Aceita uma bebida? | jikook

Od BellaVittory

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Livro físico pela editora epiphany em agosto. (Não foi corrigida) Jimin se muda para Seoul com o objetivo de... Více

1- Aceita uma bebida?
2- Ele está acompanhado
3- O Diabo veste Prada
4- Mi fai impazzire
5- Apenas para você
6- Então Jeon, me dê um beijo
7- Seu pior pesadelo
8- Eu vou ter você para mim
9- Passar bem, Rose
10- Jimin, eu não vou pegar leve
11- Apenas uma prévia
13- Quer apostar?
14- Foi Jeon Jungkook
15- Que o inferno comece
16- Meu namorado?
17- Gire a garrafa
18- Eu aceito, Jeon Jungkook
19- Eu posso ser o diabo
20- Agora é a hora
21- Liberdade
22- Você é meu, Jeon
23- E Jeju, o que seria?
24- Sério, melhor do que eu?
25- Feliz ano novo, porra
26- Buonanotte amore mio
27- Código Vermelho
28- Então vença essa corrida
29- O que o piloto da morte fez?
30- Quer se casar comigo?
31- Talvez você ande
32- Te ensino a ser como eu
33- O inicio da guerra
34- Serei o advogado de Jeon
35- Um mafioso, amore mio
36- Park Jimin é um gênio
37- O novo lider
38- Me sinto preso em você
39- Corre, porra
40- Aceita uma bebida?
Extra - Por completo
Extra - Com amor, sua capitã
Livro físico + data da pré venda

12- O piloto da morte

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Od BellaVittory

Oii gente!
Vou postar nesse horário doido mesmo.

Vontade montar um grupão do zapzap com vcs pra fofocar.

Esse capítulo vem em comemoração por eu receber o resultado hoje de que eu consegui recuperar minha nota na matéria que eu tava ferrada com 3 pontos a mais.

Me sinto a própria fisioterapeuta nerd.

Nesse capítulo vem tristeza, mas vocês vão esquecer rapidinho hehe

Boa leitura (N fiz as devidas correções)
Nunca faz né Isabella..

Quem vier corrigir os erros que ficaram eu vou falar apenas "foda-se amore mio♡".

- - - -

Jimin acorda com leves raios de sol em seu rosto, o céu tinha um tom rosa claro e o tempo era frio. Seu corpo era coberto por um cobertor forrado, estava sem roupas.

Se lembra logo da noite anterior, só de pensar sentia vergonha, estava tão... Exposto, mas se perguntassem, Jimin responderia que não se arrependia de nada. Sentia falta de se sentir tão vivo. Ainda mais quando sentia um braço repousando por cima de sua cintura, o abraçando, sabia quem era e gostava disso.

Se vira com cuidado agora de frente para Jeon, que dormia profundamente. Alguns de seus fios caiam por cima dos olhos fechados. O rosto era um pouco amassado pelo travesseiro, o que o deixava extremamente fofo. Estava sem camisa, mas usava uma calça moletom na parte de baixo.

Jimin leva a mão que estava por fora do tecido grosso do cobertor até o rosto do moreno, fazendo um leve carinho em seu cabelo. Jungkook podia ser o cara durão que não deixava ninguém passar por cima de si e extremamente galanteador, mas no fundo, naquele sorriso que lembrava um coelho e os olhos escuros e brilhantes, o loiro conseguia apenas ver um homem que pedia por cuidado.

Não sabia tanto sobre ele, sobre o que talvez já tenha passado, já que foi adotado já um pouco tarde pelas reportagens que leu. Mas de alguma forma, a impressão de já tê- lo visto antes de se conhecerem, sem ser pela televisão. Aquilo o intrigava, porque sentia que querendo ou não, Jeon também precisava de ajuda, talvez até mais que si.

Seus pensamentos foram cortados quando o moreno abre os olhos aos poucos, se acostumando com a claridade que atingia sua visão com força. A sensação da mão pequena de Park fazendo carinho em si o fez logo acordar de vez, retribuindo o olhar. Nunca havia acordado tão bem, não se sentia sozinho em seu apartamento enorme.

