⸢𖠋⩨᪽͢ ELECTI. ordem paranor...

By rwriteer

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✦ . ꒦꒷ ──── Electis. ordem paranormal fanfiction, written by ﹫֓᪾֠ rwriteer : ᮫𖣯ؙ۠ ↶ postada a: 18.06... More

⸢𖠋⩨᪽͢ ELECTI. ordem paranormal universe fanfiction ͛ ㌛֓ 𖠱ࣽ⋆ֱ›
⸢𖠋⩨᪽͢ INTRODUCTIO ͛ ㌛֓ 𖠱ࣽ⋆ֱ›
⠀⠀⠀⠀⠀⸢𖠋⩨᪽͢ AGERE UNUM ͛ ㌛֓ 𖠱ࣽ⋆ֱ›
⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀0. agere unum ──── prologus

⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀1. agere unum ──── kelvin team

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By rwriteer

﹝ORDEM PARANORMAL 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤𝘵𝘪𝘰𝘯﹞
by ﹫֓᪾֠  rwriteer : ᮫𖣯ؙ۠ ↶

0.  ato 1  ──── equipe kelvin

Os cabelos grudados na testa dos dois agentes ofegantes diziam muito sobre o seu trabalho naquela manhã. Haviam treinado imenso na sala privada do prédio da Ordo Veritates. Um deles sabia o exato motivo pra estarem treinando tão arduamente naquela semana, já os olhos escuros da morena cacheada não faziam a mínima ideia. Sempre haviam treinado juntos, mas nunca naquele nível. Mesmo assim, a jovem se mostrava apta para o trabalho.

Estavam sozinhos, depois de decapitar mais uns 7 zumbis de sangue seguidos. Agora, bebiam água e limpavam o sangue de suas roupas. Eram mais ou menos 10:00 da manhã naquele dia e haviam começado o treinamento eram 09:00 horas. Ainda não haviam se hidratado e estavam morrendo de sede dentro daquela sala quente e cheia de coisas paranormais. 

Violetta, a mulher de cabelos escuros e enrolados, estava agora sentada em uma cadeira revestida a couro enquanto passava uma toalha pelo rosto e olhava para as poças de sangue em que os zumbis se haviam transformado depois de mortos. Ela pensava em como seria fazer tudo isso na vida real, quando, de repente, aparecesse um zumbi de sangue atrás de si. Mas isso não aconteceria por agora, o Sr. Veríssimo, líder da Ordo Veritates, nunca deixou que ela saísse em combate junto com os seus colegas, mesmo depois de Ballici implorar de joelhos para que ele a deixasse sair em missão com três novos agentes em uma escola incendiada.

— Não beba a água toda, ainda vamos precisar dela — Tristan pede.

Tristan Monteiro era um homem alto e forte, com os os cabelos lisos e castanhos na altura do pescoço, ele gostava de usar a barba rala e era coberto por queimaduras em seus braços e em sua região torácica, tais queimaduras foram causadas por antigas missões que fez. Naquele dia, ele usava uma regata branca com decote em "V", umas calças jeans azuis, um tênis simples de cor bege e um casaco branco apoiado em seus ombros. Era atraente, todos sabiam, mas também era mulherengo demais, então as mulheres na Ordem sabiam com quem estavam lidando.

— 'Tô com zero vontade de continuar Tristan — suspira — Aqui só matamos zumbis, todos iguais, não consigo me preparar para uma perspetiva real desse jeito. Tudo bem que o Veríssimo nem quer que eu esteja em missões, mas ainda assim.

— Você sabe que não é culpa de ninguém, cachinhos — o moreno diz, puxando alguns cachos da garota fazendo com que eles saltem — Agatha está fazendo o possível pra ajudar agentes em treinamento mas afinar a membrana é algo muito difícil e preciso. 

