Fuja comigo
20h30 Casa da Regina
Evelina enrijeceu quando seu pai a puxou para um abraço desesperado e agarrou seu corpo frágil, como se ela fosse desaparecer a qualquer momento.
"Oh, Evelina, onde diabos você esteve?" Jack Frost nem se importava com sua linguagem obscena. Ele estava furioso e aliviado por sua filha estar de volta em seus braços. Furiosa porque ela saiu sem dar uma palavra a ninguém e aliviada porque ela voltou inteira.
"Eu uh, eu um, eu-"
"EVELINA FROST! ONDE VOCÊ ESTÁ?!" Evelina choramingou quando ouviu a voz alta de Regina explodir pela casa. A voz de Regina foi seguida por muitos pares de pés e, em pouco tempo, Evelina estava sendo sufocada por todos.
Snow estava chorando sem nenhum sinal de parar tão cedo, ela teve que se sentar antes de desmaiar. David e Emma a guiaram até o sofá.
Regina estava verificando furiosamente o corpo de Evelina para se certificar de que ela não tinha nenhum arranhão. Regina puxou as mãos e as inspecionou antes de soltá-las e passar para o rosto. Evelina gritou quando Regina agarrou o rosto de Evelina e inspecionou cada centímetro.
"Ela está bem. Sem sangue. Ainda." Ela surtou e foi embora quando ficou satisfeita com os resultados. Hook abraçou a jovem em poucos momentos, mas foi empurrado por Henry Mills, que também queria seu quinhão de amor.
Agora Henry tinha um segredo. E ele não sabia quanto tempo permaneceria assim até que alguém ficasse esperto e começasse a fazer perguntas. Ele ainda tinha a carta de sangue, agora decodificada e correndo o risco de cair nas mãos de qualquer um.
Sua confiança caiu nas mãos do pirata Killian Jones, e ambos sabiam que tudo naquela carta era ouro puro. Ele precisava contar a Evelina.
Mas enquanto observava Evelina ser carrancuda e elogiada por seus amigos e familiares, ele decidiu que não era o momento certo.
Evelina estava ficando bastante irritada e frustrada. Ela agora estava nos braços de seu pai novamente e ele não queria deixá-la ir.
"Por favor, estou morrendo de fome. Preciso comer." Ela gemeu e Regina zombou.
"Bem, alguém poderia pensar assim. Não deveríamos nem alimentá-lo, veja se isso lhe ensina uma lição." Regina estalou e Snow balançou a cabeça antes de correr para a cozinha para preparar algo para Evelina consumir.
Evelina conseguiu se livrar das garras de seu pai e correu atrás de Snow.
Ela se sentou à mesa da cozinha e observou Snow correr preparando tudo para Evelina Ela estava fazendo sanduíches. Evelina ficou muito consigo mesma quando viu o quão enlouquecedor Snow estava correndo por aí. Ela sabia que era porque estava nervosa e ansiosa. Evelina sabia que ela era a razão do comportamento de Snow. Ela sabia que tinha causado isso.
"Neve..."
"Sim?" Ela disse, bastante apressada enquanto pegava o pão e jogava presunto e queijo. Evelina observou.
"Sinto muito por ter ido embora." A jovem sussurrou. Ela agora se sentia envergonhada de tudo. Mas antes que Snow pudesse responder, o grupo de adultos (e Henry) entrou na cozinha.
"Irônico não é? Você estava chateado porque eles iriam mandá-lo para longe da cidade para mantê-lo a salvo de Pan, e ao invés disso você foi encontrado viajando pelos reinos com ele." Regina rosnou e Evelina ficou com um leve tom de vermelho.
"Vou levá-la comigo agora. Não posso arriscar de novo." Jack Frost disse e olhou para sua filha. Ela agora estava confusa e horrorizada com a ideia de deixar a cidade.
"Espere, não-"
"Embale o que você precisa e vamos indo, eu disse a North que não demoraria muito." Jack disse, ignorando completamente o que quer que Evelina tivesse a dizer agora.
"Mas pai-"
"Vá Evelina. Agora." Jack disse no que ele gostava de chamar de voz de pai. Por mais legal que Jack pudesse ser, às vezes ele se tornava o pai rígido de que Evelina não gostava.
