π‘ͺπ’π’π’”π’•π’†π’π’π’‚π’•π’Šπ’π’π’”...

By rely-h

2.7K 372 44

1 ano apΓ³s a guerra os alunos de Hogwarts tentam levar a vida com normalidade. Em meio a luto, traumas e nova... More

PrΓ³logo
1
2
3
4
5
6
8
9
10
11
12
13
14

7

187 23 3
By rely-h

Quando Tianyi acordou, percebeu um peso sobre suas costas. O braço esquerdo de Malfoy rodeava a cintura da garota, que caiu no sono junto a ele durante a noite.

— Bom dia. — a voz de Draco estava mais rouca do que o normal.

— Que horas são? — a menina esfregou os olhos enquanto Malfoy continuou com o braço no mesmo lugar.

— Não faço ideia. — o quarto estava escuro, graças as cortinas grossas. As velas já estavam apagadas àquela altura mas um pouco de fogo ainda saía da lareira.

Hozier puxou o relógio de pulso que estava na mesa perto da cama.

— São seis horas. — Draco reclamou e a puxou para perto mais uma vez.

— Vamos dormir até as nove. Está muito cedo.

Tianyi pensou em protestar, mas estava com muito sono e frio. Ela colocou o relógio onde estava antes e se ajeitou debaixo dos cobertores macios e quentes, no aperto de Malfoy.



— Oi. — Tianyi sorriu sem mostrar os dentes para o loiro quando acordou às nove e meia.

— Oi. — ele sorriu com os olhos fechados, mas percebeu que a garota estava com o rosto virado para o dele.

— Feliz natal. — o menino abriu os olhos e Hozier ficou admirada com um Draco Malfoy tão calmo e relaxado, mesmo que o quarto ainda estivesse um pouco escuro.

— Feliz natal.

— Vai ficar apenas me imitando ou vai levantar? — Hozier riu.

— Estou com preguiça. — a menina observou o suéter verde e cinza dele.

— É natal. Amanhã voltamos pra escola. Vamos fazer algo! — ela se levantou e se arrependeu no mesmo instante. — Que frio. — reclamou. 

— Posso ligar a lareira. — ele se sentou na cama.

Tianyi observou os cabelos loiros bagunçados, o suéter e a feição de preguiça de Malfoy. Uma figura completamente oposta do garoto sistemático e atento na maior parte do tempo.

— Não precisa. Tenho ir até o meu quarto trocar de roupa.

— Por quê não traz suas coisas pra cá?

A garota ficou receosa. — Eu não sei...

— Já dormiu aqui essa noite. Mais uma não vai te matar. — ele se levantou, insistindo.

— Sua mãe não vai se importar?

— É claro que não. Eu vou buscar a sua mala. — ele pegou a varinha em cima da mesa e apontou para a lareira, que ficou em chamas logo em seguida.

O loiro saiu do quarto e Tianyi sorriu sozinha. Ela estava feliz por ter um momento agradável. Ela gostava muito da companhia do menino e mesmo que estivesse longe de casa, seu natal seria bom. Hozier se aproximou de uma janela e viu a grama coberta de neve.

— Aqui. — ele colocou o objeto em cima da mesa e fechou a porta que antes estava aberta. — Pode usar o banheiro primeiro.

Ela apenas sorriu e seguiu para o banheiro, aumentando a culpa que Draco estava sentindo há quase 1 mês. Ele passou a gostar de verdade da garota e não queria que ela se magoasse. Mas era inevitável que isso fosse acontecer. Ela descobriria em algum momento.

O loiro pegou roupas limpas e quentes e ouviu a porta do banheiro ser aberta. Foi a vez dele trocar de roupa.

— Bom dia, mãe. — Draco falou confuso depois de descer as escadas com Tianyi.

Narcisa não costumava se importar com o natal ou coisas do tipo, mas naquela manhã, havia um enorme café posto à mesa na grande cozinha. Frutas, geleia, suco, torta, doces, pães e algumas comidas que Hozier mal conseguiu reconhecer. Os elfos da casa a ajudavam enquanto Malfoy se sentava.

— Feliz natal, crianças. — ela sorriu e se sentou.

— Feliz natal, senhora Malfoy.

Tianyi se sentou ao lado do garoto e os três começaram a comer. Tianyi estava com saudades de casa. Mais especificamente: com saudades do avô. Ele não era muito fã de festas comemorativas, mas os dois sempre se encontravam. A menina sabia que aquele estava sendo uma dia difícil para a família.

— Senhora Malfoy. — um dos elfos segurava um jornal, parado ao lado da mais velha.

Ela o encarou, sabendo que não eram notícias boas. Eles nunca recebiam notícias boas através dos jornais. Narcisa pegou o papel e sua feição caiu no mesmo instante. Tianyi e Draco ainda comiam, quando a mulher passou a mão no rosto.

— Com licença.