Violetta até hoje não entendia como Veríssimo pegou em uma adolescente e fez ela brincar com o paranormal dentro da base da Ordem, mas, o certo é que 'tava ajudando muito. A Ballici nunca falou muito com Agatha, era raro ver a garota pelos corredores da base, na maioria das vezes ela ia de noite para que os agente pudessem ter criaturas para matar de manhã. Todos acreditavam ser um processo muito trabalhoso, porém, muito bem administrado.

— Bom, de qualquer forma, tenho umas coisas pra fazer hoje — a jovem responde, enquanto pega seus pertences banais, como o seu casaco — Vou no hospital cuidar das doações pra doentes crónicos.

Era isso a vida de Violetta agora. Ela treinava e doava, treinava, implorava umas quantas missões para Veríssimo deixar que ela fosse em missões e doava para hospitais, treinava com Tristan e doava. Tudo muito recorrentemente. Mas sabia que estava fazendo o certo. Queria vingar e honrar o seu irmão. E por falar em vingar, com Violetta foi parar na Ordem?

Foi na noite seguinte à morte do seu irmão. Tinha acabado de chegar em casa depois do funeral de Ronan e encontrou Tristan dentro da sua casa, esperando a sua chegada. Houve uma quase luta por parte de Violetta, mas Tristan nunca encostou um dedo na garota pra machucar, apenas pra acalmar o seu ânimo. Se lembrava que, naquela noite, achava que Tristan estava ali pra matá-la, mas muito pelo contrário. Foi lhe oferecido explicações e promessas vingança. E, por isso, ela se encontrava tão destemida com o paranormal. Pobres zumbis de sangue, não aguentavam cinco minutos nas mãos daquela mulher.

— Veríssimo vai ficar puto 'cê sabe, né?  — Tristan diz, com o seu brilhante sorriso branco, sabendo muito bem o que Violetta iria falar depois.

— Que fique então — dá de ombros.

Violetta tinha esses momentos em que gostava de desafiar o próprio Veríssimo e se sentia bem com isso. Porque ela sabia que mostrava que estava ali com um propósito diferente, ela não se importava com a existência do paranormal, ela só queria destruir o que destruiu a sua vida. Ela não tinha motivos pra destruir o paranormal. A maioria dos agentes entravam ali com a mesma mente que Violetta tinha e mais tarde aumentavam a sua mente e começavam a entender o verdadeiro objetivo da Ordem. Mas a jovem Ballici ainda não tinha motivos pra isso.

Foi quando saiu da sala privada e esbarrou com a luz do dia que ela percebeu como sua vida tinha mudado de um dia para o outro. Um dia estava ela de joelhos no chão, implorando que o seu irmão respirasse e no outro era recebida por olhares de agentes que combatem o paranormal. 

Era sempre isso, sussurros cada vez que ela saía daquela sala e bom, ela não era contra isso. Gostava de ser conhecida entre os renomados agentes, mesmo que fosse por ser das únicas jovens que usufrui do paranormal para treinamento.

Era quase meia noite quando o som característico de ligação a tira do seu sono.  Ela jurava que, se fosse Tristan ela, na manhã seguinte, jogaria o moreno para cima dos zumbis de sangue e ficaria apenas assistindo ele lutar com todos eles. Mas, quando viu o nome no ecrã ela pulou rapidamente da cama.

— Alô, Sr, Veríssimo — atende a ligação. Embora tivesse medo de ser confrontada com a sua saída prematura do treinamento daquela manhã, ela não poderia ignorar uma ligação importante e rara.

— Certifique-se que amanhã não tem coisas pra fazer, a sua saída prematura pode prejudicar a reunião de amanhã. Fale com funcionários, eles irão saber dizer onde é. Estou a contar com a sua presença. — e assim o homem desliga a ligação, fazendo a jovem se perguntar porque razão ela teria uma reunião com o próprio Veríssimo e porque foi o próprio que fez essa ligação, direta, a ela.

