Exposed 2 - VINNIE HACKER

By damahacker

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Após um ano de casados, os gêmeos Hacker e Ashley Simmons passam por agitações no relacionamento. E passam a... More

AUTORA
Novo desafio
Quando tudo muda
Como um piscar de olhos
Déjà vu
Connection
Confusion
Ecoando
Tapa sangue
Recordações
Regras?
Restart
Participação especial
Mafioso?
Interações

Inverso

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By damahacker

Uma semana depois...

Nada fazia com que eles lembrassem de mim, nada. Principalmente Vincent, ele mal parecia me conhecer e aquilo era extremamente estranho para mim. Stephan apenas lembrava de mim como sua amiga, não mais como sua mulher...

August me trouxe para ficar um tempo na casa dele e da Emy, para eu não ficar sozinha em minha casa ou ficar sozinha em um quarto da casa da mãe dos gêmeos. Eles estavam ficando por lá, cada um em seu quarto e como teríamos que ir com calma em relação a essa perda de memória que ambos estavam tendo, eu não poderia simplesmente dormir com eles.

August me trouxe para cá, colocou um colchão no chão em seu quarto e está dormindo nele, me deixando dormir com Emy na cama. Meu irmão sentia e sabia o quanto eu estava mal com toda a situação, então tem cuidado de mim como um bebê. E Emy não faz diferente, está sempre ao meu lado, me dando um grande suporte. É bom ter eles aqui, ter minha mãe, Karen, Gabriel e a família dos garotos cuidando de mim também, somos uma grande família e a sensação disso me fazia relaxar mais em relação as sensações ruins sobre oque acontecia comigo e os garotos.

Eles fazem exercícios diários, desde físicos até exercícios mentais. Estão evoluindo muito no tratamento que fazem de casa, isso é ótimo. Cecília me ligou a dois dias atrás, me dando a notícia de que pelo avanço que ambos estão tendo, à possibilidade de ser Amnésia retrógrada  é enorme e o doutor disse que isso é bom, pois esse tipo de Amnésia não costuma demorar muito tempo e com os exercícios, eles logo estarão cem por cento novamente. É como uma Amnésia pós-traumática.

Estou esperando August voltar do banheiro para irmos até a casa da família Hacker. Estou sentindo falta dos meus loirinhos, não sou mais acostumada a não estar pertinho deles todos os dias, sentindo o cheiro único de cada um, escutando as piadas ruins do Vincent ou escutando as risadas forçadas do Stephan para não deixar Vincent triste ao contar uma piada ruim... caramba, sinto tanta falta deles.

Vou deixar a Ash na casa deles e ir te buscar, tá bom meu amor?... eu sei... tá bom, amor. Eu sei que você está com cólica, meu amor, mas eu não sou o relâmpago mcqueen... sim, senhora, vou o mais rápido que eu conseguir... — August apareceu na sala, falando ao celular que estava segurando entre o ombro e cabeça, enquanto prendia o cinto da calça novamente. Ele pegou o celular quando terminou de arrumar a calça e o enfiou no bolso da mesma — Vamos? Precisarei infringir todas as leis de trânsito ou sua amiga coloca seu irmãozinho dentro de um túmulo... sem caixão...

— Estou nervosa — Falei, quase correndo até August. Eu estava com as mãos suadas, como se estivesse indo a um primeiro encontro.

Eles já são casados com você, Ashley. Está nervosa por que? Olha, eu fico muito feliz que eles não lembrem de você, só assim pra você ter um relacionamento apenas com um como toda pessoa normal... Seria ainda melhor se não fosse nenhum. Meus futuros filhos iriam adorar ter uma tia solteira, que apenas servisse pra levar eles em parques e comprar presentes — Bati em seu braço, reprovando a audácia em jogar praga pra cima de mim, falando pra eu ficar apenas com um, ou pior, com nenhum.

(...)

— Pra ser uma cunhada boa, não vou anunciar sua chegada — Emma falou, segurando em meu braço e quase correndo enquanto me puxava em direção a escadas — minha família está toda na piscina lá fora — Ela falou, quase como uma reclamação. Subimos até o primeiro andar e andamos até nos aproximarmos dos quartos deles. — Qual quer ver primeiro? — Emma perguntou, e eu me fiz a mesma pergunta mentalmente. Vincent mal sabe quem sou, mas Stephan lembra de mim, então irei na opção que eu conseguiria lidar mais fácil...

Stephan — Respondi e Emma soltou minha mão.

