Oii pessoas, olha o trailer da fanfic aí 🫰
Espero que gostem.
Demorei mas apareci com um capítulo maior, hehe. Espero que gostem.
Iniciei meus trabalhos como Trailermaker, um exemplo é esse de Aceita uma bebida? Então quem quiser, é só me mandar mensagem.
Obg por todo o carinho que vocês tem comigo no insta, é importante pra mim.
Bjbj e bom capítulo, espero que gostem.
(Não foi revisado, então me perdoe qualquer erro de português).
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Jungkook pelo resto da noite, se deu ao trabalho de apenas admirar o homem que o escolheu e nossa, como ele teve sorte, sempre pensava isso. Gostava de ver a evolução de Jimin, de como ele sempre chorava ao falar de algo que já o machucou muito.
Mas agora, parece que sua vontade de tentar superar tudo havia ultrapassado qualquer outra coisa, e isso, era bom.
Jeon deveria admitir, sentiu medo.
Medo de Park talvez não aceitar seu pedido. Talvez, ele teria razão se o fizesse. Tudo foi acontecendo rapidamente. Mas seus sentimentos também foram assim. Não demorou quando se viu paralisado ao ver o loiro entrar na empresa, o desejou nesse exato momento.
Também não hesitou em confiar e se entregar, mesmo que não completamente, o que foi incrível. Jimin era uma pessoa incrível.
É, ele era realmente um cachorrinho e seu loirinho havia posto a coleira em si. Ri pelo seu pensamento bobo enquanto olhava o namorado dormir. Seus fios dourados caíram sobre seus olhos e Jungkook fez questão de afastá-los. A boca corada e carnuda mantinha um bico extremamente fofo e sua mão pequena repousava no peito do moreno, parecendo buscar mais contato além dos toques que recebia na cintura.
Antes de irem se deitar, não havia acontecido muita coisa. Após saberem de tudo o que aconteceria nos próximos dias e de toda a conversa sobre como resolveriam toda a situação, no fim Jeon sabia exatamente o que fazer. Mas não tinha tempo para isso. Havia uma entrevista marcada já fazem alguns meses com uma emissora de certa credibilidade, isso até antes de Jimin ser contratado.
Veio em um momento péssimo, mas tinha que ser feito. Ligou para Hoseok antes de se deitar pedindo que ele resolvesse esses assuntos pendentes e qualquer dúvida o mandasse mensagem, ele não hesitou em fazer.
E o dia seguinte havia chegado rapidamente. Park acorda sentindo o sol em seu rosto. Haviam esquecido de fechar as cortinas. Se assustou por alguns segundos ao perceber que Jeon não estava na cama, mas se acalmou a sentir cheiro de comida. Ele também cozinhava?
Correu até o banheiro para tomar um banho rápido e escovar os dentes, sempre desejava estar no mínimo, apresentável, para Jungkook. Talvez, porque o que era uma quedinha no início, se transformou em algo maior com o passar do tempo. Deveria admitir, Jeon sempre tomou conta de seus pensamentos desde o primeiro momento que o olhou. Apenas sai do quarto como se não tivesse corrido para estar no mínimo cheiroso.
Jungkook não era uma pessoa tão habituada aos hábitos coreanos, talvez porque passasse a maior parte do tempo viajando. Sua comida cheirava como um típico café da manhã italiano. O cheiro de pão fresco e café o fazia salivar. Se lembrou do comentário do moreno sobre o avô ser italiano e o ter ensinado a língua.
-Seu café da manhã não é nada típico Coreano, sabia? - Jimin diz abraçando o namorado por trás que ri de seu comentário.
-Acho demais comer arroz de manhã, eu não conseguiria. - Diz com a voz mais grave que o normal, o que mostrava que havia acordado a pouco tempo.
Coloca mais um pão no forno antes de se virar para olhar Jimin, que olhava o que ele fazia de uma forma curiosa.
-Você não é totalmente coreano não é?