Todos os pensamentos se enrolam no cérebro de Violetta e ela enche a caixa de mensagens de Tristan em apenas cinco minutos. A sua racionalidade não funcionava. Estaria o Sr. Veríssimo arrependido da entrada de Violetta na Ordem? Seria expulsa sem descobrir o que havia sido feito com o seu irmão? O que é certo é que o sono não chegava e sua mente percorria tudo. E graças a isso, a mulher acordou atrasada no dia seguinte. 

Odiava acordar atrasada, mas eram 10:30 da manhã, a chance da reunião já ter começado era gigante. Então, se arruma o mais rápido que pode, sendo capaz de esquecer o seu banho.

Ela nunca havia dirigido a tanta velocidade mas ali estava ela, 10:50 na frente da Torre Alfa, uma grande torre comercial, na avenida Faria Lima, em São Paulo. Era um torre espelhada com vários homens e mulheres muito bem vestidos entrando e saindo dela. Nunca havia pisado na Torre Alfa, a maioria dos seus treinamentos eram na Beta, alguns treinamentos de arco e flecha eram na floresta longe da base. 

Violetta tinha os seus cachos definidos graças ao banho e à touca de ontem, então o seu cabelo não era um problema. Mas, a sua roupa não parecia adequada pra uma reunião. Talvez ela devesse mesmo optar por um alarme em situações futuras.

A jovem entra rapidamente na Torre e vai até um grande balcão com duas recepcionistas. 

— Oi! Sr. Veríssimo. Reunião. — a jovem diz, ainda ofegante por toda a correria.

— Bom dia, posso ajudar? — a mulher questiona, confusa.

Violetta arruma a sua postura pra poder falar:

— Tenho uma reunião agendada com o Sr. Veríssimo, mas não faço ideia se já começou ou não. Peço imensa desculpa o incomodo — a garota informa, se sentindo ofegante ainda.

Uma coisa que ela repara, enquanto a recepcionista procura informações no seu computador é que, até mesmo na Torre Alfa as pessoas a observam penetrantemente.

— Violetta Ballici, certo? — a mulher pergunta, recebendo um aceno positivo da jovem — Tem documento?

Violetta procura entre os seus infinitos bolsos e finalmente encontra, entregando-o para a mulher. A recepcionista digita algumas infinitas coisas no computador e finalmente devolve os documentos e entrega um cartão a Violetta.

 — A reunião atrasou um pouco, começou mais ou menos vinte minutos atrás. Você pode passar pela catraca aqui do lado, elevador três, andar oito — diz, recebendo mais um aceno positivo e sendo deixada pra trás por Violetta, que vai diretamente até o elevador três, onde ela procura intensamente o número oito e, quando finalmente encontra, clica nele com tanta força que acha que ele pode vir a travar.

Chegando no andar oito ela vê uma porta diferente das outras, que eram todas espelhadas, uma porta preta vítrea. A mulher cacheada corre até ela pra abrir bruscamente a porta e se desculpar pelo atraso, mas, antes que possa falar, é recebida por seis pares de olhares curiosos.

Ela começa por reconhecer Veríssimo, um senhor de idade, por volta de seus cinquenta ou sessenta anos, com cabelo e barba rala, parecido com um "típico CEO" clichê de filmes, que veste um terno arrumado e anda sempre com uma postura correta. Ela também reconhece dois agentes do lado do homem. Thiago Fritz, um homem com 33 anos de idade e 1,73 metros de altura. Ele apresenta cabelos curtos e castanhos, barba mediana, olhos castanhos, e um porte físico atlético. Ele vestia um moletom cinza, o que faz com que Violetta não se sinta tão ruim pela roupa que trazia vestida. Elizabeth Webber também chama a sua atenção, uma mulher de 28 anos, esguia, com 1,70 metros de altura. Possui a pele branca, cabelos negros e amarrados, olhos castanho-escuro, grandes e pesados, também apresenta uma pinta debaixo do canto esquerdo da boca.

