No Passado

aut_nunes द्वारा

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ShortFic! " Uma jovem humana, dezesseis anos vivendo em seu inferno particular. Pais ruins, família desarmon... अधिक

⬪ Cᴀsᴛ
Sᴜᴍᴀ́ʀɪᴏ
↠ Prólogo
𝟏.
𝟐.
✦ Bᴏɴᴜs
𝟒.
𝟓.
𝟔.
✦ Bᴏɴᴜs
𝟕.
𝟖.
✦ Bᴏɴᴜs
𝟗.
𝟏O.
ᴇᴘɪ́ʟᴏɢᴏ

𝟑.

700 80 70
aut_nunes द्वारा

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25 votos

" eu sei que é difícil, meu bem, mas eles são tão necessários, e aprenderá ***** **** *** a lidar com eles  "

✦ • ✦ • ✦

1 mês depois

     Creio que não importa quanto tempo passe, continuarei ouvindo os gritos absurdos toda vez que Sina for ao banho. E não importa o jeito, a hora, a abordagem ou seu humor, a ida no banheiro sempre se encerra em lágrimas.

— eu posso tentar? — Any perguntou me encarando com um olhar de pena.

Certamente sua emoção não esteve ligada a mãe que sofre com todos os gritos, mas sim na criança chorando dentro do boxe.

Minha ligação com a cacheada evoluiu muito nos últimos dias, hoje ela sabe o que se passa comigo só de me olhar. Agora estamos trabalhando na relação dela com Any, que não mudou muito no último mês.

— fique a vontade.

Imaginei que a mulher entraria no boxe, mas ela foi até a banheira e a colocou pra encher. Após um tempo a cacheada começou a tirar as vestes, me surpreendendo em níveis altos.

Acho já ter decorado seu corpo por inteiro, mas creio que Sina nunca tenha lhe visto nua. A loira só virou o rosto e continuou com a cena, agora encarando a parede.

— venha, traga ela pra cá — Any mandou enquanto prendia os cachos com uma piranha grande.

Eu obedeci, segurando minha criança pelas axilas e a erguendo no ar. Assisti suas pernas chutarem, agressivamente, o ar, mas não me importei muito.

— assim você machuca nós duas — Any disse pegando a miúda no colo.

— você tá nua! — Sina gritou em meio ao choro — me soltaaa — a vogal se estendeu em mais uma série de soluços e lágrimas.

A mulher entrou na banheira e, calmamente, se sentou. Vi minha filha ser sentada nas pernas macias da mais velha, mas seus movimentos não pararam, e logo a água cristalina presente ali se agitou.

— shii, vamos nos acalmar? — ela pediu, deitando o rosto de Maria no próprio busto.

— me solta, me solta, me soltaaa.

Peguei a embalagem do sabonete líquido, que foi indicado para a idade da criança, e fui me sentar na borda da banheira.

— é só um banho, meu anjo. Quanto tempo faz que a mamãe não vem no banheiro contigo? Acho que foi o suficiente para se acostumar, não?

Me perdi encarando a mulher, tendo atenção em suas falas tranquilas. Apenas me dispersei quando vi sua feição de dor, então percorri o olhar por seu corpo até achar dois furos em seu braço.

A indignação correu por meu sangue, sendo capaz de me fazer levantar Sina com um braço em segundos. Implorei pra não me arrepender, mas lhe dei três tapas estalados na bunda, sem poupar forças.

— eu não te quero mordendo ninguém! — avisei brava.

Maria gritava tentando tirar minha mão de seu braço, e quando viu não conseguir chorou pedindo ajuda a Any.

— olhe para mim, Sina Maria.

— Anyyyy — ela gritou alto enquanto chorava.

Tirei a criança da banheira e a pus de pé no box. A água morna alcançou seu corpo pequeno e lhe dei o banho mais rápido do século.

" — cale a boca, faça silêncio, pare de gritar — mandei todas as vezes em que ela se sujeitou a gritar".

Durante o ato eu sequer olhei pra mulher na banheira, mas tive certeza que ela saiu sem comunicar.

