Normalmente Yoongi ia no banco de trás, enquanto Hoseok ficava na frente junto ao motorista, mas, dessa vez o dominador decidiu ficar ao lado do menor. O cansaço era visível no rosto do escravo, mesmo tentando se manter ereto no banco, seu corpo pesava e ele gostaria de poder deitar em algum lugar e dormir até não sentir mais nada. Seus pulsos também estavam doloridos além de suas nádegas que ardiam até demais.
Sobressaiu-se com uma das mãos do outro tocar a lateral de seu rosto e induzi-lo a deitar-se sobre o ombro de seu dominador.
─ Só por hoje. ─ O mais alto disse, mantendo a mão sobre a bochecha quente e acariciando suavemente.
Não demorou muito para que estivessem de frente para a enorme casa do Jung. Desceram do carro e Yoongi permaneceu escorado no maior até entrar na sala de estar ampla. Foi levado para o quarto principal da casa do moreno que o carregou no colo, deixando-o no piso frio do banheiro.
─ Vou encher a banheira, a água não vai estar muito quente, para evitar que machuque ainda mais sua pele. ─ O moreninho assentiu e ficou parado esperando até Hoseok terminar de encher a banheira e colocar sais que tinham cheiro de hortelã. Assim que tudo estava pronto, o maior o ajudou a entrar na banheira. ─ Feche os olhos.
Começou pelo cabelo, molhando-os delicadamente, o que não condizia com seu sadismo algum tempo atrás. Molhou o corpo magro e em seguida começou a lavar os cabelos curtos com shampoo que possuía um cheirinho delicado, Hoseok gostava de deixar seu escravo com características mais inocentes.
Não se demorou naquilo, uma vez que apenas queria tirar o suor do corpo pequeno. Enrolado na toalha, Yoongi parecia ainda menor e se Hoseok não o conhecesse, até teria dó de castigá-lo como havia feito.
Depois de secar os fios pouco ondulados, o dominador passou a secar o corpo do menor, notando que ele se arrepiava toda vez que sua respiração tocava a pele branquinha.
─ Deita na cama, neném. De bruços. ─ Apesar de ter arregalado os olhos brevemente, Yoongi obedeceu. Ficou quietinho apenas ouvindo seu dono mexer em uma gaveta. Quando voltou, Hoseok segurava um hidratante para pele, ajudaria a não deixar o local que havia sido flagelado, a não ficar muito lesionado. ─ Você foi muito bem hoje, Yoongi. Entretanto, não merece recompensa por se comportar diante de uma punição. Mas, você sabe que eu sou bonzinho com você não sabe? Por hoje, eu vou deixar você dormir aqui, comigo. Tudo bem?
─ Sim senhor… ─ A voz do escravo era baixinha, cansada. Hoseok sorriu enquanto deslizava as pontas dos dedos sobre os hematomas nas nádegas do menor.
─ Amanhã não iremos para a empresa no horário de sempre, por isso, eu quero que acorde às seis e meia, prepare nosso desjejum e me acorde às sete. Oito e meia nós sairemos daqui. Entendeu?
─ Sim senhor.
─ Faça tudo certinho e eu deixarei você fazer o que quiser por um dia inteiro. ─ Às vezes Hoseok acreditava que tinha o coração muito mole com seu noivo e submisso. ─ Agora durma, eu vou tomar meu banho e volto para cá.
A mesa do café da manhã estava posta e muito bem organizada. Haviam as torradas que Hoseok sempre gostou de comer, o café sem açúcar ─ já que o submisso nunca acerta a quantidade —, havia também, iogurte de pêssego, o favorito de Yoongi, que torcia para o maior permitir que comesse. O leite era integral assim como alguns dos pães caseiros feitos pelo submisso. Acreditava que estava tudo perfeito.
Yoongi não queria errar outra vez. Ter deixado seu ciúme subir à cabeça havia sido o suficiente para entender que Hoseok era mesmo muito bom em punir.
Subiu as escadas vestido de acordo com o que Hoseok havia mandado e bateu mesmo ela estando aberta, já que havia sido permitido a dormir com o mais velho.
─ Mas… Já está acordado? ─ Assustou-se ao notar Hoseok saindo do banheiro, estava apenas com a toalha ao redor do quadril, exibindo sua pele cor de mel e as tatuagens no antebraço esquerdo e peito. Yoongi nunca iria se acostumar com aquilo, com essa visão.