-Parece curioso sobre isso. - Ri vendo Jimin confirmar com a cabeça, parecia uma criança. - Meus avós por parte de mãe eram. Minha mãe preferiu se relacionar com um coreano quando fez intercâmbio. Escolheu a pessoa errada.
-Mas ela teve você, com certeza tinha orgulho do filho dela.
-Bom, ela dizia que sim pelo menos.
Jimin sorri sentindo os braços longos do moreno o envolver, adorava aquilo.
-Hoje o dia vai ser cheio. - Jungkook diz beijando logo em seguida a testa do loiro, que fecha os olhos.
-O que temos que fazer?
-Bom, Hoseok vai cuidar da polícia e da máfia. Temos que ir na entrevista e depois patinar.
-Patinar? - Levanta a cabeça olhando o moreno oque tinha um sorriso lateral.
-Patinar. Quero ter um tempo com o meu namorado antes da batalha. - Diz apertando o queixo do loiro antes de se afastar para terminar de preparar o café. - Aliás, como eu sei que não teria roupas, me encarreguei de comprar algumas peças ontem, antes de nós encontrarmos.
-Mas você nem sabe meu tamanho Jeon.
-Eu conheço o corpo que eu toco.
Uma fala era o suficiente para que o corpo do loiro começasse a tremer, Jungkook sabia do poder que tinha e usava isso ao seu favor.
Jimin sai da cozinha a passos rápidos voltando para o quarto do moreno.
-Onde estão? - Pergunta em tom de voz alto o suficiente para que Jungkook, no outro cômodo, pudesse ouvir.
-Você tem uma parte no closet. - Responde na mesma altura.
Se surpreende ao ver que dentro do enorme closet, Jeon havia feito uma divisão. Do lado esquerdo ficavam todas sua roupas, a maior parte de tons escuros. E do lado direito as de Park, que pelo visto, ganhou um novo guarda-roupa.
Não eram poucas peças. Havia vários tipos de casacos, blusas, sapatos e até acessórios. Tudo de um estilo que o loiro amava. Era incrível como Jungkook conseguia ver observador ao ponto de saber seus gostos. Nem Taehyung sabia.
Dedilhando todas aquelas roupas, escolheu o que usaria no dia.
Um blaser branco que parecia confortável ainda mais naquele dia frio, uma blusa segunda pele preta que tinha a gola alta, calça social que se ajustava ao seu corpo, também branca e um all star preto.
Sorri ao pegar o tempo tão despojado para aquele estilo de roupa, mas era o que gostava. No fim seu cabelo que havia secado naturalmente, fez leves cachos na ponta, gostou do estilo. Apenas colocou algumas argolas na orelha.
Entre os dois armários havia um espelho perfeito para visualizar o corpo inteiro. Estava bonito, deveria admitir. Estava prestes a sair do closet quando vê um papel preso ao espelho. Se aproxima lendo o que estava escrito.
"No banheiro, lado direito do armário da pia."
Sem entender, vai até o local citado abrindo o armário espaçoso que tinha ao lado do espelho ainda úmido do banheiro. Itens cosméticos que sempre gostava de usar estavam perfeitamente organizados, Jeon pensou em tudo. Sorri ao ver dois perfumes caro ao lado, um deles tinha outro bilhete.
"Fiquei em dúvida no seu perfume favorito, admito. Se eu não acertei, espero pelo menos que goste."
De fato, ele acertou em um. Amava a fragrância. Pegou o outro vidro que mostrava um líquido de aparência arroxeada.
"Euphoria, Calvin Klein."
Acabou por escolher esse e não se arrependeu. Foi necessário apenas alguns segundos para que espalhasse com cuidado em pontos específicos, nada exagerado.
Volta para a cozinha em seguida vendo Jeon tirar o avental o guardando no armário antes de olhar para o loiro parado ao lado do balcão. Se tentasse desviar o olhar, com certeza, não conseguiria.
-Me surpreendo em como consegue ficar cada vez mais bonito.