-Bom dia Kookie.

-Bom dia Amore mio.

Jimin ri, as manias de Jungkook de falar italiano do nada era engraçado.

-Dormiu bem? - Jeon pergunta com a voz rouca.

-Sim, só senti um pouco de frio.

-Podia ter usado meu moletom, eu não me importaria.

-Ficaria enorme.

-Ficaria lindo.

Jimin sorri vendo Jungkook ir em sua direção, dando um beijo em sua testa antes de se levantar.

-Nosso voo é daqui uma hora e meia. Vamos arrumar as coisas, eu compro um café no caminho.

Park se levanta colocando a roupa que usou na noite passada para conseguir ir até seu quarto, devolve aos poucos suas roupas para a mala, para logo em seguida tomar um banho quente e colocar seu moletom forrado. Havia chegado a 6 graus em toscana e Jimin não se dava bem com o frio.

Procurou não demorar muito. Estava trancando seu quarto vê Jeon também trancando o seu. Segurava um cachecol azul claro, parecia ter sido costurado a mão. Se surpreende ao ver o moreno se aproximar e colocar com cuidado o tecido em volta de seu pescoço.

-Está frio, fique com ele.

-Não está com frio também?

-Eu gosto de frio, nunca foi algo que me incomodou.

-Tudo bem. Eu te devolver quando chegarmos.

-Não não, é um presente.

Jungkook diz antes de pegar a mala da mão de Jimin e em seguida a sua, começando a caminhar para a recepção do hotel, ignorando todos os funcionários que queriam carregar em seu lugar até o carro.

Jimin apenas resolveu esperar em frente ao estacionamento, olhando para os campos verdes ao longe, que mesmo com o céu extremamente cinza, pareciam vivos. Sentiria falta daquele lugar, dá calma que ele passava e dos momentos que viveu nele. Mas tinha que voltar para "casa".

Casa. Para o loiro era engraçado dizer isso já que a última vez que havia sentido que tinha um lar foi na infância. Quando tudo parecia ser feliz e propenso a dar certo. Não se sentia feliz no apartamento da pessoa que mais o machucou e não se sentia em casa morando com Taehyung, mesmo que gostasse e fosse agradecido ao amigo.

Talvez, Jimin só não se sentisse bem com a própria mente. Com suas memórias. Isso o deixava triste, será que algum dia superaria tudo? Olha de volta para dentro do hotel, vendo Jungkook terminar de pagar a estadia.

Foi aí que percebeu algo. Pensava nunca ter se sentido confortável ou alegre em algum lugar, mas e com alguém? Seus olhos estavam presos no moreno que agora pegava novamente as malas indo em sua direção.

Se sentiu vivo quando dançou duas vezes com ele, se sentiu bem quando fizeram a pizza juntos, se sentiu seguro quando sentiu os braços fortes o abraçarem enquanto dormiam, se sentiu a pessoa mais importante do mundo quando Jungkook o defendeu no jantar, se sentiu atraente quando ele tocou seu corpo e o enchia de elogios, se sentiu em um filme quando foi beijado no elevador e debaixo de chuva e cuidado sempre que Jeon tenta o manter aquecido.

Não poderia negar. Estava se apaixonando aos poucos e isso o assustava, mesmo que confiasse nele. Será que tudo ficaria bem daquela forma? Jungkook se aproxima sorrindo vendo Jimin o olhar com os olhos brilhando.

-Jimin, tá tudo bem?

-Tá sim, só estou triste por ter que ir embora.

-Eu vou te levar para conhecer mais lugares, esse só foi o primeiro.

-Não precisa disso Kookie.

-Eu quero isso, nunca mais você vai se sentir preso, ok?

Jimin confirma com a cabeça seguindo o moreno até o carro, que guarda as malas antes de entrar e começar a dirigir com destino a cafeteria que foram dias atrás. Pegou dois cafés grandes, torta de morango para o loiro e croissant para si.