Lembrava da primeira vez que viu o maior: tinha seus recém vinte e dois anos, um namorado indiferente que parecia usá-lo unicamente para sexo e uma frustração enorme. Aquele garoto ─ que era dois anos mais novo ─ não satisfazia Yoongi, embora transassem o tempo todo. Começar a estagiar na empresa do pai de Hoseok havia sido a melhor coisa para si naquela época, pagava sua faculdade e ainda o mantinha longe do namorado insuficiente. Porém, tudo mudou quando o filho de Jung Youngchul apareceu na empresa pela primeira vez, para assumir seu lugar na vice-presidência da empresa.
Yoongi não conseguia tirar seus olhos dele, Hoseok tinha uma áurea tão forte e dominante que o Min sentia como se precisasse abaixar a cabeça e obedecer cada ordem vinda dele. E tudo piorou quando foi promovido e se tornou assistente pessoal de Hoseok, ter que ficar perto dele e acompanhá-lo em tudo era esmagador. Yoongi mal conseguia responder suas perguntas sem tremer, era impossível olhar nos olhos negros de Hoseok sem se sentir menor que uma formiga. Temia o Jung mesmo ele sendo uma pessoa gentil que dava bom dia e o levava para almoçar. Sua relação com o chefe era tão boa que simplesmente esqueceu que seu namorado existia, só percebendo isso quando já estava nu entre os lençóis do motel caro que Hoseok pagou. Trair nunca foi algo que Yoongi visou ou se orgulhou em sua vida, por isso contou tudo para o outro ─ assim como explicou para Hoseok ─ e não ficou surpreso quando ficou solteiro. Na verdade ficou aliviado, Hoseok era bom demais para Yoongi não querer repetir.
Apesar de todos do meio acharem, não foi Hoseok quem trouxe Yoongi para o mundo cheio de dinâmicas diferentes e excitantes que é o BDSM. Na verdade, Yoongi havia tido algumas sessões com dominadores de um Clube Privado. Surpresa mesmo foi voltar naquele lugar depois de tanto tempo e encontrar Hoseok bebendo uma pequena dose de vinho, sentado em um dos bancos altos do bar¹. Yoongi não escondeu a surpresa, mas corou sobre o olhar intenso que recebia e travou no lugar quando o moreno caminhou lentamente ao seu encontro, sem dizer nenhuma palavra.
Naquele dia Yoongi desistiu de uma sessão com sua dominatrix favorita e ficou por horas conversando com o homem de calça negra, coturnos de cano alto e tatuagens expostas sob a blusa negra de tule transparente. Demorou um pouco para Yoongi se convencer de que não havia nada de errado em ter sessões com seu chefe. Era só manter o profissionalismo dentro da empresa.
Se apaixonar também não estava nos planos, mas isso aconteceu pelo jeito doce que Hoseok tinha de tratá-lo quando fora do quarto de jogos. Ah sim, e as tatuagens, elas também foram de grande ajuda, Yoongi era um amante da tinta negra no corpo do mais velho.
Piscando os olhos, Yoongi focou seu olhar em Hoseok que terminava de se vestir. Havia mesmo ficado submerso em lembranças. ─ Está tudo pronto?
─ Sim senhor. Eu não esperava que fosse acordar sozinho, mas fiz tudo como mandou. ─ Disse, as mãos juntas uma sobre a outra, o vestido branco e preto de empregada ficava curto demais mesmo Yoongi não sendo muito alto, e isso incomodava, pois sentia Hoseok analisá-lo de todas as formas. Min Yoongi não era sinônimo de confiança quando se tratava de feminização².
─ Desça e me sirva uma xícara de café, não coloque açúcar.
─ Sim senhor. ─ Fez uma breve reverência e antes de sair notou que Hoseok olhava suas roupas, provavelmente escolhendo o que Yoongi iria vestir.
…
Silêncio era o que havia na mesa enquanto Yoongi estava de pé, observando seu dominador começar a comer. Esperava uma ordem para saber se deveria ou não comer naquela hora.
─ Yoongi. ─ Chamou, mas não deu tempo do menor responder ─ Ontem eu disse que era para você preparar o nosso desjejum. Então por que eu não estou vendo você sentado na mesa, comendo?
─ Me desculpe, eu não havia me lembrado disso. ─ Respondeu ─ Ainda quer que eu faça isso?
Hoseok apenas o olhou, e Yoongi entendeu que deveria obedecer.
Novamente o silêncio fazia parte daquele início de manhã, e se manteve ali até Yoongi e Hoseok terminarem de comer.