Estes dois agentes chamam mais a sua atenção por participarem do último caso em que Violetta se esforçou a pedir que Veríssimo a deixasse participar. Mas, além dos dois, um homem, também velho, muito alto, está presente, juntamente de um rapaz asiático e um de cabelos escuros e compridos.

— Peço imensa desculpa pelo meu atraso, Sr. Veríssimo — Violetta se desculpa, parando do lado do rapaz asiático para que eles possam prosseguir a reunião sem mais nenhum incomodo.

O Sr. Veríssimo assente fracamente, antes de voltar ao assunto.

— Bom dia, meu nome é Joui — o rapaz do seu lado sussurra, recebendo um olhar de canto de Violetta.

— Continuando — pigarreia — Estava respondendo Cristopher — Veríssimo diz, voltando a olhar para o homem alto — Cristopher, o seu filho se interessou pela Ordem autonomicamente. Ele se interessou por si próprio. E você sabe, que a gente 'tá passando por um momento onde a gente não pode negar ajuda — enquanto o homem fala com o tal Cristopher, Violetta chega à conclusão que o "filho" de quem eles estão falando é o rapaz, com mais ou menos 1,75 metros de altura, de os olhos escuros e olheiras profundas. Seus cabelos eram pretos, grandes e volumosos, na altura dos ombros. Ainda apresentava uma fisionomia esguia, com uma postura curvada — E as habilidades dele vão fazer muita falta para a gente — Violetta se perguntava como um rapaz, que claramente passava os dias jogando, poderia ajudar n'A Ordem, mas não ia julgar, talvez ele tivesse um dom especial.

— Cristopher, larga de ser chato — o rapaz se pronuncia, sendo interrompido pela voz alta do homem mais velho.

— Mas vocês sabem tudo o que eu fiz, tudo o que eu fiz, pra não meter eles nisso!

— Cristopher, você aceitou fazer parte da ordem, finalmente, porque você sabe a situação que a gente 'tá vivendo. Eu sei, e eu já esperava a sua reação... — é interropido.

— Mas eu não quero o meu filho nisso!

— Eu já esperava a sua reação Cristopher — Veríssimo continua — Mas a gente não tem escolha. É pelo bem do mundo inteiro.

Finalmente o silêncio reina dentro daquela sala. E Violetta pode se arrumar mais confortavelmente na cadeira. Ela não esperava entrar em uma sala onde um homem gigante discutia o futuro do próprio filho com o Sr. Veríssimo, enquanto o filho estava, literalmente, sentado do lado dele.

— Nos últimos trinta anos, graças ao trabalho incansável da nossa Ordem — o homem se vira para todos presentes na mesa — A membrana tava se tornando cada vez mais resistente, ela tava ficando cada vez mais forte e os esoterroristas 'tavam quase extintos, a gente mal tinha relatos. O munda tava chegando muito perto de uma realidade totalmente curada. A esperança era palpável. — ele olha diretamente para todos, um de cada vez, observando os seus rostos curiosos. Violetta, pessoalmente, já tinha a certeza absoluta que iria participar de uma missão, mesmo que fosse indiretamente, mas era difícil acreditar — Mas, alguma coisa aconteceu. Nos últimos meses, desde o começo do ano passado, começaram a aparecer eventos paranormais numa intensidade e frequência que nunca aconteceu antes. E como a gente 'tava, há tanto tempo, tão acostumados com a fraqueza dos esoterroristas, a gente foi pego de surpresa. Os meios de investimento que a gente tinha n'A Ordem, de equipamento e recrutamento, eles foram todos lentamente diminuindo com o tempo. A gente baixou a guarda. E agora, não temos mais recurso nenhum. —  Violetta sabia que era verdade, por isso recrutaram pessoas tão desesperadamente, ela era uma dessas pessoas. — A membrana, atualmente, 'tá no estado mais debilitado que já foi registrado na história, e a gente não 'tava preparado. E é por isso que a gente precisa de toda a ajuda possível — Veríssimo olha diretamente para Cristopher.