— Mãe, está tudo bem? — Draco pensou em se levantar, mas sua mãe o entregou o jornal antes de sair da cozinha chateada.

Uma das casas no mundo bruxo de Lucius Malfoy foi colocada para ser leiloada. O dinheiro será doado para famílias mais pobres e prejudicadas pela guerra. — o loiro leu e suspirou. — Pelo visto seu pai não conseguiu fazer muita coisa.

— Talvez isso seja parte de algum acordo. — ela limpou a boca com um guardanapo. — Seu pai não vai conseguir sair intacto depois de tudo.

— Eu sei. Perder uma casa não vai ser tão ruim.

— Podemos ir até o Ministério da Magia para vermos o que está acontecendo. — Malfoy ficou receoso.

— Não acha que seu pai ficaria irritado?

Ela negou e comeu um morango. — Mas teremos que ir ao mundo trouxa. — sorriu.

— Isso é bem estranho. Não costumo sair daqui.

— É bem legal. Você precisa provar algum McDonalds.

— Vou fingir que sei o que é isso.



No dia seguinte, Narcisa deixou Tianyi e Draco na estação de trem. Os dois puderam ver alguns colegas de longe.

— Tenham um bom resto de ano escolar, crianças. — a mulher sorriu para Hozier e abraçou o filho antes de ir embora.

— Luna! — Tianyi chamou a amiga rapidamente e a loira se aproximou com um sorriso.

— Olá, Tianyi. Como está?

— Estou bem e você? — Draco as olhava entediado.

— Estou bem. O feriado foi legal.

— Preciso da sua ajuda. — Hozier sorriu um pouco envergonhada. — Preciso encontrar o meu pai mas não posso levar minha mala para a escola. Pode ficar com ela?

— Claro. — Lovegood segurou a mala pequena. — Malfoy precisa de ajuda também?

— Não costumo levar malas nos feriados. Tenho muitas roupas em casa. — por algum motivo, ele se sentiu constrangido.

— Então, está ótimo. Nos vemos no jantar?

— Se tudo der certo, sim. — Hozier a abraçou rápido antes de se afastar com Draco.

— Sabe onde fica o ministério?

— Londres, é claro. Vamos. — o loiro segurou a mão dela segundos antes de aparatarem.

— Por aqui! — Hozier puxou o garoto, que observou a rua curioso.

Estava movimentada e com muito barulho. O céu estava cinza e parecia que a chuva cairia a qualquer momento. Eles correram até uma pequena cabine telefônica.

— Fica no subterrâneo profundo. — Hozier explicou e Malfoy encarou o telefone ao lado direito antes da cabine se movimentar.

Assim que a porta se abriu, como um elevador, eles saíram e encontraram ainda mais pessoas.

— Ei, ei! — uma voz masculina chamou. — Não podem estar aqui. — a feição raivosa do homem se transformou em uma de medo, quando viu Tianyi. — Senhorita Hozier.

— Olá, senhor Pots. Meu pai está?

Ele assentiu e encarou Draco, sem dizer nada. — Ele tem uma reunião daqui vinte minutos, é melhor se apressar.

Hozier voltou a andar e Malfoy a seguiu. As pessoas o encaravam com desdém e se perguntavam o que ele fazia ali.

— Você está bem? — Tianyi perguntou enquanto o elevador descia. — Está calado demais.

— É estranho estar aqui no meio de pessoas que odeiam a minha família.

— Vai ser rápido.

No fim do corredor, estava uma porta com um grande H desenhado. Tianyi respirou fundo e bateu três vezes antes de abri-la.

— Papai.

O homem levantou a cabeça para ver a filha. Estava sentado em sua mesa, rodeado de papéis.

— Tianyi? — ele se levantou e respirou fundo quando viu Draco atrás dela. — Feche a porta, por favor.

A garota fechou a porta depois de entrar.

— O que fazem aqui?

— Papai, eu gostaria de saber se o senhor conseguiu algum tipo de acordo para Lucius Malfoy.

— Sim. Mas ele não aceitou. — o mais velho cruzou os braços. — O Ministério da Magia aceitou prender Lucius em sua mansão na condição dele entregar sua varinha. Ele será desligado do mundo bruxo.

Draco fechou os olhos e suspirou.

— Não posso fazer mais nada, querida. Não decido tudo sozinho e precisamos olhar pelo bem do mundo bruxo.

— Mas-

— Obrigado, senhor Hozier. — Draco não deixou Tianyi contestar. — Sabemos que fez o que pôde.

Dominic não era uma pessoa má. Ele sentia uma certa pena do garoto.

— Posso conseguir com que o visite.

— Seria bom.

— Pode me dar um minuto com a minha filha? — Malfoy assentiu e encarou Tianyi por alguns segundos antes de sair. — Consigo a visita para o final da tarde, mas não poderão esperar aqui. As pessoas têm muita raiva dos Malfoy.