O caminho até o aeroporto foi silencioso, apenas aproveitavam a música que tocava no carro que combinava com o clima chuvoso. O avião já estava preparado, os seguranças, piloto e comissário conversam discutindo se o tempo estava adequado para um voo seguro. Decidiram que sim, a chuva estava fraca e de acordo com a previsão, pararia rapidamente.

Jungkook e Jimin entram na aeronave, colocando seus cintos. A frase padrão de segurança foi dita antes que o avião pegasse voo. O moreno segurava a mão de Park a todo momento, sabia que ele ainda tinha medo. Se lembrava sempre da senhora Park dizendo que o filho se sentia bem quando seguravam sua mão. Sempre se lembraria disso.

Jimin tira seu cachecol do pescoço quando o avião já estava estável e o abraça de leve. Era quente e confortável.

-Você parece ter gostado dele. - Jungkook diz olhando o cachecol.

-Sim, onde você o arrumou?

-Minha mãe fez para mim, quando eu tinha doze anos. Foi meu presente de aniversário. - Diz parecendo melancólico.

Jimin o olha confuso, percebendo seu olhar diferente, talvez... Triste?

-Se era presente, por que me deu?

Jungkook fecha os olhos soltando um longo suspiro.

-Ela disse que era para eu dar para alguém que eu gostasse e confiasse. De alguma forma, eu senti como se ela mesmo tivesse voltado para me lembrar que eu o coloquei na mala para usar e deveria te dar.

Jimin olhada para o tecido fofinho costurado perfeitamente a mão.

-Como se ela tivesse voltado?

-É... Ela faleceu tem muito tempo. Eu tinha quatorze.

Então por isso Jungkook havia passado pelo processo da adoção. Abaixa a cabeça pensando o quão difícil deve ter sido. Queria saber como o moreno conseguia normalmente se manter de cabeça tão erguida e parecer tão bem o tempo todo.

Apenas abaixa a cabeça segurando a mão de Jungkook novamente, que ainda mantinha os olhos fechados. Jimin fez o mesmo sentindo após alguns minutos uma cabeça em seu ombro, o moreno havia cochilado. Park ri achando aquilo extremamente fofo e tira uma foto, guardaria de lembrança.

- - - - - -

Era fim de tarde, Taehyung estava jogado no sofá enquanto devorava um sorvete com Hoseok que chorava na cena de um dorama.

-Meu Deus Hoseok, não é a primeira vez que você assiste isso.

-Cara... Dói.

Taehyung ri olhando o horário no celular. Estava perto do horário de Jimin chegar, sentia saudades do amigo, mesmo que tivesse sido poucos dias. Se preocupava se Jimin estava comendo bem, se havia se cuidado bem. Só esperava que tudo que Hoseok havia dito sobre o irmão fosse verdade, comprovaria quando olhasse para o amigo frente a frente.

Não demorou vinte minutos até que alguém batesse na porta, quase levou um tombo quando foi correndo até a mesma arrancando um leve gritinho de Hoseok que se assusta pelo movimento repentino. Era Jimin ali, sorridente.

Taehyung se joga nos braços do amigo que solta a mala retribuindo o abraço.

-Que saudade mochi.

-Eu também senti saudade. Oi Hoseok.

-Eai Jimin, como foi a viagem? - Pergunta pegando a mala do chão a colocando na mesa.

-Foi ótima, lá é tão lindo.

-Você parecia feliz nas fotos que saíram no jornal, então imagino que deva ter sido.

Jimin ri vendo Taehyung voltando correndo da cozinha com donuts que Jimin descobriu gostar desde que o amigo começou a comprar pelo menos duas vezes na semana.

-Nunca vão se esquecer das fotos né?

-Claro que não Jimin. Até hoje a mídia não se esqueceu. - Taehyung diz se sentando novamente no sofá junto com Hoseok. - Na empresa só falavam disso, nunca viram o presidente tão junto de alguém.

Jimin ri se sentindo tímido. Sabia que alguma hora ou hora Taehyung vai o encurralar com uma série de perguntas. Estava tentando se preparar para não assustar tanto o amigo com suas respostas.

