𝙉𝙄𝙆𝙀𝙇𝙇𝘼 - Entre Toques...

By allyangellbr

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𝙎𝙄𝙉𝙊𝙋𝙎𝙀 Nikella Bianchi é uma jovem de 22 anos, muito romântica e que sonha viver um grande amor, igua... More

Capa
Recadinho
Personagens
SINOPSE
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
É Natal
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33

CAPÍTULO 34

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By allyangellbr

𝑁𝐼𝐾𝐸𝐿𝐿𝐴 𝐵𝐼𝐴𝑁𝐶𝐻𝐼

É amanhã!

Suspiro, enquanto faço uma mala com algumas mudas de roupas. São 9 horas da manhã e já estou a todo vapor organizando tudo que preciso fazer antes de pegar a estrada a nossa casa de praia.

Esses últimos dias Alice e eu viramos o centro de rabo a cabo para comprar itens da decoração do aniversário, encomendar o bolo, salgados e doces e a lembrancinha dos convidados. Esse último foi difícil de escolher, eu pensei em dar um kit com perfume, hidratante e sabonete ou chocolates artesanais , só que minha querida amiga me convenceu a dar uma coisa completamente fora da minha imaginação, ousado e gostei.

Com tudo acertado com os preparativos da pequena comemoração, decidi fazer uma mudança no meu visual, mais precisamente no cabelo. Ainda não sei o que fazer, se mudo a cor, se corto; vou decidir na hora.

Quando acordei, após passar uma boa parte da noite imaginando como queria ser uma nova mulher a partir de amanhã, coloquei na cabeça que queria fazer uma mudança em mim, não só visual, mas também na minha vida como um todo. Espero ter força e perseverança para alcançar minha nova meta.

Após tomar um banho e tomar café da manhã, fui para o salão. Ao chegar, fui recebida pela Mamma, que estranhou a minha presença no local na parte manhã.

— Que surpresa você aqui, meu amor — Mama vem de encontro a mim antes de eu chegar no balcão da recepção.

— Não aguentei ficar em casa e, como queria dar um tapa no visual, resolvi vir— digo sorrindo para a Hellen atrás do balcão.

—Hum, e o que quer fazer?

—Oi Hellen, bom dia — saúdo a funcionária mais antiga do salão. — Não esquece de ir para minha festinha hein, conto com sua presença — falo antes adentrar na sala dos cabeleireiros, junto da Mamma.

— Não perco por nada — Hellen responde com seu jeito simpático.

— Mamma, eu não sei bem o que fazer, estou indecisa, alguma sugestão?

Sento, descansando minha cabeça no lavatório. Enquanto Mamma lava meus cabelos, sugere algumas opções. Como um corte de cabelo curto e moderno, que acho bastante ousado mas gostei da ideia. Ela também sugere alguns tons de cores de cabelo que ficariam bem com o tom da minha pele.

Fiquei umas duas horas com o Luciano mexendo na minha cabeça , minha bunda já está quadrada e dolorida mesmo o assento sendo confortável. Mas valeu a pena, quando finalizou, eu estava com um corte moderno, com o tom mais escuro e os cabelos brilhantes de tão hidratados que ficaram.

Meu novo visual ficou incrível, adorei tanto que me perdi me olhando no espelho, admirada.

— Pelo seu olhar vi que gostou — Luciano, o melhor cabeleireiro do salão comentou com um sorriso enorme direcionado a mim.

— Obrigada Lu, eu amei demais! Você sempre arrasa — dei um abraço e um beijo no rosto dele, muito feliz.

— Estou sempre aqui, quando quiser ficar mais bonita é só me procurar.

— Seu bobo! Pode deixar, meu fado madrinho — rimos.

— Uauuu! Nossa filha, você está estupenda de linda!

— Obrigada Mamma! — Graças ao Lu.

Depois do cabelo ainda fui fazer as unhas e depilação. Mamma e eu saímos do salão já passava de uma hora da tarde. Almoçamos em um restaurante próximo do salão e depois fomos para casa.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Às três da tarde, eu, Mamma e Pedro pegamos a estrada, Mamma e eu no carro dela, que por sinal estava abarrotado com os utensílios e as decorações do aniversário, entre outras coisinhas e Pedro dirigia logo atrás de nós transportando o buffet e as bebidas. Pretendíamos chegar a praia do Uruaú ainda com a luz do dia, como são quase duas horas de viagem e nunca se sabe como o trânsito está, nada melhor do que sair cedo.