-Você salvou a minha vida. Como adivinhou tão bem meus gostos?
-Eu não adivinhei, eu sabia. Foi necessário um tempo de observação desde o primeiro dia que te vi apenas. - Diz se aproximando até ficar em frente ao namorado que levanta um pouco a cabeça para olhá-lo.
Sorri quando vê as bochechas de Park ficarem rubras.
-Que foi? Quer realmente me deixar tímido?
-Forse (Talvez). - Diz em seu italiano perfeito. - Venha comer.
Após duas horas que foram suficientes para comerem e Jungkook se vestir adequadamente para a entrevista, já estavam no trânsito. A emissora ficava na parte sul de Seul e o trânsito estava tranquilo, não demoraria tanto.
No rádio tocava uma música que nenhum dos dois conhecia, mas perceberam ter o gosto parecido nisso, já que ambos aproveitaram do som mais de uma vez.
Jungkook sempre que trocava de marcha, aproveitava para repousar sua mão na coxa grossa do loiro que sempre fazia questão de dar um tapa fraco para que o mesmo a tirasse, o que fazia ambos rirem.
Passaram por uma avenida movimentada onde dava para ver, ao longe, a imponente Jeon's Corporation. Jungkook a olhava com um certo carinho, sofreu muito para transformar o que ela é hoje.
Noites mal dormidas, crises de ansiedade e até uso de medicamentos para manter o foco. Além de altas horas de trabalho para conseguir dinheiro o suficiente para seus projetos. Foram anos a fio nisso, agora estava vivendo sua vida corretamente ao lado de alguém que sonhou em encontrar durante sua vida. Não deixaria alguém que de um nível tão baixo, acabasse com isso.
Não demorou até que parassem no estacionamento reservado para Jeon. Jornalistas faziam volta pelo carro para tentarem fotografar o empresário, Jimin demoraria um pouco para se acostumar totalmente com isso.
Os seguranças conseguem afastar um pouco as pessoas, dando espaço suficiente para Jungkook sair do carro fazendo as vozes aumentarem e ir até a porta do passageiro, abrindo para que o loiro saísse. Segura sua mão com carinho como se dissesse, está tudo bem.
Não se preocupava se a mídia diria algo ou não, faria o loiro se sentir bem e seguro em qualquer lugar ou situação. Andavam a passos rápidos até o elevador que os levaria ao andar principal, onde ocorreria sua entrevista. Ao longe, podia-se ouvir comentários como "aquele é o namorado de Jeon?" ou "Ele é bonito".
Ao chegarem no local e serem bem recepcionados pela produção que estavam concentrados em todos os últimos preparativos, Jimin reparava no cenário. Era uma vista aérea de Seul, que filmava em vários ângulos a empresa de Jeon. Uma mulher loira, que mantinha suas pernas cruzadas, aparentemente, incomodava com sua saia, ensaiava tudo o que deveria perguntar.
Jungkook por sua vez, não sentiu necessidade de ler o que tinha nos papéis, estava calmo como sempre. Não era sua primeira, nem última entrevista. Jimin preferiu se manter em pé, em um canto.
-Vamos começar. - O diretor diz se sentando perto de onde o loiro estava.
-Boa tarde, estamos ao vivo diretamente de Seul para entrevistar um empresário sul coreano renomado que fechou parceria a algum tempo com firmas italianas e em breve, americanas. É considerado um gênio por muitos e ganhador do prêmio de mente do ano pela revista Always.
Jeon Jungkook, é um prazer tê-lo aqui. - A mulher diz, sempre sorrindo.
-É um prazer estar aqui, agradeço pelo convite. - Diz em seu tom de voz firme e postura reta, que sempre mantinha.
-Bom Jeon, sabemos toda sua trajetória até aqui, para se tornar o empresário que é hoje. Qual é a sensação que te trás, dever cumprido?
