Broken Rules - RETIRADA 24/06

De GBarbozaa

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Livro 1 da série "Os Bad boys de Chicago" × SINOPSE DE BROKEN RULES × ENEMIES TO LOVERS - SLOW BURN - BULLYR... Mais

• AVISOS •
• SINOPSE •
PRÓLOGO
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EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

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De GBarbozaa

Lua White

A dor de cabeça era uma cadela mal humorada.

Apertei minhas têmporas e esperei Judy terminar de se arrumar para a aula. A noite do trote havia sido o caos completo. A vergonha, o choro, a dor.

Eles haviam conseguido nos amedrontar, principalmente, por que usaram da violência para isso. E mesmo que tenha acontecido há uma semana, eu ainda me lembrava de tudo, como se vivenciasse todos os dias aquela agonia.

Não era apenas pelo trote em si, mas pela dominância que aquele garoto usou sobre mim. Uma escuridão divertida que me fez querer olhá-lo debaixo daquele capacete. Ele não saiu da minha mente em nenhum dia sequer.

— Sem dúvidas essas vão ser as melhores aulas do semestre. Posso me exercitar sem ter que ir na academia. — Judy comentou.

Olhei para nossas roupas e praguejei quando percebi que eu não poderia fugir disso. Judy Mirrors estava vestida com um short esportivo, uma blusa folgada e um tênis mega chamativo, enquanto eu vestia uma legging preta, um tênis branco e uma camiseta simples do nirvana.

Hoje, escolheríamos qual esporte faríamos parte e não estava nenhum pouco animada.

— Se não fosse matéria obrigatória, eu nem iria. — resmunguei e ela riu de lado.

A UIC tinha políticas de engajamento bem complexas e entre elas, estava a que obrigava todo aluno a participar de alguma modalidade esportiva. A ideia era boa, mas não quando eu estava evitando, incansavelmente, os atletas.

— Não está com medo? — me atrevi a perguntar e Judy me olhou por cima do ombro. — Sério, nem um pouco?

— Não. — respondeu rápido e estirou as costas. — Mas não fui eu que desafiei o cara na frente de todos.
Sua gargalhada ao ver meu rosto foi estrondosa, Judy se abanou rindo e me puxou para fora do quarto.

— Isso não é nenhum pouco engraçado.

— É, sim. — acenou enquanto amarrava seus cabelos loiros. — Fica tranquila, eles não vão mexer mais com a gente.

Judy era uma loirinha de altura mediana que colocaria qualquer modelo no chinelo. Sua cintura era fina e parecida com a minha, seus seios médios e suas coxas grossas eram o que mais atraíam a atenção, ainda assim, sua personalidade descontraída combinava comigo.
Ela era como eu.

— Se eles mexerem, provavelmente, eu vou para a detenção rapidinho.

— Não use seu senso heróico, Lua. Ele não nos ajudou muito da outra vez.

É, ela estava certa. Só ganhei uma bunda ardida e uma vergonha maior que toda a Chicago.

— Nossa, obrigada pelo apoio.

A passos apressados, caminhamos em direção ao ginásio coberto e seguimos rindo enquanto conversamos sobre os esportes que não faríamos. Antes de conseguir entrar na área externa da universidade, a mesma ruiva que ria e ordenava no dia do trote nos parou. Com o dedo indicador no meu peito, ela maneou a cabeça e me indagou, zombeteira.

— Já se recuperou do corretivo que Bryan te deu?

Bryan. Esse era o nome dele.

— Não é da sua conta. — respondi e tentei passar por ela.

Ela não permitiu.

— Pare de bancar a garota descolada. Você é nova aqui, você não tem nada.

— Eu não diria isso. — Judy a respondeu antes de mim. — Aqui é uma universidade, não o exército. Ninguém manda em ninguém. O trote foi uma brincadeira, agora não venha querer ter voz em cima de qualquer uma de nós.

Meus lábios se curvaram para cima e a ruiva estreitou os olhos como se achasse cada palavra uma afronta real. Revirei os olhos e puxei Judy para o ginásio, sem dar mais atenção à garota e focando, exclusivamente, na nossa aula.

— Mandou bem. — sussurrei.

— Não mandei?! — perguntou retoricamente.

Adentramos o ginásio de cabeça erguida e precisei respirar fundo quando vi o lugar lotado. O nervosismo tomou conta de mim, a sensação de estar sendo observada era gigantesca e a vergonha insistia em me fazer tremer.

Principalmente, quando os vi.

Os bad boys da UIC estavam todos reunidos do lado direito do ginásio. Vestidos com trajes esportivos, eles exibiam seus físicos e faziam exercícios básicos de força. Claramente, buscando a atenção de todos.

Prendi a respiração quando meus olhos encontraram os dele, o tom chocolate era pouco visto pela distância e ainda assim, eram bonitos. Bryan parecia um gavião, atento aos detalhes e descolado ao ponto de parecer não se importar com nada a sua volta.

Sentando na mureta, com as mãos no colo de modo despojado, ele parecia o garoto mais, fodidamente, gostoso daquela universidade. Infelizmente, sua beleza  não camuflava sua personalidade esnobe.

— Pare de olhar fixamente, Lua. — Judy me repreendeu e me direcionou até a fila de inscrição. — Quer matá-lo no meio de todos?