A jovem não viu escolha e franziu a testa. Ela entrou no quarto de hóspedes da casa de Regina, onde tinha outro conjunto de roupas reserva, e começou a enfiar tudo na mala. Ela fungou e tentou ao máximo manter seus gritos para si mesma. Evelina sentiu uma brisa repentina bater em sua pele nua e ouviu o uivo do vento lá fora. Evelina sabia de algo a presença atrás dela. Evelinal rapidamente enxugou as lágrimas que haviam escapado e tentou ao máximo sorrir. Mas ela falhou miseravelmente.
"Patético não é?" Ela perguntou e uma voz riu.
"Não é um amor patético, apenas muito emotivo."
~
20h30 Prefeitura de Pan 1 hora atrás
Sebastian sentou-se em uma cadeira no escritório do prefeito, entediado enquanto observava seu chefe, Peter Pan, ouvir tudo o que Felix estava dizendo a ele. O garoto loiro contou a Pan tudo o que havia acontecido nos últimos dias. E ele não estava feliz.
Peter Pan bateu as mãos contra a mesa e olhou furiosamente para seu braço direito.
"O que você quer dizer com o pai dela está agora na cidade?!" Peter rosnou e Felix assentiu lentamente.
"Ele veio assim que soube do que tinha acontecido. Presumo que tenha vindo para ver como Evelina estava." Felix disse e Sebastian assentiu. Peter então se virou para Bash e franziu a testa.
"E o que você fez para tentar detê-lo?" Peter estalou ebSebastian revirou os olhos.
"Nada. Ele é um guardião! Não posso fazer nada contra ele, vou congelar até a morte!" Bash exclamou. Peter estava prestes a rosnar, mas se conteve em dizer qualquer outra coisa quando percebeu que Bash estava certo. Jack Frost derrubaria Sebastian em segundos.
"Ponto justo." Pan resmungou e sentou-se em sua mesa novamente. Ele esfregou o rosto quando começou a pensar novamente em Evelina. Ela era tudo o que ele pensava desde que a deixara. Sua mente ficou confusa com o sorriso dela.
"Ele está aqui para levá-la para longe de mim, não é?" Peter disse quando finalmente percebeu o que provavelmente aconteceria quando Jack fosse embora.
Ele desapareceria com Evelina por perto.
E Peter Pan com certeza não iria deixar isso acontecer.
~
21:00 Casa da Regina, Quarto de Hóspedes
Evelina nem deu um pulo ao ouvir a voz. Em vez disso, ela sorriu e se virou para encontrar os olhos verdes de quem ela gostava muito.
"Meu pai está aqui." Ela disse suavemente e a mandíbula de Pan cerrou.
"Eu sei." Ele respondeu.
"Eu tenho que ir."
"É assim mesmo?"
"Aparentemente." Ela murmurou e continuou a colocar as roupas de lado. Pan a observou. Ela não o encarou quando começou a dobrar as camisas.
"Venha comigo." Ele disse de repente e Evelina parou.
"Onde?"
Pan deu de ombros.
"Fora. Para outro reino. Onde quer que você queira ir." Ele disse e caminhou atrás dela. Evelina o sentiu perto e se virou. Ela olhou para ele através de seus cílios e inclinou a cabeça ligeiramente.
"E quanto ao seu chamado New Neverland?" Ela pensou baixinho e Peter piscou para ela.
"Contanto que você fique comigo em qualquer lugar pode ser nossa princesa do reino." Ele disse atrevidamente e Evelina corou um vermelho profundo antes de olhar timidamente para os pés.
"Que doce." Ela sorriu.
"Então o que você diz, amor? Fugir comigo?" Peter Pan perguntou a ela.
Evelina pensou nisso. Era uma loucura que ela estivesse considerando isso. Ela poderia realmente deixar sua família para trás para fugir com um garoto que era tecnicamente considerado um vilão? Ela poderia simplesmente pegar todo o seu corpo e ir embora?
Evelina soltou um suspiro e olhou para cima para encontrar os olhos de Peter Pan, que ainda esperava pela resposta de Evelina. A jovem sorriu, com um pequeno brilho nos olhos, e soltou uma linda gargalhada que Pan ansiava por ouvir a cada momento do seu dia.
E ela finalmente disse a palavra que Peter esperava que ela dissesse.
"OK."