-Não, porque o dever não está cumprido. Trabalharei firme nesse ramo, crescendo e aumentando sempre meu trabalho até me aposentar. A única sensação que sinto todos os dias é gratidão, por saber que meu esforço não foi em vão.
-E quando se aposentar? O que fará com a empresa?
-Deixarei para que meu futuro filho administre.
-Então tem planos de ser pai? Mesmo nessa vida corrida?
-Sim.
Jimin sorri, Jungkook sempre deixou claro seu desejo por uma família.
-Bom senhor Jeon, sua viagem a Itália foi um dos assuntos mais comentados por toda a Coreia. Algumas pessoas presentes disse terem visto um desentendimento entre o empresário Fergorini e o senhor. O que houve?
-Apenas assuntos pendentes que já foram resolvidos. Hoje trabalhamos juntos com seriedade, sem problemas.
-Acha que essa parceria o beneficiou de alguma forma?
-Certamente. Uma filial na Itália será inaugurada em breve.
A mulher concorda parecendo se animar ao ver a próxima pergunta.
-Algo também muito comentado foi a sua companhia de viagem. Um secretário?
-Na época sim.
-Na época? Não trabalha mais com o senhor?
Jimin se sente um pouco nervoso. Não imaginava que esses tipos de perguntas fossem ser feitas. Jungkook mantinha toda sua calma de sempre, a não ser pelo sorriso lateral que mantinha ao ver a curiosidade de todos sobre o assunto.
-Sim trabalha, mas além de secretário é uma pessoa bem próxima de mim.
-A mídia diz ser um namorado, está correto?
Todos ficam em silêncio esperando a resposta, que veio clara e rápida, onde não mostrava nenhuma dúvida ou hesitação.
-Sim, ele é meu namorado.
-Jeon Jungkook é gay, isso vai dar uma ótima página no jornal. - Um dos homens ao lado de Jimin diz em um tom de voz baixo, mas recebe um tapa leve quando todos percebem que o namorado estava ali, presente.
Mantinha o braço cruzado para mostrar algum tipo de confiança quando percebeu que todos da equipe o olhavam curiosos.
Agora todos saberiam. Jeon Jungkook, o empresário famoso, é gay e namora o secretário.
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Jong Min se encontrava sentado no balcão de um bar perto de onde morava, parecia confuso.
Uma mulher de voz sedutora, havia ligado para si. Sabia seu nome, endereço e informações que apenas pessoas próximas saberiam. Agora, esperava a presença da mulher misteriosa, que marcou encontro.
Já tinha coisas demais com o que se preocupar. No dia seguinte, seria a invasão a empresa do empresário metido. Queria acabar com ele com as próprias mãos para depois ir até o ex namorado o mostrar quem estava no controle de tudo.
Nenhum dos dois sairiam vivos no fim.
Demorou poucos segundos até que sons de passos fossem ouvidos pelo local, a mulher usava um salto alto. Vestia uma saia social preta extremamente colada um casaco grande que tampava quase sua roupa por completo.
Era loira, aparentemente americana e atraente.
-Lee Jong Min, não é? - Pergunta levando o cigarro a boca.
-Sim, foi você que me ligou?
A mulher confirma com a cabeça soltando a fumaça no rosto do coreano que tosse leve.
-Sou alguém que pode te ajudar muito. Na verdade, já ajudei.
-Quem é você afinal?
A loira se senta ao lado de Jong Min que se afasta um pouco, apreensivo.
-Meu nome é Roselie Park. Sou advogada.
-E o que você quer comigo?
-Soube que quer tentar derrubar Jeon Jungkook a todo custo. - Diz tirando os óculos escuros que usava.
-Sim, o conhece?
-Claro e muito bem. O conheci em uma reunião, puxei conversa, ele bebeu muito e acabamos dormindo juntos.
-Deixa eu adivinhar, ele te chutou.
Rose olha para o coreano com uma expressão fechada, estava estressada demais para aceitar brincadeiras de mal gosto.
-Ele não me chutou, apenas disse que foi um mal entendido. Isso foi a uns seis anos.