— tá me machucando — Sina disse baixo com a voz embargada.

Respirei fundo e passei a lhe vestir com mais calma, afinal, a intenção não é machucar a criança.

— vá pro seu berço e suba as grades, só é pra sair quando eu for te buscar — mandei mais tranquila, com o tom baixo.

— desculpa, mamãe.

— vá, Sina.

Ela me encarou com os olhos cheios de lágrimas e foi correndo pro próprio quarto. Eu ainda arrumei o banheiro antes de ir atrás da Any.

— está brava comigo? — perguntei para introduzir alguma conversa, me sentando ao seu lado na nossa cama.

— poderia guardar pra mim e falar que não, mas você me fez prometer que nosso relacionamento estaria regado a sinceridade e verdade — ela começou com a cabeça baixa, então me encarou.

— converse comigo, estou disposta a ouvir e a aprender.

— disse que eu poderia falar sobre meus sentimentos sem receios, então vou falar — ela disse — sei que a mãe de Sina é você, eu sou no máximo uma mulher que ela desconhece se tornando próxima a mãe.

— sinto que pense assim — afirmei — Sina gosta muito de ti, apesar de não demonstrar em muita das vezes.

— de toda forma o que quero falar é que me senti mal quando tirou ela do meu colo, eu nunca fiz isso com você e nem pretendo fazer. Acredito que autoridade não deve ser tomada a força, como fez hoje.

— tudo bem — concordei — me desculpe. A emoção disse mais alto que a razão, fiquei irada com o fato dela ter te machucado.

— ela é uma criança, querida. Uma bebê vampira, que mal sabe ter presas — Gabi segurou minha mão e a pôs nas próprias pernas, as cobrindo com as suas — Nós duas sabemos que as presas fogem da gengiva quando nos sentimos ameaçados, Sina pode ter se sentido assim, mesmo que os dentinhos ameaçadores dela ainda não tenham nascido, ainda sim existem outros em sua boca, que podem fazer estrago.

— ela está comigo a mais de três meses! Por que continua a ter tanto problema com banhos? — perguntei com uma real dúvida.

O pudor de minha criança me chateia, é como se, mesmo depois de tanto, ela continuasse com medo de mim.

— é assim mesmo, cada criança tem seu tempo. Cabe a ti ter paciência e levar isso da melhor maneira possível.

— o assunto já está em mim, mas o foco aqui era pra estar em ti — comentei e respirei fundo — me diga o que mais te deixou chateada.

— bateu nela...

Nenhuma explicação, apenas as duas palavras e um olhar magoado.
Eu nunca conversei com Any sobre isso, mas pra mim isso sempre foi comum.

— não gosta quando faço isso, né? Notei que na primeira vez que aconteceu você virou o rosto.

— não gostei na primeira vez, mas não tinha voz o suficiente pra falar. Também não gostei hoje, você não parece ser você quando está batendo nela.

— deixei a raiva me guiar, desculpe.

— promete que não vai mais fazer isso? Pelo menos não da maneira como fez hoje.

— prometo — respondi, disposta a cumprir com a promessa.

— onde Sina está?

— no berço.

— ela dormiu?

— não sei, a mandei ir pra lá e esperar minha volta.

POIN OF VIEW.
🟠 Any Gabrielly

Entrei no quarto infantil sozinha. Pedi esse momento a Sabina e ela concordou em me deixar a sós com a criança.

Sina estava quietinha no canto do berço, deitadinha com o rosto escondido em seu polvo de pelúcia.

Não consigo perceber se ela está ou não acordada, mas se estiver dormindo terei que acorda-la. Maria não mama a algumas horas e dormir com a barriguinha totalmente vazia nunca é um bom negócio.

Quando abaixei a grade do berço ela ergueu a cabeça para encarar-me. Seu rostinho demonstrava o quão ela queria que, em meu lugar, estivesse sua mamãe.

— a gente pode conversar? — perguntei.

— não posso sair daqui — ela disse com o choro preso na garganta.

— então ficaremos aqui.