Entre cantorias e conversas animadas com a Mamma, a viagem fluiu no tempo esperado.

Antes de chegarmos ao distrito onde seguimos para nossa casa já se avistava a imensidão do mar, de um verde magnífico e a brisa do vento trazendo o cheiro gostoso do litoral. Percorremos alguns minutos pelo vilarejo até nossa casa.

Mamma buzinou em frente a casa de portões prata e muros verde musgo, esperando a dona Betânia abri-lo para nós entrarmos, ao contrário da nossa casa da capital, o portão daqui não é automático.

Logo a Betânia apareceu escancarando o portão, com um enorme sorriso na cara.

A Betânia mora aqui perto e toma conta da casa, ela é responsável pela limpeza e inspeção do imóvel. Mamma a contratou há uns anos, depois que a moça que cuidava daqui faleceu.

— Que bom que vocês chegaram queridos! Como foi a viagem? Eu estava preocupada... — Betinha fala antes mesmo de Mamma descer do automóvel.

— Oi, minha querida... — Mamma abraça calorosamente a Betinha, que é um pouco mais baixa que ela — a viagem foi tranquila, graças a Deus.

— Amém! — Betânia proferiu.

— Olá Beta, como está? — Pedro lhe dá um breve abraço de lado.

— Estou bem, seu Pedro — responde animada ao se afastar.

Eu estava parada do outro lado do automóvel olhando a interação dos três, sorrindo , até que a Betinha me fitou e veio de encontro a mim.

A última vez que a vi, eu estava no pico da depressão e, ela estava sempre presente para me alegrar, tentava me animar fazendo doce de leite, me arrancava do quarto para fazer passeios na região, inventava mil coisas para me distrair, ajudar.

— Branca de neve, como você está reluzente! — Meu Deus, que felicidade te ver tão bem, garota! — me esmaga em um abraço e sinto um bolo na garganta pela lembrança.

— Obrigada Betinha — retribuí o abraço, sentindo meu coração quentinho com o carinho.

— Bora entrar, minha gente! Tô terminando a janta, os quartos estão limpos, aliás a casa toda — entro de braços dados com Betinha, Mamma e Pedro vem logo atrás.

— Hum, estou sentindo cheiro de lasanha — digo assim que coloco o pé na sala.

— Eu tomei a liberdade de fazer, achei chegariam cansados e ainda se preocupar com comida? Não, não!

— Agradecida Beta. E você tem toda liberdade aqui em casa —Mamma diz ao passar por nós, indo para a geladeira.

— Isso mesmo, deixe de besteira! — Pedro rebate.— Ser recebido com nossa comida preferida é um presente — Pedro esfrega a mão na barriga, — já está pronto? Estou morrendo de fome.

Gargalhamos.

— Daqui a dez minutos estará — Betinha comunica.

— Vou tomar banho então — Mamma avisa.

— Vou também — Pedro se oferece, pegando o copo de água que Mamma estende para ele.

— Então pega lá nossas coisas — Mamma pede.

Eu e Betinha rimos com malícia quando Mamma tomou o rumo do corredor da suíte do andar de baixo, nos chamando de safadas e Pedro saiu rindo, indo para fora da casa.

— E você querida, vai se refrescar também? — Betinha arrasta a cadeira se sentando.

— Apesar de eu estar suada, vou me banhar só depois da janta, aí depois só me banho e durmo — respondo, sentando na outra cadeira e colocando minha bolsa sobre a mesa. Pego o celular que vibrou.

Desço a barra de notificações e vejo várias mensagens de contatos diferentes. Acabou de chegar uma mensagem do Dilipe. Suspiro alto, bloqueio a tela e coloco o aparelho na mesa.

— Algum problema, Nika?

— Sim — respondo, passando a mão na testa. — Estou com três problemas e não sei como resolver, Betinha.

— Se eu puder te ajudar…

— Ninguém pode, só eu posso resolver. Estou envolvida com dois rapazes, gosto dos dois e não quero terminar com nenhum, mas está difícil decidir. Dou um sorriso sem graça ao olhar nos olhos da Betinha.

