Aceita uma bebida? | jikook

By BellaVittory

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Livro físico pela editora epiphany em agosto. (Não foi corrigida) Jimin se muda para Seoul com o objetivo de... More

1- Aceita uma bebida?
2- Ele está acompanhado
3- O Diabo veste Prada
4- Mi fai impazzire
5- Apenas para você
6- Então Jeon, me dê um beijo
7- Seu pior pesadelo
8- Eu vou ter você para mim
9- Passar bem, Rose
10- Jimin, eu não vou pegar leve
11- Apenas uma prévia
12- O piloto da morte
13- Quer apostar?
14- Foi Jeon Jungkook
15- Que o inferno comece
16- Meu namorado?
17- Gire a garrafa
18- Eu aceito, Jeon Jungkook
20- Agora é a hora
21- Liberdade
22- Você é meu, Jeon
23- E Jeju, o que seria?
24- Sério, melhor do que eu?
25- Feliz ano novo, porra
26- Buonanotte amore mio
27- Código Vermelho
28- Então vença essa corrida
29- O que o piloto da morte fez?
30- Quer se casar comigo?
31- Talvez você ande
32- Te ensino a ser como eu
33- O inicio da guerra
34- Serei o advogado de Jeon
35- Um mafioso, amore mio
36- Park Jimin é um gênio
37- O novo lider
38- Me sinto preso em você
39- Corre, porra
40- Aceita uma bebida?
Extra - Por completo
Extra - Com amor, sua capitã
Livro físico + data da pré venda

19- Eu posso ser o diabo

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By BellaVittory

Oii gente!! Capítulo n revisado...raiva

Voltei com mais um capítulo. Esse é maior que o anterior.

Tô tão boiolinha com vocês elogiando meu cabelo lá no insta♡ tão me dando muito apoio depois do meu término conturbado. Agradeço muito.

Nas notas finais vai ter o Jungkook do livro físico, na real, uma ideia de como ele seria. Seu nome será Chase Lim.

Espero que gostem do capítulo♡

- - - - - -

Jimin deveria admitir para si mesmo, se sentia vivo. Aquele foi o melhor natal que já teve depois de tantos anos. Sua mãe havia dado o sorriso mais lindo que ele já havia visto. Parecia radiante, como se não estivesse a tanto tempo em um hospital. Claro, talvez o enorme buquê de flores que Jungkook a deu, tenha influênciado.

Ficarem lá por uma hora a fazendo companhia. Jeon tinha o poder de cativar qualquer um. Seu jeito durão, sorriso sedutor e forma de conversar fazia qualquer um se sentir preso em seu assunto, não importa sobre o que ele estaria tratando. Percebeu que sua mãe também se sentia assim.

Ambos se sentiam confortáveis se ele estivesse por perto. E agora, namorava ele, o que era estranho. Acreditou depois das palavras crueis de Jong Min, que ele não era atraente o suficiente para conquistar alguém, que apanhava por ter feito aquele homem ruim namorar consigo por pena.

No fim, mesmo que tivesse acreditado por tanto tempo que aquelas palavras eram verdadeiras, o contrário foi provado. Mesmo que soubesse que Jeon gostasse de si, não sabia o quanto. Não tinha noção de o moreno faria qualquer coisa por ele e que era completamente obcecado por si, mesmo que seu olhar mostrasse constantemente o quanto amava o loiro em seus braços.

-Mãe, como estão indo as seções da quimioterapia?

-Tudo bem meu amor, acabam semana que vem. Terei que começar apenas a reabilitação novamente.

-Posso conseguir um ótimo fisioterapeuta. - Jungkook diz sentado com as pernas cruzadas como um verdadeiro galã. Para si, era algo normal, sempre manteve aquela postura.

-Não se preocupe querido, o hospital tem um. Já fez demais por nós.

-Sim Jungkook, gastou muito dinheiro nisso tudo. - Jimin diz fazendo o moreno aceitar a decisão.

