(Re)Encontro - Pjm + Jjk

By Kim_NamHye

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[CONCLUÍDO] Durante uma boa parte de sua infância e adolescência, Park Jimin foi o melhor amigo de Jeon Haneu... More

01 - Não há chances de dá merda, há?
02 - Eu vou matar Haneul e vai ser agora!
03 - Tem certeza que é meu melhor amigo?
04 - Não pode ser!
05 - Ele acha o que? Que sou de desistir fácil?

Final - Eu amo o meu irmão, mas odeio o fato de sermos idênticos.

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By Kim_NamHye

Pessoas se aproximam de mim como se eu fosse a cópia encarnada dele até nos sentimentos e personalidade, isso faz eu me sentir tão pequeno e insignificante e não um indivíduo como tenho consciência que sou.

Foi assim desde que me entendo por gente, os únicos amigos que eu tinha vinha através do meu irmão ou de outras pessoas, como o meu primo. Ser amigo dos amigos do meu primo era até que mais fácil de lidar, Taehyung realmente parecia gostar de conversar comigo e eu sentia isso por conta da atenção que ele dava aos meus concelhos e os abraços de agradecimento calorosos, mas as amizades que vinha do meu irmão, estavam na cara que era por eu ser muito parecido com ele. Já houve vezes que meninas me pediram em namoro, sem nem se quer me conhecer ou saber do que eu gosto, fala sério, tive vontade de gritar de raiva com cada uma que fez isso.

Mas houve um em especial que nunca se aproximou de mim, mesmo sendo o amigo mais próximo do meu irmão ao ponto de dormir em casa, ele nunca pareceu ter interesse em conversar comigo e nem nada, e ele era o único que eu desejava, pelo menos, um pingo de antenção.

Park Jimin é apenas um ano mais velho que eu, sei lá como a amizade entre eles se iniciou mas, quando ele foi em casa pela primeira vez, ele conversou um pouquinho comigo sobre coisas que EU gostava, não sobre coisas que Haneul gostava.

Foi meio surreal para mim, alguém ter interesse no que eu gosto e deixo de gostar, foi uma conversar muito tranquila e gostosa, a única para nunca mais conversamos, e isso me deixou muito intrigado.

Tão intrigado ao ponto de observar tudo entre eles, vê o quão Jimin é divertido, inteligente e bem doidinho, foi anos apenas observando mas o suficiente para eu me apaixonar por ele. É, foi assim que eu me apaixonei pela primeira vez.

Foi confuso para mim logo se início, me apaixonar por um homem não estava em meus planos, mas aconteceu e era impossível de disfazer esse sentimento conforme a curiosidade ia crescendo em meu peito. Foi assim que surgiu a ideia de trocarmos de lugar durante o culto, só para eu ter mais uma vez a chance de conversar com o Jimin que nem aquele dia que nos conhecemos, foi aí que as coisas foram as mais divertidas entre a gente e, mais uma vez eu digo, foi aí que rolou o meu primeiro beijo.

Foi uma sensação indescritível, sem comparações, depois de tanto conversarmos, nos divertimos jogando travesseiros um no outro, comemos muita besteira até barriga doer que só por Deus, a cereja desses bolo de sentimentos gostosos foi nosso beijo, tão delicado e sem extensão para algo que envolvesse a língua, foi tudo tão perfeito.

Até o momento que ele disse: "eu gosto de você, Haneul", e essa frase deu início a sua declaração amorosa e destroçou o meu coração em um bilhão de pedaços.

Eu tive que segurar o meu choro, foi difícil mas não impossível, acabei reagindo meio estranho e a noite se passou silencioso e constrangedor, logo pela manhã, bem cedo, eu fui conversar com o meu irmão antes que o Jimin acordasse e contei tudo o que aconteceu, com todos os detalhes possíveis, e ele acabou fazendo a escolha que se prolongou durante dois anos.

Terminar a amizade com Jimin.