— Menina, onde você foi se meter? Eles não sabem do triângulo que estão formando, não? — Betânia arrasta a cadeira para junto da minha, me abraçando, e apoio minha cabeça no seu ombro.

— O Di desconfia, acho que até já sabe, o Riel não.

— Qual dos dois toca mais aqui? — ela toca acima do meu peito esquerdo.

— O Riel — sorrio fechando os olhos, sentindo a magia no coração de quando penso nele. O Riel é o tipo de homem que eu sempre idealizei, sabe, estou até afastando o professor porque quero ficar com ele, mas o Di tem uma coisa que me atrai e quase sempre cedo.

— Pera aí, quem é esse professor, e esse Di? Tô ficando confusa.

Olho para Betinha rindo e explico :

— O professor é o Di, Dilipe, ele é professor de educação física e personal trainer, o conheci na academia.

Pego o celular abrindo no aplicativo de mensagens e mostro a foto dele para ela. Seguida vou na do Riel e a mostro também.

— Nossa, os dois são lindos, porém o moreno é mais bonito, combina mais com você.

— Estou bem servida — brinco, guardando o celular na bolsa e a pendurando na costa da cadeira.

Betinha se levanta indo até o fogão desligando o forno. Tira a travessa de lasanha fumegante e põe na mesa. Vou até o armário e pego quatro pratos, Betinha cata os talheres do gaveteiro sobre a pia e os copos colocando ao lado dos pratos. Mamma e Pedro retornam tomando seus assentos.

—Bem na hora — Pedro exclama ao sentar.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Após o jantar ao qual convidamos Betinha para nos acompanhar, guardamos os comes e bebes em seus devidos lugares e fomos para nossos aposentos descansar, pois o dia seguinte prometia ser agitado.

Tomei um banho, escovei os dentes, pus minha camisola branca e conferi a caixa das lembrancinhas e dos apetrechos para os convidados. No meio da bagunça, percebi que faltava a sacola com minha roupa da festa.

Levantei feito um furacão descendo os degraus quase que rolando de bunda. Fui direto à porta do quarto da Mamma e coloquei a mão na trinca, porém estava trancada. Bati três vezes rapidamente:

— Mamma, mamma? — bati mais uma vez.

— O que você quer, Nikella? — Mamma respondeu abafada, mas não ouvi barulho de passos vindo.

— Mamma, acho que esqueci minha roupa em casa. Ela não está aí junto das suas coisas? — fitei a porta marrom-envernizada enquanto enrolava a aba da camisola no dedo.

— Espera aí filha, vou olhar.

— Tá!

Esperei um minuto que mais pareceu uma hora. Ouvi o barulho da tranca, seguida da porta abrindo e Mamma saiu vestida com seu roupão de seda preto.

— Não está nas minhas coisas, filha. Já olhou na sala, nos carros?

— Não, vim logo procurar a senhora. Desculpe se atrapalhei alguma coisa que a senhora estava fazendo embaixo dos lençóis — dei uma risadinha puxando Mamma comigo.

— Deixa disso, garota, nós só estávamos conversando.

— Hum, sei — ri levando um tapinha no braço.

Vasculhamos a sala e não estava nas sacolas espalhadas pelo sofá. Fomos aos carros e nada também, deixando a certeza de que a minha cabeça de vento esqueceu mesmo minha roupa, que mais parece uma fantasia, na nossa outra casa.

Retornamos para os quartos e fui recorrer ao meu socorro.

Liguei para Alice e pedi-lhe que passasse em casa e pegasse minha roupa. Graças a Deus, ela não veio hoje, senão teria que usar um modelito comum.

Aproveitei que estava com o celular na mão e respondi as mensagens que o povo havia me enviado. Bruna e Kelly estão em êxtase para conhecer aqui, tenho certeza que elas vão adorar. Como não podia deixar de ter, havia várias mensagens e ligações do Dilipe. Até rio, não porque seja engraçado, mas por ele ser tão persistente que vence qualquer um pelo cansaço. Graças a Deus Riel não é assim.

"Não estou em casa, Dilipe."

Respondo querendo sair o mais rápido possível da conversa dele, só que antes de eu fazer isso, ele já responde:

"Onde você está? Passei o dia inteiro querendo falar com você e você me ignorando... Não pense que vai se ver livre de mim não, entendeu?