Sentei dentro do berço, com a certeza de que eu cabia lá dentro, e puxei seu pequeno corpo, induzindo-a a sentar no meu colo.

Mantive Sina de frente pra mim, com o rosto deitado em meus peitos e pernas largadas ao redor de minha cintura. Fiz carinho em suas costas, por dentro da blusa do pijama, e logo ouvir seu chorinho baixo.

— chore, meu amor, tudo o que tiver pra chorar.

Ficamos um tempo ali, curtindo a presença uma da outra. Ela chorava sem nada dizer, e eu lhe fazia carinho com todo o amor do mundo.

— desculpa — sua vozinha saiu mais calma, e vi a criança passar a mãozinha nos pequenos furos vermelhos em meu braço.

— sabe por que isso aconteceu? — perguntei calminha, e a senti negar com a cabeça — nossa boquinha age sem pensar toda vez que sentimos medo. O maxilar abre e então você percebe que está fazendo algo que as vezes nem gostaria.

— não tenho medo de você — ela me interrompeu veloz, erguendo o rosto pra me encarar.

— fico muito feliz por isso, mas não estou te culpando. Esteve em um momento, até então, desconfortável, e foi assim que seu corpinho reagiu. Não há problemas, ok? Não se culpe.

— mas eu te mordi, fiz isso porque eu quis.

— e eu já te perdoei — afirmei.

— obrigada.

— oh meu anjo, não precisa agradecer — beijei sua testa e senti sua bochecha procurando atrito em meu busto.

— acha que a mamãe tá muito brava comigo?

— a mamãe agiu mal hoje. Na verdade as duas agiram, e precisam conversar — expliquei.

— ela quer conversar comigo?

— quer sim, mas eu pedi pra fazer isso primeiro.

— você pode ficar junto? Quando a gente for conversar.

— por que me quer junto?

— porque eu gosto de você. 

— é só por isso? — perguntei — nada de medo da mamãe?

Senti mais algumas lágrimas molharem minha pele exposta, e respirei fundo, pensando se cabia a mim ter essa conversa com ela.

— não tenho medo da mamãe — ela disse com a voz embargada, e eu vi Sabina aparecer na porta — mas não quero que ela me bata de novo.

— então converse com a sua mamãe, e diga isso a ela.

— como?

— assim como está dizendo pra mim.

A morena chegou pertinho, e pôs a mão nas costas da filha, fazendo um carinho suave ali. Sina virou o rosto e pediu colo assim que enxergou a mãe, voltando a chorar.

Hidalgo pegou a criança no colo.
Abraçando o pequeno corpo, a mulher andou pelo quarto ninando sua pequena.
Eu fui egoísta demais pra sair dali e deixá-las a sós, permaneci dentro da prisão de bebês observando o quão as duas precisavam daquele momento.

— desculpa mamãe!

— tá tudo bem — Sabina afirmou, ainda fazendo carinho nas costas da criança — ela está suando, é normal?

— é calor — respondi, achando sua preocupação muito fofa — tire a blusa.

— a dela ou a minha?

— quem tá suando, anjo? — perguntei e ela enfim entendeu.

Com dificuldade a mais velha despiu a criança, mantendo somente a calça no lugar. Surpreendendo a mim e a Sabina, Sina não chorou e nem sequer reclamou.

— você perdoa a mamãe por ter te dado aquelas palmadas?

— uhrum — Maria concordou com um resmungo tímido.

— prometo não agir daquela forma nunca mais, se fizer algo errado primeiro vou esfriar a cabeça e só depois a gente conversa.

— tá bom.

— podemos combinar assim?

— podemos.

A noite seguiu no quarto de Sabina, que ela insiste em dizer ser nosso. Sina mamou até dormir, e quando o fez eu e sua mãe concordamos em deixá-la passar a noite ali, conosco, em nosso meio.

> Nota da autora

Nada não, só pra mostrar a pelúcia da Sina mesmo.

Capítulo não corrigido (planejo corrigir quando voltar pra casa) qualquer errinho podem me comunicar

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