-Não foi nada. Se mudar de ideia é só me dizer.

-Tudo bem.

Se sentiu desanimado quando o tempo para visitas havia se esgotado, mas seria bom para sua mãe descansar mesmo que já estivesse forte. O caminho até a casa dos Jung foi rápido, ficava a poucos quilometros do hospital. Foram recebidos com abraços calorosos, principalmente da senhora sorridente. Hoseok havia puxado o sorriso.

-Fique a vontade Jimin, estou terminando de pôr a mesa.

-Eu te ajudo senhora Jung.

-Me chame apenas de Gaon meu querido e aceito ajuda.

Não demorou para que estivessem todos sentados para comer. Senhor Jung insistia em contar histórias de sua época e como aproveitava o Natal. Geralmente caçavam o que iriam comer, era como um esporte. O casal era realmente muito gentil e sorridente, sempre deixavam claro a gratidão que tinham pelos filhos que batalharam muito para todos tivessem uma vida confortável e que fossem tão unidos.

Isso já ficava evidente pelas fotos que ficavam na escrivaninha da sala de jantar, ao todo eram sete, o moreno aparecia em quatro delas. Em uma eram todos os quatro reunidos em uma casa bem simples, Jungkook ainda parecia tímido, possivelmente a foto foi tirada quando foi adotado. A segunda era Hoseok sendo carregado por Jeon nas costas na beira de um lago.

O moreno já estava mais sorridente, um texto foi escrito no canto da fotografia. "Meus bebês se divertindo neste dia tão quente." Jimin sorriu todas as vezes em que olhava para a foto. A terceira era dos quatro novamente, mas dessa vez, Jungkook estava mais velho, vestia uma bata de formatura, provavelmente da faculdade. Sua aparência era semelhante com o dia que o viu rapidamente na delegacia quando tinha apenas quatorze anos. Outra legenda podia ser lida, "O meu gênio se formou, espero que agora ele possa superar seus traumas e se tornar o grande empresário que sonha ser. Esperando o grande dia em que ele irá me apresentar um futuro namorado. Com amor, mamãe."

A última foto era de Jungkook sentado com sua postura chique de sempre. Uma jornalista parecia fazer alguma pergunta e sua cara de concentração era evidente. "Meu neném fez trinta anos ontem. Para mim, ele ainda tem dezesseis. Está sendo entrevistado pelo grande exemplo de empresário que se tornou. Chorei ontem por ele me dizer que um dos principais motivos era querer ver seu pai e eu comendo bem todos os dias. Não sei como, mas ele descobriu que ficávamos sem comer para que eles crescessem saudáveis."

Hoseok, Jungkook e o senhor Jung já estavam na sala conversando. Jimin preferiu ficar na sala de jantar por mais tempo, ficou preso nas fotografias e recados que sua mãe havia deixado. Uma felicidade grande o preenchia, ele merecia isso. Todo esse cuidado, depois de viver momentos tão difíceis. Talvez por isso, ele seja tão carinhoso com o, agora, namorado.

-Gostou das fotos? - Gaon aparece com uma bebida gelada bem avermelhada. - Jungkook me disse que você gosta de morango. Fiz essa bebida refrescante.

-Não precisava, muito obrigado. - Diz se curvando e pegando o copo com cuidado. - E sim, gostei muito... Acho que, por saber de tudo o que ele passou, eu me senti feliz por ele ter tido vocês.

-Fomos todos felizes, principalmente Hoseok. Ele parecia cada vez mais feliz com Jungkook por perto. Podia faltar tudo, menos felicidade. - A senhora dizia com um sorriso no rosto.

-Posso fazer uma pergunta?

-Claro meu amor.

-Por que o adotaram? Digo, tinham problemas financeiros, não é?

