Kyra's Pov
Tonpa, o homem estranho pelo qual eu não achava nem um pouco agradável emerge diante de nós.
—Senhor Tonpa?— Gon pergunta, estendendo seu braço para eu me levantar do chão.
Eu, Killua, Leorio e Kurapika estávamos com maior cara de tédio por aquele homem estar aqui. Tirando Gon que parecia não estar se perturbando com a presença de merda daquele velho veterano.
Assim Tonpa pega seu cronômetro colocando-o em seu pulso, e começaremos finalmente a fase.
Uma parede deslizou mostrando uma porta, que obviamente devíamos votar para que a porta abra ou não, o O se quiser que a porta abra e ,X se quiser que ela permaneça fechada.
E como todos os outros eu fui na opção clara, que é abrir a porta .
Ao ver os resultados dos votos, franzo a testa ao descobrir que um indivíduo havia selecionado o botão que defende a ideia de todos permanecerem onde estão, e não prosseguir com o caminho.
— Quem colocou selecionou essa opção? — pergunta Leorio quase furioso pela estupidez da pessoa.
Tonpa leva a mão a cabeça coçando envergonhado e rindo nervosamente, o mais idiota, tinha que ser.
— Foi mal gente, pressionei a opção errado sem querer— ele dá uma desculpa esfarrapada, apenas reviro os olhos , comparando mentalmente qual foi o que mais se lascou? O escalador que teve uma morte quanto engraçada quanto lamentável sendo degustado pelos monstros, ou a mim que está em uma sala com idiotas, principalmente o Tonpa porque nem pra disfarçar direito as merdas que ele faz.
— Se for fazer uma merda, pelo menos disfarce de uma maneira melhor, essa desculpa engana apenas Gon que tem a mentalidade de uma criança.— pronuncio preguiçosamente,dando de ombros e cruzando a porta. E atrás de mim Leorio reclamando e xingando Tonpa..
Continuamos a andar até outra pergunta surgir numa outra tela, que havia dois caminhos um no lado esquerdo e o outro no direito, ambos caminhos com uma grade que nos impedia de passar.
Gemo em resposta, por estar cansada e querer sair do local o mais rápido possível.
" Vocês querem ir pelo caminho direito ou o esquerdo?"
Suspiro colocando meu voto na opção O, a do caminho da direita, eu não vejo os resultados apenas vou para a frente das grades batendo meu pé repetidamente no chão, já impaciente, tentando ignorar Leorio resmungando sem fechar o bueiro com a tampa ( calar a boca ) ,fecho os olhos tentando concentrar minha paciência que estava no ápice,sou extremamente mal humorada é o que acontece quando estou cansada, com sono, fome e sem meus livros para resfriar minha cabeça, eu pegaria um livro agora, mas estou na metade do exame Hunter não posso me distrair agora, então retorno minha atenção para o portão, sentindo um olhar queimando minha nuca enquanto eu ainda estava me segurando, o olhar permanece fixado em mim, viro a cabeça vendo Killua me encarar, então era ele, ele continuava a me observar.
Franzo as sobrancelhas tentando compreender o motivo dele estar me encarando tanto.
será que minha marca apareceu?
Levo num estante minha mão ao meu pescoço tocando o tecido macio do meu suéter de argola alta, não, minha marca continua bem escondida, então por que ele está olhando tanto pra mim?
Escuto o barulho das grades se deslocando para fora de nosso caminho, e nesse momento Killua tira seu olhar intenso sobre mim.
Me viro e continuo o caminho, alguns passos à frente de todos, "quanto mais rápido sair da torre melhor" esse é o meu pensamento que mais martelava minha cabeça, mas não o único.
Caminhamos pelo corredor com uma baita de iluminação merda, que mal funcionava, e frio, então assim fomos até pararmos no fim do caminho.
