CAPÍTULO QUARENTA E CINCO — RESPONSABILIDADE
❝Não fale sobre idade. Tudo o que a idade faz é te dar muitas responsabilidades. ❞
ABRINDO SEUS OLHOS APÓS SENTIR A LUZ SOLAR aquecer seu rosto, acordando tendo uma bela visão deitada ao seu lado. Um sorriso singelo cresceu sobre seus lábios ao vê-lo dormindo serenamente, soltando um suspiro longo o encarando. A noite tinha sido longa e maravilhosa,após terem feitos atos íntimos na cozinha,eles degustaram do sorvete que não estava tão congelado quanto antes mas isso rendeu boas risadas e logo foram dormir agarrados.
E novamente naquela semana Cassie sentiu seu estômago embrulhar,uma náusea enorme começou. Ela sentiu sua garganta doer,se levantando rapidamente da cama macia do seu companheiro. Ela correu em direção ao banheiro com suas mãos sobre a boca, impedindo que qualquer vômito saísse sobre sua boca.
Naquele momento ela colocou todo o sorvete da noite passada para fora,ela vomitava como se estivesse vomitando todo os seus órgãos de uma vez.
Klaus apareceu na porta do banheiro com suas sobrancelhas franzidas,vestindo apenas uma calça moletom.
— Você está bem? — Klaus perguntou ao vê-la se recompondo após ter vomitado,ela suspirou pesado, concordando, limpando sua boca que estava suja.
— Estou bem,apenas um pouco de enjôo. — Ela murmurou se levantando. Klaus travou o maxilar a observando, franzindo as sobrancelhas.
Ele cruzou os braços. — A quanto tempo está assim? — Ele perguntou se aproximando,Cassie o olhou enquanto amarrava seu cabelo desgrenhado em um leve coque bagunçado.
— Não sei,não lembro. Apenas alguns dias eu acho. — Ela falou dando ombros,pouco se importando com sua situação.
Klaus passou as mãos sobre o rosto a encarando. — Então,você vomitou ontem? — Ele seguiu a garota que saía do banheiro.
Ela revirou os olhos, concordando.
— Eu estou bem,não se preocupe. Irei repetir o que disse para Hope,comi algo que fez mau para o meu estômago. — Ela disse se virando para encara-lo,os olhos azuis de Niklaus exalava preocupação ao vê-la dessa forma.
Ela suspirou pesado,se aproximando do homem e deixando um beijo calmo e singelo sobre o canto de sua boca.
— Eu estou bem. — Ela murmurou com um sorriso sincero e bonito,Klaus sentiu seu coração aquecer apenas com um ato tão bonito desse.
— Eu realmente espero que você esteja bem. — Ele resmungou,se afastando e vestindo sua camisa preta antes de sair do quarto a deixando sozinha.
Cassandra apenas se deitou na cama, aproveitando cada momento naquele enorme cama macia de Niklaus, sentindo o cheiro do homem exalando sobre os edredons.
HOPE SENTIA SUA CABEÇA GRITAR CONSIGO MESMA, entrando na cozinha aonde estava a metade de sua família reunida.
Ela engoliu seco, xingando mentalmente seus pensamentos. — Eu preciso conversar com vocês! — Ela falou em um bom tom, chamando toda a atenção da família.
Hope procurou Cassie com o olhar e viu que sua amiga não estava com a família, provavelmente estava dormindo novamente.
— O que houve? — Hayley foi a primeira perguntar,confusa e curiosa como todos.
— Eu..não quero assustar ninguém,tio Elijah achou melhor contar a vocês. — Ela começou,mordendo os lábios nervosa. Todos olhavam atentamente para a ruiva que parecia ter uma briga interna consigo mesma. — Cassie ultimamente está tendo muitos enjôos, vomitando, comendo mais do que o normal, dormindo muito.
Ela começou a falar,Klaus sentiu o nervosismo tomar conta de si.
— Aonde você quer chegar com isso? — Kol perguntou, cerrando seus olhos.
Elijah soltou um suspiro longo, fazendo sua família olha-lo. — Cassie está grávida.
As palavras de Elijah foram como um baque,um silêncio tenebroso percorreu por todo canto,os olhos de Niklaus se arregalaram ao um ponto de quase sair de seu rosto.
— Isso não seria impossível. — Freya murmurou olhando para Klaus que parecia digerir as palavras que acabara de ouvir.
— Você tem certeza do que está falando, Elijah? — Rebekah perguntou para o irmão que cruzou os braços concordando.
— Eu consegui escutar o coração batendo. — Ele sussurrou deixando o clima mais tenso ainda.
Em uma rapidez assustadora Kol jogou uma faca de mesa em direção ao Klaus,Klaus rapidamente segurou antes que pudesse acertar seu olho.
Paul sentiu seu corpo arrepiar ao ver o olhar que Kol tinha dado ao híbrido original.
— Irei mata-lo! — Kol berrou. Se direcionando ao seu irmão que o olhava sem paciência alguma,antes que Kol pudesse atacar seu irmão, Rebekah o segurou pelo pescoço.