Violetta sentia súplica no olhar de Veríssimo, mesmo que muito indiretamente, ela sabia que ele estava em um estado desesperado pra conseguir voltar ao que A Ordem teria sido antes.

— E é por isso que eu trouxe todos vocês aqui, para um caso que eu não queria que vocês tivessem que resolver. — suspira, enquanto joga uma foto em cima da mesa — Conheçam, a Equipe Kelvin. Esses são Kenan Thomas, Miguel Cariad e Mariana Larona. Eles são uma equipe experiente e muito eficaz d'A Ordem. Eles estavam há alguns meses indo atrás e investigando um grupo de esoterroistas que era bem habilidosos, eles sabiam fugir e se esconder muito bem. Eles 'tavam sempre tentando invocar alguma coisa que a gente não sabe o quê.

Violetta apreveita esse tempo pra observar a fotografia. Ela não fazia ideia de quem eram aqueles três, nunca os viu n'A Ordem. E eles chamariam muito a atenção se ela os visse.

—  Recentemente, esse grupo de esoterroristas sumiu por alguns meses e a gente perdeu completamente a pista deles. — Veríssimo continua — Essa é a Equipe Kelvin, e eles eram muito metódicos e experientes e eles 'tavam no encalço desse grupo de esoterroristas há muito tempo. E aí, esses esoterroristas desapareceram por alguns meses, e nós até achávamos que eles tinham desistido. Mas, uma evidência de um caso que não tava indo a muito longe, no interior do Rio Grande do Sul, acabou se tornando nível federal por causa da incompetência local, e nós finalmente achámos uma evidência que linkava esses esoterroritas e tivemos algum sinal da sua organização.

Veríssimo coloca mais uma foto em cima da mesa. Uma foto de alguma parte de um corpo com um desenho em espiral cravado na pele.

— Esse é o símbolo que esse grupo de esoterroristas costuma colocar em todos os lugares e ele foi queimado na testa de um homem morto — ele informa — A família desse homem desapareceu. Ele foi encontrado à beira de estrada com seu carro vazio com todos os pertences. A única coisa que desapareceu foi a sua filha e a sua esposa. A polícia local tentou investigar esse caso por quatro meses até que, finalmente, eles desistiram, por falta de recursos e habilidade e tentaram passar para a polícia estadual. O nosso membro d'A Ordem na polícia estadual do Rio Grande do Sul, repassou essa evidência pra gente, e a Equipe Kelvin foi enviada pra investigar. E, tentar finalmente encontrar esse grupo novamente. — explica o contexto — O problema, é que eles eram extremamente metódicos, como eu disse, e enviavam relatórios com muita frequência sobre as novidades e sobre o atual status das investigações. E esse, — Veríssimo coloca um papel sobre a mesa — foi o primeiro e último relatório que eles enviaram — diz, entregando o relatório pra Elizabeth.

Elizabeth observa antes de começar a ler.

— Relatório Equipe Kelvin — a mulher começa — Relatório inicial: Ficando num hotel próximo de onde o corpo foi encontrado, identificámos movimento do grupo esoterrorista. Sem dúvida, o problema é maior que prevíamos. A cobertura de telefone na região é quase inexistente. Mais informações em breve. Foi registrado às 23:14 do dia 11 de março.

— Isso foi exatamente um mês atrás, — Veríssimo conclui —  eles não enviaram nenhum relatório novo. Não temos notícia nenhuma deles desde então. E é por isso que eu estou assimilando vocês agora, para serem enviados até a cidade de Carpazinha, que é onde eles foram investigar, e descobrir o que aconteceu com esses membros e talvez auxiliar eles no combate a esses esoterroristas. Vocês acham que têm como fazer isso?

E, depois dessa pergunta, Violetta já não tem certeza se será capaz de enfrentar o mundo real. Quer dizer, era ótima no combate contra zumbis de sangue. Mas o que realmente a esperava em Carpazinha? E porque eram seis pessoas e não três como todas as equipes?