Bom, não é o fim do caminho, sendo mais exata o lugar parece uma minúscula arena, a arena no meio, nas laterais não havia chão, então se cair com certeza '(1)vai de berço' .
Continuo andando até chegar na beirada, com apenas um pé me equilibrei, e o outro estava levantado pra frente, na beirada.
Eu estava lá, com nada em minha mente, até eu sentir meu braço sendo agarrado e puxado para o lado me levando junto, meu corpo colidia com o dono da mão que havia me puxado, Killua, ele me segura olhando para Tonpa com uma cara sem expressão, oque tá acontecendo?.
Autora's Pov
Kyra esta confusa com a situação, por que Killua a puxaria desse jeito, certo eles discutem e reclamam muito muito, mas não sem um motivo plausível para tal.
Mal sabia a nova Carington que o homem nomeado de Tonpa estara fingindo um esbarro acidental, na tentativa de derruba-la no vazio.
Killua usa suas duas mãos uma em cada ombro e guia a garota para longe da beira, a garota inconsciente da situação decidiu Killuar fazer o que bem entendesse, Aliás, mesmo os dois discordarem muito um com outro, ambos se consideravam amigos, e ela confia em seus amigos.
O grupo fixa o olhar no outro lado do local, e avistam quatro encapuzados com algemas em seus pulsos, que logo são retiradas dando a eles a liberdade de mover suas mãos. Então um dos encapuzados retira o capuz revelando sua face, um homem grande e aparentemente bruto .
"Cavalheiros e senhorita, deixem-me explicar. Perante a vocês há alguns presidiários da Trick Tower."
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Kyra's pov
— Presidiários?— perguntou Kurapika ao meu lado, curioso com a situação.
"O Comitê da Prova dos Caçadores, também os contratou oficialmente como examinadores. Cada um de vocês lutará com um deles, as lutas serão um contra um, cada um luta uma vez. Estão livres para decidir a abordagem que quiserem. Ninguém pode recusar, uma vitória é concretizada quando um admitir a derrota"
Deixo de ouvir as regras e informações extras que eles estavam dando, eu já havia compreendido e não estou afim de continuar a ouvir a baboseira, e fui me sentar com as costas contra a parede, aí o chão, a vontade de dormir aqui é maior do que a vontade de ouvir eles falando sobre a fase.
Fecho meus olhos tensos lentamente, eu me obrigo a não dormir, tenho que me manter acordada para essa desgraça de exame.
— Não, deixa que eu vou— escuto uma voz irritante ecoar, o Tonpa.— serei a cobaia para a gente descobrir qual é a deles. Encarem como uma desculpa pelo que rolou.— diz Tonpa firme em suas palavras, parecendo que sabia o que estava fazendo.
Rapaz, os porcos voaram hoje e eu não vi?
Todos inclusive eu, estávamos pasmos com sua coragem, ou melhor pelo seu pedido de desculpas, mas ainda sim,não confio nele.
Uma esteira se liga com a arena, abrindo passagem para irmos até lá. Tonpa caminha confiante, chegando lá, fica cara a cara com o homem enorme.
— Enfim, determinemos o método de combate, proponho um combate mortal— diz o prisioneiro, Tonpa deveria ter ficado quieto, o coitado já era um fudido, e agora vai ser um fudido de cara amassada e deformada, ou deixa pra lá... ele já é assim mesmo.— oque vai ser?
—Muito bem!—concorda Tonpa, e engasgo com a resposta, ótimo agora é só esperar ele saia da arena parecendo que saiu de uma barraca de pintura facial de um circo de horrores.— Eu aceito.— completa entrando em posição de ataque.
— Admiro está sua coragem— diz se posicionando para atacar.
O homem voa indo em direção ao Tonpa, pronto para o matar, pronto para tortura-lo até chorar sangue. Tonpa determinado faz um movimento parece que vai bater no chão, quebrá-lo talvez?...