Eu disse que não precisava, se for por mim, só deixa todo esse assunto quieto, diga que não tem interesse mas que podem continuar sendo amigos, mas ele achou sacanagem tanto comigo quanto com Jimin.

Eu sempre admirei o Jimin, mas nunca passou na linha da amizade. Saber que ele gosta de mim e acredita que tenha me beijado, pode trazer uma instabilidade pesada, e eu sei o quanto dói para você ser rejeitado dessa forma... Não vou trazer para casa lembranças que podem te machucar, Jungkook...

E foi a partir do dia seguinte que nunca mais vi Jimin.

Até que comecei a estudar com ele na mesma sala, após pular de ano por conta da minha inteligência intelectual. Mas éramos como completos estranhos então foi muito fácil de lidar, até que chegou um dia de um certo trabalho em equipe.

O desenrolar todos já sabem, eu diria que consegui lidar muito bem com a borbulha de sentimentos dentro de mim, até que aconteceu o que não deveria ter acontecido.

Jimin me beijou, de novo, mas com a diferença de que agora ele sabe que sou Jeon Jungkook.

Esse beijo foi a destranca para todos aqueles sentimentos bonitos que eu sentia por ele, eu fiquei louco quando senti seus lábios encostarem nos meus com a intensidade ideal e apaixonante. Jimin me beijou e, ainda por cima, disse sobre querer me conhecer e gostar de mim. Porra, como é possível alguém se apaixonar tão fácil? E ainda por mim?

No mesmo momento, eu tirei a conclusão de que ele confundiu tudo, ele gosta do meu irmão e acha que sou eu. Não quero me machucar novamente, ele não teve culpa na primeira vez, foi infantilidade minha trocar de lugar com o meu gêmeo, mas, essa vez, ele teria e eu não vou permitir isso, melhor cortar antes que ele ou eu se arrependa amargamente.

Por isso, finalizamos o trabalho com a energia mais estranha do mundo e não conversamos desde a entrega do mesmo. Hoje é sábado, e eu passo ele da mesma forma que passo todos: em meu quarto, ouvindo minhas músicas dos anos 80 enquanto jogo The last of us II.

Não estou tão imersivo como eu gostaria de está, mas eu não tenho muito o que fazer então é o que dá. Até que o meu irmão entra em meu quarto, com a roupa do time da escola em seu corpo, ele pergunta:

— Mãe vai levar para cortar o cabelo, dessa vez você vai? — eu nego com a cabeça, sem tirar o foco da tela.

Minha mãe é legal, mas ela tem aquela coisa doida que toda mãe de gêmeos, ou a maioria, parece ter que é deixar um filho a cópia do outro, mais do que já são. Por isso, todo final de semana ela nos leva para cortar o cabelo, para manter o tamanho e o corte em tigela, mas já faz umas três semanas que eu evito de ir, além de está mais legal o cabelo maior, me faz se sentir um pouquinho mais único.

— Ok, sabia que era perca de tempo perguntar mas ela insistiu. — e no lugar dele sair do quarto, ele senta ao meu lado da cama, eu até pauso o jogo, quando ele faz isso é porque quer falar alguma coisa.

— Desembucha, Haneul. — eu pergunto, sem cerimônia como ele faz.

— Como você está? Superou os dias bons com o Jimin? — ele me pergunta, como eu já disse algumas vezes, ele não é só um irmão, é meu melhor amigo e eu conto tudo para ele, então eu contei sobre o Jimin e esse segundo beijo que a gente teve.

— Não vou se você perguntar todo dia sobre, deixa eu esquece-lo, Haneul. — eu digo, um tanto impaciente.

— Acho que você poderia dá uma chance a ele, você fez sacanagem com ele em fingir ser eu, acho que você deve isso a ele. — meu irmão fala, sincero, e eu sei que esse é um bom ponto a se pensar mas eu, mesmo assim, não estou afim de me machucar mais do que já me machuquei.

— Não, é melhor deixar como está. Ontem a gente apresentou o trabalho, a nota foi boa e é isso, ele prometeu que me deixaria em paz depois e foi o que fez. Ele não gosta de mim como você acredita que ele goste.

