A Hillary enlouqueceu.
Literalmente, ela está quebrando toda a maquete em mim. Seguro suas mãos e ela está vermelha de raiva. A encosto na parede segurando os seus braços.
— Calma, por que você tem tanta raiva de mim, hein? O que eu fiz pra você, Hillary?
Pergunto a encarando firme.
Sua respiração está descontrolada. Fico a analisando, a diaba é bonita pra caramba. Droga!
— Não vai me responder?
Pergunto me aproximando mais.
Confesso que estou louco para beijar essa doida.
Ela continuou me encarando e olhando disfarçadamente para os meus lábios e mordendo os seus, essa é a minha deixa para puxá-la para um beijo.
A Hillary demora um pouco, mas retribuiu ao beijo, a encosto mais na parede e ela suspirou baixo. Quando vou aprofundar mais o nosso beijo, ela morde meus lábios com força.
— Você está louca?
Me afasto rapidamente dela, passando a mão no meu lábio e percebo que está sangrando um pouco.
— Eu poderia fazer pior, e ainda posso, ouse me beijar novamente e você verá.
— Você retribuiu, sua diaba.
— Olha, você não me irrita! Senão, eu faço você conhecer o verdadeiro diabo, seu idiota!
Ela sai da sala de reuniões batendo a porta com força e me fazendo sorrir.
Essa garota é uma tentação.
Vou para a minha sala, guardo os meus pertences e logo depois saio para almoçar.
(...)
Chego na festa de um ano do Louis, filho da Hellem e do Oliver, eu os conheci há um tempo, a Hellem tem uma personalidade bastante diferente da das irmãs, digo das irmãs, porque já percebi que a Hally também é meio maluca.
A decoração da festa está linda, o Heitor acabou de fazer um discurso. Ele é meio maluquinho também, agora já sei a quem as filhas puxaram. Fico pouco tempo na festa já que tinha prometido ir visitar o meu pai e a minha irmã.
Minha mãe faleceu há alguns anos, confesso que sinto muito a falta dela, muito mesmo.
Ela era nossa base, após sua morte, tivemos que aprender a conviver sem ela, e claro, dar todo o suporte necessário a minha irmã. Meu pai saiu do serviço para cuidar dela, a Thalyssa foi a que mais sofreu.
Me despedi dos anfitriões da festa e fui em direção a casa do meu pai.
Por um milagre, o trânsito estava tranquilo e então rapidamente eu cheguei. Assim que desci do carro, minha irmã já me esperava na porta.
— THÉOOOOOOOOOOOOOOOOO.
Ela corre em minha direção e se joga nos meus braços.
— Oi, minha princesa, como você está?
— Bem, estava com saudades.
Thalyssa irá fazer 15 anos em breve, descobrimos ainda na gestação da minha mãe que ela era portadora de síndrome de Down, ela não tem um grau muito elevado, mas é a nossa princesinha e precisa dos nossos cuidados.
Na escola, ela já sofreu um pouco por causa disso, e sempre procuramos fazer com que ela se sinta incluída em tudo.
— Eu também, meu amor.
Entramos abraçados dentro de casa.
— Papai, o Théo chegou.
Vou em direção ao meu pai e lhe dou um abraço.
— Tudo bem papai?
— Tudo sim, a Thay estava super ansiosa pra você chegar logo.
— Você demorou, maninho.
— Desculpe, meu amorzinho, eu estava em um aniversário.
— E nem me levou?
Ela pergunta cruzando os braços.
— Desculpe, prometo que te levo da próxima vez, tá bem?
— Tudo bem, tá desculpado.
Nos sentamos e começamos a conversar sobre sua festa, ela me diz como imagina tudo.
— Olha princesa, quando estiver mais perto, iremos procurar o seu vestido.
— Você vai me ajudar?
— Vou sim, mas vamos esperar ficar mais perto, tá?
— Tudo bem, mas eu quero uma festa enorme.
— Você terá.
Após o jantar, eu a ajudei em uma tarefa de casa, depois fiquei contando histórias até ela dormir.
— Pai, a Thay já dormiu, então eu vou indo, o senhor está precisando de alguma coisa?
— Não filho, não quer dormir aqui?
— Eu adoraria, mas eu tenho uma viagem a negócios amanhã, recebi agora pouco uma mensagem do Lucca.
— Tudo bem.
Ele vem até mim e me dá um abraço.
— Se precisar de qualquer coisa, me liga.
Ele assente e eu dou um beijo na sua testa antes de sair da sua casa e ir pro meu apartamento.
Quando chego ao meu apartamento, vou tomar um banho e depois arrumar minha mala de viagem, como serão poucos dias, levarei poucas peças de roupas.
Meu celular começou a tocar e eu atendi sem ver quem era.
Ligação On:
— Alô.
— Oi, Theo.
É a Maysa.
— Oi, May, tudo bem?
— Tudo sim, o Lucca me disse que você irá acompanhá-lo na viagem amanhã.
— Sim, ele me ligou agora pouco pra confirmar.
— Tudo bem, eu só liguei para saber se você está se adaptando bem na Miller 's, como está sua convivência com a Hillary? O Lucca falou que vocês estão trabalhando juntos.
— Está indo, ela não é uma pessoa fácil de lidar, mas dá para suportar.
Ouço sua risada do outro lado da linha.
— Ok, ela é assim mesmo, é de família. Enfim, eu liguei para te desejar boa sorte, Olha, eu confio em você para que a Smith seja bem representada.
— Obrigado, Maysa, eu prometo não te decepcionar.
— Eu sei que não vai, tenha uma boa noite.
— Obrigado, pra você também.
Ligação Off.
Após desligar a chamada, terminei de arrumar minha mala e a deixei perto da minha cama. Me deito na cama para dormir ou ao menos tentar, já que uma diaba ruiva invade os meus pensamentos.
Por que eu não consigo parar de pensar no beijo dela? Meu lábio ainda está com a marca da sua mordida. Como o sono não vem, pego o meu celular e entro no meu instagram, vejo que ela postou alguns stories e abro.
Ela está brincando com os sobrinhos em um deles, quem vê assim, nem diz que é o diabo em forma de gente. No outro, ela está sozinha, e devo confessar mais uma vez, que a maldita é bonita pra caralho.
No outro, ela está com as irmãs, elas estão usando um vestido igual, mas consigo a reconhecer por algum motivo ainda não identificado por mim, eu sei quem é ela. Fecho os stories e vou dar uma olhada nos feeds. Ela publicou uma foto, e está muito linda nela. Não foi uma boa ideia ir stalkear o perfil dela.
Droga!
Bloqueio o meu celular frustrado, o objetivo era distrair minha mente e não ocupá-la mais com essa tentação de mulher.
Finalmente consigo pegar no sono.
No dia seguinte, acordei cedo e fui tomar banho e fazer minha higiene, saio do banheiro enrolado em uma toalha e com os cabelos molhados para atender a uma ligação.
Ligação On:
— Théo?
É o Lucca.
— Oi, Lucca.
— Théo, eu não vou no mesmo voo que você, só poderei ir à tarde.
— Tudo bem.
— Eu te ligo quando chegar lá, boa viagem.
— Certo, obrigado.
Ligação Off.
Vou me arrumar, tomar café e sair em direção ao aeroporto. Não sei porque, mas eu acho que essa viagem guarda algumas surpresas.
Olá meus amores!
Mais um capítulo disponível pra vocês!
E saiu o primeiro beijo deles...
E agora o Theo vai viajar e ficar longe da Hillary, ela vai ter um descanso, né?!
Votem e comentem, por favor!
Até ❤️