─ Quero que suba e vista a roupa que coloquei sobre a cama. ─ Hoseok continuou sentado, pegando mais um pouco de café e se servindo.
Yoongi subiu as escadas quase agradecendo por poder tirar aquele vestido que pinicava sua pele toda. Olhando a roupa escolhida pelo maior, Yoongi franziu o cenho. Era uma calça jeans branca com alguns rasgos estratégicos, uma blusa vermelha que ficava um pouco maior em seu corpo ─ por ser dois números acima do seu ─ e um casaco preto. Por que Hoseok estava colocando roupas tão casuais para um dia de trabalho? Parando para pensar, Hoseok usava calça jeans preta e uma blusa social de mesma cor, era casual, embora nem tanto. Se vestiu sem pensar muito ou retirar a coleira e desceu as escadas, indo para a cozinha porém voltando ao ver o moreno na sala.
─ Senhor, eu não entendo… Essas roupas não são casuais demais para o trabalho?
─ Hm, não. ─ Disse em tom simplório e se levantou do sofá, caminhou até o menor e levou as mãos para o pescoço de Yoongi, que tentou se afastar ao notar Hoseok soltar a fivela que prendia sua coleira. ─ Calma…
─ Senhor… Por que tirou?
Hoseok não respondeu, apenas deixou Yoongi parado enquanto voltava para o sofá e pegava uma caixinha que o menor nunca havia visto antes. De dentro da caixinha, retirou um bracelete que fez Yoongi arregalar os olhos. Aquilo era prata pura!
─ Eu notei que mesmo as coleiras sociais ainda te deixam no "modo submisso", então comprei um bracelete. É um modelo feminino, mas eu lembro muito bem que você gostou dele quando viu naquela loja. ─ Yoongi apenas assentiu, deixando o maior tirar o casaco de seu corpo e colocar o novo acessório ─ Quero que use sempre que estivermos fora de casa.
─ Sim senhor. Mas ainda não entendi as roupas.
─ Não vamos trabalhar hoje. ─ Yoongi franziu o cenho mais uma vez, tirando um sorriso de Hoseok. ─ Não faça essa carinha… Você se esqueceu outra vez.
─ Do quê?
─ Yoongi, hoje faz seis anos que nos conhecemos. Quatro que estamos juntos. ─ O menor arregalou os olhos e poderia ter começado a pedir desculpa exageradamente se não fosse pela mão de Hoseok sobre sua boca. ─ Exigi muito de você nos últimos dias, porque queria que esquecesse da data. Não precisa se desesperar.
─ Certo.
─ Eu também preparei algo para comemorar, então hoje somos só Hoseok e Yoongi, tudo bem?
─ Sim… Hobi. ─ E Hoseok amava aquele sorrisinho inocente, com os dentes pequenos e os olhinhos fechados pelos quais se apaixonou.
[...]
Yoongi quase fechava os olhos com o sol forte, mas Hoseok não se importava muito e sequer notava o outro irritado com o calor que quase derretia sua pele. Yoongi preferia mil vezes as velas acesas e derramando cera quente por seu corpo do que o calor intenso do sol.
Demorou alguns minutos para chegar em uma área aberta que Hoseok gostava, ficava debaixo de uma árvore grande e cheia de folhas com uma sombra ótima. Yoongi agradeceu quando pôde sentir o vento fresco contra si, balançando seus cabelos e refrescando seu corpo.
Hoseok aproveitou o pouco movimento de pessoas ali para estender o tecido preto e branco sobre a grama, colocando a cesta junto. Eram raros os momentos em que eles ficavam assim, sem toda a dinâmica que praticavam, então Hoseok sempre aproveitava da forma que podia. A sombra estava boa e mesmo com o calor o vento estava frio e gostoso de sentir.
— Por que quis fazer algo assim? Nunca fizemos piquenique. — Yoongi perguntou, ajudando a separar as coisas e espalhar sobre o tecido estendido.
— Exatamente por isso. — riu, ajudando o menor a colocar tudo sobre a mesa. — Quase dez da manhã e a gente indo tomar café… Bom, depois daqui vamos assistir filmes, dois. Depois andar de bicicleta para fingir que não somos dois sedentários.
— E depois disso vamos para casa? — Yoongi perguntou deitando o corpo sobre o do maior.
— Não. Vamos jantar e depois eu tenho uma surpresa para você.
— Surpresa? Hm… Não gosto de surpresa, fala o que é.
— Não. — Hoseok respondeu e Yoongi fez questão de não esconder o bico enorme que fazia.