Hoseok percebeu o quanto Jimin parecia desconfortável com a situação, já suspeitava desde o início que o irmão se interessou pelo secretário. Algo aconteceu nessa viagem. Realmente um raio cairia na sua cabeça.

-Bom gente, fiquem conversando aí, vou tomar um banho. E você Jimin - diz apontando para o amigo. - Vai responder minhas perguntas.

Jimin engole a seco vendo Taehyung sair da sala. Suspira comendo seu donuts. Estava cansado da viagem, não poderia negar. Hoseok se levanta indo até o loiro, ou melhor, até o cachecol que estava pendurado no braço da cadeira que ele estava sentado.

-Olha, o cachecol do Jungkook, esqueceu de devolver? - Hoseok pergunta pegando o tecido fofinho com as mãos.

-Ele me deu de presente.

Hoseok arregala os olhos, completamente surpreso, ato que assustou até Jimin. Parecia até que tinha dito a maior barbaridade do mundo. Após alguns segundo em silencio, Jung apenas ri baixo, devolvendo o cachecol para o lugar que estava antes.

-Você realmente está se tornando alguém importante para ele, Park.

-Como assim?

Hoseok vai até a janela olhando a vista pelo lado de fora com os braços cruzados. Parecia pensativo.

-Você não sabe o significado dele ter te dado?

-Ele disse que é como se a mãe dele tivesse voltado para dizer que ele deveria me dar.

-Exatamente. - Hoseok abaixa a cabeça. - Jungkook vai me matar se soubesse que eu contei, mas, vamos dar uma volta Park.

-Uma volta?

-Não quero que Taehyung saiba o que eu vou dizer, ele pode aparecer em qualquer momento.

Jimin apenas concorda em silencio. Hoseok manda uma mensagem dizendo que ambos saíram para comprar bebida em comemoração a chegada do loiro e já voltavam. Taehyung não acreditaria tão fácil, mas não encheria o saco com perguntas, não com Hoseok pelo menos.

Preferiram ir a pé, seria melhor para conversar. Jimin por um momento se sentiu extremamente nervoso. O que era tão importante assim? Algo sobre a mãe do Jungkook? Hoseok mantinha as mãos escondidas no bolso de sua blusa de frio, parecia pensativo.

-Sabe Jimin, eu conheci o Jungkook quando ele tinha dezesseis e eu quatorze anos. Ele demorou um ano para confiar em mim totalmente, mas um dia ele estava usava esse cachecol, parecia emotivo. - Jimin ouvia tudo em silêncio. - Eu queria ver ele bem sabe, ele era o irmão mais velho mais incrível de todo para mim. Ele me contou tudo, e cara... Como doeu.

Hoseok dá uma pausa, olhando para Park que passava os dedos de leve pelo cachecol.

-Ele veio de uma família bem pobre. O pai dele sempre foi problemático, comprava bebidas com o pouco de salário que tinha, então a mãe dele tinha que vender as coisas da casa ou trabalhar como faxineira para conseguir alimentar o Jungkook. Mas se fosse só isso...

-O que aconteceu de verdade Hoseok. Às vezes eu sinto que... Não sei, de alguma forma eu sinto que eu poderia ajudá-lo em algo.

-O pai dele piorou Jimin. Ele pensava que era a bebida que estava tornando-o agressivo, mas não. Agredia a esposa até quando estava sóbrio. Ele disse que a mãe se tornou alguém fechada, seus pulsos tinham diversos cortes profundos, pegou ela rezando algumas vezes pedindo para morrer e para que ele encontrasse um lar melhor. Ele tinha doze anos.

Jimin sente seus olhos ficarem encharcados. Jungkook havia presenciado violência tão vivamente como ele mesmo havia passado. Não tinha ideia disso.

-Chegou a um ponto que a violência também foi direcionada a ele. Os dois vivam machucados, porque a senhora Jeon não o deixava revidar, era novo demais para isso. Mas no final, ele resolveu Jimin, dois anos depois.

-Como?

-Ele tinha arrumado um emprego, para ajudar a mãe. Um dia quando voltou para casa, ela estava morta já. Só deu tempo de correr até ela, já estava fria. Não tinha o que fazer. O pai dele a matou.