"Vá abaixando à sua bola que não estou afim de lidar com seus surtos."

"Surtos?! Poxa Branquinha, eu te amo, só quero estar ao seu lado... Onde você tá, meu amor?"

"Viajei, só volto na segunda, eu acho."

"Pra onde? Posso ir até você?"

"Não Dilipe, só quero um pouco de tempo para mim, para espairecer. Quando eu voltar a gente conversa, tá bom? E para de me perturbar, ok? A gente se vê em breve."

Fui imediatamente nos três pontinhos e bloqueei seu contato: ele estava gravando áudio.

- Respirei fundo. Me dói ter que fazer isso, mas é o jeito, senão o loiro não me deixa respirar.

Abri a conversa do Riel, ele não estava on-line, deixei um oi, saí da conversa e coloquei o aparelho na mesa de cabeceira.

Neste último parágrafo, você pode usar uma vírgula depois de "fundo" para separar as orações coordenadas. Você também pode usar um hífen na palavra "on-line" para seguir a norma culta. Ficaria assim:

Respirei fundo, me dói ter que fazer isso, mas é o jeito, senão o loiro não me deixa respirar.

Abri a conversa do Riel, ele não estava on-line, deixei um oi, saí da conversa e coloquei o aparelho na mesa de cabeceira.

Peguei a sacola das lembrancinhas, tirando um kit para mim, juntei todas as sacolas e as coloquei no canto ao lado do guarda-roupa branco. Ajeitei a colcha, os travesseiros, liguei o ar, a abajur da cabeceira do meu lado direito. Peguei a caixinha sentando na beirada da cama, abri e espalhei os produtos sobre o colchão.

Ri lembrando do quanto fiquei com vergonha, quando Alice me deu a sugestão do que dá para os convidados, segurando um vibrador golfinho na frente dos meus olhos e de toda a loja, que para minha vergonha total estava cheia.

Liguei e o objeto começou vibrar em minha mão, desliguei colocando-o de lado, peguei o gel, cheirei, pus uma gota na ponta do dedo e provei. O sabor inesquecível de chocolate com um frescor geladinho misturou com minha saliva explodindo em minha língua, fechei os olhos degustando aquele gosto tão comum e excitante.

— Hum mm!

Meu corpo estava agitado e enquanto eu mexia nos produtinhos instigantes, pensando em como seria bom usar com meus dois boys, comecei a ficar excitada. Passei a tranca na porta, liguei a caixinha Bluetooth e minha Playlist começou a tocar, deitei de barriga para cima apoiando minha cabeça no travesseiro, subi a camisola até meus seios, catei o gel espremi o frasco colocando um pouco em cada um de meus mamilos espalhando ao redor com movimentos circulares, o frescor gélido endureceu os bicos, deixando-os mais empinados. Uma delícia a sensação e eu desejei uma boca quente contrastando com o gelado do meu mamilo, chupando-os.

Peguei o objeto de uns 12 centímetros de cumprimento na cor azul, liguei e comecei a deslizá-lo em torno de cada mamilo, fechei os olhos, desligando minha mente do mundo e mergulhei no prazer que eu mesma estava me dando.

Depois do que sofri com o Marcelo, me tocar era mais como um sofrimento, doía na alma, remetia às lembranças do que vivi em suas mãos. Embora eu tivesse aprendido a conhecer meu corpo na adolescência com a ajuda Alice, quando tudo era excitante e normal, depois do meu ex isso passou a ser uma tortura.

Só vim pensar e ter desejo sexual novamente após um ano de terapia e hoje quero experimentar todos os prazeres existentes no meu corpo. Isso me faz pensar que esta seja a causa do conflito sentimental que estou tendo com o Riel e o Dilipe.

Os dois dá o que meu corpo e coração deseja.

Desci o vibrador lentamente sobre minha barriga até minha parte íntima, que já estava pulsando. Contornei o objeto vibrante ao redor dos grandes lábios. Meu peito subia e descia ligeiramente cada vez que o movimento la embaixo espalhava vibrações prazerosas no meu clitóris.