-Sim, devo admitir que parece confuso quando se pensa assim. - Diz rindo baixinho. - Não tínhamos planos de ter outro filho. Era difícil lidar com Hoseok as vezes, ele estava bem problemático. Tínhamos medo de que ele se machucasse nas coisas ilegais que entrava. Mas... quando estávamos sentados naquele tribunal, prontos para pagar qualquer multa que nosso filho tinha ganhado, eu vi aquele menino algemado.

Jimin estava em silêncio, apenas, ouvia com atenção.

-Me doeu ouvir que ele havia matado o próprio pai para proteger a si mesmo. Os olhos dele mostravam que ele estava pronto para cometer suicídio assim que saísse dali. Eu não ia deixar isso acontecer. - A mulher olha para o loiro que olhava para a parede completamente perdido.

-O seu olhar ainda mostra um pouco isso também. - Jimin a olha assustado. - Acho que consegue o entender, não é?

-Muito.

-Então sabe por que o adotei agora. Vem, vamos tomar um ar no quintal.

Ambos saem pelos fundos. A noite estava fria, mas era suportável. Apenas, apreciavam a mesma bebida em silêncio. Isso até que passos fossem ouvidos. O olhar do loiro que antes estava preso nas arvores que balançavam com o vento, agora, olhavam Jeon se aproximar a passos calmos. Gaon sorria, sabia exatamente o que iria acontecer. Todos sabiam.

Mesmo que Jimin também soubesse, seu coração estava acelerado. Sabia que dessa vez seria tudo diferente. Antes, sentia medo quando seu namorado se aproximava, agora, era Jeon que sempre que chegava perto, fazia seus pelos se eriçarem querendo ele sempre por perto. Os toques que o loiro sempre queria rejeitar, agora, Park desejava, mas apenas do moreno.

Aceitou o fato que havia se apaixonado por Jeon Jungkook. E que queria ser seu namorado. Hoseok e o homem mais velho olhavam tudo, agora, ao lado de Gaon, que estava praticamente em lágrimas.

-Jimin. - Jungkook diz parado em frente ao loiro que sentia seu corpo tremer. - Você descobriu minha surpresa, mas ainda tem coisas que eu quero dizer e seria bom que você soubesse.

Segura as mãos do loiro com o máximo de delicadeza que conseguia. No fundo, estava tão nervoso que não conseguia controlar as próprias emoções.

-Park, você se tornou tudo para mim e foi tão rápido. Eu sempre fui fechado e não sentia necessidade de ter alguém por perto. Mas no dia em que eu estava totalmente desanimado e fiquei olhando por algum motivo a entrada de qualquer um que passasse pela recepção, os meus olhos ficaram presos em você e sinceramente, foi a melhor coisa que me aconteceu. - Jimin sentia seus olhos lacrimejarem. - Você se tornou tudo. Você é tudo. Você é a pessoa que me curou e cura todos os dias sem nem saber. É o homem que conseguiu roubar para si um coração tão trancado, que havia prometido não deixar ninguém entrar.

Hoseok, enquanto ouvia em silêncio, conseguia apenas pensar se algum dia pediria alguém em namoro assim. Ou melhor, pediria Kim Taehyung em namoro assim.

-Você pode não entender o porquê eu me sinto assim, mas, sabe o que eu penso quando eu vou dormir vendo seu rosto calmo e quando acordo e vejo seu rosto inchado e sonolento? Que eu me casaria com você.

O loiro não consegue controlar as lágrimas que insistiam em escorrer por todo seu rosto. Mordia os lábios completamente hipnotizado nos olhos escuros do moreno e em suas palavras tão sinceras.

-Por Deus Park, eu amo você.

Sorria enquanto abria a caixinha mostrando os mesmos anéis de horas atrás.

-Eu me apaixonei. Meu corpo e alma clama por você, como nunca clamou por algo antes. Eu prometo te proteger e cuidar de você com toda força que a em mim. Então Park Jimin... - Se ajoelha enquanto segura os anéis brilhantes. - Quer namorar comigo?

-Sim Jungkook, sim. - Diz sorrindo secando as lágrimas enquanto ouvia as comemorações. Sente seu corpo ser abraçado com força, os longos braços o envolviam.