[···]
Ao cair da noite o casal andava de mãos dadas, Hoseok levou Yoongi até um certo ponto e então o parou, pedindo para que colocasse uma venda. O menor não contestou, estava bem alimentado e começando a ficar sonolento pela programação cheia do dia.
— Eu vou guiar você, okay? — Disse o maior segurando o noivo pelos ombros enquanto o ajudava a achar o caminho. Yoongi estava curioso para saber onde estavam indo, mas era impossível enxergar com aquela venda.
Andaram por alguns minutos e Yoongi sentiu quando a temperatura mudou, se tornando mais aconchegante, o som dos insetos noturnos também havia parado. Hoseok avisou sobre degraus que eles desceram com alguma dificuldade graças ao medo que o menor tinha.
— Senta aqui. — Guiou o menor outra vez e deixou Yoongi sentado ali sobre a poltrona que mais se parecia com um ninho. — Vou tirar sua venda agora.
— Tudo bem. — Sussurrou baixinho e esperou o maior tirar a venda. — Meu Deus… Que lindo! Hobi…
— Gostou? Eu sei que você ama as estrelas e por isso resolvi trazer você aqui para a gente comemorar nossos quatro anos de relacionamento. Trouxe até o seu vinho favorito.
— É perfeito. — Ele tinha um biquinho nos lábios e os olhos cheios de lágrimas, o que deixou o maior assustado até ele notar que Yoongi só estava feliz.
— Ei, não precisa chorar.
— Todo ano você faz algo bonito para mim… É óbvio que eu vou chorar. — Resmungou limpando os olhos. — Obrigado. Sério, eu adorei o lugar, aqui é lindo.
— Vou abrir o vinho, também tem chocolate caso queira.
— Um combo afrodisíaco, tá pensando em fazer mais alguma coisa essa noite? — Yoongi perguntou sugestivo e o maior sorriu, roubando um beijo demorado de si.
E sim, ele realmente queria fazer algo a mais naquela noite. E faria.
[...]
Como aquele dia era uma boa e merecida folga, Hoseok decidiu que faria uma brincadeira um pouco diferente com seu escravo. Yoongi estava na cozinha limpando tudo como havia sido ordenado, então o moreno caminhou até lá e parou perto da porta observando o menor lavar as louças com calma e cuidado para não quebrar nada. Ele usava apenas uma saia curta de vinil, um plug simples e sua coleira, os pés estavam descalços e ele não usava camisa por ordem do dono.
Quando o Jung viu o escravo secar as mãos no pano de prato andou em sua direção e segurou as mãos pouco maiores que as suas, virando-o de frente para si.
— Precisa de algo, meu senhor? — Perguntou baixo e em tom cortês. Hoseok sorriu assentindo e o fez se inclinar sobre a mesa de jantar.
— Preciso do meu brinquedinho aliviando o estresse que acumulei essa semana. — Yoongi entendia aquelas palavras então apenas se deitou na mesa, acreditando que seu dono queria fodê-lo como da última vez. — Não é assim que você vai me servir hoje. Não se mova.
Apesar da curiosidade ele permaneceu quieto na posição que estava, seus pés estavam um pouco separados mantendo suas pernas abertas, mas não era uma posição muito desconfortável. Hoseok acabou voltando bem rápido e trazia uma vela consigo. Era uma vela colorida em tons de rosa, azul e roxo pastel, era fofo apesar de maltratar sua pele todinha.
— Sobe na mesa e deita de barriga para cima. — Mandou e Yoongi obedeceu sem ao menos pensar. Colocou as pernas para cima, flexionando os joelhos e esperou. — Vou só tirar isso…
Yoongi sentiu as mãos geladas tocarem em sua pele e o plug ser puxado com quase nenhuma delicadeza, o lubrificante ainda estava acumulado ali, mas não a ponto de escorrer.
— Agora fique de quatro para mim. Com o rosto escorado no tampo da mesa. — Novamente o menor obedeceu sem dizer nada, Hoseok pegou a vela colorida e inseriu a ponta inferior na entrada que piscava pela falta do plug que estava ali. Yoongi choramingou pela espessura mais grossa da vela mas não se moveu ou pensou em desistir. — Eu esqueci a palmatória lá em cima… Não quero ir lá então acho que uma colher de pau vai servir não é? Podemos comprar uma nova depois⁴.
Antes de buscar o que queria Hoseok acendeu a vela que instantaneamente começou a derreter, escorrendo lentamente.