Molhei meus lábios secos, deixando gemidos baixinhos passar por eles enquanto minha mão direita trabalhava com o vibrador e a esquerda apertava meus seios, meus mamilos, um de cada vez. Circulei a ponta do vibrador no clitóris e meu corpo deu um pequeno tremor acompanhado de um gemido mais alto.

Fiquei uns minutos intercalando o objeto entre o clitóris e a entrada do meu canal íntimo até que um orgasmo intenso se apossou do meu corpo inteiro. Larguei o vibrador, agarrei o travesseiro entre minhas pernas e fiquei me esfregando até acalmar as vibrações da minha amiguinha e de cada parte do meu ser.

Meu celular tocou e pela trilha "Fica Comigo" eu soube quem era.

Abaixei a camisola antes de pegar o aparelho.

— Oi, amor!

— Oi, meu bem — cumprimentei com dificuldade de respirar, olhando para a cara de sono do Riel. Ele levantou a sobrancelha negra grossa me olhando atentamente.

— Tá cansada, amor? Sua voz está ofegante — observou.

Ri sem graça, indo com a mão sutilmente para trás do meu corpo, agarrei o objeto vibrante que ainda estava ligado e o desliguei.

— E-eu estava... — mostrei o objeto azul para o celular e escondi a cara no travesseiro.

— Hummm... Queria está aí para usar não somente esse brinquedo em você.

— Também te queria aqui, Ri — falei melosa. Você vem que horas amanhã?

— Vou sair daqui às 06:00h da manhã, quero chegar cedo para tomar café da manhã com você. Posso?

— Claro, meu amor — eu e o Riel arregalamos os olhos quando terminei de falar as palavras que tanto temia proferar em voz.

— Fala novamente, amor — O Ri pediu com os olhos brilhantes e o sorriso de orelha a orelha.

— O-o quê? — fiz de desentendida. — Meu amor? — indaguei.

— Você nunca me chamou assim — comentou aproximando o celular da cara. — te amo, minha gatinha!

Fiquei com o olhar paralisado na tela, não disse nada e em um impulso, desliguei a chamada. Comecei a chorar, sentindo um misto de sentimentos, medo e felicidade.

O telefone tocou e não atendi. Enxuguei às lágrimas, respirei fundo e retornei a ligação, de voz.

— Desculpa... Eu não sei o que dizer. Gosto muito de você, Riel, mas ainda não consigo dizer essas palavras.

— Tudo bem, amor. Não falei que te amo para receber de volta. Tudo tem seu momento e, se for recíproco, você vai falar, assim como você me chamou de meu amor. — Seu tom de voz soou sorridente e eu me senti um pouco aliviada.

— Obrigada por me entender, Ri. — Vamos dormir? Te espero amanhã para o café e para nos ajudarmos também. — Ri.

— Te amo, Nikella. Te quero. Cedo ou tarde, você vai ser minha: minha namorada e, quem sabe, minha mulher. — Suspirei. Te vejo amanhã, amor... Beijo na boca.

— Outro, meu amor. — Desliguei.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

Fui acordada com uma invasão de quatro pessoas cantando parabéns. Sorri e com muito esforço abri os olhos e me deparei com a Mamma, Pedro, Betinha e Riel.

— Feliz aniversário, meu amor — Mamma me abraçou e beijou os dois lados da minha bochecha, e ao me soltar pegou o buquê de girassóis da mão do Pedro e me entregou — sorri para as flores mais linda do mundo.

— Obrigada Mamma, te amo — beijei suas faces.

— Te amo mais, meu amor.

— Agora é minha vez, amor desapega da cria — Pedro disparou, fazendo todos rirem.

— Parabéns minha querida, felicidades e muitos anos de vida! Tome, eu não sabia o que te dar, então fui no básico mesmo — Pedro me entregou uma caixa junto com um balão de coração prateado e me abraçou e beijou minha testa.

— Muito obrigada, meu querido paidrasto — retribui o abraço com todo carinho e amor que tenho por esse homem.

— Parabéns, Branca de Neve! — Segura aqui dona Laila — Betinha entregou um bolo na mão da Mamma, pôs o potão de doce de leite na mesinha de cabeceira e me abraçou tão apertado que fiquei sem ar. — O moço aí é muito gente boa, agarra logo esse homem menina — falou baixinho no meu ouvido, dei um risinho e olhei para o Riel sustentando uma cesta enorme nos braços.