— Ou ele gosta sim mas você não consegue acreditar tanto nisso, talvez não seja tão difícil se apaixonar por você como você acredita que seja, maninho. — eu me recuso a acreditar nessa afirmação do meu irmão, e demonstro isso ao negar com a cabeça.

Não importa o que ele fale, eu não vou acreditar a não ser que eu vá para uma escola diferente onde ninguém conheça o meu gêmeo, não haverá comparações e eu me sentirei eu mesmo de verdade, se alguém gostar de mim eu vou acreditar nessas condições, eu irei acreditar cegamente, caso o contrário, não há meios.

Haneul nem tenta falar mais alguma coisa, talvez impaciente como nas poucas ocasiões ele é, ele abre a porta e eu só o vejo cumprimentar o Jimin, logo ele entra e fecha a porta, e isso só faz uma grande interrogação brotar em minha testa. Eles reataram a amizade? Por que foi algo tão natural e não constrangedor? O que está acontecendo?

— Oi, Jungkook. — ele me cumprimenta, um tanto tímido eu diria, e isso dá espaço há uma série de filmes em minha cabeça.

Os nossos beijos, e esse último em especial, ele sabe que sou eu. Ele beijou Jeon Jungkook e está aqui por mim novamente, sério? Ele acabou de passar pelo meu irmão e não deu bola, não foi cachorrinho como sempre foi desde que nos conhecemos. Eu fico tão incrédulo.

— Vim tentar mais uma vez falar com você.

— Acho que já conversamos o que tínhamos para conversar, não acha? — eu pergunto, intrigado com sua visita inesperada, e ele nega com a cabeça.

— Você falou tudo que tinha para falar, eu não. — praticamente, ele me corrigiu e isso permitiu as minhas bochechas puxarem a cor vermelha, realmente, em nenhum momento eu lhe dei o poder da palavra, até porque nunca achei necessário já que acredito está certo.

Pareço egoísta, né?

— A promessa foi: acabou o trabalho, cada um seguir o seu caminho. — eu digo, ainda insistente com a minha ideia de não ouvi-lo. Com medo de tudo que se passa pela minha minha cabeça acontecer.

— Parece um papagaio, chega, não é? — eu nunca o vi tão impaciente, mas acredito que eu não tenha cooperado para ele que tenha mantido a calma e a santidade existente.

Eu sei que estou sendo irredutível, mas tenho medo do que posso ouvir de sua boca, me apavora ouvir desde o mais provável até o improvável, eu sou um covarde.

— Aproveitando que o senhorio calou a boca, eu só quero falar sobre o que rolou entre a gente... — ele começa, e eu não consigo achar palavras para interrompê-lo e, no fundo, nem quero. — Há dois anos, no último dia que eu estive aqui. Foi o melhor de todos, foi muito divertido e eu acreditava que eu tinha me apaixonado ainda mais por seu irmão, pois era completamente diferente do que conhecia. — ah pronto, o foco é Haneul? — Mas, agora vejo que eu não me apaixonei ainda mais por ele. Eu gostei e muito, foi de você. Era você o dono das minhas risadas, o dono das brincadeiras mais bobas e divertidas, o melhor concelheiro perante ao meu desabafo sobre como foi minha vida com o meu pai antes do meu padrasto entrar em nossas vidas. Era você o dono do meu primeiro beijo e precisei sentir isso mais uma vez para ter certeza.

Eu nem sei o que dizer, eu apenas travo. Meus sentimentos estão entre medo, confusão e uma pitada de euforia.  Ele sabe que fui eu, e não parece bravo com isso, ele está dizendo que gostou de mim há dois anos e, porra, eu ainda gosto dele, mas eu não consigo acreditar.

— Co-como soube? — é o que eu pergunto, sem ao menos tentar alguma escapatória, dizer que está louco e que foi com o meu irmão tudo isso.