-Não superou? - Diz rindo.
-Olha aqui seu merda. - Diz fazendo Jong Min a olhar assustado. - Eu não tô aqui para brincar, sou uma advogada de respeito e sei tudo sobre você, inclusive acusações criminais. Estou aqui para te oferecer uma esmola, apenas isso.
-Não preciso da sua esmola.
-Claro que precisa. Não tem certeza se seu plano de amanhã pode dar certo, não é?
-Como você sabe disso porra?
-Tenho meus contatos, vai calar a boca e me ouvir?
Jong Min se dá por vencido, se encosta em sua cadeira em silêncio tomando o resto da bebida. Rose solta uma leve tosse, pronta para falar tudo o que tinha a dizer.
-A alguns dias, mandei um cara que trabalha para mim se infiltrar na Jeon's Corporation. Ele entrou como estagiário na equipe de marketing e fez todo um teatro na sala de Jeon para ver Jimin de perto. Estão namorando.
-Tá, e?
-Hoje Jeon e nem o secretário lá apareceram. Como os seguranças não iriam suspeitar de um empregado, mandei ele ir até a sala de Jeon e deixar uma foto em sua gaveta na sala de reuniões, é aonde tem todos os documentos e Jimin sempre tem que abrir para pegar suas anotações.
-Que foto?
Rose joga uma foto no balcão que estavam, era Jungkook com uma aparência mais jovem, estava dormindo sem camisa, ao seu lado estava Rose que beijava levemente seu pescoço.
-Ele não quis dormir comigo aquela noite, mesmo bêbado. Me jogou para o quarto de hóspedes. Tirei essa foto no dia seguinte, entrei escondida no quarto. Me senti completamente humilhada, então sabia que essa foto viria a calhar.
Jong Min completamente surpreso segura a fotografia, a analisando. Não havia gostado da mulher, mas ele era um gênio.
-Quer dizer então que...
-Sim, Jimin talvez não vai querer mais Jeon. Escrevi atrás da foto como se fosse ele dizendo "sinto sua falta".
O coreano ri alto completamente em êxtase.
-Ele vai ficar bem mais frágil assim.
-Sim, mas isso não é de graça.
-O que você quer?
-Jeon Jungkook.
Jong Min solta a foto suspirando.
-Não posso, meu plano é sequestrá-lo, pegar o dinheiro do resgate e matá-lo.
-Você não pode matá-lo, preciso dele. Poder tirar tudo e matar quem quiser, mas quero ele vivo e vou sumir com ele logo em seguida. Ninguém nunca mais vai ouvir falar dele.
-E o que eu ganho isso?
-Toda a grana, e... O Prazer de matar Park Jimin com as próprias mãos. Pode bater nele o quanto quiser, eu sei que quer isso.
O coreano observa a mulher em silêncio. Ele parecia completamente decidida. No fim, seu plano o também traria benefícios. Não tinha nada a perder.
-Você tem que ser minha advogada também, em qualquer coisa que puder me acontecer.
-Feito.
Um novo pacto foi feito, e nele o tempo de um casal estava contado.
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Não demorou para que a entrevista acabasse. Depois de todo o clima e comentários chatos que fizeram olhando para o loiro, preferiram terminar com mais algumas perguntas que não envolvessem o assunto anterior.
Jimin abraçava o próprio corpo um pouco nervoso. Sabia que isso aconteceria e foi até mais leve do que havia pensado. Mas era difícil para si imaginar que teria a chance de Jungkook ouvir comentários ruins ou até perder parcerias que seriam importantes para si.
Era tão difícil assim? Aceitar que duas pessoas do mesmo sexo poderiam se apaixonar?
Jungkook percebe seu nervosismo enquanto estavam no elevador. Se aproxima o suficiente para abraça-lo com cuidado, como pudesse dizer está tudo bem.
-Amor... - Jimin diz quase em um sussurro.
Jungkook se vê surpreso, era a primeira vez que o loirinho o chamava assim. Explodiria de felicidade.
