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[ SEGUNDA TEMPORADA DE "TINA MAYBANK" ] John B e Sarah estão mortos; Ward pegou o ouro; Nada saiu conforme o... More

𝒐 𝒓𝒆𝒄𝒐𝒎𝒆𝒄̧𝒐
𝒏𝒐𝒗𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏𝒂𝒈𝒆𝒏𝒔
𝒎𝒖𝒔𝒊𝒄𝒂𝒔
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13

Capítulo 7

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By wallsltt

FLASHBACK ON
13 de agosto de 2020

Faziam algumas horas que os pogues estavam sentados assistindo TV, na casa de John B.

Big John estava na cozinha fazendo a janta, enquanto o resto ria e se divertia na sala.

Desde que cheguei na residência, junto com JJ, eu não havia dito uma palavra sequer ou dado risada de algum comentário engraçado do programa.

Não estava desanimada ou triste, estava com medo.

Medo do preconceito, medo de comentários desnecessários, medo da reação de JJ.

Eu me sentia a maior criminosa do mundo.

Na manhã daquele dia, eu havia perdido meu BV, ou seja, tinha dado meu primeiro beijo.

Mas não foi um beijo qualquer.

Foi um beijo com uma garota.

Jenna Bryant, um ano mais velha que eu, que estuda no meu colégio.

Quando vi ela pela primeira vez, eu senti algo igual como da última vez que gostei de um garoto: Borboletas na minha barriga.

Mas eu sempre neguei esses sentimentos, afinal, papai dizia que era errado garotas gostarem de garotas.

O que papai pensaria de mim agora? Ele me odiaria.

Para tentar me aproximar mais de Jenna, eu virei amiga dela. Nós conversávamos bastante, viramos muito próximas, mas nada além disso.

Estava confusa, eu gostava de garotas? Era isso?

Era uma fase?

Eu tinha só 12 anos, não entendia dessas coisas.

Mas o que eu entendia, era que eu gostava de Jenna.

Por isso, naquele dia, eu tomei coragem e dei um selinho de despedida nela.

Eu saí correndo depois, mas isso a gente releva.

Ao mesmo tempo que estava com medo da reação das pessoas, eu estava feliz por ter beijado a garota que eu gostava.

"Garota que eu gostava"

Isso era uma frase estranha e nova de se dizer.

— Tá bem? Tá quietinha hoje. — JJ disse pra mim, em tom baixo.

Mordi os lábios e pensei desesperadamente se eu devia contar para ele.

— Posso falar com você? Lá fora? — Soltei.

Ele assentiu e logo estávamos do lado de fora da casa.

— O que houve, princesa? Tá me assustando. — Ele riu, tentando descontrair, mas eu estava prestes a chorar ali.

— Eu... E-Eu... - Respirei fundo — Eu dei meu primeiro beijo.

De primeira ele ficou surpreso, mas logo relaxou e deu uma gargalhada.

— Era isso? Princesa, meu primeiro beijo foi com 7 anos-

— Foi com uma garota.

E isso foi o suficiente para calar a boca do JJ.

— E-eu beijei uma garota. — Meus olhos estavam marejados. Estava com medo — Eu acho que gosto de garotas, e de garotos também. Chamam isso de bissexualidade.

JJ abriu a boca e não disse nada. Aquilo me deixou apavorada.

Mas logo depois, um grande sorriso apareceu em seu rosto.

— Não me odeia, por favor. — Eu disse com a voz embargada.

— Te odiar? Princesa... — Ele chegou mais perto e agachou-se, pra ficar na minha altura. — Eu estou extremamente orgulhoso de você. Eu nunca te odiaria ou ficaria bravo por causa da sua sexualidade, isso é uma decisão sua e, o que você decidir, eu vou te apoiar. Eu te amo, Tina. Sempre vou estar aqui com você, tá bom? — Ele sorriu — Me desculpe por não dizer nada de primeira-

Antes que ele terminasse, eu o abracei fortemente e deitei minha cabeça no seu ombro.

Eu sorria alegremente, estava muito feliz pela sua reação.

— Obrigada por ser meu irmão. — Murmurei.

FLASHBACK OFF

*

Ele sempre me apoiou em todas as minhas escolhas.

Mas isso não significa nada, não é?