— Gratidão Betinha e pode deixar que ele não vai me escapar — sussurrei a última frase no ouvido dela.

— Acho que agora é minha vez — Riel disse brincalhão e veio até o outro lado da cama — Pra você, meu amor, — pôs a cesta sobre o colchão em frente a mim.

— Obrigada, meu bem — olhei brevemente para a cesta de café da manhã e girei o corpo para o abraçar — Que bom te ter aqui, meu amor — falei no seu ouvido.

Após nos afastarmos do abraço, o Riel me fitou apaixonado, beijou meu rosto e deu-me um selinho. 

Logo tinha um bolo com velas faísca na minha frente e um coro de parabéns pra você me felicitando.

Enquanto olhava o bolo brilhando e as pessoas ao meu redor com um sorriso enorme na face, meus olhos encheram de lágrimas, mas não me permiti deixá-las cair e agradeci a Deus por tudo de bom que está acontecendo  em minha vida. Nesse momento, só faltou minha amiga aqui.

Fechei os olhos e fiz um pedido antes de apagar a vela.

— Ah gente, obrigada, não sei o que seria de mim sem vocês — digo com a voz embargada.

— Meu amor, você merece tudo de bom em sua vida — Betinha e Pedro concordaram com a Mamma.

— Agora tem que partir o bolo — Betinha anunciou,— ihhh, esqueci a faca... Vou pegar,não, é melhor a gente ir pra cozinha, num é? — Betinha sugeriu da maneira acelerada de falar, nos fazendo rir.

— Sim, vão lá que daqui a pouco eu vou — falei.

— OK, esperaremos vocês lá — Pedro anunciou e saiu junto da Mamma e a Betinha.

— Enfim, sós — Riel proferiu me puxando para seus braços, — saudade de você amor — beijou meu pescoço, meu maxilar até a boca. Ele tentou abrir meus lábios com a língua e eu não permiti.

— O que foi, não quer me beijar? — contestou me olhando sem entender.

— Não é isso, é que estou com bafo de boca dormida — respondi com a mão a frente da boca. — Espera um instantinho que já volto, tá? — beijei o rosto do Ri, pulei do seu colo e corri para o banheiro.

Minutos depois retornei indo direto ao guarda-roupa. Riel sentou na beira da cama, colocando o celular de lado quando passei ao lado do móvel, dando-lhe as costas. Catei um vestidinho de verão no tom verde-claro e uma calcinha Short Boxer branca. Deixei as peças sobre as outras enquanto passei os braços pelas alças finas da camisola, um de cada vez; peguei o vestido, jogando-o pela cabeça e braços, o puxei para baixo com a camisola que parou aos meus pés descalços, curvei o corpo para pegar a peça de dormir, porém, não consegui, meu corpo foi agarrado pela cintura.

— Que provocação é essa, amor? Tô com muita saudade da sua pele cheirosa e macia, então não me tenta — Riel beija meu pescoço falando quase como um sopro, rouco.

Sorri, jogando a cabeça para o lado lhe dando mais acesso às suas carícias labial.

— Preciso vesti a calcinha — mio encostando-me ainda mais as suas costas.

Riel desce um braço deslizando pela minha coxa e sobe trazendo a mão para dentro da saia do vestido, para com ela em meu umbigo.

— Podemos gastas alguns minutos antes de descermos? — pede arrastando os dedos até meu sexo, que já está pegando fogo.

— Uma rapidinha cai muito bem — digo virando-me nos seus braços, sinto meu rosto aquecer ao fitar seu olhar.

Riel senta no colchão, me trazendo junto. Fico montada em seu colo, com as pernas em cada lado da sua cintura, enlaço seu pescoço e nossas bocas se encontram.

O desejo arde entre nós.

Fico esfregando minha intimidade no volume de sua bermuda, enquanto tenho às nádegas apalpadas pelas mãos macias do Riel.

Sem aguentar o tesão, tento abrir o botão do jeans branco que ele está usando. Riel toma à frente, me põe sobre o colchão e se levanta desfazendo da bermuda e cueca em segundos.