Estava tão feliz, sentia que nunca mais precisaria ter medo.

-Eu também te amo Jeon.

- - - - - -

Era seguido constantemente a uma semana, mas já havia se acostumado. Jungkook não confiaria facilmente em si, sabia disso. Ele estava certo em duvidar. O caminho até seu apartamento foi rápido, havia comprado alguns doces que gostava para passar o Natal sozinho. Não queria voltar para a Itália agora. Ficaria na Coreia até que toda a situação se resolvesse.

Era difícil para si. Se tornou alguém exibido e relaxado com o passar do tempo e isso refletiu em si. Não tinha amigos e o único que pensava que podia confiar, era um agressor. Parecia que sua vida só piorava com a passar do tempo. Era como um labirinto, porém, podia dizer que se sentiu bem uma única vez depois de tanto tempo. Foi quando apanhou para Jeon.

Não que fosse masoquista, mas toda a adrenalina e situação, o fizeram se sentir bem depois, como se pudesse sempre fazer aquilo para tirar qualquer tédio ou frustação que tivesse. Mas por agora, o que podia fazer é ficar em seu sofá comendo um quilo de doce até que explodisse.

E era exatamente isso que fazia, não era tão ruim na verdade, mas sentia saudades de sua mãe e irmã. Seus pensamentos são cortados quando escuta alguém bater na porta. O medo de que fosse Jong Min o perseguia, era um péssimo ator e não queria pensar em coisas ruins em uma época tão alegre.

Caminha até a porta em passos lentos, tentando manter o máximo de silêncio possível. Ainda bem que estava com as luzes desligadas, daria para fingir que não estava em casa. Uma risada baixa podia ser ouvida do lado de fora, era uma voz meiga, por um momento sorriu, estava imaginando a voz da irmã.

Seu susto é gigante quando percebe não ser imaginação. Sua mãe e seu pequeno beija-flor estavam na porta, cheias de sacolas nas mãos com sorrisos alegres e grandes. Já Jean, parecia paralisado.

-Ficou tão surpreso assim? - A mulher mais velha pergunta. - Tem como me ajudar com as sacolas? Está pesado.

Fergorini corre para pegar todas as sacolas a deixando na mesa de centro da sala, voltando para abraçar as duas mulheres que ri pelo contato.

-Estava com saudade feioso? - A menina pergunta.

-Muita. Como vieram?

-Seu pai está em viagem para a França e não queríamos ter deixar sozinho. Então pegamos o primeiro voo e viemos. Demos sorte que as pessoas falam bem inglês aqui, não somos inteligentes como você que consegue falar coreano tão bem.

-Eu senti saudades.

-Também sentimos filho. Trouxe tudo que eu precisava para fazer um belo jantar em família de Natal. Bom, vamos comer apenas de madrugada, mas, vai ser bom.

-Eu te ajudo mamãe. - A menina dos olhos claros diz.

-Eu também.

Foi necessária apenas meia hora para que os irmãos estivessem cobertos de farinha e a senhora Fergorini precisasse gritar que a bagunça parasse, o que claro, não obedeceram. Só viram a necessidade de ficar em silêncio quando batidas na porta são ouvidas novamente.

-Estava esperando alguém, filho?

-Não mãe. Eu vou olhar, fiquem aqui.

Tira o avental que usava indo até a porta a abrindo. Dessa vez as luzes estavam ligadas, não dava para fugir de quem estaria ali. Se sente extremamente desanimado ao ver Jong Min, com os braços cruzados parecendo impaciente.

-Demorou para abrir.

-Minha família tá aqui, to passando um tempo com elas.

-Então sinto te informar que elas vão ter que esperar.

-Desculpa, mas não vão.

Lee o olha em silêncio fazendo o italiano estremecer.

-Não quer vingar seus machucados? Jeon te espancou.