Estava sentada no banco de trás do carro de Kiara, JJ estava ao meu lado, com sua careta emburrada de sempre. Pope estava sentado ao lado de Kie, que dirigia.

— Por que eu estou aqui? — Perguntei entediada.

— Por que ela está aqui? — JJ questionou bravo.

Pope olhou pra nós com uma expressão confusa, como se não entendesse o tom de voz do loiro, mas respondeu:

— John B pediu pra que limpassemos a barra dele aqui na ilha. Então vamos coletar provas para incriminar o Ward. — Ele disse orgulhoso — Essa é a casa do cara que pilotou o avião no dia do ocorrido — Apontou pra uma residência simples, no final da rua — A Tina vai lá e vai distrair ele, enquanto eu coloco meu celular no carro dele e, depois, vamos ouvir sua conversa com o Ward.

As vezes me esqueço que Pope é um dos caras mais inteligentes que conheço.

— Ainda não entendi a necessidade de ter ela aqui. Eu podia fazer esse trabalho numa boa. — Meu irmão disse seco.

— Acho que ele acreditaria mais numa mentira de uma criança do que de um marmanjo igual você, JJ. — Kiara respondeu.

— Não custava tentar. — Ele disse emburrado.

Revirei os olhos e fiz um biquinho triste com a boca.

— Own, tá triste porque eu magoei seus sentimentos hoje de manhã? — Debochei — Eu não sou uma criança, JJ.

— Você quer mesmo voltar com esse assunto?

— É você quem está agindo igual um bebê. Isso é imaturo pra caralho! — Cruzei os braços.

— Imaturo é você não conseguir conversar sem gritar ou sair correndo pra bater a porta do quarto — Ele cruzou os braços também.

— Imaturo é você pedir permissão pra me pôr de castigo pro nosso pai bêbado e inconsciente!

— Imaturo- —JJ tentou dizer, mas foi interrompido pelo grito de Pope.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?! — Olhei para frente e vi ele e Kiara olhando pra mim e para JJ com os olhos arregalados, claramente impressionados e supresos por estarmos brigando.

— Nada - Respondi seca — Vamos, Pope.

Abri a porta do carro e, sem olhar pra trás, comecei a caminhar até a casa do piloto,

Pude ouvir os passos de Pope atrás de mim, olhei pra ele e dei um sorriso, tentando demonstrar que eu estava bem, já que ele me olhava com preocupação.

Cheguei na porta da residência e fiz um joinha com a mão pro garoto, indicando que ele poderia começar a por o plano em prática.

Depois que ele sumiu da minha vista, me virei pra porta e bati nela três vezes.

No mesmo instante, um homem alto e velho abriu a porta e me olhou com confusão.

— Oi?! — Ele questionou.

— Quer comprar brownie? — Sorri.

Não me julguem, eu estava nervosa. Aquilo foi a primeira coisa que veio na minha mente.

— Brownie de vento?

Olhei pras minhas mãos e percebi que eu não segurava nada.

Como eu iria vender algo que não existe?

— B-Bom... É que primeiro eu encomendo os bronzes e depois faço eles. — Sorri nervosa.

Ele franziu as sobrancelhas.

— Nunca vi isso.

— Sempre tem uma primeira vez, senhor.

Porra, Pope, cadê você?

— Por que eu sinto que isso é mentira? — Ele colocou suas mãos na cintura.

— Puta que pariu — Sussurrei — Moço, sou uma humilde jovem que só está tentando vender seus brownies para ajudar minha família. Sabe... — Fingi fungar e limpei lágrimas imaginárias no meu olho — Minha mãe sofre de Alzheimer e... Desculpe,é um assunto delicado...

Ele pareceu sentir pena, visto que sua expressão desconfiada havia desaparecido.

Boa, Tina.

— Eu só quero vender esses doces para conseguir o dinheiro do tratamento, antes que ela esqueça da receita.

— Ok, ok. — Ele me interrompeu — Qual o preço?

— 15 dólares, senhor. — Ajeitei minha postura e abri um grande sorriso. Nem parecia que eu estava "chorando" há um segundo atrás.

Ele deu um pequeno saltinho e colocou a mão no peito.

— Tão caro assim?

— É o capitalismo.

— Você sabe o que é capitalismo?