— Não seria uma péssima ideia. — menti. — Ele merecia, pelo menos, um susto.

Como resposta ao meu desejo, eu levei esse susto.

Pulei, assustada, quando o apito soou e vi os garotos se levantarem e seguirem um homem grisalho - conservado, com aparência nítida de um treinador. O homem fez um movimento com as mãos que eu não entendia, mas os veteranos não exitaram em se posicionar.

Analisei cada movimento sem pressa. Bryan estendeu os cotovelos, colocando a palma da mão e os pés apoiados no chão. Sua coluna ficou reta e alinhada ao tronco em uma posição de prancha.

Flexões. Eu sabia bem o que era aquilo.

Seus braços - enormes - contraíram quando ele desceu o corpo até quase tocar o peitoral no chão e subiu na mesma velocidade. Os cabelos encaracolados pulavam, os músculos flexionavam e o som da respiração parecia algo tão inusitado e encantador.

— Eles são uns gostosos. — Judy elogiou e eu fiquei vermelha por fazer toda aquela inspeção.

— Poderia vir todos os dias apenas para assistir. — não percebi quando minha boca se moveu e soltou as palavras.

Arregalamos os olhos juntas e gargalhamos logo em seguida. Eles eram lindos, mas não valiam um dólar sequer. Continuei a encarar, admirando e nem percebi quando a minha vez na fila chegou.

— Para qual esporte deseja se inscrever?

Saí do transe ao ouvir a voz feminina. A professora de cabelos cacheados jogados nos ombros me indagou com sua melhor voz compreensiva.

— Natação. — respondi com um sorriso contido e ela concordou.

— Preencha os campos obrigatórios e assine no final da folha.

Obedeci os comandos com cautela para não errar e me distanciei da mesa assim que concluí. Quando voltei o olhar sobre os atletas, Bryan me encarava. Meu peito disparou.
Ele segurou meu olhar firmemente, enquanto endireitou seu corpo, era um olhar severo e nenhum pouco amigável. Não entendia o motivo da implicância, mas ela estava ali, viva e com uma carga violenta capaz de destruir a minha vida.

Olhei para o lado e Judy terminava de assinar o papel. De repente, o badboy andou na minha direção. Meu coração pulou na boca e eu desejei ser invisível. Agarrei o braço de Judy e quando fui sair com ela. Bryan se pôs na minha frente.

— Lua. — cantou o meu nome e dei dois passos para trás, ele se inclinou e deu atenção a professora. — Catherine, me inscreva no mesmo esporte que ela.

— Mais um, Rutherford? — ela levantou a sobrancelha.

— É bom diversificar.

— Assine.

Ele fez.

Se inscreveu na mesma modalidade que eu.

Não esperei para ver e saí de perto, ele me seguiu ligeiramente e tocou meu braço.

— O que foi? — perguntei, entredentes e saiu mais alto do que eu planejava.

Os alunos próximos a nós pararam o que estavam fazendo para dar atenção a pequena tensão que surgiu.

— Acordou arisca. — falou, prepotente. — Será por que?

— Deveria estar treinando, Bryan. — seu nome na minha boca saiu quase como um grunhido, um que ele apreciou ouvir. — Não infernizando a vida dos outros.

— Estava treinando, Lua. Até ver que você não deixava de me encarar. — se aproximou mais e seu peitoral quase tocou no meu corpo. — Tem algo para me dizer?

Nos últimos dias, eu notei como ninguém falava uma palavra errada para Bryan. Ninguém o queria com raiva, ou pronto para brincar. Talvez soubessem, assim como eu, que ele era capaz de muita coisa. Principalmente, de tirar a minha paciência.

— Não vou deixar você me intimidar, Bryan. — proferi, com raiva e Bryan me encarou como se já tivesse ouvido aquela frase muitas vezes e muitas vezes.

— Você já deixou. — soprou no meu rosto, divertido. — Você permitiu no momento que colou seus seios no chão e empinou sua bunda para que eu batesse.

Engoli em seco diante do silêncio vergonhoso que abateu o lugar e prendi a mandíbula com força.

— Está distorcendo as coisas.

— Estou? — sua boca se puxou em um meio sorriso, desdenhoso e provocativo. — Ninguém vai dizer o contrário, novata.

— Eu vou.

— Pode tentar. — piscou para mim. — Não sei se percebeu, mas você está sozinha, Lua. Nem mesmo sua colega de quarto vai contra mim, não é, Judy Mirrors?

Olhei para o lado e Judy ficou quieta. Aquilo me incomodou.

— Me deixe em paz. — rosnei.

— Deixo. — me soltou e me encarou mais uma vez antes de se virar. — Porém, ande na linha, Lua. Estou de olho em você.

Minha pernas quase fraquejaram.
Por que dizer isso?

Por que deixar isso claro?

Eu já sentia, mas ele me confirmou a ideia.

Eu estava na mira do garoto mais poderoso de Illinois.

Eu estava na mira de Bryan Rutherford.

❣❣❣❣❣❣❣❣❣❣❣

Boa tardeee, mocinhas!!
Primeiro capítulo como prometido.
Até sexta feira!!

Lembrem-se de votar, comentar e divulgar essa história... tem muita coisa vindo aí ☺

Beijos, Gabi.

♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️

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