-Sinceramente, é Natal. Eu sei que você não gosta, mas minha mãe e irmã vieram para ficar comigo. Eu não simplesmente... - Para de falar ao sentir algo gelado em sua cintura.

Abaixa a cabeça se assustando com o que via. Jong segurava uma arma e estava pronto para atirar se precisasse. Jean o olhava, completamente confuso. O amigo sempre fingiu ser outra pessoa para si? Ele não era assim.

-O que tá acontecendo com você? - O italiano pergunta em um tom de voz baixa, não queria que as duas mulheres na cozinha ouvissem.

-Eu que te pergunto Jean. Você nunca me contrariou antes, parece que agora quer dar uma de bom samaritano. - Se aproxima até que a boca estivesse na altura do ouvido do homem assustado. - Não traia minha confiança, você pode se ferrar com isso sabia?

-Eu só não queria deixar minha família.

-Não vamos demorar, vai conseguir chegar em segurança de madrugada. Mas, temos trabalho a fazer agora.

O homem solta uma risada baixa, parecia completamente sádico.

-Filho, tá tudo bem?

Jong Min guarda a arma enquanto Jean se vira para dar um sorriso forçado as duas mulheres que o olhavam.

-Está sim, mas preciso sair por alguns minutos. Eu volto para o jantar, tudo bem?

-Mas é natal. O que vai fazer?

-Eu tenho que resolver umas coisas. Continuem sem mim, eu já volto. A chave está aqui na porta, podem trancar quando eu sair?

-Sim claro.

-É o seu amigo? - Pergunta olhando para Lee, que a olha em silêncio. - Vai ficar para jantar querido?

O homem não responde, apenas, começa a andar pelo corredor em direção as escadas. Jean sorri uma última vez para a mãe antes de encostar a porta e segui-lo. Do lado de fora, os mafiosos disfarçados anotavam tudo para repassar para Jungkook. Os dois apenas entram no carro do italiano dando partida.

-Aonde vamos?

-Eu vou te falando o caminho.

Jean suspira se dando por vencido. Após algum tempo na estrada, o caminho ia ficando estranho. Antes estavam no centro, agora, estavam em uma rua de terra, completamente esburacada. Estavam no meio do nada. Pensou que morreria ali mesmo nas mãos do coreano.

-Para.

O homem obedece parando o carro em frente a um portão velho que era vigiado pelo que parecia ser um segurança. Assim que olhou para Jong Min, foi abrir o portão dando passagem para o carro.

Era um galpão caindo aos pedaços. Um grupo de homens que trajavam preto os esperavam. Era algo semelhante ao dia que Jungkook o levou até a máfia. Mas aquele lugar e aqueles caras, pareciam ser algo mais clandestino.

Ambos saem do carro. Lee se curva andando até um dos homens, Jean apenas o seguia em silêncio.

-Estou aqui.

-Quem é esse? - O homem mais velho pergunta olhando para o italiano que ainda estava assustado.

-Meu quebra galho.

-E o que deseja, Jong Min?

-Terminar o assunto da semana passada. Quero que me ajudem a invadir um lugar.

-Sabe que isso não é fácil. Para usar todos os meus homens de uma vez é preciso estratégia.

-Confio no senhor para isso, é um ótimo líder.

-Não puxa meu saco garoto, você não tem nada a me oferecer. - Diz pronto para dar as costas.

-Na verdade, tenho sim.

-E o que seria?

-Se me ajudasse conseguiria Jeon Jungkook. Sabe como pagariam caro para resgatá-lo.

-Não me interessa. É um cara respeitável, não quero mexer com ele.

-Mesmo sabendo que ele trabalha com a Demons? - O homem que antes sorria, agora, tinha uma expressão fechada. - Vocês são rivais, não é? Como acham que se sentiriam se perdessem o empresário e piloto deles? Estariam no pó.

-O que quer dizer?

-Que se me ajudarem a invadir a empresa de Jeon e ainda o capturá-lo, além de conseguirem arrancar uma boa parte da grana dele pelo resgate. Ainda poderia pegar documentos lá dentro, importantes.