O baque em Jimin era gigante. Encontrar a mãe morta dessa forma. As lágrimas já desciam pelo rosto do loiro. Hoseok suspira, passando as mãos fortemente pelo cabelo.

-Hoseok, tem mais alguma coisa, não é?

O moreno fica em silencio por alguns segundos, antes de continuar. Tinha tanto carinho pelo irmão, que sentia a dor como se fosse em si.

-Bom, o homem queria fazer o mesmo com Jungkook. Ele não teve escolha. O homem tinha uma faca, teve que usar ela para que não morresse.

Jimin olhava para o nada. O choro parou e a respiração parecia descompassada. Hoseok por um momento se assusta pela mudança de reação do loiro.

-Jimin, o que foi?

-Era ele.

-Como assim?

-Eu tive que ir uma vez na delegacia de Seoul com a minha mãe, ela tinha que pagar uma multa. Você e Jungkook estavam lá. Você estava pagando alguma coisa e o policial fazia perguntas para o seu irmão sobre ele estar bem e superando traumas. Eu tinha quatorze.

-Espera. Você era o loirinho elogiado por uma senhora de cabelo longos o tempo todo?

-Sim.

-Uau. Eu não fazia ideia. É por isso que após sua entrevista ele disse que tinha a impressão de te conhecer.

-Eu lembro de dizer para minha mãe o quão bonito ele era, como eu fui me esquecer.

Hoseok ri alto, levando a mão boca.

-Jimin, agora eu lembrei de um detalhe. - Jimin o olha confuso. - Sua mãe chegou nele na época e disse que você tinha achado ele bonito.

-Aí não.

Os dois começando a rir alto.

-Bom já faz seis anos, é normal ninguém se lembrar de ninguém. Mas Jimin - Hoseok diz - Ela deu o cachecol para ele, algumas horas antes de morrer e o fez prometer que daria para a pessoa que ele se apaixonasse. Quando eu digo que você está se tornando importante, eu não tô brincando.

Jimin sorri apertando com força o cachecol, o perfume de Jungkook ainda estava nele.

-Obrigado por me contar Hoseok. Somos as pessoas encarregadas para cuidar dele?

-Exatamente. Faz parte da família agora. Senhor Jeon Jimin.

-Tá doido?

-Eu não. Ele que tá velho, deve tá doido para casar.

-Vocês só têm uns dois anos de diferença.

-Fica quietinho Park.

- - - - - -

-Bom dia flor do dia. - Taehyung diz com o rosto grudado com o do loiro que acorda gritando pelo susto.

-Porra Tae, vai assustar sua vó. - Diz colocando a mão sobre o coração.

-Deixa ela descansar em paz.

Jimin olha para a janela vendo que o céu já estava claro. Não se lembrava de mais nada depois de ter ido a uma loja de conveniência com Hoseok e voltarem para a casa de Taehyung.

-Eu dormi quanto tempo?

-Já são duas horas da tarde.

-Por que você não me acordou antes?

-É sábado, e eu queria deixar você sonhar com mais pegas no banheiro.

Jimin arregala os olhos enquanto Taehyung tinha uma risada escandalosa. O quanto havia bebido para o amigo saber logo essa parte da viagem?

-O quanto eu bebi e o quanto eu falei?

-Bebeu pra caralho e falou tudo basicamente. Ainda bem que o Hoseok desmaiou antes de ouvir as partes mais pesadas.

-Taehyung...

-Jimin, sinceramente, eu tô feliz por você. Eu tinha um pé atrás com ele. Mas agora, a forma como ele te defendeu naquele jantar e te tratou, eu gostei que tenha tido essa viagem com ele. Você sempre precisou viver essas coisas.

O loiro abaixa a cabeça enquanto brincava com os próprios dedos, agora o amigo sabia de tudo.

-Eu confio muito nele Taehyung... Acha que estamos indo muito rápido.

-Porque demorar tanto se a vida é só uma Jimin? Se o seu coração diz que você gosta dele e pode confiar, então siga ele. Eu vou no banheiro, pode ir fazendo café para nós três? Hoseok tá dormindo no sofá.