A faca que estava na mão de Niklaus voou em direção ao Kol mas Elijah com sua velocidade inumana segurou a faca.
— Preciso que vocês mantenham a calma. — Elijah falou com sua voz suave,ele estava calmo enquanto colocava a faca sobre a mesa.
— Não me peça para manter a calma, Elijah. Esse maldito,idiota,engravidou a minha filha. — Kol gritou com ódio puro, apontando em direção ao seu irmão que desviou o olhar.
— Por favor,Hope,me diz que tudo isso é uma brincadeira de mau gosto. — Paul sussurrou ao lado de sua namorada que suspirou pesado o olhando de canto.
— Isso parece uma brincadeira? — Ela perguntou arqueando as sombrancelha e ele negou rapidamente. — Realmente não é uma brincadeira,serei irmã mais velha.
Paul arregalou os olhos, passando a mão sobre o rosto. — Porra,Cassie vai surtar. — Paul resmungou, imaginando a reação da amiga.
— Eu não posso ser o pai dessa criança! Impossível. — Klaus falava passando as mãos sobre a cabeça, sentindo seu cérebro fritar.
— Você sabe muito bem que não é impossível,Klaus. — Davina falou com uma carranca se direcionando ao homem.
— Ela não pode está grávida,ela é nova de mais pra isso. — Kol sentiu um enorme ódio tomar conta de si, tentando sair dos braços da irmã que o segurou com mais força, apertando seu pescoço.
— Não se atreva a sair daqui para bater no Nik! Você não quer que seu neto fique sem pai. — Rebekah sussurrou para o irmão que rosnou como uma cachorro, arrancando uma risada da loira.
— Ela está grávida Kol,Cassie está grávida. Você precisa aceitar, precisa aceitar que Niklaus a engravidou. — Freya se direcionou ao irmão.
— O que? — a atenção de todos foi para a entrada da cozinha,aonde estava Cassie paralisada. Cassie paralisou no momento, sentindo todo o seu ser surtar ao ouvir tais palavras.
— Alguém pode me dizer o que está acontecendo? — Ela perguntou, tentando não deixar suas palavras saírem falhas.
Ninguém conseguia acreditar, ninguém conseguia digerir as descobertas.
SER MÃE ERA UMA ENORME RESPONSABILIDADE, principalmente quando você é apenas uma jovem que acabou de sair da adolescência. Ter um filho nos dias de hoje era a mesma coisa que está entregando ele para a vida errada,coisas erradas e pessoas erradas. Porém,você pode ser uma mãe responsável,que faria de tudo pela educação de seu filho e pelo seu bem estar.
Cassie nunca pensou em ser mãe,nem hoje e nem nunca. Ela nunca pensou em ter um filho,ela sempre pensou em encontrar sua família biológica e viver uma vida visitando o mundo e os lugares que o mundo proporciona.
Sua cabeça girava, encostada na porta de seu quarto,encolhida. Seu quarto estava frio e escuro,ela não sabia a quanto tempo tinha ficado naquele quarto,naquela posição e naquele canto.
— Querida,você precisa sair desse quarto,precisa se alimentar. — Cassie saiu de seus pensamentos ao escutar a voz de seu pai através da porta do quarto.
Ela não se deu o trabalho de responder, deixando o silêncio ganhar novamente.
— O que vou fazer em respeito ao bebê? — Cassie perguntou em um sussurro, sabendo que seu pai escutaria. Kol suspirou pesado,se sentando do outro lado da porta. Encostado.
— Você não quer cuidá-lo? — Kol perguntou sentindo um aperto no peito,ele não gostaria de ver sua filha matando um bebê que não nasceu, principalmente Niklaus e Hope.
Ninguém gostaria de ver ela abandonando o bebê mas era escolha dela,apenas dela.
— Eu não estou pronta pra ser mãe,pai.— Ela sentiu lágrimas descerem sobre seu rosto.
— Todas as mães que foram mães não estavam pronta para ser uma mãe. — Kol a respondeu,com sinceridade. — Você é forte, tenho certeza que seria uma boa mãe.
Cassie soltou um sorriso fraco,pensativa. O que ela faria com o bebê?
— E se o Klaus não aceitar o bebê? — Cassie perguntou, sentindo seu coração apertar. Por deus,ela não aguentaria ver Niklaus a rejeitando e rejeitando o bebê. Ela sentiria seu mundo desabar.
— Ele não seria capaz de fazer tal ato mas se ele fosse capaz eu daria um jeito de mata-ló e você seria forte o suficiente para cuidar do bebê. — Kol a respondeu com sinceridade.
— Você não foi cuidadosa,eu sei. Mas eu não estou decepcionado com você,estou assustado do fato de minha filha ser uma mulher adulta que vai ser mãe. — Kol sentiu seus olhos marejarem.
Kol se afastou da porta ao ver que foi aberta, revelando sua filha com seus olhos vermelhos. Ela caiu no braços de seu pai e o mesmo a agarrou, abraçando com carinho e sinceridade.
— Obrigada,pai.