Boa sorte, Ash. Torço para que esse encontro seja melhor que o último... — Ela falou e afastou-se de mim, indo até a escada e descendo para o andar de baixo. Encarei a porta do Vincent por alguns segundos, mas respirei fundo e me direcionei até a do Stephan.

Coloquei a mão na maçaneta, mas a tirei no mesmo segundo. Dei duas batidas leves na porta, esperando que ele liberasse minha entrada e não que eu apenas fosse entrando.

Pode abrir — Stephan gritou de dentro do quarto e eu senti meu coração acelerar mais do que estava acelerado quando Emy e eu saímos para correr ontem a noite. Coloquei a mão na maçaneta novamente e abri a porta.

Meus olhos foram direcionados para o loiro, que estava em pé, com um braço ao redor do pescoço de uma mulher, que o ajudava a levantar e sentar na cama. Era a fisioterapeuta dele, já a vi uma outra vez o ajudando com os exercícios. Os meninos não tiveram sequelas físicas, mas Stephan era um atleta, ele precisava ter acompanhamento mais afundo com os exercícios, para não perder seus desempenho em quadra.

O loiro olhou para mim e sorriu, arrancando um sorriso meu no mesmo segundo.

Oi Ash — Ele falou ao sentar na cama e a mulher soltar ele — Obrigado pela ajuda, Milena. Preciso descansar um pouco agora...

Tudo bem trocar a fisioterapia por ela — Milena olhou para mim, sorrindo — eu também trocaria — Ela falou, arrancando uma risada do Stephan e de nós duas também — amanhã estarei aqui no mesmo horário. Sem exercícios pesados, estamos combinados? Ou irei contar tudo ao treinador

— Isso é uma ameaça? — Stephan perguntou enquanto ela recolhia as coisas dela

Óbvio! Se eu não fizer você voltar a ser Stephan Hacker, o super jogador de basquete, como nosso treinador baba ovo te chama... — Ela fingiu ter ânsia e Stephan ria — meu emprego desce pelo ralo. — Milena colocou a mochila nas costas e se direcionou até a porta, eu a dei passagem — Até mais, gente

— Até — Respondi e ela saiu do quarto, fechando a porta. Olhei para o Stephan e ele deu duas batidinhas ao seu lado na cama, e eu não recusei. Estava quase igual a um animal no cio, mas invés de querer ter relações, eu só queria qualquer vestígio de estar a centímetros deles. — Como você está? — Perguntei, sentando na ponta da cama, não tão perto dele.

Estou bem. Acho que foi um acidente, não uma doença contagiosa...

Ãn? — Perguntei, avulsa na sua resposta e ele riu.

Está quase sentando do outro lado da rua da minha casa — Ele falou e apontou para onde eu estava — está com medo de mim?

— Não — Respondi, me aproximando mais, mas não tanto — como está se saindo na fisioterapia? E com a psicóloga? Tudo bem?

— estou sendo um bom garoto com todas — Ele respondeu.

em duplo sentido? — Perguntei, no impulso. Não sei se ele responder que sim, eu surto pelo ciúmes ou tenho que fingir demência.

hm... Milena é bonitinha e legal, mas não sinto vontade de flertar com ela... e a outra é casada, sinto muito menos vontade de flertar com ela. Então não é em duplo sentido. — Ele levantou da cama, sem precisar de ajuda e andou até a janela do seu quarto, olhando para baixo, provavelmente observando sua família. — isso te conforta? — Ele perguntou, sem tirar os olhos do que acontecia lá embaixo.

Oque? — Perguntei e Stephan olhou para mim.

Eu não estar flertando com outra mulher... é algo bom pra você? — Ele perguntou, mas eu fiquei calada. Era óbvio! Eu o faria recordar a memória em segundos se tentasse ter algo com outra. — Hoje pela manhã Emma estava aqui, conversando comigo. E estava falando sobre você, sobre nós... — Ele voltou a olhar para a janela, como se não quisesse sentir que toda a minha atenção estava nele.— Emma é apenas uma adolescente, as vezes fala besteiras... na verdade, esquece... E você, como está?

— Oque Emma falou sobre nós? — Não responderia sua pergunta, eu não conseguiria mentir, iria falar sem filtros o quanto eu estava péssima.

Estou começando a ficar ciente, ou começando a acreditar que realmente tive uma perda de memória... Tem muitas coisas que me contam e eu acho um absurdo, mas não acho que seja mentira, sabe?

— E oque te contaram? — Perguntei, dando toda minha atenção para ele.