-Fala meu loirinho.
-Vai ficar tudo bem, não é? Digo, os comentários e tudo.
-Claro que sim, a mídia sempre vai comentar alguma coisa, isso não muda em nada o meu trabalho.
-Eu não quero te prejudicar...
-Ei. - Jungkook levanta o rosto do loiro com cuidado, o fazendo olhar para si. - Eu amo você, te ter para mim foi a melhor escolha que eu já fiz. Não me importo com comentários bobos que não mudam em nada o meu trabalho, eu prometo.
Jimin concorda sorrindo de uma forma meiga. Descobriu amar ouvir as declarações do moreno.
-Vamos patinar?
Concorda dando pulinhos, estava animado.
Demorou um pouco até que estivessem de volta ao apartamento luxuoso de Jeon, apenas para trocarem de roupa rapidamente. O local era perto, então preferiram ir a pé, aproveitando o tempo frio enquanto andavam de mãos dadas conversando.
Jimin não se lembrava a última vez que se sentiu tão bem. Era como se no fim, nada mais de ruim fosse acontecer. Pelo menos, era o que ele esperava.
O local era grande e não estava tão cheio. A pista de gelo era grande, tinha apenas um casal e uma mulher que ajudava uma criança a patinar. As paredes eram todas azuis para combinar com a temática frio.
Jeon se encarregou do trabalho de pegar os patins enquanto Jimin colocava sua luva pela baixa temperatura que fazia lá dentro. Usava uma touca rosa que tinha orelhas de coelho, afirmando que era uma homenagem a Jungkook que quase desmaiou com a crise de riso que teve ao ver o quão fofo o loiro tinha ficado.
Coloca o patins que o moreno trouxe com cuidado , tendo dificuldades de ficar em pé. Jungkook segurava seu celular gravando qualquer movimento que o loiro fazia. Dentre eles, seus tombos, gritos de susto por quase escorregar e as vezes em que conseguia andar direito e se achava o profissional nisso.
Já Jeon, apenas conseguia pensar que guardaria aquela gravação pelo resto de sua vida e que mostraria para seus filhos e netos. Pensar que Jimin um dia, estava completamente machucado e com medo acabava consigo completamente.
Aprendeu a ser forte sozinho, mas percebeu que após conhecer o loiro, sua força vinha dele. Precisava de seu sorriso tortinho para começar e terminar o dia bem. O quão clichê havia se tornado, uau.
Guardou o celular para segurar a mão do namorado e patinar junto consigo. Jimin ria alto sempre se segurando nos ombros do mais alto que o ajudava a executar os movimentos, conseguindo finalmente uma instabilidade melhor para patinar.
Apenas, ficaram ali, aproveitando a noite. Esperando que o amanhã não fosse tão ruim e que o futuro prometesse coisas boas. Jimin estava focado na pista, mas Jungkook, focava na felicidade do homem que havia se apaixonado.
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Já era quarta-feira. Taehyung fazia o seu serviço normalmente, como sempre fazia. Amava a parte do marketing, sempre se interessou por isso. Tinha ótimas ideias e era um ótimo líder. Talvez por isso tenha chamado a atenção de Jung Hoseok, que estava sempre rodeado de mulheres.
Se sentiu surpreso quando descobriu que o mesmo era gay. Se lembra de pensar que talvez, teria uma chance. Hoje em dia apenas aceita a ideia de que são amigos que se pegam às vezes, mesmo que ambos mantenham um relacionamento apenas um com o outro e nutrem sentimentos disfarçados.
Resolve afastar esse tipos de pensamentos e volta a fazer seu trabalho. Sentia algo estranho na empresa naquele dia.
Hoseok e mais alguns homens carregavam algumas caixas para os fundos, como se fossem as escondê-las, o que era curioso, já que durante o tempo que trabalhou na empresa, que eram dois anos, nunca se preocuparam em fazer isso.