— Senhor Veríssimo? — ela se chega à frente — Na Equipe Kelvin, eles eram três, porque razão enviar uma equipe com o dobro de pessoas?

— Ótima pergunta Ballici — ele sorri fracamente — Ao contrário de o nosso usual três, a gente sempre manda os grupos em trios, agora vocês 'tão em seis, porque essa equipe era bem habilidosa e eles desapareceram — ele responde a questão — Eu 'tô bem preocupado, e a gente não tem recurso pra perder membros tão importantes como eles.

— O rapaz foi encontrado morto e um carro, então — Elizabeth começa a analisar os documentos.

— Eu só não concordo com o meu filho estar aqui — Cristopher volta ao assunto. Talvez ele tivesse esperança que, se insistisse, o rapaz fosse mandado embora.

— Ah meu Deus do céu — o rapaz de cabelos logos passa as mãos pelo rosto.

— Cristopher, o seu filho é maior de idade e ele se ofereceu para se juntar à Ordem, você sabe que a gente precisa de ajuda, eu não tenho como negar. E ele é muito importante para a gente. — Veríssimo explica novamente.

— Eu sei, senhor Veríssimo, mas você entende a minha posição também, né? 

— Bem alto — Joui diz baixo, fazendo Violetta, inconscientemente rir.

— A realidade é mais importante. Isso tudo é o mais importante, Cristopher. A verdade é mais importante, a Ordem é mais importante — o homem continua.

— É, ô, papaizinho,, não finge que 'tá se preocupando agora só que a coisa apertou, tranquilão? — a voz arrastada do rapaz invade os ouvidos de Violetta e ela se pergunta qual teria sido a ruindade que um homem gigante daqueles cometeu pra deixar que o filho se tornasse assim com ele.

— Cesar, você já viu algum evento paranormal? — Cristopher pergunta e, agora, Violetta sabia o nome de todas as pessoas presentes na sala.

— Por que você acha que eu to aqui? — Cesar pergunta e nisso, Violetta cruza os braços e olha para o Joui.

— Aí, novato, você sabe o que esses dois têm? — ela pergunta.

Joui dá de ombros, sinalizando que sabe tanto quanto ela. Mas, pra ocupar o tempo, ela decide observar melhor o físico dos, até então, colegas de equipe.

Joui possuí um cabelo curto e liso, olhos castanhos escuros, nariz afinado e rosto fino. Ele apresenta também um porte físico esguio e atlético. E Cristopher, bom, ele era bem grande. Ele também tinha um enorme sotaque americano reconhecível de longe.

— Você sabe por quê me afastei de você e sua mãe? — Cristopher pergunta.

— Não sei, e não sei se eu 'tô tão afim de saber também — Cesar responde rispidamente, fazendo os olhos de Violetta o encararem diretamente. Ela não lidava com muitas pessoas ríspidas no dia-a dia. Até porque Tristan era uma das únicas pessoas com quem ela falava e ele era muito carismático.

— Eu queria proteger vocês!

E nisso, o Sr. Veríssimo se levanta, encerrando por completo a conversa.

— Eu queria poder ficar mais tempo mas eu tenho outras coisas a fazer — informa — As passagens para Carpazinha estão compradas, vocês podem encontrar o oficial Victor Rott, na delegacia. Ele era o responsável pelo caso antes de ser repassado para a polícia federal, talvez ele tenha mais informações sobre o assassinato e talvez vocês possa seguir as pistas que a Equipe Kelvin tinha seguido.

Elizabeth se levanta rapidamente.

— Isso não é uma piada então? A gente vai ter que viajar com o casos de família aqui do lado? — aponta para Cristopher e Cesar.

— Isso aí é uma situação que tem que ser resolvida, meu querido — Thiago se pronúncia enquanto Joui ri forçosamente da frase de Elizabeth. Violetta percebe que aquele devia ser o aprendiz de Liz e Thiago, por isso ele queria impressionar — Esses dois aí, imagina, têm uma treta, eles discutindo e do nada vem um zumbizão e crau!

