentar que o namorado era alguém ocupado também.

No fim pegou o primeiro táxi que para em frente ao prédio, indo até o hospital, o que demora uns bons minutos, já que o trânsito não estava um dos melhores. Talvez por estar perto do ano novo.

Passaria essa data finalmente próximo de sua mãe. Sorri pelo pensamento bobo enquanto tocava com delicadeza o anel prata que usava em seu dedo.

Seu anel de namoro.

Tinha pedras brancas e delicadas, um pouco mais fino que a de Jungkook.

Não demorou até que estivesse em frente ao quarto de sua mãe, o clima no hospital até parecia um pouco mais leve, talvez por seu estado de humor. Sua mãe estava ali, em pé, acariciava as rosas que Jungkook a deu no Natal.

Min Ji sempre soube preservar o tempo de qualquer planta que tivesse, talvez pelo carinho que tinha com a natureza. Estava menos pálida. Seus longos cabelos pareciam mais brilhosos e o sorriso alegre que tanto se lembrava havia voltado para seu rosto.

-Filho, entre, vai ficar na porta me olhando? - Pergunta abrindo as braços.

Jimin não demora para correr até seu abraço. Jungkook tinha uma forma de abraçar semelhante, ambos o faziam se sentir seguro.

-Tô tão feliz que você vai sair daqui, mãe.

-Acredite, eu também. No fim conseguimos.- Diz acariciando os fios dourados do filho. - Devo agradecer pessoalmente ao seu namorado?

Park se separa um pouco da mãe apenas para olhá-la no rosto, um tanto confuso.

-Como sabe que estou namorando?

-Você não usava um anel antes. Quando foi? No Natal? - Jimin concorda em silêncio. - Estou feliz, muito.

-O que disse que precisava agradecer a ele? As flores?

-Não, por ter pago tudo.

-Mãe.

-Filho, sei que suas condições financeiras estão melhores, um ótimo salário. Mas não o suficiente para uma cirurgia e reabilitação tão caras.

-Eu só descobri no dia da cirurgia. - Responde abaixando a cabeça, olhando novamente seu anel.

-Me diz que não ficou bravo...

-Não. Eu só, fiquei sem reação. Sabe, depois do que Jong Min fez...

-Eu sei meu amor. Ele te pediu algo em troca? - A mulher pergunta o olhando nos olhos.

-Não, nunca me pediu algo. Ele sempre me esperou, para qualquer coisa.

-Então cuide dele da mesma forma que ele cuida de você.

Jimin sorri, segurando a mão da mãe com carinho.

-Pode deixar. Vou usar o resto do dia para arrumar suas coisas e assinar os últimos documentos do hospital.

Enquanto Jimin resolvia seus últimos assuntos dependentes. Jungkook saía de sua última reunião. O céu já estava escurecendo. Era incrível como depois de uma noite tão boa, veio um dia tão cansativo.

Suas costas estralavam a cada passo que dava até sua sala. Não conseguiu nem pegar o celular e mandar alguma mensagem para Jimin. Estava preocupado, queria saber como foi sua conversa entre a mulher detestável e seu loirinho.

Torcia para que talvez Jimin não se sentisse inseguro. Era a última coisa que queria. Se encosta na parede ao fundo do corredor, a mesma em que estava na primeira vez que o viu entrar na empresa. Pega seu celular percebendo não haver nenhuma mensagem de seu loirinho.

Estranho. Geralmente Jimin sempre mandava algo. Sua última vez online foi as quatorze horas. Já eram dezoito. Resolve ligar para saber onde ele estava ou o que estava fazendo.

Ligou uma vez, sem respostas.

Ligou a segunda, sem respostas.

Na terceira vez a voz gravada diz "O telefone encontrasse desligado."

Pronto, Jungkook não havia comido direito, dormiu pouco, estava com a cabeça cheia de todas as reuniões insuportáveis que teve e agora estava para pegar uma arma e se transformar novamente em um 007 para saber se Jimin estava bem.

Começa a andar de um lado para o outro, com ambas as mãos em sua cintura. Não deve ter acontecido algo, não é?

Não é?

-Eai maninho, tá livre finalmente? - Hoseok diz subindo as escadas que dava para o corredor onde Jeon estava.