-Tudo bem.

Jimin se levanta com uma ressaca assustadora, não estava preocupado se estava com bafo ou com cara de morte. Desce as escadas parando no meio dela quando escuta a voz de Hoseok atendendo o celular. Ia continuar descendo se não tivesse escutado o nome do homem que faz seu coração parar.

-Alô? Eai Jungkook my brother de my heart. - Hoseok diz sorrindo. - Não fala mal do meu inglês não. Eu dormi no Taehyung.

Jimin se esconde na parede que dá para a curva da escada.

-O Jimin tá bem, acabou bebendo demais por causa do Tae, tá dormindo. Sim Sim, não se preocupa. Vai participar hoje? Sério? Posso levar meu grupinho? Idaí que você é o chefe deles, vai ser mais impressionante ainda. Vai ser obrigado a conseguir o primeiro lugar. Eu vou levar seu namoradinho viu? Ok, fica bem viu? Vou ir aí jajá. Ué, to com saudades. Te amo viu. Responde o meu te amo.

Jimin ri baixinho imaginando que Jungkook estivesse mandando o irmão ir pastar. Hoseok desliga rindo. O loiro apenas continua descendo as escadas como se nada tivesse acontecido, Taehyung chega uns minutos depois, esperando o café da manhã com Hoseok.

Jimin apenas faz algumas panquecas e café, o normal para um café da manhã. Leva os pratos até a mesa vendo os olhos do amigo pular, amava quando o loiro cozinhava.

-Gente eu to falando com o Quarteto Fantástico aqui porque arrumou um rolê pra gente.

Jackson, Irene, Jennie e Yoongi eram famosos por serem os bagunceiros. Estavam presentes em todas as festas e topavam tudo. Se mandassem eles pular de um prédio, com certeza pulariam.

-O que seria?

-Vai ter corrida de carros ilegal hoje, é uma máfia famosa de Seoul que organiza na área deles. Vai ser legal. Quero que o Jimin vá. - Hoseok diz olhando para o loiro que parecia confuso.

Então as corridas que Jungkook participa são ilegais?

-Nós vamos, tô a fim de fazer bagunça. - Taehyung diz. - Você vai né loirinho?

-Vou sim.

Com certeza ele iria.

E parece que o dia passou mais rápido que o normal. Jimin se sentia nervoso, queria saber como realmente funcionava o passatempo de Jungkook.

Passou o dia animado, o veria novamente, mesmo que de longe e mesmo que ninguém soubesse do quão próximos estavam. Sentia ainda mais necessidade de alguma forma cuidar do moreno como ele cuidava de si, ainda mais por descobrir terem o mesmo trauma, ambos passaram pela mesma coisa. Odiava isso.

Odiava que a violência, ainda mais que ele era sempre feita por pessoas mais fortes, por pessoas que sabiam que conseguiriam deixar marcas facilmente.

Quando já eram quando oito horas da noite, Jimin começa a se arrumar. Coloca uma calça jeans preta colada no corpo, uma camisa branca de manga longa porque querendo ou não, estava frio, e um coturno preto.

Passa como sempre, seu melhor perfume e arruma dessa vez, seus cabelos loiros para trás, deixando sua testa a mostra. Passa um leve lip tint nos lábios para deixá-los iluminados e estava pronto.

-Uau, um belo de um gato. - Taehyung diz parando na porta do quarto do amigo. - Vamos, vão ser dois carros, vamos no menos bagunceiro, também não sou tão animado assim.

Em um carro, Yoongi era motorista, no banco do passageiro estava Jennie e nos bancos de trás Jackson e Irene que gritavam animados.

-Bora conhecer a gangue galera. - Jackson grita fazendo Hoseok, que estava com motorista no outro carro, buzinar em resposta.

No carro de Hoseok Taehyung como passageiro e Jimin na parte de trás, preferia assim.

Tiveram que atravessar a cidade, que era grande, até uma área mais afastada, conhecida como o território perigoso. Dava até um certo medo. O carro parou quando chegaram em frente a um enorme portão de ferro, protegido por dois homens gigantes que seguravam armas pesadas, Jimin não entendi nada sobre, mas se assustou com o tamanho.