— Concordo — Violetta se pronuncia — Acho que, ou vocês resolvem isso até Carpazinha ou só depois da missão. As emoções vão afetar o nosso trabalho. — diz, se recordando que essa era uma regra dela e do Tristan, eles juraram um pro outro não se apegar a agentes porque todos eles são passageiros. E Trsitan sabia disso muito bem, uma vez que trabalhava n'A Ordem desde pequeno. Embora o Monteiro não seguisse essa regra à risca, mas isso Violetta não precisava saber.

— O problema não é meu. — Cesar se defende — O problema é desse senhor aqui ó — aponta para Cristopher.

— Assim, o Joui tudo bem, ele é meio desastrado, mas, ele é bom. — Elizabeth diz — Violetta também me parece preparada, ouço falar muito bem sobre ela pelos corredores — diz, fazendo um sorriso largo preencher o rosto de Violetta e Joui que dão um soquinho na mão um do outro — Agora o casos de família ali eu não..não, não.

Violetta, por outro lado, sabe o quão precioso deve ser ter aqueles dois membros na equipe, por alguma razão Veríssimo os escolheu.

— Liz, a gente não tem escolha — Verissimo reforça — Você sabe muito bem o que acontece quando a gente manda uma equipe pequena.

— Eu sei, eles morrem! — Elizabeth responde rispidamente.

— Sim, mas você tá ligado que esses dois juntos contam como menos um se continuar assim. Sem querer falar mal, senhor Cris, te respeito e tudo mais, mas namoral, tem que resolver essa situação aí pai — Thiago responde a Veríssimo.

— Eu acredito que vocês vão conseguir confiar uns nos outros eventualmente, assim como você, Thiago e Liz, não confiavam uns nos outros no começo. — Veríssimo diz isso com confiança. Ele deveria saber muito bem do que estava falando, afinal, quantas equipes ele já havia montado?

Elizabeth, com isso, se exalta:

— A Ordem já matou duas pessoas que eu considerava minha família, 'cê quer que outra família seja destruída?

Violetta não entendia nada disso de equipes como Elizabeth falava, como era possível considerar alguém da sua família sem tempo para os conhecer? Ela nunca tinha conversado sobre isso com Tristan. Mas, tinha uma pequena noção que, por se importar com Violetta, Tristan sempre quis que eles ficassem em equipes separadas.

— A Ordem não matou ninguém, Liz, os esoterroristas mataram — Veríssimo diz — A gente impede que mais pessoas morram.

— É, mas agora mesmo é pra me deixar mais calmo, né? Pessoas morrendo. — Cristopher diz.

Violetta se levanta, batendo a mão na mesa.

— Não quero me chegar muito à frente, mas, todos que estão aqui sabem o risco que correm desde que aqui entraram. Senhor Cristopher, você sabe o risco que corre, Cesar sabe o risco que está correndo, assim como eu sei. Somos uma equipe, mas cada um sabe de si prórpio, seja você pai dele ou não — a morena diz — E sinto muito por todos os problemas que vocês possam ter, mas, se isso não ajuda na investigação, não vale a pena.

— Ô, senhor Cris, pensa assim meu querido — Thiago diz, depois de acenar positivamente à afirmação de Violetta — Você falou que queria proteger seu filho, quão fácil é proteger seu filho quando ele tá perto de você? Muito mais do que longe! Olha o seu tamanho, tu parece um armário!

— Não é verdade? — Cesar entra na conversa de Thiago, mesmo que, no fundo, todos saibam que ele não foi ali com a intenção de ganhar proteção do pai dele — Ele falou verdade, papai!

