Escolhas!

By _Santos14

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"Mais que uma professora sou vossa amiga e... Talvez Mãe!" Gabriela viverá uma reviravolta em sua vida. Ela... More

Personagens Principais:
Sinopse
Capítulo 1 - O início de um pesadelo
AVISO
Capítulo 3 - Novos horizontes

Capítulo 2 - Um sentimento de culpa

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By _Santos14

Gabriela

Acordei sentindo todo meu corpo protestar, estava totalmente dolorida sem entender o por quê.

Olhei ao meu redor e pude ver uma mulher vestida de branco, não saberia dizer quem era. O quarto era branco acompanhado de um azul claro.

A mulher sorriu para mim e disse que estava tudo bem. Não entendi bem, mas com sua saída fui recordando o quê havia acontecido.

FlashBack

Após mais uma tentativa falha de falar com a professora, fui direto para minha casa, apesar das recordações cheio de sangue, deveria ir até lá pegar alguns pertences.

Estava tudo limpo e em ordem, os móveis cobertos com tecidos brancos, o chão branco como sempre...

Os policiais ficaram na sala me aguardando. Subi até meu quarto e coloquei minhas últimas peças de roupas nela. Fui em minha cômoda e peguei meus cremes, perfumes, documentos e... fotos. Peguei mais um álbum dentro de uma das gavetas. Ali continha todos os momentos inesquecíveis que vivenciei com minha mãe. Coloquei dentro da mala e voltei pegar o último porta-retrato do meu quarto.

- Que comovedor!!! - Virei e vi minha irmã, ela estava com uma aparência horrível, batia palmas. - A filhinha perfeita chorando pela mamãezinha. - Como ela podia ser tão fria?

- O quê quer, Ayne? Onde esteve? Mamãe foi assassinada e você não se importa? A polícia quer falar com você. - Disse, guardei o quadro e fechei minha mala. Sequei as lágrimas e a encarei.

- Quem você pensa que é para me interrogar? - Ela disse em tom ameaçador e tive medo. - Donna está morta e pronto. - Ela, desde que começou a ter um carácter explosivo, passou a chamar nossa mãe pelo nome, Donna. - E você ainda pergunta o quê eu quero? Você é a filha perfeita, bem educada, filha de um ricaço...

- Eu não tenho culpa por isso... - Tentei me defender, mas ela era impossível.

- Tem sim, tem muita culpa. Eu te odeio, Gabriela Vartann...

- Ayne... nós somos irmãs, por que não podemos ter uma boa relação?

- Porque você é rica e eu não. - Respondeu seca, ela estava cegada pelo rancor.

- Eu desisto... - Disse. - Eu tenho que ir. - Peguei minha mala de rodinhas e a deixei no chão.

- Ah, mas não vai mesmo. - Foi o último que ouvi antes de sentir uma dor insuportável. Eu gritei muitas vezes, não sei ao certo quantas, mas o suficiente para os policiais subirem e segurarem minha irmã. Ela havia me dado duas facadas e eu não sabia aonde, pois tão rápido como a dor, eu desmaiei.

FlashBack Off

Ayne e meu cunhado estavam presos pelo assassinato da minha mãe e avó. Eu havia levado duas facadas uma, um pouco acima do ombro e outra na perna.

**

Passei a semana no hospital, o médico não quis me dar alta por precaução. Miranda havia ido algumas vezes me visitar, conversamos bastante, mas nada que me agradava.

Sexta-Feira - Colégio

Os professores estavam em uma reunião à respeito dos alunos, era um conselho de classe antecipado...

À pedido da diretora, Catherine, eles começaram pelas classes primárias, quando chegou a vez dos nonos anos, os formandos, ela pediu que deixassem o 9 ° A, por último.

Os professores estranharam, assim como o fato de ter uma conselheira tutelar ali.

Eles começaram a falar sobre a série que havia ficado por último. Todos eram bons alunos, havia poucos problemas a serem resolvidos nessa classe.

- Todos os alunos são bons, mas há alguns que se destacam mais. - Comentou a professora Andrea, de Artes.

- Há uma aluna muito boa, sem faltas e com notas excelentes que, por um motivo desconhecido faltou essa semana toda. - Disse outro professor, Oliver de ciências.

- Você está falando da Aluna Gabriela Vartann? - Perguntou a Diretora.

- Sim, ela tem ótimas notas... - Outra Professora se manifestou, Cleide de Geografia.

- Essa aluna foi muito sincera comigo ao dizer que não gosta de Arte. Ela disse que prefere escrever à desenhar, apesar de desenhar muito bem. A nota mais baixa ela tem nesta matéria, 8.3.

- Bom, como vocês podem ver temos uma conselheira tutelar aqui. Miranda, irá explicar a vocês a situação da Aluna Gabriela Vartann. Com tantos problemas esquecemos de avisá-los.