— Qual sua safeword, pequeno? — Perguntou em tom de deboche, esfregando a colher em uma das nádegas do menor.
— Green, dono. — Sua voz era baixinha e manhosa, Hoseok gostava quando falava assim, fazendo biquinho. Mas ele também batia com mais força nessas ocasiões.
O primeiro golpe com a colher fez a cera da vela parar de escorrer e cair sobre as costas de Yoongi, gerando um jogo interessante para Hoseok já que nem ele nem Yoongi saberiam onde a gota de cera quente iria derramar.
O moreno começou a intercalar o local onde batia, e a cera colorida pintava as costas e as nádegas de Yoongi. Entediado com as poucas reações do submisso ele pegou o isqueiro mais uma vez e colocou a chama perto da vela, o que fez ela derreter mais rápido e como consequência se concentrava ao redor da entrada rosada que se tornava cada vez mais vermelha. Hoseok assoprou ali ajudando a secar a cera e quando notou que era confiável, puxou a vela, tirando um gemido mais alto de Yoongi. A vela se apagou com o movimento e Hoseok resolveu usá-la como dildo, colocando e tirando de dentro de Yoongi, o lubrificante quase não ajudava mais, no entanto isso não era um problema já que seu escravo estava acostumado a ser fodido a seco.
— Eu amo a forma como você é a puta mais gulosa que eu já conheci. — Disse baixo, soltando a vela e olhando para a colher, mas era fina demais para isso, então apenas voltou a bater na pele alheia, achando isso mais divertido do que encher o menor de cera. Yoongi estava com os pulsos cruzados e a testa encostada neles, assim não iria se machucar com o impulso do corpo a cada novo golpe de Hoseok. — Eu quero meter mais coisas em você, mas preciso te preparar para isso antes, então vou deixar isso para uma próxima vez.
Hoseok mordeu o lábio analisando os pontos roxos e os pontinhos de sangue na pele branquinha, aquilo significava que ele tinha que parar apesar de não ser o limite de Yoongi.
— Volta para a ponta da mesa e se deita, se abre para mim e fica assim enquanto eu pego o canivete. — Ordenou e saiu andando, deixando Yoongi sozinho para fazer o que foi mandado. Aquela cena havia sido mais curta que o normal, mas com certeza era porque Hoseok planejava algo maior para o outro dia. Não tinha medo, mas ficava ansioso querendo saber o que o maior estava planejando fazer consigo. — Abre direito, não vai querer que eu meta a faca em você sem querer não é?
Encostando a bochecha na mesa e usando as mãos para afastar mais suas nádegas, Yoongi sentiu quando Hoseok raspou a ponta da lâmina em sua pele como se ameaçasse cortar ali, mas em seguida começou a raspar a cera da vela que caiu em suas costas, quadril e nádegas. A sensação era gostosa, mesmo quando Hoseok fazia pequenos cortes propositais apenas para ouvir o menor gemer.
— Você tá tão manhoso hoje… — Hoseok comentou enquanto passava o canivete na entrada do menor para conseguir tirar a cera seca dali.
Yoongi suspirou quando sentiu-se livre de toda a cera, mas não se moveu já que sentiu as mãos de Hoseok espalhando uma pomada em si, nos pontos onde estava mais machucado. Aproveitou o momento para secar os rastros de lágrimas em suas bochechas, assim como um pouco de saliva também.
— Agora vai lá para cima, toma um banho quente de banheira, se lava bem, hidrate a pele e me espere na cama. Eu vou escolher o buttplug que você vai usar durante dois dias inteiros para se preparar para nossa próxima sessão.
Só de imaginar trabalhar dois dias seguidos usando aquilo já fazia Yoongi querer choramingar, sabia que Hoseok iria fazer jogos naquele horário também.
— Sim senhor.
Era tudo o que podia dizer.
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Notas finais
¹clube privado: é somente isso: um clube privado onde pessoas específicas se encontram. não é um nome dado a lugares próprios de bdsm
²feminização: cena onde o submisso é vestido e tratado como menina/mulher.
³domestic play: cena onde o submisso age de acordo com uma empregada doméstica.
⁴a colher de pau foi usada ali como um objeto sexual, obviamente não pode ser usada na cozinha de novo, então vai ser marcada com uma caneta e ser posta com as palmatórias.
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Além desse capítulo, só tem mais um! Depois disso vão ser coisas 100% inéditas desde que eu arquivei a história. Então comentem bastante pra eu ter mais motivação pra continuar com ela ❤️