A resposta do moreno foi silenciosa, apenas vira na direção do irmão, com uma expressão fechada. Seus olhos mostravam que estava pronto para cometer um assassinato.

-Jungkook? Não me olha assim cara, eu fico todo cagado. - Diz dando passos para trás afim de se afastar do mais velho, que em compensação, dava alguns para frente.

-Quando eu te pedi ajuda hoje, o que você respondeu? - Pergunta caminhando devagar até o irmão que tentava se afastar rindo nervoso.

-Que eu não tinha nada para fazer então te ajudaria no que precisasse.

-Certo, o que eu pedi para você fazer? - Diz parando em frente ao irmão que engole a seco.

-Acompanhar Jimin hoje.

-Certo, então porque está aqui sozinho? Enquanto Jimin sumiu do celular o dia todo?

-O que? Ele não falou contigo hoje? - Pergunta assustado vendo Jungkook negar com a cabeça. - Porra eu não sei, ele disse que sairia de táxi.

-Disse para onde?

-Não. Parecia apressado.

-Ligação ou mensagem?

-Mensagem.

Jungkook ri abaixando a cabeça, fazendo Hoseok ficar confuso, ele estava bravo ou não?

-Ok, tá querendo me dizer que você deixou que Jimin pegasse um taxi numa boa, sem nem perguntar se ele tinha certeza disso, depois de ter saído de um escritório cujo a mulher criou um plano para tentá-lo se afastar de mim e possivelmente, estava unida a Jong Min. Assim do nada?

Ok, ele estava bravo.

-Pensando por esse lado... Foi um pouquinho estranho mesmo... - Dá uma risada curta querendo sair dali correndo.

-Eu vou te matar.

-Eu também te amo. Desculpa cara, eu não pensei nisso.

Jungkook respira fundo antes de pegar a chave de seu carro que estava em seu bolso e descer as escadas indo rapidamente até o estacionamento. Será que tinha alguma coisa errada? Suspira pensando em onde seu namorado poderia estar.

O telefone toca logo em seguida, Jungkook estava tão preocupado que atendeu sem nem olhar o nome ou o número na tela.

-Alô. - Diz enquanto caminhava rapidamente pelo estacionamento.

-Alô senhor Jeon boa noite, só queria agradecer pela grande ajuda que deu ao nosso hospital. O dinheiro extra além do que deu para tratar Park Min Ji, foi muito útil na compra de mais aparelhos hospitalares.

-Ah, olá senhor. Estou um pouco ocupado agora.

-Tudo bem senhor Jeon, desculpe incomodá-lo, foi apenas para informar que a paciente será liberada. Já avisamos ao responsável, pensei que o senhor gostaria de saber também.

-Espera, liberada? - Jungkook para de andar, agora entendendo onde Jimin estava.

-Sim, será liberada as vinte duas horas.

-Ah sim, o responsável dele está aí?

-Está sim, parece estar a procura de um carregador para conseguir pedir um táxi daqui algumas horas.

Jungkook respira fundo parecendo estar extremamente aliviado. Teve praticamente uma parada cardíaca. Agradece ao senhor no telefone indo rapidamente até o carro pronto dirigir pelas ruas de Seoul até o hospital.

O celular de Jimin havia descarregado e com isso suas chances de ir embora de lá também se tornaram complicadas. Mas ainda queria matar o irmão na primeira oportunidade que tivesse.

Demora menos tempo que Jungkook esperava para chegar no local. Por incrível que pareça, a hora do Rush não estava dificultando o trânsito. Foi uma sorte.

Para seu carro no estacionamento, saindo rapidamente. Ao longe, perto da entrada do hospital, conseguia ver Min Ji caminhando um pouco. Fechava os olhos sentindo a brisa fresca daquela noite, possivelmente se sentindo livre.

Se aproxima devagar, colocando suas mãos nos bolsos da calça social que usava. Percebeu que nem ao menos havia tirado o terno. A mulher o vê sorrindo para si e parece ter ficado empolgada ao vê-lo.

-Jungkook, bom te ver meu amor. - Diz abraçando o homem bem mais alto que si com carinho. - Jimin está lá dentro em busca de um carregador. Ficou preocupado por não conseguir te avisar onde estava.

-Fiquei preocupado admito. Então, está liberada. Como se sente? - Pergunta vendo a mulher sorrir enquanto olhava para o céu.