— A cada tempo que passa, as chances da minha mãe esquecer a receita aumentam. — O cortei. Eu não queria ter aquele tipo de conversa com um estranho.

Ele suspirou e me entregou a quantia.

Dei um grande sorriso e guardei o dinheiro em meu bolso.

— Qual o prazo da entrega? — Perguntou.

— Quando estiverem prontos, senhor. — Olhei pro lado e pude ver Pope correndo para o carro novamente. — Tenha piedade, minha mãe tem Alzheimer.

E assim, saí de perto da casa e corri até o carro.

Não olhei para trás, mas presumi que o homem havia entrado dentro de casa de novo, visto que eu tinha ouvido um barulho de porta se fechando.

— Como foi lá? — Pope perguntou quando cheguei no carro.

— Foi ótimo. — Sorri de orelha a orelha — Além de ajudar no plano, consegui arrancar 15 dólares daquele trouxa. — Dei de ombros.

Antes que eu pudesse entrar no veículo, uma voz conhecida me chamou.

— Ei, Tina Maybank!

Fiz uma careta e bufei, logo murmurando para todos no carro:

— Já volto. — Me virei para ver a pessoa conhecida e caminhei até ela. — Oi Henri.

Tentei sorrir pra ele, mas a expressão ficou tão forçada que resolvi ficar séria.

— Oi. Quero falar com você.

— Todos querem. — Murmurei.

— Não entendi o que você disse.

— Não era nada. — Disse forçadamente.

— Ok... - Ele arqueou as sobrancelhas — Eu só queria que você soubesse que, se aquilo for verdade, eu não estou bravo com você. — Ele abriu um pequeno sorriso — Wheezie devia estar tão arrependida. Por isso estava desesperada para me beijar no nosso encontro.

— Do que você tá falando, cara? — Estava realmente muito confusa, eu não fazia ideia do assunto que ele estava tratando. Wheezie arrependida? Por que?

— Oh, desculpe, não fui claro. — Ele disse. Podia ser paranoia, mas eu tinha certeza que ele estava sendo debochado e cínico comigo. — Eu descobri que você ficou com a Wheezie na época em que eu havia te pedido ajuda pra sair com ela.

Mordi meus lábios, tentando segurar a risada.

— Ah, Henri, desculpa, mas é questão de sorte. Você não tinha sido escolhido. Aceita isso.

— Não, Não, Maybank. Você que tem que aceitar que eu estou com ela agora. Para de correr atrás dela, você está estragando nosso relacionamento! — Ele começou a se estressar — Acha que eu não percebi o jeito que você tratava ela na escola? Devia ser mais discreta, pogue.

Revirei os olhos, mas não disse nada, então ele continuou:

— Mas não estou bravo, acredite em mim. Para demonstrar isso, eu queria te convidar para a festa que vai acontecer amanhã na minha casa. — Ele sorriu debochado, me entregando um convite impresso — Pode levar um acompanhante, o convite é para casal.

Minha vontade era de rasgar aquela porra na frente dele, mas, sinceramente, eu queria ir nessa festa.

Para ver Wheezie? Óbvio que não.

Ugh, a quem eu quero enganar?

— Eu já vou indo. Pense com carinho. — Ele começou a caminhar para longe — Se quiser, eu te empresto um dinheiro para comprar roupinhas melhores pra festa. — Ele deu risada. — Só não vai me roubar!

Eu, que até então estava lendo o convite, levante minha cabeça numa velocidade absurda e arregalei tanto meus olhos, que achei que iriam sair de dentro de mim.

Como ele sabia da história do roubo? Quem o contou?

Wheezie não era tão filha da puta assim, eu conheço ela.

— Como você sabe disso? — Gritei.

Mesmo de longe, o mesmo conseguiu me ouvir.

— Devia tomar cuidado com suas amizades, pogue.

E assim, Henri saiu de minha visão.

Abri minha boca em um "O" e pude sentir ela extremamente seca.

Molly.

Molly, minha melhor amiga, contou meu segredo pro Henri?

Porra.



SOLTEI A BOMBA

tirem suas conclusões

gente, a Jenna foi uma paixonite passageira, a única paixão real da Tina foi pela Wheezie.

Ela não foi mencionada antes pq não ia fazer muita diferença, mas agora ela vai entrar na história!!!

ATE A PROXIMA.

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