Jungkook aparecia vez ou outra para supervisionar a situação. Aquilo era estranho, mas percebeu que apenas ele tinha visto esse acontecimento inusitado.
Jimin também parecia mais nervoso que o normal, passava as mãos pelos fios loiros constantemente. Era algo que fazia para aliviar seu medo ou frustação.
Algo estava acontecendo, e iria descobrir cedo ou mais tarde. Espero até o expediente acabasse, exatamente às dezoito horas. Todos saiam apressados querendo descansar ou comer, agiam como se a carga horário fosse algo pesado, um bando de preguiçosos, era o que Tae pensava.
A empresa já estava praticamente vazia. O homem apenas resolveu esperar enquanto estava sentado na recepção. Nem Hoseok, Jungkook ou Jimin desceram para ir embora, nem pela parte da frente ou dos fundos, aquilo estava estranho demais.
Já eram quase dezenove horas quando os três homens descem as escadas rapidamente prontos para trancar as portas principais. Pareciam apressados.
-O que tá acontecendo? - Taehyung pergunta em um tom de voz alto assustando os homens que não haviam percebido sua presença.
-Tae? Porque você tá aqui ainda? - Jimin pergunta indo até o amigo.
-Porra cara todo mundo estava estranho hoje, eu queria saber o que estava acontecendo. Movendo caixas de um lado para o outros e vocês sumidos.
-Péssima ideia Tae. - Hoseok diz.
-Que horas já são? - Jungkook pergunta depois de trancar a última porta.
-Ah faltam cinco minutos para as sete. O que tá acontecendo? - Taehyung insistia na pergunta, queria uma resposta de qualquer forma.
-Não vai dar tempo dele ir embora. - Jungkook diz segurando uma das mãos de Jimin para subir as escadas. - Vamos.
Hoseok segura a mão de Taehyung com força para ajudá-lo a subir as escadas rápido até o quinto andar, até a sala de Jungkook, que dava para ver todas ruas em frente ao prédio com certa facilidade.
-Dá para alguém me explicar logo?
-Droga Taehyung, é o Jong Min. Ele voltou. - Jimin diz passando a mão pelos cabelos mais uma vez. - Ele quer vingança não só de mim, como do Jungkook também.
-Porque você não me contou?
-Eu descobri tem alguns dias, as coisas estão ficando sérias. Primeiro foram só ameaças, agora, ele contratou a máfia inimiga das Demons para invadir a empresa.
-O que vocês vão fazer? - Pergunta assustado, dando leves passos para trás. Era muita informação de uma vez.
-A Demons e a polícia estão do nosso lado, estão de guarda. - Jungkook responde. - Vai ficar tudo bem.
-Então é verdade. Você trabalha com a máfia e a polícia mesmo...
-Sim. - O moreno responde desviando o olhar de Taehyung para a rua novamente.
-Eu vou ter um treco. - Se senta no sofá, tomando o copo de água que Jimin o dá com uma certa velocidade.
-Calma Tae, o Jong Min não vai mais machucar ninguém. - O loiro diz, segurando com força a mão do amigo que respira fundo antes de concordar.
-Estão chegando. - Jungkook diz segurando um rádio pequeno em frente a boca. - Se preparem.
Os três homens que se mantinham mais afastados do vidro, agora, se aproximam ficando um ao lado do outro. Os quatro olhavam os carros com faróis desligados vindo ao longe, eram um número considerável. Conseguiam ver apenas pela iluminação dos postes.
-Jeon... - Jimin diz fazendo o namorado o olhar. - E agora?
Jungkook sorri colocando as mãos no bolso de sua calça. Parecia um verdadeiro vilão, pronto para atacar.
-Agora, é a hora que teremos que ser o diabo.
Jimin confirma com a cabeça, voltando a olhar para frente. Todos aqueles carros se aproximando só o fizeram pensar que talvez tenha chegado a hora da sua vingança.
Acabará com Jong Min, de uma forma até pior do que ele fez consigo.
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