— O argumento deles até que tem algum sentido, considerando a quantidade de eventos paranormais ao redor do mundo todo, o seu filho próximo de você e sabendo das coisas que podem acontecer está mais seguro do que com a ignorância de não saber o que pode acontecer. Ele mesmo, acabou encontrando por acidente um demônio, conseguiu lidar com sorte. A sorte nem sempre 'tá do lado de vocês o tempo todo. — as palavras do Sr. Veríssimo fazem Violetta pensar. Como seria naquela noite se ela tivesse consciência do paranormal quando tentaram raptar o seu irmão e ele morreu? Ela se deixaria dormir naquela noite? Seu irmão estaria vivo?

— Eu, eu concordo! — Joui se pronuncia também.

— Mas o que é que ele fez? Jogou um mouse? — Talvez Violetta entendesse o lado de Cesar. Apenas essa frase dizia muito. Cristopher não acreditava que o seu filho fosse capaz de lutar? Ou não o conhecia o suficiente pra saber das suas capacidades?

— Vocês vão ter muito tempo pra conversar. Eu preciso ir agora — diz, entregando as seis passagens, com ticket com check-in já feito, com o nome de cada membro — Os assentos estão marcados em lugares distantes do avião e em nomes diferentes foram comprados também, pra não gerar nenhuma suspeita. Vocês sabem que o nosso trabalho é manter escondido a existência do paranormal apesar de estar vivendo um momento muito complicado — informa as coisas essenciais — Alguma outra dúvida?

Liz então chama o Thiago pra falar alguma coisa em particular e, enquanto isso, Veríssimo chama Violetta pra uma conversa privada. A jovem aceita e, quando está de frente para o homem ela consegue ver as suas olheiras enormes, de quem não dormia à dias.

— Espero que esteja pronta — ele diz, recebendo um aceno positivo da cacheada — Tristan me passou relatórios do seu desempenho, espero que saiba que estou contando com você pra trazer eles de volta. Sei do seu potencial e sei que não me vai desapontar. Liz e Thiago são ótimos também. Vocês três vão conseguir encaminhar os outros três.

— Sim, Sr. Veríssimo — sorri — Espero conseguir.

— Você vai. — e logo após isso abre a porta e espera que todos saiam.

Antes de saírem ele volta a relembrar a falta de recursos d'A Ordem e pede que eles levem equipamentos próprios. Ele também reforça que terá alguém no aeroporto infiltrado para que eles consigam passar sem serem perturbados com a revista. Ele também informa que eles devem alugar um carro no próprio aeroporto. Veríssimo dá, também, algumas dicas de combate para que eles sempre estejam preparados.

— O voo sai às 13:30, vocês ainda devem ter algumas horas para se preparar. Boa Sorte.

Todos agradecem à medida que saem da sala e, rapidamente estão sozinhos novamente, na entrada na Torre Alfa, onde haviam entrado um tempo atrás. Estava na hora, na hora de se prepararem pra uma grande aventura e investigação.










⚠️ CONTAGEM DE PALVRAS: +4K
MINUTAGEM E EPISÓDIOS:
"Equipe Kelvin" - Episódio 1 - 39:38 / 04:09:30 - O Segredo na Floresta

    1.  ──── Capítulo revisado, mas pode conter erros.

✦    2.  ──── Olá, boa tarde! Como estão??

✦    3.  ──── O capítulo acumulou cerca de cinco horas seguidas, sem pausas para ser escrito, fora os 45 minutos de revisão. Já faz muito tempo que eu não fazia uma maratona de escrita tão longa. Não se acostumem, não vai ser sempre assim.

✦    4.  ──── Estou aprendendo ainda como começar a fic baseada em RPG, então peguem leve e aguentem, porque uma hora vai melhorar. Uma hora a escrita entra. É o começo, o começo é difícil.

✦    5.  ──── Já votou? Ainda dá tempo ein! E se não comentou ao longo do capítulo, não tem problema. Mas não se esqueça de comentar no próximo!

✦    6.  ──── O capítulo dois ainda não está em andamento. Sem data pra conclusão.

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