Jean ouvia tudo em silêncio. Então, esse era o plano? Invasão e sequestro?

-Isso ferraria a Demons. A maior fonte de renda deles são as corridas, Jeon é o melhor piloto e... - Se aproxima antes de continuar a falar. - É quem ajuda a cuidar de partes burocráticas e da...

-Dá grana. - O velho completa. - Poderiam declarar falência se não o encontrassem.

-Exato. Vocês têm um hacker, não é? É só mandá-lo conseguir a planta da Jeon's Corporation, sua quantidade de homens é o suficiente para isso. Invada, peguem Jeon Jungkook e o mantenham preso até conseguirem a grana e os documentos. Depois é só matá-lo. Vão se tornar a gangue número um.

-Por que quer fazer isso?

-Porque quero esse empresário de merda, morto.

O homem concorda, ainda parecendo desconfiado.

-Eu conseguiria juntar todos os meus homens daqui a dois dias.

-Então o atacaremos daqui a dois dias. Temos um trato? - Pergunta oferecendo um aperto de mão, que após poucos segundos, foi aceito.

"Não vão não." Jean pensava, ainda em silêncio.

Após alguns minutos de bebidas trocadas e contratos assinados, já estavam novamente na estrada.

-Me deixa no meu apartamento. E você. - Diz apontando para o italiano que dirigia. - Esteja preparado. Quero que esteja comigo na hora da invasão.

-Vou estar.

Demora cerca de quarenta minutos até que o carro parasse em frente ao condomínio de Jong Min, o que faz Jean se lembrar da explosão. O homem alterado sai rapidamente do carro.

-Dois dias porra, me entendeu? - Diz olhando para o italiano dentro do carro, que confirma, dando a partida.

Dirige por alguns quarteirões tentando assimilar tudo que havia acontecido. A essa altura, já estava chorando. Teve uma arma apontada para si, ameaças e agora, foi colocado no meio de um plano totalmente absurdo para tentar matar o empresário que havia conseguido seu respeito.

Apenas respira fundo antes de parar o carro algumas ruas antes de seu prédio e pegar o celular procurando pelo número de Jungkook. Já eram duas da manhã, não estava preocupado se ele já poderia estar dormindo, era importante.

Jeon enchia sua taça de vinho com cuidado enquanto ouvia a risada alegre de Jimin. Já estavam em seu apartamento, ambos na sacada. Aproveitavam as primeiras horas como um casal. Jimin vestia uma das camisas gigantes e confortáveis do moreno com as costas apoiadas no peitoral do namorado, que sentia atrás de si, o abraçando.

-É sério, você vai gostar de apenas algumas paisagens, porque se for pela comida... - Jungkook dizia fazendo o loiro rir.

-É tão ruim assim?

-Fast Food.

-Aí não. Ficar sem comida caseira é complicado. Mas vou adorar viajar com você de novo.

Diz colocando a cabeça no pescoço do mais alto. O cheiro de perfume ainda podia ser sentido, descobriu amar a fragrância amadeirada.

O momento confortável é interrompido pelo toque do celular do moreno, que queria apenas ignorar o aparelho por algum tempo.

-Jeon, estão te ligando.

-Pode ver quem é?

Jimin se estica para pegar o celular vendo o nome de Jean ali.

-É o Jean.

Jungkook pega o aparelho parecendo preocupado.

-Está acontecendo algo? - Park pergunta enquanto abraçava as próprias pernas.

-Eu não sei. - Diz pronto para atender a ligação.

-Ei... Eu sei que são coisas relacionadas ao Jong Min. Tá tudo bem, eu quero saber o que tá acontecendo...

O moreno olha para o namorado parecendo pensativo. Por fim, atende a ligação colocando no viva voz para que Jimin pudesse ouvir.

-Jean, o que ouve?

-Jeon, me escute com atenção. Jong Min esteve aqui. Colocou uma arma na minha cintura para que eu saísse com ele.

