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By JulianaMoraes322

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๐๐ž๐ ๐š๐ง โฅ ๐Ž๐‚ Olivia sempre foi deixada para atrรกs, seja por seus pais a abandonando no orfanato quando c... More

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By JulianaMoraes322



Olívia Park




Existe momentos em que não se sente nada, onde sua mente vaga para tão longe que você apenas fica em estado vegetativo.

Depois de semanas de dor, de choros até o amanhecer, estar neste estado era reconfortante. Minha mente estava longe, eu pensava o que iria acontecer, como iria ser quando eles chegarem.

Sangue, morte e eu esperava que tivesse muito choro.

Agora eu entendia o que Negan disse quando me trouxe de volta do posto avançado.

Eu chorava sem parar e ele me levou para o quarto dele. Ele tentava me deixar mais calma, mais a dor era tanta que meus soluços saiam alto cortando minha garganta.

Depois de algumas horas eu estava sentada encolhida sobre sua cama. Minha cabeça nos joelhos olhando para rua, meu corpo ainda tremia, mais era levemente.

— Eu perdi minha esposa — a voz dele me invade e eu o encaro.

Meus olhos estão inchados e eu mal podia vê-lo, mas pude ver a dor ali, a dor que ele sempre escondia.

— Ela já estava doente quando essa merda começou — ele diz e me entrega um copo com whiskey — Eu a amava, eu vi ela morrer, ele virou uma dessas coisas... foi nesse dia que eu me transformei em Negan. A dor era tanta, mais o ódio era muito maior.

— Meu pai me vendeu quando eu tinha treze anos, por duas buchas de crack. Eu ainda lembro das mãos dele, do homem sujo que me comprou — digo com minha voz cortando minha garganta — naquele dia eu tive medo, medo era o único sentimento que eu conhecia. Quando encontrei Nate foi onde eu fui mais feliz, eu sorria o tempo todo, tinha alguém sempre ao meu lado... eu nunca mais tive medo.

— E agora o que sente?

— Eu estou apavorada, me sinto com treze anos  de novo — digo e levanto o rosto, secando minhas lágrimas — eu já passei por tudo, nem mesmo no dia em que você me salvou eu me senti assim... é como...

— Se sua âncora de vida fosse arrancada de você — ele termina minha frase e eu concordo — o que mais você sente?

— Raiva, dor, ódio...

— Vingança?

— Vingança!

— Esse Olívia com medo, morreu quando você tinha treze anos, como eu morri quando minha esposa morreu. Agora quem você quer ser?

— Quero ser alguém forte, quero ser cruel como todos sempre foram comigo, quero dar a esse mundo tudo o que eu recebi mil vezes pior — digo erguendo meu rosto.

— O que faremos com aqueles que lhe causaram tudo isso? — ele pergunta alisando meu rosto.

— Faremos sofrerem em dobro — digo e viro o whiskey — Quero que eles vejam a morte como eu vi, quero que eles percam alguém que eles amam como eu perdi, quero eles sem nada como me deixaram, quero eles tão perdidos e acurralado como eu fiquei.

— E você está pronta?

— Sim senhor!

Minha volta para o presente quando eu escuto mais homens chegarem. Pisco fazendo algumas lágrimas caírem por ficar tanto tempo sem piscar. Me encosto no carro escondida. E vejo o carro com os prisioneiros.

— Quem está ali? — pergunto para Dwight ao meu lado.

— Uma negra de tranças, um japonês, o seu amigo, um cara grande ruivo, e duas outras mulheres.

Glenn, Daryl e Michone.

Os outros não sei quem são, também não ligo. Se tudo der certo, o restante do grupo também estará aqui em alguns minutos.

Era isso, essa excitação que saber que você terá sua vingança. Era um sentimento revigorante, mas lá no fundo, bem lá no fundo, tinha um nome gritando em minha mente.

Daryl.

Não vou deixar que minha gratidão, ou anos que passamos juntos, mude nada. Afinal não importou para ele quando ele me abandonou para morrer.

Eu ainda lembro da última conversa que tivemos, quando ele foi me ver depois de conseguir trazer os remédios para para mim.

— Você ta mal baixinha — ele sentando ao lado da minha cama.

— Você se machucou?

— Você precisava dos remédios — ele diz como se não fosse nada — Devia dormir, não posso perder minha parceira de caça! — ele beija minha testa e sai da cela.

Balanço minha cabeça afastando as malditas lembranças. Então vejo os outros chegaram, a luz se ascende e eles percebem a emboscada.