- Professores, a situação da Aluna Gabriela, é realmente muito triste. Como devo imaginar, vocês não estão a par do que lhe aconteceu. É algo muito grave. - Os professores escutavam atentos cada palavra. - A mãe de Gabriela, Donna Vartann e sua avó foram brutalmente assassinadas. - Os professores ficaram se olhando assustados. Como isso ocorreu?

- Esse foi o motivo dela ter faltado a semana inteira? - Perguntou a professora de Espanhol, Emily.

- Não, elas foram mortas há quase duas, três semanas. Gabriela faltou porque final de semana passado, depois que saiu da escola, ela foi à sua casa buscar alguns pertences, pois ela estava ficando comigo. Em quanto estava lá, sua irmã Ayne apareceu e tentou esfaqueá-la e, conseguiu. Ela está internada no hospital.

- Mas por que sua irmã tentou matá-la? Não era para as duas estarem mais unidas com a morte da mãe? - Disse o professor Marcio.

- Professor, acho que você não entendeu direito. Ayne assassinou sua mãe e avó.

- Co... como assim? Por quê? - Disse a professora Miriani gaguejando.

- Tudo indica que, Gabriela não tinha noção que sua fortuna é muito grande. Ayne, tinha ciúmes da irmã por ser filha de um homem rico, a Empresa Paterna de seu pai arrecada milhões e milhões por ano. Ele tem investimentos aqui, na Europa e America Latina.

- E por que ela está em escola pública e não particular? - Questionou outro professor.

- Pelo mesmo motivo. A irmã dizia que nunca estudou em colégio particular, que ela era uma filha mimada e cheia de luxos. Gabriela não aguentou a pressão da irmã e pediu a mãe que a matriculasse em escola pública. Após sair do hospital Gabriela irá para uma casa de refúgio...

- Mas por quê? E sua família? - Perguntou Miriani novamente.

- Donna, sua mãe têm apenas um irmão, não achamos adequado ela morar com um homem que, não tem estabilidade emocional. Sempre está com namoradas novas e de festa em festa.

- E seu pai?

- Donna estava grávida de três meses quando seu marido faleceu em um acidente de carro. A família paterna ela não conhece. Ela comentou comigo que havia uma pessoa em que confiava. Mas hoje quando pedi a ela que me falasse quem era, ela simplesmente disse: "Ela tem coisas mais importantes pra fazer que cuidar de alguém com tantos problemas como eu."

Povs Miriani

Após Miranda ter explicado a situação de Gabriela, me senti um pouco em culpa. Pois a última frase da conselheira tutelar me deixou tensa. Lembro que ela havia me procurado muitas vezes no decorrer da semana querendo falar comigo. Ela sempre dizia que não era referente à aula, mas era importante.

Sexta-feira quando ela foi embora irritada, fiquei com um pouco de culpa por não ajudá-la, mas agora meu remorso era muito maior.

Despertei do meu transe quando senti uma mão em minha perna, olhei para o lado e era Marcio. Ele segurou em minha mão entendendo perfeitamente meu estado. Sorri a ele agradecida, talvez, ele se sentisse um pouco culpado, eu não sei...

Terminamos tudo referente ao conselho de classe e decidimos deixar a nota de Gabriela em aberto para que ela pudesse ter a chance de ser avaliada. Guardei minhas coisas e fui para o estacionamento, eram umas 19:35 quando saí, era uma das últimas. Estava prestes a entrar no carro quando senti uma mão me tocando levemente no ombro, olhei e era Marcio. Ele era um grande amigo, nos conhecíamos há alguns anos já.

- Olá! - Ele disse colocando suas mãos no bolso. - Como você está se sentindo?

- Pra falar a verdade? - Me encostei no carro cruzando os braços. - Me sinto péssima. Essa história me deixou com meus pensamentos confusos. Ela disse que confiava em mim e pediu minha ajuda. Eu não fiz nada...

- Não, não...- Ele disse me confortando, segurou em minhas mãos fortemente. - Você não tinha como saber o que estava acontecendo. Você sempre foi muito boa, companheira com seus alunos, jamais a deixaria desamparada se soubera o que estava passando. Miriani - Ele segurou meu rosto entre suas mãos e olhou em meus olhos. - você não tem culpa de nada, ok? - Eu assenti com a cabeça deixando algumas lágrimas caírem assim que ele me abraçou. - Vem... - Ele me puxou pela mão. - Irei te levar para casa.

- Mas... meu, meu carro! - Tentei argumentar, mas estava cansada demais para protestar. Ele trancou meu carro e me levou até o dele.

- A onde quer ir? Direto pra casa ou passar em algum lugar antes? - Ele me perguntou com paciência.

- Podemos passar na clinica antes? - Perguntei tímida, coisa que não era. Muito menos pela minha idade.

- Claro... - Ele sorriu e pegou em minha mão apertando-a e levando até os lábios para beijá-la. Marcio era todo um cavalheiro, não sei como pudera estar solteiro sendo tão bonito e galanteador.





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