" EU DESISTO"
As palavras que sai da boca de Tonpa ecoaram pelo lugar, suspiro decepcionada, ouvindo os outros fazendo o mesmo.
Não podia ter esperado mais que isso, aliás, estamos falando de Tonpa.
— Ele disse que desistiu?— pergunta Gon, tentando convencer a si mesmo que Tonpa não havia vacilado.
— Talvez tenha dito outra coisa—concorda Leorio.
— Que vacilo meu, porque fui pensar que ele seria útil para alguma coisa?, Ah sim!,ele pode ser usado como um mau exemplo— digo me levantando, e posicionando ao lado de Leorio— Aliás, estamos falando de Tonpa né, não deveríamos esperar mais que do isso.
Leorio parecia estar no no seu limite, ele ia surta a qualquer segundo, seu rosto se contorcia de raiva.
Não posso rir no momento, senão quem se ferra sou eu, segura.
Então Tonpa retorna suando frio, rindo constrangido dando desculpas para se safar.
Leorio consumido pela pura raiva o agarra pelo colarinho .
—FILHO DA MÃE,Você só confirmou minhas suspeitas!— berra Leorio— você é só um escroto de merda que só sabe sabotar estreantes— cuspe Leorio o olhando com puro desgosto e ódio.
— Bem isso, mesmo— afirma—É oque eu faço em cada edição, tradição que planejo continuar—fala sorrindo, admitindo seus podres— não quero passar na prova dos caçadores, só quero essa satisfação, eu planejo presenciar e destruir os sonhos de gente nova confiante, sendo estes momentos de desespero em que a ambição e a esperança morrem, me dão uma sensação extraordinária, ainda mais quando sou eu quem destrói esses sonhos. Não quero me transformar em caçador, já me divertir o bastan...— o longo discurso é interrompido por mim, que disferi um murro em sua cara, fazendo Leorio o soltar, e deixá-lo caído no chão.
— Tem como ficar quieto?, sua voz é irritante ao ponto de eu querer arrancar minha pele e cortar fora minhas orelhas— digo rispidamente, encarando o homem que está no chão com sua mão levantada na bochecha o lugar que eu havia dado o murro.
Os olhares caiem sobre mim espantados pelo meu ato repentino, olhos para Leorio que me deu um polegar para cima enquanto sorriu.
— Boa! Que murro hein, eu achei pouco, merecia mais—ele fala, e eu apenas solto uma risada, o homem no chão estava espantado e se calou e não ousou dizer um piu.
— Kyra! Não precisava disso— Kurapika me repreende, pousando sua mão em meu ombro balançando a cabeça.
— Leorio discorda— me defendo — e ele é o mais velho entre nós ( Kurapika, Leorio, Killua, Gon e Kyra)— respondo, sorrindo entregando a Leorio um legal.
O loiro apenas suspira.
— tá, mas parem, querem que desperdicemos tempo com intrigas entre nós— explica o loiro.
— Se bem que, se o objetivo deles for ganhar tempo, então esse velhaco aí fez o certo— Killua se pronuncia— O careca ali, deve ser um ex-soldado ou mercenário, se tivesse lutado com ele, ele começaria pela garganta, te impossibilitando de dar para trás, aí ele te torturaria sem te matar pelo tempo restante— termina Killua com o nariz empinado pra mim.
Eu ignoro, se afastando um pouco, tirando de dentro de minha blusa um colar com uma pedra roxa que ao meu toque ela brilha com sua luz roxeada e trêmula, uma pedra pelo qual não posso perder de jeito nenhum, e por esse motivo sempre o uso, não posso ficar sem o colar e nem ele ficar sem mim.
E dependemos disso.
Dependemos um do outro
Como se fosse parte de mim
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Obg por ler ☕️💕📚
Não se esqueçam de deixar sua estrelinha caso gostou, e comentem por gentileza, qualquer comentário é bem-vindo, isso irá me ajudar muito!
Palavras:1863