— Quando a gente se beijou, eu me senti babaca por perceber que seu beijo era tão parecido com o do seu irmão. Vocês são gêmeos mas não é possível que até nisso. — ele comenta, incrédulo. — Mas, como você não queria me ouvir, eu fui atrás das minhas respostas, conversei com o seu irmão e ele me disse que vocês trocaram de lugar naquele dia, ele foi para o culto e você quem ficou em casa. Que ele parou de falar comigo para não te machucar ainda mais e, enfim, falou tudo.

— Em partes, você estava descobrindo que eu estava por trás de tudo... — concluo, tentando ficar bem com isso já que o meu trauma acaba querendo que eu não acredite em tudo que ele fale e o mande embora.

Já faz dois anos que tínhamos nos beijado, a sensação de seus lábios foi um tanto nostálgica quando eu senti mas eu acreditei que seria assim só da minha parte, não iria imaginar que viria dele também e, porra, isso me explode com sensações maravilhosas aqui dentro.

— Sou lerdo, mas eu ando. — Jimin diz, com um sorriso divertido.

Fico surpreso quando ele pega as minhas mãos, senta em minha frente e, de um jeito carinhoso que eu nunca imaginei que alguém iria me tratar, ele as sobe para o meu rosto.

— Não vou dizer que estou apaixonado, é rápido de mais até para mim. Mas posso dizer que eu gosto de você e não é apenas como uma pessoa que eu quero amizade, geralmente isso é um tipo de sentimento que a gente só desabafa com a pessoa após uma amizade consolidada mas as coisas entre a gente pulou tantos degraus que dá pra eu dizer isso agora.

Eu concordo com a cabeça, meio anestesiado com os inúmeros sentimentos que me vem em mente. Penso se Jimin não está brincando com eles, pois ele parece tão sereno enquanto fala e eu uma barata tonta e sem destino algum.

— Então, Jungkook. Você aceita deixar que eu te conheça tão bem quanto conhecia o seu irmão? — Jimin me pergunta, com um jeito tão dócil que faz meu coração disparar, principalmente quando a sua mão atinge o meu rosto, desce para o meu pescoço e atinge a minha nuca em seguida.

— Minha insegurança diz não. — eu respondo, é que eu realmente tenho tantos menos que, no fundo, me parece uma má ideia a gente ficar, mas tem algo que sobrepõe esses pensamentos. Jimin já estava quase murcho quando eu acabei por soltar em seguida: — Mas que se foda ela, quero tentar.

O sorriso enorme, de orelha a orelha, cresce e eu não penso em mais nada a não ser experimentar seus lábios pela terceira vez. Um beijo tão intenso e dócil que me faz sentir ainda mais leve com a decisão que tomei.

Finalmente alguém que me viu, me notou como Jeon Jungkook e não como Jeon Haneul, alguém que viu minhas qualidades e defeitos, que sabe a diferença entre nós dois e, mesmo assim, prefere eu! Eu nunca imaginaria que essa pessoa seria o Jimin ainda por cima, logo ele que era tão apaixonado pelo meu irmão gêmeo ao ponto de ser até cego em relação a outras pessoas ao seu redor.

Eu abraço o seu corpo, agradecido por me vê, por saber quem eu sou, por gostar de mim do jeitinho individual que eu vim ao mundo. Eu olho para o rosto do Jimin e percebo a linda iluminação, ele me olha de uma forma tão única, envolvente, que eu não resisto e lasco mais um beijo em seus lábios, um prolongado e acompanhado por vários selinhos em seguida.

O momento parece tão perfeito, nunca imaginei que o garoto que fui apaixonado desde que me entendo por gente estaria aqui, em meus braços. Eu achava que nada poderia deixar isso melhor, até que, do nada, Jimin diz a frase que me deixa com as pernas bambas e com o coração batendo mais forte e rápido do que já está:

— Eu vejo você.

Fim!

Demorou mas saiu, final dessa shortfic :3 muito obrigada a todos que acompanharam, continuem votando e comentando, ok? Essa pode ser só a primeira de muitas que irei lançar hihi 💜 bjus e até a próxima!! Amo vocês 💞

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