Vejo que Maggie estava em uma maca, ela estava horrível. Elas a tiram de lá, e ficam de joelho. Dwight tira os outros do caminhão e os colocam no chão.

Hora do show.

Saio do meio dos carros e paro de frente para eles. Saboreio a visão de surpresa deles. Era tão magnífico a visão de vê-los ali ajoelhados em minha frente.

— Boa noite — digo sorrindo — Que adorável noite para encontrar velhos amigos não? — digo sorrindo, o veneno escorrendo em minha boca.

— Olívia? — escuto a voz Daryl e me viro sorrindo para ele.

— A primeira e a única! — digo o olho para o rosto de cada pessoa que um dia me deixaram para atrás.

— Então você é o Negan? — ouço Rick falar e tento me controlar para não avançar nele e matá-lo ali mesmo.

— Quem é você? — aponto para um dos homens que estava a minha direita.

— Eu sou Negan!

— Quem é você? — agora digo para um da minha esquerda.

— Eu sou Negan!

— Quem é você? — me viro para Dwight.

— Eu sou Negan — ele responde sério.

— QUEM NÓS SOMOS? — pergunto alto para todos.

— NÓS SOMOS NEGAN!

A frase ecoou por toda a mata e eu olho sorrindo para as pessoas ajoelhadas em minha frente.

— Bom, já que estão tão curiosos, está na hora de conhecer o homem! — digo e encaro Simon que vai até a porta do trailer.

Ele bate duas vezes e Negan sai da sorrindo. Saio da frente deles e deixo o palco para ele. Ele começa seu discurso, sinto meu corpo queimar em adrenalina por cada palavra que saia da boca dele.

Quem será ele vai escolher? 

Então eu encaro o garoto de chapéu que me olhava. Carl estava mais alto, havia crescido tanto. Ele havia perdido um olho, parecia ter passado por muita coisa.

Minha mente volta para o passado novamente e eu perco o foco.

Devia tá na cama, não desmontando essa arma — digo encarando Carl sentado no chão da cela

— Você também — ele diz sorrindo, e eu entro na sua cela e me sento na cama.

— Eu sou adulta e posso fazer o que eu quero — digo e ele revira os olhos — Não revira os olhos para mim! — digo e bato no seu chapéu fazendo ele voar da cabeça.

— Vai me ensinar a caçar? — ele pergunta pegando o chapéu no chão.

— Vai me dar aquele quadrinho que Michone trouxe? — pergunto e ele bufa — então nada feito pequeno xerife!

Me levanto e saio de lá, pego o sanduíche e o copo de água que Carol deixou pronto e saio da prisão e caminho até a torre de guarda. Sorrio para Rick e aviso que estou subindo.

— Não precisa me trazer — ele diz quando eu chego e entrego as coisas para ele.

— Carol deixou pronto faz horas — digo e ele apenas concorda — O governador não vai aparecer, já faz semanas Rick.

— Eu sei — ele diz enrugando a testa — mas agora toda essa gente depende de mim, não sei se consigo.

— Consegue sim — digo e encaro a lua — ainda estamos aqui e isso é por que você sempre esteve cuidando de tudo.

— Eu me lembro bem, você concordava com Shane — ele diz eu reviro os olhos.

— Ele não estava errado, era o jeito que ele fazia que deixava tudo péssimo. — digo ele concorda — ele estava certo em matar o garoto e sobre o celeiro também, você sabe disso. Ele ficou louco apenas.

— Apenas...

— Ele te amava, vocês eram irmãos, família. Mais ele tinha inveja, você tinha outra família, e quando o mundo acabou ele teve isso — Rick me encara e eu suspiro — olha ele teve tudo quando você se foi, e quando você voltou ele ficou feliz, mais perdeu tudo também. Pessoas enlouqueceram por muito menos.

— É acho que tem razão — ele diz e morde sanduíche fazendo cair molho em sua camisa.

Ajudo ele a limpar e então vejo que eu estava muito perto dele. Eu ia me afastar mais ele segura meu pulso. Ele coloca a mão na minha nuca e me puxa para um beijo.

Me acordo dos pensamentos quando vejo que Negan estava fazendo a escolha de quem iria morrer. Ainda bem que afastei daquelas coisas lembranças. Aquele beijo tinha gosto de mostarda e foi o mais estranho da minha vida.

Pulo quando Negan acerta a cabeça do homem ruivo com o taco. Ele continua em pé. Depois da quinta ou sexta tacada ele estava morto e seu cérebro virou picadinho.

O que eu não contava era que Daryl acertaria um soco em Negan. E que minha arma e estaria apontada para o homem que um dia foi minha família.





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