Já faz dois dias que Emma conta para mim que antes desse acidente... eu e você... — Ele coçou a nuca, como se estivesse receoso em falar. Eu não cheguei a falar com nenhum dos dois sobre nosso casamento, apenas tentei saber oque eles lembravam sobre mim. Pedi para ninguém citar nosso casamento com eles, porque isso poderia parecer confuso. Aparentemente Emma não seguiu o combinado...

eu e você? — Perguntei

— Não éramos mais amigos... sabe, éramos além de amigos — Stephan olhou para mim, parecia confuso. — é verdade?

— Nós... — Quando comecei a falar, a porta do quarto foi aberta e um Vincent barulhento entrou no quarto.

Você não faz ideia do que acabei de lembrar! — Vincent chegou falando no quarto, parecendo uma criança feliz e eu me mantive quieta, acanhada na cama do Stephan. Meu coração estava pulsando incontrolavelmente, parecia querer sair de dentro de mim a qualquer momento.

Oque? — Stephan perguntou, e eu involuntariamente e mentalmente torci para que seu irmão só falasse que lembrou de mim, lembrou de nós.

Nate! Você lembra dele, não lembra? É óbvio que lembra. Deveríamos fazer uma visita, sei lá. Éramos melhores amigos, acho que deveríamos nos reencontrar depois de tanto tempo. Eu lembrei onde ele mora... ou lembrei mais ou menos — Ele passou a mão no próprio cabelo — eu lembro de um bar... acho que ele ainda mora na mesma rua de antigamente, não sei...

— Ele ainda está na mesma rua sim — Falei, e ganhei atenção de Vincent, que parecia não ter notado minha presença antes.

Não sabia que você estava com visita — Ele falou com o irmão, sem tirar os olhos de cima de mim — Oi, tudo bem? — ele aproximou-se e estendeu a mão para que eu apertasse — seu irmão está aqui também?

— Oi loi... Oi. — Engoli a saliva quando quase deixei o apelido escapar. Apertei sua mão e Vincent juntou as sobrancelhas e semicerrou os olhos enquanto me encarava. — estou bem. Ele não está, apenas me deixou aqui

— Entendi. Stephan, depois conversamos então. Tchau Simmons — Ele demorou para soltar minha mão, mesmo após se despedir.

Vai arrancar a mão dela? Já está bom, cara. Larga. — Stephan aproximou-se e separou minha mão da mão do irmão — Tchau Vincent! — Ele acenou a mão na frente do rosto do irmão, que parou de olhar pra mim e saiu andando até a porta do quarto, calado. — Não liga, ele é estranho assim mesmo. Acho que caiu do berço quando pequeno e nunca voltou ao juízo normal...

— Eu o conheço como a palma da minha mão — Falei, baixo, sem querer responder Stephan, mas respondendo mesmo assim.

Meu irmão? — Ele riu — Impossível! Sofri um acidente, não estou ficando maluco. Sempre procurei manter a senhorita longe das más influências, não deixaria ficar perto logo dele.

— Stephan

— Hum?

— Sobre o Nate, que seu irmão citou... meio que você e seu irmão não falam mais com ele. Vocês dois brigaram com ele, por minha culpa... ou melhor, para me defender. — Dei de ombros — Sei que estamos proibidos de bombardear vocês dois com informações, mas isso é extremamente difícil para mim. Me desculpa. — Minha voz ficou embargada e eu respirei fundo, baixando a cabeça e encarando minha própria mão que eu alisava para tentar ainda sentir Vincent a segurando. Eu estava desesperada por migalhas, e isso parecia ser tão injusto.

Ashley — Stephan ajoelhou-se na minha frente, com dificuldade e segurou em minhas coxas para manter seu equilíbrio. — Você sabe que confio em você de olhos fechados, não sabe? — Eu não o respondi, apenas fiquei o olhando, ali tão perto, mas tão longe. — Quero que me conte. Tudo.

Isso não é bom para você, amor — Passei a mão em seu cabelo. Era loiro igual ao irmão, mas o seu era mais escuro que o de Vincent. Mas quando iluminados pelo sol, ficavam idênticos.

Emma não estava mentindo... — Ele falou e baixou a cabeça — Amor... — e repetiu a forma como acabei de chamá-lo. Ele segurou minha mão, tirando-a do seu cabelo e olhou para ela por uns breves segundos. Alisou minha aliança com o polegar e em seguida olhou para a própria mão. — era de compromisso? Eu tenho uma também? — Ele perguntou, sem nem levantar o rosto para perguntar isso olhando em meus olhos.

Está guardada em casa, vocês tiveram que fazer raio-x, tomografia... — Ele levantou o rosto, finalmente me olhando nos olhos.

é de compromisso? Ou...

— Casamento — Respondi e Stephan respirou fundo.

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