— Tudo bem. Eu fico aqui pela região. Tem algum Starbucks aqui?

— No fim da rua.

— Certo. Vamos estar lá.

— Já falei uma vez e vou repetir: tome cuidado. Aquele menino pode não te fazer mal, talvez nem a família dele faça, mas as pessoas os odeiam.

— Eu estou tomando cuidado, pai. Não se preocupe. — ela o abraçou. — Mamãe está bem?

— Na medida do possível. Está de cama, sentindo falta do seu avô.  Podia passar lá em casa.

— É uma boa ideia.

Ela se afastou de Dominic e abriu a porta. — Draco? — a garota franziu o cenho. — Merlin, Draco! — Tianyi correu para perto do loiro, que estava jogado no corredor. — Papai!!

A menina se abaixou perto dele e segurou o rosto do garoto. Malfoy estava com o nariz sangrando, com um corte em cima da sobrancelha esquerda e uma bolsa roxa se formava em volta do olho.

— O que aconteceu?

Draco tossiu e se sentou com dificuldade. — N-não se preocupe. — ele cuspiu sangue e passou a manga de sua roupa na boca para limpar um pouco.

O corpo do menino doída, certamente haviam roxos se formando em suas costas e barriga.

— O senhor precisa fazer algo! — Tianyi levantou a cabeça para ver o pai.

— É claro. Essas pessoas não não ficar impunes. Como podem bater em um garoto e, ainda por cima, na área de trabalho. — o homem passou a mão no rosto. — Vá para o Starbucks com ele. Eu vou resolver isso.

Tianyi ajudou o menino a se levantar e o levou para um banheiro próximo, quando Dominic se afastou.

— Sente. Vamos tirar o excesso de sangue do seu rosto. 

O garoto respirou fundo e se sentou em um banco. Hozier puxou a varinha de dentro da blusa de frio e apontou para o rosto de Malfoy.

Episkey. — Draco fez uma careta e colocou a mão sobre o próprio nariz. — Eu não conheço feitiços para tirar os roxos ou esses cortes. Mas, por sorte, existem band-aids. — ela puxou um pequeno curativo do bolso e colocou com cuidado no menino.

— Podemos ir embora? Pra esse tal Storbucks.

Tianyi riu e ele se levantou. — Starbucks.

— Tanto faz. — Malfoy suspirou e eles saíram depressa da sede do Ministério da Magia.

A garota percebeu que ele estava triste e cansado, mas não disse nada. Ela o guiou para o estabelecimento no final da rua e ouviu uma trovoada. O lugar era pequeno, mas muito aconchegante. Pela época natalina, muitas pessoas entravam e saíam de lá. O cheiro de café inundou as narinas de Tianyi e Draco e os dois seguiram para a fila, esperando até serem atendidos.

— Boa tarde. — Hozier sorriu para a atendente. — Dois Frappuccinos, por favor.

— Boa tarde. Nomes? — ela sorriu de volta.

— Draco e Tianyi. — Hozier entregou o dinheiro e esperou ao lado de Malfoy, que fazia carretas lendo um cardápio.

— Aqui está. Feliz natal e um próspero ano novo. — Tianyi acenou com a cabeça e se afastou com Draco.

— Está bem cheio. — o loiro disse enquanto encarava o copo vermelho depois de se sentar e ela o imitou.

— É uma franquia de cafeteria muito famosa. — ela misturou o líquido no seu próprio copo com um canudo e experimentou, assim como o menino.

— É bom. Podiam fazer isso no mundo bruxo. — Hozier concordou e os dois ficaram em silêncio por algum tempo, vendo a chuva cair através do vidro ao lado deles.

— Sei que as coisas estão difíceis, Draco. — Tianyi quebrou o silêncio. — Mas vamos fazer o possível pra te ajudar.

O loiro não soube o que responder e continuou bebendo a bebida doce, quando viu Dominic entrar no estabelecimento com um jornal na mão.

— Más notícias. — Tianyi se assustou com a voz do pai, que logo entregou o papel, mas leu o jornal junto com Draco.

"Protestantes se aglomeram e incendeiam a principal mansão da família Malfoy."

A manchete chamativa em cima de imagens da casa de Draco em chamas.

Continue Reading

You'll Also Like

220K 33.7K 65
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo atravΓ©s de mim, vejo atravΓ©s de mim) Por...
994K 48.7K 71
"Anjos como vocΓͺ nΓ£o podem ir para o inferno comigo." Toda confusΓ£o comeΓ§a quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
197K 7K 119
β€’ ✨ΙͺᴍᴀɒΙͺɴᴇ Κ€Ιͺα΄„Κœα΄€Κ€α΄… Κ€Γ­α΄κœ±βœ¨ β€’
262K 17.7K 50
Richard Rios, um homem de vinte e trΓͺs anos que atualmente atua no futebol brasileiro na equipe alviverde, tambΓ©m conhecida como Palmeiras. Vive sua...