-Incrivelmente livre. Acho que não tenho palavras para te agradecer por ter arcado com o tratamento e por cuidar tão bem do meu filho.

Jungkook ri baixo, achando fofo o gesto da mulher, Jimin e ela eram praticamente iguais.

-Não agradeça senhora, segui meu coração.

-Jeon? - Jimin que estava na porta de entrada do hospital corre para abraçar o namorado, que não tenta impedir, apenas retribui o gesto de carinho. - Me perdoa, o celular descarregou.

-Está tudo bem, deveria ter aceitado a carona de Hoseok.

-Não queria incomodar. Eu estava tão feliz que parece que eu não conseguia raciocinar. - Diz olhando os olhos grandes e escuros do namorado que apenas segura seu rosto e leva os lábios até sua testa o beijando levemente.

-Fiquei preocupado. Eu levo vocês.

-Estou vendo onde ela ficaria... - Olha para a mãe que caminha até a recepção pegando um pouco de água. - A casa do Taehyung é pequena, não tem colchões para isso.

-Tudo bem, fiquem no meu apartamento. - Jungkook diz vendo Jimin negar. - É sério, você sabe que eu fico lá só para dormir, tem o quarto de hóspedes que sua mãe poderia usar tranquilamente, você dormiria comigo como sempre.

-Eu não quero incomodar Jungkook. Tá mais do que na hora de eu tentar comprar uma casa para ela...

-Não pense nisso agora, apenas aceite. Se eu puder cuidar de vocês dois, eu estarei satisfeito. - Diz vendo Jimin pensar um pouco antes de concordar.

Ficaram mais algumas horas no hospital frio obrigatoriamente, já que só poderiam ser liberados mais tarde. Todos ficaram aliviados quando finalmente puderem sair.

Jungkook ajuda a mulher mais velha a entrar no carro com cuidado. Jimin ficou no banco do passageiro. Todos em silêncio enquanto o moreno dirigia de volta para sua casa, cansado.

Jimin sempre olhava para trás, aparentemente preocupado com sua mãe, que apenas sorria, sempre olhando a janela.

-Do que tanto sorri, mãe?

-Ah filho... - A mulher diz parecendo pensativa. - Depois de tanto tempo vendo paredes brancas, tudo parece mil vezes mais bonito, mesmo sendo apenas prédios e estradas.

-O que gostaria de estar vendo? Qualquer paisagem. - Jungkook pergunta.

-O mar, estaria com certeza vendo o mar.

-Então eu tenho uma proposta.

Ambos os Park's olham para o empresário que ri quando sente os olhares em si.

-Amanhã seria minha última reunião importante. Depois disso minha agenda está livre. Poderia ir ver o mar.

-Mas aonde? - Jimin pergunta.

-Jeju, tenho uma casa lá. Seria bom passar uns dois dias.

-Não precisa disso apenas para me agradar Jeon. - Min Ji ri, se sentindo mimada.

-Eu insisto, poderíamos ir todos juntos, inclusive meu irmão e Taehyung, todos ficamos preocupados com a senhora no dia da cirurgia.

A mulher fica em silêncio parecendo pensativa. Mas no fim, não conseguiria negar, queria muito aquilo. Jimin comemora junto, adoraria uma mini viagem para um lugar tão bonito quanto aquele.

Todos estavam ali, rindo juntos. Jimin nunca mais apanharia, Min Ji não veria mais apenas as paredes frias do hospital e Jungkook nunca mais se sentiria culpado.

Aquela mini viagem prometia e nela, muitas coisas aconteceriam.

A mulher mantinha seus olhos fechados, aproveitando seus primeiros momentos livre.

Já os dois homens, se olhavam vez ou outra, presos em seus pensamentos, que mesmo que não soubessem, eram os mesmos. O momento poderia ser fofo, mas suas mentes não.

Pensavam qual seria a próxima vez que poderiam repetir a noite passada.

Jimin pensando em que lingerie usava para tentar se sentir mais atraente.

E Jeon pensando no quão bom seria o pegar na sua mesa de escritório.

Dois tarados, mas completamente apaixonados um pelo outro.

Itália foi o cupido, o local onde pessoas que não poderiam se amar, se apaixonaram.

E Jeju, o que seria?

- - - - - -

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