Voltamos para a mesma posição, levanto o quadril e a saia do vestido para receber o membro rígido que está sendo esfregado em meu clitóris. Gemo agarrada ao pescoço do Riel, tomando seus lábios quando ele entra em mim devagar, nossas respirações ofegantes duelando. Começo a quicar feito uma desesperada. Quico, esfrego, quico, esfrego, me apoiando no seu ombro.

Riel se levanta sem nos desconectarmos, deita-nos ficando sobre mim e recomeça as invertidas, agora é ele que toma as rédeas, com voracidade, desejo e amor.

Não demora e sinto as contrações da lisinha apertando o músculo duro do Ri, tentando ir mais fundo. Eu gemo e ele urra grosso quando derretemos nosso prazer em nossos sexos.

Sobre os cotovelos, Riel me encara nos olhos, na alma, e, ainda ofegante, sussurra as palavras:

— Te amo, minha gatinha. — Não desvio o olhar do dele, que aproxima o rosto do meu, roçando o nariz por toda a minha face e inspirando a minha pele.

— Também te gosto. — Digo em um fio de voz, emocionada com a declaração. Beijo sua boca até ficar sem ar.

— Vamos levantar, o povo está nos esperando — Riel levanta e peço minha camisola que está no chão. — Vai ao banheiro primeiro — digo, colocando a peça que ele me entregou entre minhas pernas.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

𝐷𝐼𝐿𝐼𝑃𝐸 𝑅𝐴𝑅𝐼𝑁

Faz quase duas semanas que não vejo a minha Branquinha. Estou com uma saudade da porra dela e ela nem aí para mim.

Ela me bloqueou nas redes sociais e isso está me deixando louco. Ela não tinha o direito de fazer isso comigo! Eu a amo tanto...

Levantei logo que o dia começou a clarear, comi um lanche e saí de casa sem avisar meus pais.

São sete horas da manhã e mais uma vez estou dando plantão na esquina da casa dela. Ontem à noite fiquei feito idiota aqui até ela responder às minhas mensagens e dizer que tinha viajado.

Mesmo sabendo que a minha Nikella não está em casa, eu vim ficar de vigia.

Uma voz martelou a noite toda em minha mente e eu não pude ignorar, não quando se trata da Branquinha.

Descobri no seu trabalho que ela vai fazer uma festa, convidou uma de suas colegas para o evento e novamente excluiu da informação de mim.

Bon Jovi canta It's My Life nos fones de ouvido, enquanto batuco no tanque de gasolina olhando a movimentação da rua, que ainda está calma.

Uma picape prata para em frente ao portão da residência da Branquinha. Me agacho rápido para não ser visto quando vejo a Alice e o namorado saírem do automóvel.

Eles entram e saem minutos depois da casa, ela carrega uma sacola preta grande pendurada no braço, diz alguma coisa para o cara e os dois riem.

Coloco o capacete na cabeça, monto na minha belezinha, espero eles dar partida e os sigo. Não sei para onde estão indo, mas se forem para onde minha garota está, minha vigia não terá sido em vão.

Tive que ter muita atenção para despistar minha perseguição e também para não perder o carro de vista. O tráfego estava a todo vapor e desviar de carros e caminhões mesmo estando em uma moto estava complicado, mas por fim, eles trilharam uma estrada tranquila das praias. Tive que tomar uma distância maior para não correr o risco de ser visto.

Minutos depois, o carro que estou seguindo para em frente a uma casa de dois andares com muros de uns dois metros pintados de verde. Logo o portão prateado abre e o automóvel some da minha vista.

Olho as horas, 09:47h a.m. Fiscalizo ao redor, aqui é praticamente deserto; têm poucas casas finalizadas, outras em construção e vários barracos praianos, espalhados entre muitos pés de coqueiros plantados em chão de areia e pequenos matos. Viro para a imensidão de águas verdes, céu azul com a luz solar de cegar os olhos.

Tiro o capacete, desarrumando meus cabelos castanhos aloirados ao sacudir a cabeça. Inspiro o ar salgado do mar tão familiar para mim; contudo, aqui o ar é diferente, tem mais cheiro de mar, é mais puro.

Tiro a camiseta branca, a amarrando na cintura; o calor está demais para ficar com a peça já que estou usando uma regata por baixo.

Sorrio para o oceano, doido para dar um mergulho nessas ondas inquietas. Miro mais uma vez a casa onde minha Branquinha está, no momento não posso aparecer lá.