Um deles para ao lado da janela de Hoseok que sorriu mostrando a identidade.

-Jung Hoseok, bom te ver de novo. - Um dos homens diz. - O carro de trás tá com você.

-Sim.

-Podem deixá-los entrar.

O outro homem abre o portão, mostrando um lugar completamente diferente, era lotado de homens e mulheres que dançavam com a música alta do local. Era um terreno gigante, apenas uma parte era coberta e nela que ficavam as arquibancadas já enferrujadas. Vários tipos de bebidas alcoólicas eram servidas. O tipo de lugar que Jimin nunca pensou que pisaria o pé, mas estava lá.

Em poucos segundos estavam no meio da multidão indo atrás das arquibancadas que estavam vazias.

-Vamos, a gente tem que pegar os melhores lugares, já vai começar. - Hoseok diz gritando para que todos escutassem.

Pararam na arquibancada mais baixa onde tinha a melhor visão da largada e do fim da pista. Jimin se sentia nervoso, parecia ser algo perigoso, mas confiava que Jungkook era bom em tudo que fazia.

Não demora muito para que as pessoas começassem a encher as arquibancadas. As pessoas que não chegaram a tempo para conseguir lugar tiveram que ficar de pé, o que não era problema. Queriam mesmo era se divertir.

O celular de Jimin vibra, era uma mensagem. Curioso, o loiro pega o aparelho vendo que foi Jungkook que mandou.

"Eu realizei sua vontade de beijar na chuva, agora é a segunda parte. Fazer algo perigoso com você."

O que ele queria dizer?

-E agora, vamos começar a festa. - Um homem grita no microfone fazendo todos comemorarem, era muito barulho. - Eu sou o líder da Demon's e estou aqui para apresentar os nossos corredores, hoje temos aqui os nossos maiores corredores rivais.

Todos vão a loucura, apenas o grupo que parecia não saber quem eram, pelo menos, algum deles.

-O primeiro a entra é... Kim Soo Lee, dono de vinte vitórias. - O homem diz fazendo todos gritarem.

Kim Soo Lee entra aos pulos, animando as pessoas e para ao lado de um carro preto que tinha desenhos de caveira por todo ele. O homem era completamente forrado por tatuagens, inclusive o rosto.

-Kim, quem vai ser o seu passageiro e segurar a bandeira para você?

O homem corre até uma mulher de cabelos pretos longos, a puxando para o carro, parando no mesmo lugar que estava antes.

-Nosso próximo corredor é dono de incríveis trinta e cinco vitórias, batendo nosso recorde. Nosso piloto da morte, Jeon Jungkook. - O homem grita arrancando gritos ainda mais altos da plateia.

Jungkook parecia ser o favorito ali, o quarteto fantástico parecia boquiaberto, inclusive Taehyung que não sabia que o moreno era o outro corredor. Jimin parece perder o ar quando vê Jeon aparecendo correndo, se curvando, fazendo todos ali vibrarem.

Usava uma jaqueta de couro com estampas de fogo igual ao carro que iria dirigir, preto e com chamas por ele todo. Seu cabelo estava molhado e jogado pela testa.

Totalmente meu tipo, Jimin pensa, sorrindo para si mesmo.

-Você tem muitos fãs Jeon. Vai querer correr sozinho como sempre?

-Dessa vez não.

Jungkook começa a olhar em volta, parecendo procurar alguém em específico. Tanto mulheres quanto homens gritavam querendo ser o escolhido.

Mas não era eles que Jungkook queria. Seus olhos param em Jimin quando o encontra.

O loiro sentia como se seu coração fosse parar quando o moreno vem correndo em sua direção, estendendo a mão para si. Todos os olhares pararam nos dois homens. Eram o centro das atenções.

Seria o primeiro acompanhante de corrida, do piloto Jeon Jungkook.

-Quer segurar a bandeira para mim Amore Mio?

- - - -

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Pokračovat ve čtení

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