-Você está bem?

-Estou. Ele me levou até a máfia inimiga dos Demons. - Dizia com voz de choro.

-Ei, se acalma. Você está chorando?

-Desculpa, é só que eu to assustado. Minha mãe e irmã estão no meu apartamento. Tenho medo de que algo aconteça com elas por minha culpa.

-Ok, do início. Por que ele te levou lá?

-Ele tem um plano senhor... Daqui dois dias ele vai ter ajuda de todos os membros da máfia para invadir sua empresa.

Jimin leva as duas mãos a boca, completamente surpreso. Jong Min era realmente um lixo.

-Estão em busca de dinheiro?

-Senhor Park está ouvindo? Ele pode ficar assustado se ouvir o que vou dizer agora.

Jungkook olha para o namorado que parecia tentar entender o que estava acontecendo.

-Estou Jean, pode falar.

-Querem te sequestrar Jeon. Pedir um valor altíssimo pelo resgate, conseguir documentos importantes para falir você e a Demons... E depois te matar.

O moreno fica em silêncio. Era incrível até onde aquele merda podia chegar.

-Senhor, eu sei que não confia em mim ainda. Mas é tudo verdade. Eu quero realmente te ajudar.

Jimin olhava para o namorado, parecia esperar qualquer reação desesperadora de Jeon. Mas no fim, nada mudou. Ele continuava calmo.

-Jean, eu vou pedir para que os homens que estão te vigiando, não tirar o olho do seu apartamento. Sua família vai ficar bem, obrigado por me avisar.

-O que você vai fazer?

-Impedir. - Diz desligando o aparelho.

Encosta a cabeça na porta de vidro que separava a sacada da sala de estar. Estava pensativo.

-Me desculpa... Isso tá indo longe demais...

-Tá tudo bem amor.

-Você não pode ir trabalhar no dia... E tem que tirar os documentos de lá.

-Estou pensando em algo mais dramático. - Diz sorrindo.

Park respira parecendo aliviado. Sempre que Jeon está calmo demais, é porque ele tem um plano.

-Eu quero te pedir uma coisa. - Jimin diz mordendo o lábio inferior com leveza.

-O que quiser.

-Eu quero estar a par de tudo o que envolve Jong Min e suas vinganças. Eu mereço isso Jeon.

-Isso não te faria bem.

-Não importa. Eu sou seu namorado, não é?

O moreno concorda com a cabeça, em silêncio.

-Então eu também quero ser sua dupla. Por favor, me diz o que você está planejando.

Jungkook desencosta do vidro se aproximando o loiro. Ri baixo enquanto olhava para o céu que estava escuro.

-Se ele tem a máfia, eu também tenho. Vão estar lá quando tentarem invadir. Mesmo que consigam a planta do prédio, fui eu que inventei aquele lugar. Eu construí tudo da forma que eu quis. Eu conheço lá como ninguém.

-Acha que a Demons conseguiria enfrentar a situação.

-Sim, porém não quero arriscar.

-Então... O que vai fazer?

-Eu tenho a máfia, mas também tenho a polícia.

Jimin arregala os olhos enquanto parecendo extremamente surpreso.

-O que? Quer fazer a máfia e a polícia lutarem no mesmo lado?

-Sim, ambos têm dívidas comigo.

-Você realmente quer algo mais dramático.

Jungkook ri olhando para o loiro que parecia tentar imaginar a cena.

-Ei. - Jimin o olha. - Eu prometi que seria o pior pesadelo dele. O próprio diabo. Se quer ser minha dupla nisso e querer se vingar de tudo o que aquele merda fez com você, então terá que ser impetuoso também.

-Jeon. - O olha sorrindo. - Eu posso ser o diabo.

Aproxima a boca do ouvido do moreno.

-Um diabo até melhor que você se for para acabar com Jong Min.

- - - - - -

E aqui esse o nosso Jungkook, ou melhor, nosso Chase:


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