Me hospedo em uma pousada a poucos minutos da casa da Nikella. Tomo banho, me visto, ligo para ela mais uma vez...

Peço informação na recepção sobre onde posso comprar roupas e rumo às compras.

Está até sendo bom essa viagem inusitada; Beberibe é um paraíso à parte aqui do Ceará e tenho certeza que vai ser uma recordação inesquecível para mim.

Após as compras, voltei para a pousada e dormi a tarde toda. No começo da noite liguei para a mamãe dando notícias do meu paradeiro, ouvindo suas reclamações sobre eu passar o dia sem me comunicar e perguntando o que vim fazer tão longe de casa. Depois de acalmar mamãe e deixar claro que volto amanhã, encerro a ligação. Saio da cama, tomo meu banho, me arrumo e vou ao encontro da minha Branquinha... Mesmo que ela não saiba.

❨ ⦁⦁⦁ ❩

A casa está bem iluminada, a música em um volume razoável, sons de risadas ao fundo e sei que está acontecendo uma festa lá dentro. Não dá para ver nada, os muros não deixam. Dou a volta e vou para o fundo da residência, escoro a motocicleta no muro e fico andando em círculo pensando no que fazer.

Tiro o celular do bolso da calça, entro no WhatsApp, na conversa com a Branquinha, leio as últimas mensagens... Ela quer distância de mim, mas não posso permitir que isso aconteça, eu sei que ela me ama.

Abro o Instagram, indo direto para o perfil da Alice, pelo menos ela não me bloqueou. Vejo seu story e ali está ela, a minha Branquinha, ao lado da amiga, mais linda do que já era. Está fantasiada e seu cabelo, agora está curto, parece mais escuro e apesar de amar seu cabelo comprido, confesso que ela está uma gata, literalmente, com esse novo corte.

O próximo story é da Alice com o namorado, no outro, Alice, o namorado e o cara que fica atrás da Nikella se enquadra na foto, sorridentes e fecho o punho passando para o próximo, que me tira do sério... O boomerang dos quatro sorrindo e o maldito agarrado na cintura da minha garota.

Bloqueio o aparelho, querendo invadir o local e socar a cara do desgraçado. Pego o celular novamente e mando uma mensagem no direct da Alice, espero a resposta por uns minutos e nada...

Rumo a entrada da casa, quando a música diminui e o coro de parabéns começa. Eu não posso bater na lataria do portão agora, não posso agir como um louco ciumento no momento especial da Branquinha.

Volto para os fundos da casa, dando um tempo para acalmar meus nervos e não fazer nenhuma burrice que possa prejudicar ainda mais minha situação com ela.

O som volta a tocar. As músicas são aleatórias, forró, sertanejo, pop, pagode e Britney Spears, a cantora favorita do meu amor.

Sem mais paciência, olho para minha moto e para o alto do muro, vai ter que dar certo. Tomo distância do muro e volto correndo, salto sobre a moto, usando o assento como apoio, e impulsiono meu corpo para cima. Estico os braços e consigo agarrar o topo do muro. Me mexo como posso, tentando colocar as pernas para cima. Faço força pra caralho nos braços para sustentar meu peso. Depois de algumas tentativas consigo içar o corpo e me sentar no muro. Olho para dentro do terreno, vendo uma fileira de coqueiros a uma distância de um metro que começa perto de onde estou. Me arrasto até ficar de frente para o primeiro coqueiro e acho que é uma boa ideia me agarrar nele.

Lembro do meu celular e o coloco na parte de trás, dentro da cueca. Fito o coqueiro e salto. Bato o peitoral e o lado direito do rosto quando círculo os braços e pernas no tronco da fruteira, e vou deslizando até meus pés alcançar o chão. Ralo os braços e metade das pernas por estar usando bermuda, mas consegui entrar.

Esfrego as pernas, os braços tentando amenizar a ardência, arrumo o cabelo, tiro o celular de trás e o coloco no bolso da frente, vejo às horas no pulso 07:59 p.m e chegou a hora de eu parabenizar a minha Branquinha.

⊱♡⊰

17 de Julho 2023
𝐴𝑛𝑔𝑒𝑙𝑙 𝐴.

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